Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid, Nesta semana, mesmo sem corrida de Fórmula 1 programada, todos os carros de todas as equipes deverão ir para a pista, inclusive com alguns de seus pilotos titulares – exceto a Mercedes, punida no julgamento do ‘pneugate’ – em Silverstone, na Inglaterra. Entre todos os nomes anunciados para os três dias de treino, novidades e surpresas, certamente a notícia que envolveu – para não dizer salvou – a Sauber é a que mais tem agitado os bastidores. Um grupo de investidores russos (Um fundo de investimento, um de desenvolvimento regional e o instituto de tecnologia de aviação) vai investir pesado na equipe suíça para resolver todos os problemas de caixa do time. Em contrapartida – porque tem sempre uma contrapartida – no próximo ano, um dos pilotos titulares do time será o russo Sergey Sirotkin, que atualmente corre na World Series e tem apenas 17 anos de idade (Seu pai é o diretor do instituto de tecnologia de aviação)! Muita gente que acompanha a Fórmula 1 já demonstrou sua preocupação com a entrada de um piloto tão jovem e considerado tão inexperiente no grid. Contudo, não é a primeira vez que isso acontece. No final dos anos 90, na mesma Sauber e sem nenhum aperto financeiro, Peter Sauber, o dono da equipe, enxergou em um jovem piloto finlandês chamado Kimi Raikkonen, que corria na Fórmula Renault. Na época foi considerado um absurdo um piloto que sequer tinha passado pela Fórmula 3 ser colocado em uma equipe da categoria mais importante do mundo, mas Peter Sauber mostrou que sua aposta foi correta. Isto não quer dizer que o jovem Sirotkin seja tão talentoso quanto era Kimi Raikkonen. Talvez ele seja apenas “o piloto certo, no lugar certo, na hora certa” para poder ocupar uma vaga na equipe. Interessante vai ser ao lado de quem ele virá a correr. Os atuais pilotos da Sauber são o alemão Nico Hulkenberger e o mexicano Esteban Gutierrez (apelidados aqui na redação de ‘incrível Hulk’ e ‘Gutierros’). Gutierrez tem a seu favor o ainda existente patrocínio da Claro, empresa do miliardário das comunicações, Carlos Slim. Sem o mesmo carisma, rapidez e consistência do seu antecessor, Sergio Perez, hoje na McLaren, É frequentemente superado pelo alemão, que conseguiu voltar para a categoria depois de ter perdido a vaga na Williams para o dinheiro do Pastor Maldonado. Será que Hulkemberg ficará novamente sem ter aonde correr por razões financeiras e não técnicas? A maior questão nesta situação, na minha visão de mulher, mãe e gerente é a precocidade com que as coisas estão acontecendo. Outro dia eu li o Lewis Hamilton dizendo que “estava ficando velho”. Esse menino não tem nem trinta anos, nem um fio de cabelo branco e, do jeito que é bom, pelo menos mais umas sete ou oito temporadas de Fórmula 1. O caso do jovem russo é impressionante. Meu filho mais velho está com 13 anos. Estuda, faz esporte, aprende idiomas, mas – como a maioria dos meninos e meninas de sua idade – ainda não sabe o que quer fazer na vida, que curso escolher para entrar na universidade. Estes meninos que são pilotos desde a infância, no Kart, mas todos os outros tiveram. Ayrton Senna Teve, Michael Schumacher teve, Fernando Alonso teve... mas nenhum conseguiu chegar tão novo à Fórmula 1. A pergunta que fiz para o marido foi: até onde isso vai chegar? Será que vamos ver meninos de 15 anos na F1 daqui há alguns anos? Os dirigentes tem tantas preocupações com coisas pequenas... deviam olhar estas coisas assim com mais atenção. Até semana que vem e muito axé pra todo mundo, Maria da Graça
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