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Alegria, alegria... tem mais festa na Bahia! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 28 May 2013 16:57

Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid,

 

É com muita felicidade que estou escrevendo minha primeira coluna sozinha, depois de algumas semanas partilhando o espaço com o Antônio de Pádua, com quem tive a chance de aprender muito. Obrigado Antônio. Agora vamos para o assunto da semana.

 

A Bahia continua em festa! Se todo mundo diz que aqui se faz festa por tudo e que tudo é motivo pra festa, uma vitória nas 500 Milhas de Indianápolis de um baiano arretado como Tony Kanaan, da maneira que foi, é pra festejar um ano inteiro! Nada como uma festa assim para eu também comemorar que agora vou ter a minha coluna no site depois de dividir espaço com o cearense, gente boa, Antônio de Pádua, que também vai ter a sua. A gente merece!

 

Pense numa tensão... fui eu no domingo em casa. Marido teve que fazer meu prato e dar o almoço das crianças porque não tinha força no mundo que me fizesse sair de frente da televisão. Eu só parava pra respirar na hora das bandeiras amarelas... as primeiras, porque as duas últimas, no finalzinho da corrida, eu nem piscava o olho. O teto podia cair que eu não ia nem ver!

 

Eu nunca tinha visto uma corrida de 500 milhas como esta. Normalmente tem gente que fica para trás, os carros se espalham na pista, daí os líderes pegam retardatários, que hora ajudam, hora atrapalham e acabam provocando uma mudança de líder... mas dessa vez estava tudo tão parelho que os carros seguiam quase que em linha pelo oval de duas milhas e meia, com um passando o outro com o vácuo, com a liderança mudando de mãos o tempo todo.

 

Os brasileiros não estavam largando na frente. Helinho era o oitavo e Tony o décimo segundo. A Bia, coitada, lá pra trás na vigésima nona posição, mas na frente de duas das mulheres que largaram, atrás só da Simona de Silvestro. Só que numa corrida disputada a 350 Km por hora e com 800 Km de extensão, isso acaba nem sempre fazendo a diferença... graças a Deus!

 

Dada a largada Tony foi pra cima, passou todo mundo na sua frente e antes do primeiro pit stop chegou a liderar algumas voltas. Ali eu – e acho que o Brasil inteiro que estava assistindo, aqueles míseros 2 ou 3 pontos no IBOPE – presenti que aquela corrida podia ser dele. Dali em diante foram praticamente três horas de ansiedade sem fim e ai de quem tentasse tirar minha atenção dali. Desliguei até o celular!

 

No final da corrida, com Tony trocando posição com os pilotos da equipe Andretti, que pareciam estar, claramente, fazendo um jogo de revezamento na liderança para poupar combustível, foi maduro o suficiente para aproveitar-se do jogo dos adversários, não deixando que mais de um carro deles o ultrapassasse e ele caísse para o terceiro lugar. Coisa de quem sabe. Medo maior que esse só o da transmissão da corrida ser interrompida para mostrar a porcaria do futebol. Mas nem que fosse o meu Vitória eu ia querer!

 

E o que foi aquela relargada na penúltima bandeira amarela!!! Largou, ultrapassou e despachou os pilotos da Andretti. Abriu distância suficiente pra não ser alcançado antes da penúltima reta e, quando eles viessem, ainda teria como dar o troco: não precisou!

 

Não importa se foi com bandeira amarela. O que importa é que todo o sofrimento da frustração do Anhembi recebeu o descarrego no momento certo. Todos os orixás da Bahia estavam contigo naquele momento. Ali não teve dor na mão, no coração ou onde fosse que o segurasse.

 

 

Tony, você é um orgulho para a Bahia, um orgulho para o Brasil! Menos, é claro, do que para a televisão, que não mostrou a comemoração, o troféu, o banho de leite, o beijo nos tijolos... pra passar uma pelada sem vergonha. Vergonha pra você, viu, Bandeirantes.

 

E no domingo pela manhã ainda teve o GP de Mônaco onde Felipe Massa me fez lembrar Raul Seixas (Quem não tem colírio usa óculos escuros. Quem não tem filé, come pão e osso duro. Quem não tem visão, bate a cara contra o muro).

 

Até que a Ferrari fez algo que não costuma fazer: assumiu um erro, um problema no carro que levou Felipe Massa ao acidente que paralisou a prova. Talvez fosse mais fácil falar disso do que das três ultrapassagens que o queridinho Fernando Alonso tomou na corrida em uma pista “onde ninguém passa ninguém”. Até o Jenson Button, que tomou duas, aprendeu e passou o “melhor do mundo”.

 

A melhor coisa da corrida com esses pneus ‘made in Sergipe’ (brincadeira de baiano) é que os pilotos tiveram que inventar um jeito de ultrapassar. Fosse na freada depois do túnel, onde quem bobeia dança, fosse na Lowes, fosse até na Rascasse.

 

Só fiquei com pena do Kimi Raikkonen. O moço bom de copo não merecia a burrada que o Sergio Perez fez e o próprio Perez não merecia ter errado depois de fazer duas belas passadas nos campeões do mundo, Button e Alonso.

 

Pior para o campeonato, que Vettel disparou. Uma briga mais apertada com Raikkonen e Alonso ia ser mais divertido, principalmente agora, caso a Mercedes consiga ter se acertado depois deste “teste proibido” que fez para a Pirelli.

 

Muito axé pra todo mundo,

 

Maria da Graça

 

Last Updated ( Tuesday, 28 May 2013 22:39 )