Olá leitores! Férias é um negócio muito bom, pena que sempre é muito curta… menos mal que já temos um pouco de esporte a motor para nos ajudar nesses momentos em que não podemos enfrentar o calor insano que está fazendo em São Paulo em uma piscina ou em alguma praia. Aliás, mesmo na “fria” Curitiba enfrentei um calor inesperado viajando com minha filha. E já que mencionei Curitiba, e parece existir uma certa celeuma a respeito do Autódromo de Pinhais, ao menos para track days encontrei uma alternativa razoável: ao lado do Jardim Botânico de Curitiba tem um daqueles velódromos “old style” (ou seja, piso de concreto e descoberto, além de uma extensão maior que a das pistas atualmente utilizadas em competições oficiais de ciclismo) que tem uma bela vocação para se transformar em uma “mini Bristol”, com direito a curvas com inclinação digna do oval de Monza. Não consegui subir pelo meio de curva a pé, o tênis escorregava… confesso que caminhando pela pista fiquei me imaginando acelerando o Nigel (nome do meu Astra verde escuro) naquele velódromo… uns pneus semi-slick e ficaria muito interessante… Confiram a foto e vejam se não seria profundamente interessante passar de carro por ali. Enfim, deixando de lado as divagações e voltando para o mundo real, no dia 17 de janeiro tivemos o encerramento da edição 2019 do Dakar, uma edição “do peru”, haja vista ter sido disputada integralmente nesse interessante país sul americano. Entre as motos, domínio das equipes com patrocínio de energéticos, que colocaram seus pilotos nas 5 primeiras posições na Geral: vencedor foi o australiano Toby Price, seguido pelo austríaco Matthias Walkner em 2º e pelo britânico Sam Sunderland em 3º, todos da Red Bull KTM Factory Team, seguidos em 4º pelo chileno Pablo Quintanilla e em 5º pelo americano Andrew Short, ambos da Rockstar Energy Husqvarna Factory Team. Entre os quadriciclos trifeta argentina, com os “hermanos” Nicolas Cavigliasso, Jeremias Gonzalez Ferioli e Gustavo Gallego ocupando as 3 primeira posições, nesta ordem. Já entre os carros, finalmente a Toyota Gazoo Racing alcançou sua almejada vitória, graças à competência de Nasser Al-Attiyah (que alcançou sua 3ª vitória na competição) e seu navegador Matthieu Baumel, que em 10 etapas venceram 3 e terminaram com pouco mais de 45 minutos de vantagem sobre a dupla espanhola da Mini X-Raid Team Nani Roma e Alex Haro Bravo, que lutou bravamente e conseguiu ficar à frente da lenda do WRC (e grande piloto do WTCC, dono de equipe do WTCR, e 2º colocado nas 24 Horas de Le Mans, entre outras conquistas) Sébastien Loeb e seu navegador Daniel Elena. O Brasil tinha grandes esperanças com seus representantes na categoria Side by Side (SxS), e colocamos 3 duplas entre os 10 primeiros na classificação geral. A vitória ficou com os chilenos Francisco Lopez Contardo/Alvaro Juan Leon Quintanilla, seguidos pouco mais de 1 hora atrás em 2º pelos espanhóis Gerrard Farres Guell/Daniel Oliveras Carreras e em 3º pelos brasileiros Reinaldo Varella/Gustavo Gugelmin. Ainda tivemos os nossos representantes Marcos Baumgart/Kleber Cincea chegando em 6º lugar e Christian Baumgart/Alberto Andreotti em 9º lugar. Para encerrar, entre os caminhões mais uma vez a vitória ficou com os Kamaz, com o trio Eduard Nikolaev/Evgenii Iakovlev/Vladimir Rybakov em 1º lugar, seguindos a 25 minutos pelo outro Kamaz do trio Dmitry Sotnikov/Dmitrii Nikitin/Ilnur Mustafin, que por sua vez enfiaram pouco mais de 1 hora sobre o 3º colocado, o Iveco do trio Gerard de Rooy/Darek Rodewald/Moises Torrallardona. Neste final de semana também tivemos a Race Of Champions, aquela competição/festa de confraternização em que diversos pilotos se enfrentam numa pista bem travada e competem por equipes (Copa das Nações, no sábado)) e também individualmente no domingo. Como previsível, a competição entre nações foi mais divertida que a individual, e propiciou momentos interessantes, sendo que o mais curioso para mim foi o embate entre o piloto vindo das corridas do mundo virtual Enzo Bonito (avisando às leitoras que o sobrenome não corresponde exatamente à aparência do rapaz…) enfrentando o piloto responsável pelo desenvolvimento da RoboRace, aquela categoria de carros sem piloto que o pessoal da Fórmula E está desenvolvendo, Lucas di Grassi. E no embate do piloto virtual com o piloto robô, venceu o piloto virtual, já que aparentemente ter QI de 4 dígitos não torna o piloto mais rápido… a equipe do Brasil foi para a semifinal contra a equipe alemã, e… claro que deu Alemanha. E nem estava falando de futebol, mas… enfim. Segue a vida. A equipe campeã foi a dos Nórdicos, representada por Tom Kristensen e Johan Kristoffersson, que derrotou na final a dupla Mick Schumacher e Sebastian Magnum, digo, Sebastian Vettel. Na competição individual, vitória do mexicano Benito Guerra em uma acirrada disputa contra Loic Duval que empolgou o público que estava nas arquibancadas do Hermanos Rodriguez presenciando a competição. E de última hora teremos mais um brasileiro participando das 24 Horas de Daytona: originalmente estava previsto para o BMW M8 #25 ser pilotado por Connor de Phillipi, Phillip Eng, Tom Blomqvist e Colton Herta, mas Blomqvist teve problemas com a obtenção do visto para os Estados Unidos e Augusto Farfus foi chamado para o substituir nesta prova, que ocorrerá próximo final de semana e terá considerável participação de brasileiros. A conferir… Por hoje é só, até a próxima! Alexandre Bianchini |