Amigos, a Ferrari terá no GP do Canadá no próximo domingo, uma nova evolução aerodinâmica. Pequenas e médias modificações foram feitas desde o início da temporada no GP do Bahrein, mas nada que surtisse efeito radical sobre o comportamento do carro, o Ferrari F10. O mais curioso é que, no meu entender, na última corrida na Turquia a equipe de Maranello ficou ainda mais longe da Mclaren. Da RBR então nem se fala. 

Desde o começo da temporada a Ferrari vem percebendo que seguiu caminhos errados, com relação principalmente a aerodinâmica. Depois que o carro apresenta problemas, as evoluções muitas vezes são suficientes para corrigi-los. Só que a concorrência (leia-se Mclaren e RBR), também evolui, deixando a Ferrari no mínimo um passo atrás. Complexo é dar dois passos a frente e alcançar os adversários em termos de performance.  

As evoluções da equipe italiana foram muitas. No GP do Bahrein trouxeram uma asa dianteira nova, desenvolvida nos testes em Barcelona. Depois, na Austrália, todo o conjunto das asas dianteiras foi modificado. Para a terceira etapa na Malásia, trouxeram um novo assoalho do carro, que foi usado só nos treinos. O objetivo era canalizar melhor o ar para as laterais do difusor traseiro. E por aí vai a lista de inovações e modificações, passando é claro, pelo famoso duto aerodinâmico. Aliás, duto que a Mclaren usa desde os testes de pré-temporada, e que obviamente está muito mais desenvolvido. Fora isso, a RBR que nem está usando o duto ainda, anda na frente graças a um chassi genial concebido pelo engenheiro Adrian Newey. 

Para o GP do Canadá, os detalhes ainda serão revelados sobre o pacote aerodinâmico. O circuito de Montreal não exige grande pressão aerodinâmica, chamada em inglês de “downforce”. O downforce exigido pela pista canadense é de médio para baixo, o que mostrou uma Ferrari otimista na última semana. O diretor Stefano Domenicali, em entrevista ao próprio site da Ferrari, falou sobre a pobre performance em Istambul, e disse que a pista canadense pode ser melhor para a equipe. Além disso, os pneus utilizados serão os super macios e os médios, com os quais a Ferrari andou bem, por exemplo, no Bahrein. Mas é tudo muito subjetivo. 

Fernando Alonso declarou esta semana ao site de uma revista francesa de F1, que fora a asa traseira e o duto aerodinâmico, que não tiveram ganho de performance e monopolizaram as atenções dos engenheiros, não houve nada de novo. Não me parece uma declaração muito otimista.  

Um abraço e oremos sempre. 

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