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Written by Administrator   
Monday, 29 July 2019 01:03

Olá leitores!

 

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer às condições climáticas por terem propiciado um GP da Alemanha tão interessante e com tantas variáveis. A corrida com o calor que fez nos dias anteriores teria sido tão chata quanto lâmina de barbear... e após a corrida, claro que a Dona FIAdamãeconhecidademais não poderia deixar de fazer das suas: a punição imposta à Alfa Romeo faz parte do ridículo quadro propiciado por regulamentos que, provavelmente, são feitos sob efeito de substâncias estupefacientes. Então deixe-me ver, não pode ter uma regulagem eletrônica de embreagem (coisa ridícula, que nem deveria existir) que simule um “controle de tração” na largada mas pode usar essa regulagem no restante da corrida? É isso mesmo? A justificativa da Entidade foi essa, que para a largada é obrigatório usar o tempo de reação correspondente ao que o piloto faz no acionamento por ele mesmo da embreagem, 70 milissegundos, mas na corrida pode usar outras regulagens como as encontradas nos carros de Räikkönen e Giovinazzi, respectivamente 200 e 300 milissegundos? Por que cazzo não é fixado em 70 milissegundos para a corrida inteira esse tempo de reação? Ou, melhor ainda, por que não retirar a opção da embreagem ser controlada pela ECU? Garanto que um acionamento eletromecânico ou puramente mecânico seria mais barato que essa geringonça... enfim, foi a maneira que a entidade perniciosa encontrou para não deixar seu querido Hamilton sem pontuar em uma das corridas que terminou. Afinal, após tantos incidentes durante a prova, o inglês tinha terminado apenas em 11º, fora da zona de pontuação, mas...

 

Vitória mais do que merecida para Max Verstappen, que venceu errando menos que seus adversários muito mais experientes (embora essa já seja a 5ª temporada do holandês) em condições climáticas no mínimo complicadas. Excelente. Seu companheiro Pierre Gasly (14º) teve mais um dia para esquecer, e com certeza colocou mais um pouco de lenha na fogueira em que o Ciclope costuma jogar os pilotos da equipe dos energéticos. Não apostaria na permanência dele dentro da equipe ano que vem.

 

Em 2º lugar terminou Sebastian Vettel, alcançando uma simbólica redenção na mesma pista em que a atual péssima fase dele começou no ano passado. Largando em último lugar por conta de problemas mecânicos na classificação, não se esperava muita coisa da corrida dele, mas ele foi se adaptando melhor ao carro e na segunda metade da corrida esteve francamente veloz. Claro que foi beneficiado com as diversas entradas do safety-car, que ao agrupar os pilotos acabou facilitando a tarefa de alcançar os adversários à frente. Nesta corrida tivemos, então, duas coisas que faltaram (e muito) para Vettel nos últimos 12 meses: ausência de erros de pilotagem somada à sorte, que parecia ter abandonado o tetracampeão. Seu companheiro Charles Leclerc (17º) abandonou após cometer um erro – erro esse perfeitamente plausível dadas as condições da pista – mas se perdeu tentando justificar o erro após a prova... sim, o asfalto ali é liso, ali funciona uma pista de arrancada, não daria para ter aquelas faixas com progressivos graus de aspereza como em Paul Ricard, meu jovem. Fica mais bonito dizer apenas “Errei”, não precisa de mais justificativa após isso.

 

Em 3º chegou – surpreendentemente – o russo Daniil Kvyat, o mais novo papai do grupo de pilotos (neste sábado nasceu a filha dele com Kelly Piquet, filha do tricampeão Nelson Piquet), que foi ajudado no final da prova pela ousadia da Toro Rosso em apostar que não choveria mais e o chamar primeiro para trocar os pneus intermediários pelos slick. Fez uma corrida como poucas vezes se viu ele fazer, mesmo na época em que ele estava na equipe principal do grupo Red Bull. Seu companheiro Alexander Albon (6º) fez sua primeira corrida na categoria com chuva, e lidou de maneira bastante boa com a situação. Nitidamente esteve cauteloso em diversos momentos, o que pode ter custado alguma posição mais à frente, mas certamente garantiu que ele terminasse a corrida e não ficasse pelo meio do caminho como, por exemplo, Hülkemberg.

 

Em 4º lugar, outra enorme surpresa: Lance Stroll. Esse foi aquele dia em que tudo deu certo para o canadense: acertou na hora de colocar os pneus slick no final da corrida (aproveitou a batida do Bottas para isso), chegou a liderar a prova por algumas voltas, e apenas ficou fora do pódio por causa de um erro próprio que permitiu a ultrapassagem de Kvyat. Acho que definir a atuação dele como surpreendente não traria a devida dimensão do que ele fez esse domingo na Alemanha. Seu companheiro Sérgio Pérez (20º) foi o primeiro piloto a abandonar a prova), rodando sozinho e terminando sua participação no muro.

 

Em 5º chegou Carlos Sainz Jr., que acelerou bastante seja no molhado seja no seco e conseguiu se manter na pista em condições difíceis. Percebe-se que almejava um resultado melhor entre as equipes intermediárias, mas nas condições lotéricas da corrida ele se saiu bem. Seu companheiro Lando Norris (18º) foi mais uma das vitimas da aquaplanagem no período chuvoso da corrida, perdoável por ter sido a primeira corrida dele com chuva desde a estreia na categoria.

 

Com a punição aos carros da Alfa Romeo, em 7º e 8º terminaram os pilotos da Haas, respectivamente Romain Grosjean e Kevin Magnussen. Apesar de (mais uma vez...) terem se tocado durante e prova, foi um resultado bastante decente para a equipe, o que pode indicar que o que falta na equipe, mais do que desenvolvimento do carro, seja pilotos.

 

Em 9º terminou Lewis Hamilton, em um domingo para esquecer: cometeu erros, pegou a equipe de calças na mão na parada de boxe após o toque no muro e sem dúvidas teve u domingo para esquecer. Seu lacaio Valtteri Bottas (15º) errou, rodou e bateu enquanto perseguia Stroll.

 

Fechando a zona de pontos temos Robert Kubica, marcando o primeiro ponto da Williams nesta fase horrorosa em que a equipe se encontra. Sem dúvida uma premiação a um piloto que escapou da morte em um terrível acidente de rali e hoje em dia basicamente pilota com apenas uma das mãos (a esquerda, já que a direita perdeu um bocado de movimentos e força e praticamente fica apenas apoiada no volante). Seu companheiro George Russell (11º) também fez uma boa corrida e lamentou não ter sido mais ousado na hora de trocar os pneus de piso úmido para os de piso seco.

 

Semana que vem já temos outra corrida, no kart..., digo, autódromo de Hungaroring. Comecem a torcer por chuva desde já!

 

A Indy foi com seus carros para uma das mais tradicionais provas de circuito misto da categoria, a de Mid-Ohio, numa pista estreita para o tamanho dos carros da categoria e muito desafiadora (ou técnica, como preferem alguns), com curvas se sobrepondo a curvas. Em uma pista assim os mais hábeis se sobrepõe, e portanto a vitória ficou quase que previsivelmente nas mãos de Scott Dixon, que soube atacar quando necessário, poupar o carro quando necessário e no final da prova ainda resistiu às investidas do seu companheiro de equipe Ganassi Felix Rosenqvist, que tentou de todas as formas ultrapassar mas teve que se contentar com o 2º lugar. Em 3º chegou Ryan Hunter-Reay, após um encarniçado duelo contra Josef Newgarden, que acabou levando a pior, ficando atolado na caixa de areia no final da prova e vendo seus rivais na luta pelo título encostarem nele na classificação do campeonato. Fechando o Top-5 tivemos Will Power em 4º e Alexander Rossi em 5º. Mais um final de semana para esquecer para a equipe Foyt, com Matheus Leist em 18º e Tony Kanaan em 20.

 

A NASCAR foi para meu segundo oval preferido (o primeiro, claro, é Talladega), a pista de Pocono, e como costuma acontecer por lá a corrida foi decidida na base da estratégia de combustível – com a emoção extra de uma prorrogação, claro... vitória de Denny Hamlin, que liderou a trinca de pilotos da Joe Gibbs Racing na bandeirada. Em 2º e 3º chegaram Eric Jones e Martin Truex Jr., para grande comemoração da equipe, faltou apenas Kyle Busch para a festa ser completa. Buschinho pode ter terminado a prova em 9º lugar, mas venceu o 1º segmento e levou mais um pontinho específico de playoff. Completando o Top-5 tivemos dois carros Chevrolet, o #24 de William Byron em um grande desempenho da Hendrick, que aos poucos mostra estar reencontrando o caminho, e o #42 de Kyle Larson em 5º. Para grande alegria desse vosso colunista, Jimmie Johnson voltou a vencer... um segmento (no caso o 2º), claro, mas para quem parecia fadado a andar do meio pra o fundo do pelotão já é um gigantesco avanço.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini