Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
O Universo do WTCC PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 16 April 2010 02:09

 

 

 

Uma corrida de automóveis é o fruto de muito trabalho e muita dedicação de diversas pessoas. Em torno do espetáculo principal, de carros e pilotos, diversos “anônimos” dedicam-se exaustivamente para que tudo aqulo aconteça. Alem disso, diversos fatos costumam acontecer nos bastidores, no chamado paddock e é um pouco deste ambiente que trazemos para nossos leitores com “o universo do WTCC”.  

 

De início, um “mea culpa”. 

 

A Bete, arrendatária do restaurante do autódromo, alugou a cozinha e o salão do mesmo para que este servisse de área de trabalho para o serviço de cozinha e restaurante que iria atender a equipe oficial da BMW e também os convidados Vips dos patrocinadores do evento... deixando a nós e a muita gente que contava com o seu buffet “presos na caixa de brita”. 

 

A chefia desta operação para os VIPs estava sob os cuidados de um dos mais bem sucedidos empresários do setor gastronômico da capital paranaense: Augusto Farfus, o pai do piloto brasileiro que disputa o WTCC. Entre seus empreendimentos no setor, é fácil encontrar Augusto na churrascaria Devos, no bairro do Centro Cívico, próximo ao palácio do governo do estado.  

 

Ambiente fino e bem frequentado, a Devos – assim como os outros empreendimentos de Augusto – preza pela qualidade no atendimento e no requinte do cardápio, e no autódromo, proporcionou a quem esteve presente o mesmo padrão de serviço, agradando em cheio a todos que puderam circular pela “filial” ali montada. 

 

Sem o restaurante da Bete e seu buffet para nós, os pobres mortais e “não VIPs” não ficaram na mão.  

 

Andrei Romanov tentando se fazer entender com o Renato... "vodca, please"! Enquanto Renato argumentava: "Se dirigir, não beba"! 

 

No paddock está localizada a lanchonete do Renato, a quem pedimos imensas desculpas uma vez que, mesmo tendo freqüentado-a durante todo o evento da Stock Cars no ano passado, simplesmente esquecemos de incluir o local na matéria... uma vez amadores, sempre amadores!  

 

Com um cardápio eclético de lanches, doces e salgados, bebidas sortidas e sempre geladas, inclusive aquela abençoada cervejinha do final do dia de trabalho, a lanchonete é uma verdadeira “mão na roda” para quem fica na correria dos bastidores. 

 

Prevenido, o Renato tem uma série de outros produtos para atender as necessidades dos seus clientes, inclusive pilhas, que – diga-se de passagem – salvaram a nossa pele durante a etapa da Stock, aumentando ainda mais nosso sentimento de culpa. 

 

 

Em certos momentos, faltam mesas e cadeiras de tanta gente que chega. por vezes, dá até para "trocar uma idéia" com os pilotos... 

 

Além de lanchonete, o local serve como ponto de reunião informal de pilotos, administradores, pessoal dos staffs, dirigentes de federações e dos eventos de apoio. Um terreno fértil para se colher estórias e que tem como marca principal a eficiência e a simpatia do Renato e de sua equipe. 

 

Beleza põe mesa. 

 

Põe mesa, cadeira, som, organiza logística, resolve pepinos de última hora... não entenderam? A gente explica. 

 

Nos dias de corrida é normal vermos o paddock repleto de mulheres bonitas, vestindo o uniforme de patrocinadores, transitando pelos pits, ao lado dos carros, promovendo produtos, etc. Contudo, durante a semana do WTCC vimos outras belas jovens, sem uniformes de promotoras trabalhando duro em suas atividades e que foram extremamente importantes para o sucesso do evento. 

 

 

Dentro do "container-escritório, o entra e sai de pessoas e o volume de trabalho não davam sossego a Carol e Clarisse. 

 

Na equipe do Rashed, que precisou instalar um container escritório para coordenar os trabalhos, desde a semana anterior ao evento, tínhamos um encontro diário com Carolina Dalletonne. A simpática e eficiente Carol coordenou todo o trabalho de montagem da sala de imprensa, escritórios dos dirigentes da categoria a KSO, salas de reunião e de briefing, além de uma enormidade de tarefas variadas que invadiam a noite a dentro. 

 

As jornadas de mais de 15 horas de trabalho não eram novidade para ela. Aquele era seu segundo ano e Carol nos disse que, a filosofia é “antecipar qualquer problema que possa aparecer e, caso apareça, agir rápido para que se evite maiores transtornos”.  

 

 

Entre o PC, p Palm e o caderno para notas, era raro encontrar Carol no container... ela estava em todos os lugares no paddock. 

 

Dentro desta filosofia também encontramos a colega de trabalho de Carolina, Clarisse Jorge, que já está envolvida com o WTCC há 5 anos, desde o primeiro evento em Curitiba. Clarisse já passou por todo tipo de aperto. “Na primeira vez foi mais difícil, uma vez que era meio que novidade, mas depois a gente vai pegando a ‘manha’ e consegue se sair melhor”, diz sorrindo. 

 

Após todo este tempo, Clarisse já está calejada, mas não se descuida. Como ela mesmo diz, “tudo é um processo evolutivo e todos os anos tem alguma – ou várias – novidades e o objetivo é fazer com que tudo dê certo o tempo todo e, se algo de errado acontecer, a ação corretiva tem que ser imediata e eficaz”, completou confiante. 

 

Assim como as “meninas do Rashed”, Marcello Lotti, da KSO, também tem em seu “exército”, um ícone de beleza e eficiência feminina.  

 

 

Clarisse percisava as vezes de mais que duas mãos... nem por isso se cansava ou reclamava. era raro não a ver sorrindo! 

 

A bela Sandy Heribert, um loira com mais de 1,80 de charme e simpatia. Residente em Paris, corre o mundo com o circo do WTCC há 3 anos e diz adorar o que faz, mesmo que isto implique em jornadas de trabalho que podem ultrapassar 16 horas. 

 

Perguntamos a ela como as pessoas próximas a ela – família, amigos, namorado (se fosse o caso) lidavam com estes períodos de ausência, viagens constantes, um meio composto em sua grande maioria por homens... A bela respondeu que “naturalmente eles gostariam de poder tê-la em sua companhia por mais tempo, sem tantas viagens, mas sabem que este trabalho me realiza e procuram compreender isso, inclusive o noivo” (é marmanjada de plantão... podem tirar o ‘cavalinho rampante’ da chuva: a moça é noiva!). 

 

 

Sandy e Carol. Coordenação e eficiência para transsformar o pit lane em uma "sala de autógrafos" de 300 metros em poucos minutos. 

 

Com uma jornada em termos de dias um pouco menor, mas nem por isso menos desgastante, uma vez que a vimos apenas a partir da quinta-feira, a agradável companhia de Louise Beckectt foi uma constante nos dias que se seguiram. Afinal, estávamos ligados dentro do mesmo seguimento: Louise é a jornalista de campo da Eurosport, canal de TV por assinatura no velho continente que cobre a categoria e transmite as provas ao vivo. 

 

Dona de um ar quase juvenil, em muito pelo tipo físico aparentemente frágil, Louise é simplesmente elétrica: está em todas e sempre “em cima do lance”, como falam no futebol.  

 

 

Os óculos escuros não reduziam o "olho jornalístico" de Louise Beckectt. Ela estava sempre no lugar certo onde estava a noticia!

 

Competente, suas entrevistas eram muito bem pautadas e ela demonstrou ter um grande conhecimento sobre a categoria e sobre mecânica, fato este que foi bem elucidado quando conversamos com ela: “meu pai era mecânico de carros de corrida na Inglaterra e eu cresci neste meio”, confessou. 

 

Jornalista há mais de 10 anos no meio esportivo (começou aos 12?!?!), há 5 anos acompanha diversos eventos de automobilismo e há 2 está no WTCC. Ela recorda-se bem do dia em que recebeu o convite para cobrir automobilismo e mais ainda quando foi destacada para viajar pelo mundo com o WTCC “foi uma realização profissional, diz”. 

 

 

O aorriso de menina escondia a sagacidade da jornalista com mais de 10 anos de cobertura esportiva e 5 só de automobilismo. 

 

Cidadã londrina, a cosmopolita e descolada Louise foi bem direta quando fizemos a ela a mesma pergunta que fizemos a Sandy... e a resposta parecia ter sido combinada: “Eu lido bem com isso e eles também. Claro que todos gostaríamos de poder estar mais tempos juntos, mas nem sempre isso é possível, mesmo para aqueles que não viajam pelo mundo como eu”. Ela também falou que tem alguns amigos brasileiros em Londres e que uma das coisas boas destas viagens é poder trocar experiências e dividi-las quando volta. 

 

Perguntamos o que ela faz nas “férias”, entre uma temporada e outra, se ela aproveitava para descansar em um lugar tranquilo, se viajava... “fico em casa, não viajo e procuro curtir as coisas boas que Londres oferece”, vaticinou! 

 

O “primo” do Zonta! 

 

Assim como em diversas categorias do automobilismo, no WTCC os pneus são todos da mesma marca, a Yokohama. Cabe aos japoneses fornecer o número necessário de jogos de pneus para cada equipe em corridas e treinos. 

 

Tivemos a oportunidade de conversar com um dos técnicos responsáveis pela montagem dos pneumáticos, o italiano Mauro Zonta, que disse desconfiar ser parente do piloto paranaense Ricardo Zonta, uma vez que este é um sobrenome tradicional de sua região. 

 

 

Mauro Zonta e o enorme volume de pneus a ser utilizado no final de semana. Um novo composto, dentro da "tendência ecológica". 

 

Mauro nos recebeu no box número 9, local onde foram instalados os equipamentos de montagem dos pneus e que também serviu de depósito dos mesmos. 

 

Mauro nos contou que, para 2010, a Yokohama vem trazendo na linha Advan, o pneu do WTCC, uma nova tecnologia, que eles chamam de “pneu ecológico”. Este pneu passa por um processo de fabricação menos agressivo ao meio ambiente e que o resultado final tem uma maior durabilidade, permitindo um aumento da vida útil dos compostos. 

 

Para este ano cada carro terá direito a quatro jogos de pneus Slick por corrida e, em caso de chuva, outros 4 jogos de pneus de chuva (não há pneus “intermediários”). As equipes que souberem usar melhor seus pneus, terão uma “reserva” para as etapas seguintes.  

 

 

O trabalho de montagem seguia padrões rígidos de qualidade e segurança para os funcionários... exemplo a ser seguido. 

 

Na quinta-feira, foi feito todo o trabalho de montagem dos conjuntos de cada uma das equipes. Cada pneu tinha seu código de barras de identificação na banda externa (ao contrario da stock, não havia código identificador na parte interna do pneu), num sistema que parecia ser uma espécie de impressão, não era um adesivo.  

 

Composta por 8 pessoas, a equipe de montagem contava com duas linhas, que chamou a nossa atenção pelo cuidado com a segurança dos operadores. O pneu era calibrado dentro de uma redoma acrílica, a fim de proteger o operador de qualquer acidente.  

 

Sem combustível ninguém funciona. 

 

A equipe SR Sport e sua “satélite” Zengö”, com 5 carros e um staff com cerca de 70 pessoas montou em um dos boxes que tinha direito um restaurante para atender as necessidades de seus mecânicos, técnicos e pilotos. Se um carro precisa de combustível para andar, os membros da equipe também tem esta necessidade! 

 

À frente dessa tarefa, de manter todo este exército bem alimentado está um rapaz de 24 anos! David San Martin, um espanhol – tímido... sempre cobria o rosto quando tentávamos fotografá-lo – da região de Barcelona, a Catalunha, e apaixonado por automobilismo. Conversamos com ele enquanto ele preparava o almoço na sexta-feira (sem segundas intenções, claro, tanto que comemos na lanchonete do Renato) para saber como ele tinha entrado nesta vida.  

 

 

A cozinha e o "restaurante" da SEAT, "pilotado" por David San Martin... mais de 70 "clientes fixos", fora os "bicões".  

 

David nos contou que era cozinheiro em um restaurante em Barcelona quando surgiu a oportunidade de entrar para a equipe, onde está entrando em sua segunda temporada. Formado em cozinha por uma escola técnica em sua cidade, ele diz sentir muito mais prazer em estar ali, num meio que ele gosta e fazendo o que sabe do que se estivesse num restaurante chique em Madrid ou Barcelona. Definitivamente, o tempero da culinária de David é a velocidade! 

 

Conversamos com o experiente piloto holandês Tom Coronel e com o Português Tiago Monteiro sobre os dotes culinários do “piloto do fogão” (explicamos para eles essa estória de ‘piloto de fogão’ que se fala aqui no Brasil e ambos racharam de rir). A opinião sobre a qualidade da comida foi a melhor possível. Bandeira quadriculada, 25 pontos, pódio e champanhe para o David! 

 

Um piloto para derrubar qualquer muralha! 

 

Na temporada de 2010 do WTCC, a pluralidade de nacionalidades ficou ainda maior, com pilotos vindos de países onde – pelo menos aqui no Brasil – não se lê notícias sobre corridas nestes países. Um destes países é a China, o gigante asiático. 

 

 

Em conversa com seu mecânico chefe e o proprietário da Bamboo Racing, Darryl procura assimilar as informações que precisa.

 

O nome da fera é Darryl O’Young... ok, tá bom, é o nome chinês "menos chinês" que tanto você – leitor – como nós já escutamos... mas tanto o “chassi” quanto a “bolha”, não negam a origem, apesar dele ter nascido fora de lá – ta aí o porque do nome! 

 

Darryl nasceu no Canadá – mas seus pais são nascidos na China – contudo, faz questão de assumir a sua nacionalidade de origem e de carregar a bandeira vermelha e estrelada. Tendo iniciado a carreira no kart, como quase todos os garotos, Darryl fez todas as etapas de seu desenvolvimento por lá.  

 

 

Nascido no Canadá, Darryl faz questão de se afirmar como piloto chinês e carrega com orgulho a bandeira de seu país. 

 

A família retornou para Hong Kong há 8 anos e ele foi com os pais e continuou nas pistas, participando de provas de monopostos e carros de turismo até chegar à Bamboo Racing, a única equipe a correr com os Chevrolet Lacetti. 

 

Ambicioso, espera fazer deste primeiro ano na categoria um aprendizado e uma vitrine para conseguir, em breve, uma oportunidade em uma equipe de ponta. 

 

Vencendo batalhas na guerra da vida. 

 

Durante o período de testes pretemporada da BMW, entre os mecânicos que vieram para o Brasil estava um “nada europeu”. Os traços físicos não negavam a origem asiática do vietinamita Vuong So Phuc destacava-se no universo caucasiano da equipe. 

 

 

Entre todos os mecânicos da equipe BMW, Vuong destaca-se, pelos "traços diferentes" e pelos anos de serviço no time oficial... 22! 

 

Vuong nasceu em Hanói e sua família fugiu do país durante a guerra que ficou famosa por diversos motivos. Seus pais refugiaram-se na Indonésia e, posteriormente, conseguiram ir para a Alemanha quando ele ainda era criança. 

 

Na Alemanha, Vuong cresceu e estudou mecânica. Como morava próximo a Stuttgart, um dos grandes centros de competições, há 25 anos ele começou a trabalhar com carros de corridas. 

 

Em momento algum ele diz sentir-se "diferente". "Aqui na equipe todos trabalhamos juntos: alemães, ingleses, vietinamitas..." ri. 

 

Foi há 22 anos que Vuong entrou pela primeira vez pelo portão da BMW e lá fez sua carreira, trabalhando em diversas categorias, entre monopostos, protótipos e carros de turismo, até se estabelecer na equipe alemã da BMW no WTCC. Com a unificação e a redução do contingente, Vuong foi um dos que permaneceram no time principal. 

 

 

Em um momento só seu, Vuong conversa com a esposa pelo computador. Hoje em dia, ajuda a diminuir a distância e a saudade. 

 

Casado, pai de um rapaz de 19 anos e residindo com a família ainda na Alemanha, Vuong diz ser uma pessoa de muita sorte em todos os sentidos e que se sente realizado profissionalmente. Contudo, investe na formação do seu filho para que ele possa ter uma vida e uma carreira profissional melhor e menos desgastante, não precisando ausentar-se de casa por tanto tempo e com tanta frequência. “Nestas horas, o computador e os programas para falar online servem apenas como um paleativo”, diz. 

 

A Primeira Dama. 

 

Quem vê aquela jovem de semblante ainda juvenil não faz idéia da fortaleza interior escondida sob os traços de menina-moça. 

 

 

A nossa 1ª dama, Liri Farfus. Uma simpatia de pessoa. Quem a conhece bem pode falar mais da força desta jovem. 

 

Discreta, extremamente educada e atenciosa, Liri Farfus não se furta de dar atenção a quem a procura, sempre com um sorriso tímido e muito afetuoso. Muitas vezes, o “alvo da abordagem” é o seu marido, por quem os fãs buscam por um autógrafo ou uma foto. 

 

O semblante tranquilo em seu rosto nos boxes e no paddock durante o final de semana retrata exatamente aquilo que ela sente quando vê o marido a mais de 200 Km por hora. “No início eu ficava tensa, preocupada, mas depois que fomos nos conhecendo melhor e ele me passava a confiança com a qual faz seu trabalho eu fui adquirindo um pouco daquela serenidade e hoje fico bem tranquila vendo-o na pista”, declarou. 

 

 

Figura discreta, Liri parece fazer questão de não chamar atenção. Que todos os holofotes recaiam sobre seu marido, o piloto. 

 

Casados há dois anos (antes foram quatro anos entre namoro e noivado), Liri esteve em todos os dias, durante todo o tempo ao lado do marido, mas do seu jeito: discreta, quase imperceptível. 

 

Quando perguntamos quando é que teríamos a boa nova da possível vinda do “Augusto Neto” ela sorriu mais descontraída... recompondo-se, respondeu bem “à Liri Farfus”: Um sorriso discreto, um olhar tímido e um silêncio reservado. 

 

Mais Brasil no WTCC. 

 

Na sexta-feira, encontramos com o campeão da Stock Cars, Cacá Bueno. Simpático e acessível, nos atendeu em nosso questionamento sobre suas impressões a respeito do novo motor e dos problemas com este nos testes pretemporada da categoria (veja o que falou Cacá no especial Pretemporada 2010). 

 

 

Cacá chegou na sexta-feira ao Autódromo Internacional de Curitiba. Além do sorriso, intenções mais sérias se revelariam... 

 

Em um evento como o WTCC, mais que normal encontrarmos diversas personalidades do meio automobilístico, de diversas categorias, além de gente famosa de uma forma geral. Contudo, a visita do campeão e um dos melhores pilotos de carros de turismo do país tinha outros objetivos. 

 

No sábado pela manhã, flagramos – mas não foi possível fotografar – uma reunião em que estavam à mesa, o piloto, o presidente da CBA, Cleiton Pinteiro e o Diretor Geral da KSO, Marcello Lotti. Nem nós, nem ninguém, teve acesso a reunião... mas ficamos “no vácuo” do piloto, esperando o momento certo para “dar o bote”. 

 

No domingo, num papo animado com o piloto e instrutor da escola de pilotagem que fica no Autódromo Internacional de Curitiba, José Córdova, que estava fazendo parte do staff da equipe Chevrolet e o próprio Cacá, veio a revelação, que algumas horas depois foi dada no sistema de som do autódromo. 

 

 

Seguimos os passos do campeão da Stock durante todo o final de semana... no domingo, finalmente, a verdade foi revelada. 

 

Cacá apresentou na reunião um esquema para a entrada de – pelo menos – uma equipe com base na América do Sul (Brasil ou Argentina?) com uma montadora forte por trás (Renault? Peugeot? Ford? Honda? Fiat? Ele não entregou qual seria). Seriam dois carros, com ele e – provavelmente – um piloto argentino. 

 

No “pacote” Cacá acenou para Marcello Lotti com a visibilidade que o evento passaria a ter com a presença desta equipe e dele, praticamente garantindo que as provas seriam transmitidas pelo Sportv e que haveriam entradas no domingo seguinte à cada prova no programa Autoesporte, da TV Globo! 

 

Sem conseguir resistir calados, perguntamos sobre possíveis conflitos de datas entre o WTCC e a Stock Cars e como ele faria nestes casos.  

 

 

"Quem faz o calendário da Stock é a Globo. Se ela tiver interesse no WTCC vai arrumar as datas para que não haja conflito".

 

De forma direta, Cacá disse que isto não seria problema uma vez que, fechando este ano para correr em 2011, haveria tempo suficiente para se ajustar o calendário da Stock com o do WTCC e assim, garantir não apenas as transmissões pela TV mas a sua participação em ambos sem que houvesse conflitos de datas e/ou interesses. A segurança com a qual ele falou isso impressionou até o Córdova! Quem pode, pode... 

 

Cacá foi mais além, disse que, além desta equipe, pode vir a ser constituída um outro time, no caso com dois pilotos brasileiros! Agora é aguardar e ver o desenrolar dos fatos. 

 

Segurança em Primeiro Lugar. 

 

Na sexta-feira, após o primeiro dia de treinos livres, acompanhamos o segundo (o primeiro havia sido no dia anterior) treinamento das equipes de resgate que trabalhariam no autódromo, tanto no WTCC como na Copa Porsche GT3. 

 

Com a coordenação do Dr. Marcelo Ribeiro (Dr. Dino Altimann estava à frente do socorro médico da Porsche GT3), do diretor de prova, Sérgio Berti (O nosso bom amigo Carlos Montagner estava em Guaporé-RS, para a abertura do Sulamericano de Fórmula Truck) e d chefe da equipe de resgate, Marcelo Thomé, seguiu-se todo o protocolo exigido pela FIA e que sempre é cumprido aqui no Brasil. 

 

A equipe de macacão azul é a equipe de resgate de carro. São eles quem estão preparados para cortar a estrutura do carro caso seja preciso para que o piloto seja removido. Aberto o caminho, entra em ação a equipe de resgate do piloto. 

 

A equipe de macacão laranja tem a formação técnica necessária para fazer a remoção do piloto acidentado com as devidas precauções para que o mesmo não sofre, por exemplo, uma lesão na coluna vertebral, como bem explicou Dr. Marcelo. 

 

 

O socorro médico teve um treinamento real na sexta-feira... com carros reais e até mesmo pilotos reais. Isto é que é realismo! 

 

A maior urgência no caso de um acidente é verificar as condições vitais do piloto. Caso ele esteja consciente e/ou pelo menos respirando normalmente, a vida da equipe de resgate fica bem mais fácil. 

 

Algo muito interessante do ensaio é que foi feito um treinamento com cada um dos modelos que estariam correndo no AIC naquele final de semana: No BMW 320si, no SEAT TDI e no Chevrolet Cruze (não fizeram no Lacetti), além de fazerem em um dos Porsches. 

 

Os pilotos Jordi Gené e Andrei Romanov foram voluntários para servir de “vítima” de um acidente... será que algum piloto faz isso na Fórmula 1? 

 

A precisão em milésimos de segundo. 

 

O pessoal da MST System nos fez sentir bem à vontade quando fomos visitá-los na torre de cronometragem. 

 

 

A MST System mostrou, além de competência, um ótimo ambiente de trabalho, com muito bom humor. 

 

Já havíamos batido um papo informal com o Mike Salmon, um verdadeiro bonachão, e o acompanhamos quando ele foi fazer a checagem dos transmissores instalados nos carros. Cada sensor tem um código chave distinto e isso permite uma série de funções que veríamos na torre. 

 

Na torre, além do Mike estavam o Paul Spicer, Doug Guilding e o "Mark", que fes o cabeamento. No total eles formavam uma equipe de seis pessoas. Achamos pouco, mas o Paul Spicer explicou como funcionava o esquema deles: 

 

 

O esquema de trabalho da MST System mostrou-se "enxuto" e eficiente. Poucas pessoas, tecnologia simples e muita competência. 

 

“Durante a corrida ficamos em dois no controle de tempo de cada carro, com o auxílio dos controladores automáticos... estas caixinhas cinza que, a um click, quando da passagem de cada carro, envia todos os dados para o sistema. Daí, no sistema de dados, é feita a conferência e o Doug monitora e coloca os gráficos na transmissão. Além dos quatro, dois ficam “volantes” no autódromo para resolver qualquer problema. 

 

Do deserto do Marrocos para o universo do WTCC. 

 

Seu nome é Mehdi Bennani... um jovem marroquino de 26 anos, natural de Fés e fã de Ayrton Senna, estava encantado com tudo que via em sua primeira vinda ao Brasil.  

 

Mehdi correu algumas provas no ano passado (no ano passado, seu ‘debut’ foi na corrida ‘de casa’, em Marrakesh, onde ele conseguiu terminar em nono as duas etapas), mas esta seria a sua primeira temporada completa no mundial de carros de turismo.  

 

 

Aos 26 anos, Mehdi Bennani é um ícone do esporte em seu país. Lá, as corridas do WTCC são transmitidas ao vivo na tv aberta.

 

A simpática figura do piloto, sempre com um sorriso estampado no rosto foi sua marca registrada e era também a tônica da equipe Wiechers Sports, chefiada por Dominik Greiner. 

 

Em um momento mais tranqüilo, entrevistamos Mehdi para podermos conhecer um pouco de como é a sua vida de piloto e de como é ser piloto num país do qual – assumimos – não conhecemos quase nada a respeito da estrutura do esporte a motor. 

 

NdG: Mehdi, gostaríamos, antes de tudo, de pedir desculpas por conhecermos quase nada sobre o automobilismo no seu país e muito pouco sobre sua carreira. Por favor, você se importaria de apresentar-se para o público brasileiro? 

 

M. Bennani: Com prazer. Olá fãs do Brasil, meu nome é Mehdi Bennani, sou natural do Marrocos e atualmente piloto na equipe Wiechers no WTCC. Acredito que os brasileiros conheçam o meu país, o Marrocos, onde o campeonato mundial de carros de turismo faz uma prova na famosa cidade de Marrakesh e esta é a primeira vez que venho correr no Brasil, em Curitiba. 

 

NdG: Como foi o desenvolvimento de sua carreira até chegar ao WTCC?  

 

 

"Estou encantado com esta primeira vinda ao Brasil. Tudo é muito bonito em Curitiba... mas o autódromo tem um traçado difícil". 

 

M. Bennani: Eu comecei no kart, com 12 anos de idade, em Marrocos, na minha cidade natal, Fés, mas ainda muito cedo fui fazer o curso da escola de pilotagem em Le Mans, na França, por onde passaram alguns dos maiores pilotos do mundo como o tetracampeão de fórmula 1 Alain Prost. Minha carreira em monopostos, após a escola, foi na Fórmula BMW, onde, no ano de estréia, terminei em sétimo no campeonato e fui terceiro na copa BMW com todos os pilotos de todos os continentes. Depois disso eu corri na Renault World Series e na Fórmula 3000. Em 2009 fiz algumas provas no WTCC e agora vou correr a temporada inteira. 

 

NdG: Como é a estrutura do automobilismo em seu país? 

 

M. Bennani: Nós infelizmente não temos um circuito permanente, como este belo e muito difícil circuito de Curitiba. O circuito de Marrakesh é um circuito semi permanente, mas, mesmo assim, temos hoje uma boa atividade de automobilismo em Marrocos, com muitos kartistas e um campeonato local. Ainda falta muito para chegarmos ao nível de um país com campeões do mundo como o Brasil, mas esperamos um dia chegar lá. 

 

NdG: Você é uma referência para os pilotos de seu país? 

 

M. Bennani: De certa forma, acredito que sim, uma vez que fui o primeiro piloto do Marrocos a chegar ao nível de disputar um campeonato do mundo e espero que outros possam chegar em breve a esta condição. 

 

NdG: Quando você começou a pilotar, você certamente desejava, mas até onde imaginava que poderia chegar aonde você está, hoje? 

 

 

No domingo, na sessão de autógrafos no pit lane, mesmo sendo um "desconhecido", foi um dos mais solicitados... pelas garotas! 

 

M. Bennani: O piloto tem que acreditar nele mesmo, sempre e eu sempre acreditei em mim, na minha capacidade, no meu potencial. Consegui me sair bem em todos os campeonatos que disputei e consegui conquistar a confiança dos marroquinos e dos meus patrocinadores. 

 

NdG: Como você mesmo acabou de dizer, você conquistou a confiança do povo marroquino... e o que o povo marroquino espera do seu piloto? 

 

M. Bennani: Eles esperam, certamente, que eu me saia bem. Na prova de Marrakesh, no ano passado quando fiz minha estréia o autódromo estava cheio e este ano também espero que esteja. 

 

NdG: As corridas do WTCC são transmitidas pela televisão em Marrocos? Em TV aberta ou em TV paga? 

 

M. Bennani: São transmitidas ao vivo e em TV aberta e no canal mais importante do Marrocos, o que permite um grande retorno para os patrocinadores.  

 

NdG: O WTCC protagonizou inúmeros acidentes no ano passado, nem o safety car escapou. A que você acha que deve este fato, de haver tantas batidas? 

 

 

No final do dia, o terceiro lugar entre os pilotos das equipes privadas sem apoio oficial de fábrica foi uma bela conquista. 

 

M. Bennani: Os carros são muito parecidos, os pilotos são muito competitivos e todos querem vencer... acidentes acontecem e nos carros de turismo, eles são mais frequentes. Em muitos casos, só cabe um carro e tem três ou quatro tentando estar ali... o acidente e muito provável, mas as pessoas que vão as corridas estão lá para ver as disputas... e os acidentes também. 

 

NdG: Você está correndo por uma equipe privada. Quais são suas expectativas no campeonato, de uma forma geral e entre as equipes privadas e os pilotos novatos? 

 

M. Bennani: Esperamos nos sair bem, conseguir alguns bons resultados, pontuar na classificação geral e conseguir o melhor resultado possível entre os novatos e privados. Achamos que temos um time forte o suficiente para isso e estamos muito confiantes em conseguir isso. 

 

Personagens e personalidades no paddock. 

 

Os finais de semana de todo evento automobisistico atrai pessoas de relevante importância no meio. No WTCC, havia uma constelação destes grandes nomes que fazem parte do circuito automobilístico nacional.  

 

 

No sentido horário: A cúpula do IRC, Toninho Souza, da organização, Reginaldo Leme e nosso segurança, Nelson "car" Aparecido.

 

Alguns deles, são protagonistas na pista, outros, personagens importantes dos bastidores e ainda tem aqueles, insólitos anônimos que, por alguma razão, acabam tornando-se personagens dignos de nota. 

 

 

Em sentido horário, Otávio Mesquita e Alexandre Barros, da Porsche cup, Cacá Bueno, Max Wilson e o Dr. Dino Altimann.

 

Sendo assim, no melhor estilo Ibraim Sued (essa fomos buscar longe... para os mais jovens, que não fazem idéia de quem possa ter sido, Ibraim é – até hoje – o maior colunista social da história da imprensa deste país), apresentamos o “jet set” do WTCC. 

 

 

No sentido Horário: Augusto Farfus (pai), Paulo Nobre e amigos, Cleiton Pinteiro (Pres. da CBA) e Tino Viana, piloto de Rally. 

 

As “Grid Girls”. 

 

A idéia foi, de certa forma, do fotógrafo Duda Bários, que começou a juntar as jovens que trabalham nas corridas para fazer umas fotos de algo que não tivesse rodas (e tivesse, digamos, “formas aerodinâmicas”). 

 

 

Sob sol ou sob chuva, sem perder a postura ou balan♪5ar no salto, as moças que trabalham nos autódromos aceleram corações. 

 

Na matéria "o universo da Stock Cars", fizemos uma parte do artigo dedicado a mostrar o trabalho desgastante destas modelos que ficam expostas a sol, chuva, ventos e cantadas, sem perder a postura. 

 

 

Loira ou morena? Tem para todos os gostos e o nosso amigo da Eurosport (o camera ao fundo) registrou tudo em detalhes! 

 

Desta vez não faremos nada a não ser mostrar as belas que encantaram a todos no Autódromo Internacional de Curitiba.

 

 

Não há o que discutir: Nossas "Panteras do Grid" são mais "panteras" do que as que fizeram os filmes de Hollywood!

 

Para "delírio dos marmanjos... as "Grid Girls"! 

 

 

Last Updated ( Saturday, 17 April 2010 12:22 )