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Conversa pra alemão dormir PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 12 January 2014 23:48

Há praticamente duas semanas estamos todos acompanhando, dia a dia, mais uma “corrida” do ‘Queixudo’ alemão Michael Schumacher. Desta feita, uma corrida pela vida.

 

Eu nunca esquiei na vida, mas pude ver nas últimas semanas, assistindo pela televisão, algumas disputas da copa do mundo de esqui alpino, onde esquiadores profissionais (profissionais, sim! Afinal, eles vivem dos prêmios e dos patrocínios que carregam em suas roupas, e equipamentos) desciam as pistas sinuosas montanha abaixo, em altíssima velocidade. Alguns deles caíram, tentando superar seus limites. Coisas da competição.

 

Se tem uma coisa que o Schumacher sempre gostou de fazer na vida foi buscar esta superação de limites, mesmo que fosse por diversão, como quando – já “aposentado” – inventou de correr de motocicletas. Levou duas quedas das boas (que foram notícia. Será que ficamos sabendo de todas?). Na segunda em 2009, saiu do autódromo de ambulância, desacordado!

 

Essa queda provocou uma lesão de consideráveis proporções em seu pescoço, que precisou de um trabalho de recuperação de alguns meses. Quando o Macarroni tomou aquela “molada” na cabeça e ficou fora de combate pelo resto da temporada, a Ferrari pensou em chamar o alemão para substituí-lo. Só não rolou por conta do problema no pescoço do alemão.

 

Schumacher em Madonna di Campillo. Esquiador habilidoso e lá, não usava capacete, mesmo em atividade na F1.

 

Nessas alturas do “campeonato da vida”, Dona Corinna já devia estar desesperada para encontrar uma solução para o “vício em adrenalina” do marido. Deve ter dado graças a Deus quando a Mercedes o chamou para correr em 2010. Pelo menos ele estaria fazendo algo que ele dominava e com isso, o perigo era – teoricamente – menor. Afinal, em tantos anos de carreira, foi só uma perna quebrada em 1999!

 

Nos tempos de Ferrari, que todo ano começa as atividades com uma festa na estação de esqui italiana de Madonna di Campillo, as habilidades como esquiador do alemão sempre foram exaltadas como “excelentes para um amador”... e aí veio o acidente... as perguntas... as respostas. Respostas? Quais respostas?

 

Pistas de esqui, tanto para competições como para lazer, são bem sinalizadas para todos os atletas e usuários.

 

O que realmente sabemos do acidente? Já foram tantos desmentidos, tantas versões, tantas especulações que aqui, do outro lado do oceano, mesmo com todos os recursos disponíveis graças à internet, afirmar alguma coisa é um exercício de credibilidade... e sabemos bem o que uma “informação” errada pode acarretar na vida de um profissional, Lemyr Martins que o diga!

 

Mas como eu não sou profissional e estou ficando famoso junto aos clientes e colegas de trabalho da corretora, vou dar aqui meus “pitacos”: Estão escondendo o jogo! Resta saber o porque.

 

Que o Schumacher gostava de levar as coisas “relativas ao esporte”, qualquer que fosse, ao extremo, todo mundo sabe. Que ele gostava de desafios à sua destreza em fazer as coisas bem, todo mundo sabe também. Então, porque não desafiar um trecho da montanha onde os “esquiadores comuns” jamais entrariam?

 

O jornal alemão Bild mostrou as fotos do local do acidente onde Schumacher tentou passar esquiando.

 

Quem já viu as cenas do alemão esquiando em Madonna di Campillo – passaram várias delas ao longo dos últimos dias – o viram descendo as pistas sem capacete, que ele estava usando quando sofreu o acidente. Porque ele, quando piloto da Ferrari, profissional e multicampeão da Fórmula 1, esquiaria sem capacete naquela condição enquanto, para esquiar desta vez, na França, ele usou um capacete? Não estaria ele “planejando” fazer algo “diferente”? Pra que uma câmera acoplada ao tal capacete?

 

Pelas fotos que foram feitas do local onde Schumacher se acidentou, uma série de pedras estariam pelo caminho, e encobertas pela neve, ao menos parcialmente. Um convite ao perigo? Outro “ponto obscuro” seria a velocidade que ele estaria no momento da queda: Falaram em tudo, de 100 a 10 Km por hora. Contudo, para ele, de capacete, ter sofrido as lesões cranianas que sofreu, com um boletim médico (o primeiro) dizendo que ele estaria com um “trauma profundo”, pendo-me muito mais para uma velocidade mais alta do que a uma mais baixa, ainda mais que o capacete partiu-se em dois!

 

Os médicos locais (de Branco) Dr. Payten e Dr. Gay junto com o neurologista Dr. Salliant, que tratou Shumacher em 2009.

 

Depois surgiu a versão de que o alemão teria saído da pista para socorrer a filha de um amigo que teria saído da pista regular e caído na área onde Schumacher sofreu o acidente. Quem é essa pessoa? Essa “filha de sei lá quem” que foi parar ali – e nada sofreu – que levou Schumacher a partir para este “ato heroico”? Não se sabe o nome, ele não apareceu no hospital pra visitar seu “salvador”, o pai e amigo não se manifestou... nada!

 

Michael Schumacher estava com uma câmera adaptada ao capacete. Sendo ele um esquiador experiente, descendo uma pista de uma estação de esqui como outras tantas que existem na Europa, para que estaria usando uma câmera? Não estaria ele com intenção de fazer algo “diferente” e filmar sua performance? A câmera foi entregue às autoridades francesas.

 

Depois veio a informação de um turista da estação que, em segundo plano, filmou a queda de Schumacher. Aparece a suposta filha do amigo que ele foi socorrer?

 

O procurador Patrick Quincy fez um pronunciamento com as primeiras conclusões da investigação do acidente.  

 

Se os médicos ou a família não dão declarações ou boletins para “saciar” o apetite da imprensa, coube à policia local, para quem a câmera que o alemão usava na hora da queda, fazer um comunicado oficial onde disseram que não era possível determinar a velocidade que o Schumacher estava quando caiu, mas também afirmaram que não havia nenhuma imagem de qualquer pessoa sendo socorrida – o que jogou por terra o tal “resgate a filha de um amigo” – e que, aparentemente, Schumacher saiu da pista demarcada pela estação – que segundo as normas estava totalmente de acordo – por vontade própria, o que mais uma vez aponta para uma “busca por emoção”, bem típica em se tratando dele.

 

Depois de muito silêncio, poucos comunicados a polícia entrou em cena, e o procurador Patrick Quincy, responsável pela investigação, revelou os dados da análise das imagens onde jogou por terra a teoria da “baixa velocidade” e da saída da pista balizada para “socorrer a tal filha do tal amigo”. Mais uma evidência apontando na direção de um “desafio pessoal” que o alemão teria se lançado.

 

Corinna Schumacher pediu que a imprensa acampada em frente ao hospital "deixasse a sua família em paz".

 

Michael Schumacher é, há um bom tempo, embaixador da Unesco, já fez várias campanhas e doações para obras filantrópicas, atitudes que nem todos os endinheirados do mundo fazem, mas a imagem dele, para muitos que acompanharam sua carreira, por mais conquistas e vitórias que ele tenha conseguido, as imagens mais fortes na memória são as passagens com Mika Hakkinen (GP F3 de Macau, 1990), Damon Hill (GP da Austrália, 1994) e Jacques Villeneuve (GP da Europa, 1997) jamais serão esquecidas.

 

É claro que eu, como acredito que a maioria, torce pela recuperação de Michael Schumacher, antes de tudo um ser humano e que, como todo ser humano é imperfeito e falível. Desta vez, a menos que um dia se prove o contrário, não estava fazendo nada contra ninguém, mas esta imagem de “salvador da mocinha indefesa” que tentaram enfiar goela abaixo das pessoas que estão acompanhado este drama que ele, sua esposa e seus filhos estão vivendo foi um tanto além da conta para mim!

 

Sabine Kehm, assessora de imprensa da família teve suas declarações desmentidas pela investigação local.

 

Os boletins da equipe médica quando sai algum, parecem as conversas dos nossos políticos, que dizem pouco e quase nada se aproveita. Logicamente a família e a assessoria de imprensa tem trabalhado neste sentido, de evitar detalhes. Estariam eles escondendo alguma coisa? Se estão, o que seria? Schumacher continua “em coma induzido e em estado crítico, mas estável”. Será isso verdade?

 

O que vai ser da vida do alemão não sabemos ainda. Particularmente, torço muito para que ele se recupere, sem lesões por conta do acidente e espero que, depois que ele receber alta do hospital, Dona Corinna compre um par de agulhas de crochê e presenteie seu marido.

 

Abraços,

 

Mauricio Paiva 

 

 

Last Updated ( Monday, 13 January 2014 00:56 )