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Eugênio Martins PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 15 May 2009 00:33

 

Eugênio Martins nasceu em São Paulo, capital, em 19 de julho de 1932.Começou cedo no automobilismo, estreando aos 22 anos, em 1954, em uma prova do Campeonato Paulista, em Interlagos. Logo de saída, foi segundo colocado em sua categoria (Sport até 1200cc) e quarto na geral, ao volante de um MG.Seu talento ficou evidente logo na primeira prova e naquele mesmo ano, conquistou uma bela vitória na 100 milhas IV Centenário, pilotando um monoposto Maserati/Jaguar, preparada por um dos melhores preparadores da época – Nelson Brizzi.

 

A carreira de Eugênio Martins começava com pé no fundo, como fizeram todos os campeões daqueles anos fantásticos. Versátil, ele mostrava com sua habilidade e sensibilidade que era capaz de pilotar todo tipo de carro, independente de motorização, potência ou tipo de carro. Monoposto ou não. Pilotou todo tipo de carro, Mecânica Nacional, Esporte, Carretera e Turismo nacional em todas as categorias.

 

 

Nas I Mil Milhas Brasileiras, foi segundo colocado, em parceria com Christian “Bino” Heins (competiram com um VW/Porsche, com 1500 cc), ficando atrás apenas da poderosa carretera de Catharino Andreata e Breno Fornari, com o triplo da cilindrada!

 

 

Foi campeão da categoria "Mecânica Nacional" nas temporadas de 1957 e 1958 e chegou a disputar provas no exterior, como os 1000 Km da cidade de Buenos Aires, em parceria com Celso Lara Barbéris, no mundial de carros esporte.

 

Em 1957, disputou os I 500 Km de Interlagos, prova de velocidade disputada pelo anel externo do autódromo. Esta prova, tão marcante pelo seu propósito (ser uma prova de velocidade plena) teve para ele e para todos uma marca trágica: A roda do carro do Ciro Caires (piloto que liderou a maior parte da corrida) se desprendeu, e acabou atingindo em cheio a Miss Campinas, uma das convidadas para a prova, A jovem – infelizmente – teve morte instantânea.

 

Bino, Celso Lara, Godofredo Vianna Filho, Ciro Caíres... por sua capacidade e técnica, sempre tinha grandes parceiros nas provas de longa duração. Esta escrita se manteve nos anos 60, quando dividiu o volante com pilotos da “nova geração” como Bird Clemente e Luiz Antônio Greco, antes deste se tornar o chefe da equipe Willys.

 

 

 

Em 1961, Eugênio Martins passou a correr com carros FNM JK, conquistando o segundo lugar nas "24 Horas de Interlagos", formando dupla com o Fluminense, natural de Petrópolis, Álvaro Varanda na disputa que foi vencida por Chico Landi e Christian Heins, com o mesmo tipo de equipamento.

 

 

 

Com a criação da equipe Willys, chefiada por Christian Heins, no início de 1962, Eugênio Martins passou a competir pela marca, estreando a berlineta Willys Interlagos nos 1000 Km  de Brasília de 1962.

 

Em 1963, teve o prazer e a honra de dividir um FNM/JK com ninguém menos que Chico Landi. Contudo, 1963 foi um ano que o marcou profundamente. Além dos problemas pessoais que interferiam diretamente em sua vida, as mortes de Christian Heins e Celso Lara Barbéris o abalaram profundamente devido a grande amizade que tinha com ambos. Assim, deixou as pistas e assumiu a chefia da divisão de relações públicas da Willys, no lugar de Luiz Antônio Greco que passou a assumir a chefia da equipe no lugar do Bino.

 

Em 1968 abriu, com Chico Landi, a CBE (Companhia Brasileira de Empreendimentos), representante da marca BMW no Brasil e sendo os sócios homens da velocidade, logo montaram uma equipe de competição com os equipamentos da montadora Alemã. Tendo como pilotos o prodígio Jan Balder e excelente Pedro Victor Delamare venceu a “500 Milhas da Guanabara”, e a dupla Jan Balder e Chico Landi, venceu a “500 Quilômetros de Porto Alegre”. Infelizmente esta equipe durou apenas um ano e em 1969 foi transferida para Aguinaldo de Góes que a rebatizou como CEBEM (Companhia Brasileira de Empreendimentos Mercantis). Eugênio Martins montou outra equipe e com o amigo, parceiro e ídolo Chico Landi ao volante, conquistaram prova Governador Paulo Pimentel para carros nacionais e realizada no aniversário de Curitiba/PR. Esta corrida foi um marco no automobilismo brasileiro: Foi a primeira vitória dos Opalas!

 

 

Ao longo dos anos 70 e 80 esteve sempre ligado ao automobilismo e mesmo depois de se afastar do gerenciamento direto ou indireto das equipes, era sempre um personagem presente nos eventos das pistas.

 

Em 1° de março de 2005, em São Paulo, onde residia. Eugênio Martins deixou o nosso convívio e passou das pistas para a história como um dos maiores pilotos do Brasil. 

 

Fontes: Revistas Quatro Rodas, Mecânica Nacional e Autoesporte, website da SIMCA do Brasil, CDO.

 

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Last Updated ( Saturday, 07 August 2010 19:47 )