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Em ritmo de October Fest, emoções germânicas com a Porsche Cup e o Mercedes Chellenge PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 October 2021 23:17

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana prolongado com o feriadão de Nossa Senhora Aparecida vai me segurar em casa e assim passar mais tempo com a patroa e os moleques, mas sem descuidar do nosso compromisso de toda terça-feira, de dar uma zapeada no que aconteceu de bom no automobilismo nacional, além – claro – de prescrever umas pílulas pra muitos darem risadas e alguns ficarem chateados (o advérbio não era bem esse...)

 

A gente teve mais um final de semana da Categoria Gourmet do nosso automobilismo que mudou-se temporariamente para Goiânia. No final de semana passado eles fizeram uma etapa do “campeonato normal”, sobre o qual eu vou falar e na semana que vem farão aquela corrida de endurance, com os convidados especiais. Junto com ela, darei minhas pinceladas sobre a etapa do Brasileiro de Endurance que aconteceu em Curitiba no início do mês pra deixar tudo “devidamente endurecido”.

 

Como estamos no mês da October Fest (da qual fui proibido de participar em Blumenau em 2002 por colocar em risco o estoque de chopp da cidade no ano anterior), Completamos a coluna falando do Mercedes Challenge, que correu no Autódromo Gourmet do Velocittà, o mais bem cuidado do Brasil, que recebeu toda a trupe do Campeonato Paulista de Automobilismo, inclusive a Gold Classic do meu camarada, o Sinestro. Agora que já cabe a foto do Ogro na abertura da coluna, vamos falar de velocidade.

 

Em Goiânia, com umas temperaturas um pouco mais camaradas – mas nem tanto – da que a Stock Car enfrentou, a Porsche GT3 Carrera Cup realizou suas quatro corridas nas categorias Carrera e GT3 na tarde do sábado, corrida que assisti pela Band, com narração do Ivan, o Terrível e comentários do Prosdócimo, na sua zona de conforto.

 

Os primeiros a irem pra pista foram os carros e pilotos da Carrera Cup e a corrida começou mais quente do que o asfalto. Sobraram carros e faltou espaço quando Rouman Ziemkiewicz (parabéns pro Ivan que não fraturou a língua tentando falar esse nome) tentou sair da traseira de Francisco Horta e foi para um espaço onde Georgios Frangulis já mergulhava por fora. Não deu muito certo: enquanto um foi para o gramado, o outro atravessou a pista para dentro, acertando Eduardo Azevedo e colocando no rolo Paulo Borges e Franco Giaffone.

 

 O pessoal da Porsche resolveu imitar o pessoal da Stock Car na largada do sábado (Reprodução: youtube)

 

Rápido no gatilho, Nenê Gomalina, o Diretor de Prova, acionou imediatamente a bandeira amarela e colocou o Safety Car na pista para o pessoal do resgate recolher os carros acidentados. Antes disso, no pelotão da frente a coisa também foi quente – e menos acidentada – com Pedro Boesel – Sobrinho do DJ Raul – fazendo uma grande largada, saindo de sexto para segundo. Pedro Aguiar também largou bem, assumindo a liderança depois de largar de terceiro e Enzo Elias foi de quarto para terceiro, com a primeira fila sendo engolida. Marçal Müller, que largou na pole, caiu para o quarto lugar e o segundo no grid, Alceu Feldmann, despencou para nono.

 

O resgate, apesar da categoria ter carros alemães foi padrão República Sebastianista de Banânia, termo do meu camarada e também colunista aqui no site, Alexandre Gargamel. A corrida só voltou a ter bandeira verde faltando 13 minutos para abertura da volta final (praticamente metade do tempo de corrida). Na relargada, Alceu Feldmann foi quem melhor aproveitou o momento, deixando pra trás Chico Horta e Renan Pizii. Aesar da lição da primeira volta, os pilotos estavam dispostos a tudo. Miguel Paludo e Werner Neugebauer – na briga pelo campeonato – andaram trocando tinta (duas vezes). Brigaram demais e correram “de menos”: Alceu chegou na briga que os dois travavam pelo quinto lugar e deixou a ambos pra trás. Pior ficou para Miguel Paludo, com seu carro perdendo performance pouco depois e sendo superado pelos concorrentes que vinham atrás. O então líder do campeonato foi forçado a abandonar a etapa com o radiador danificado.

 

Lá na frente, Pedro Aguiar conseguia respirar com uma vantagem de um segundo e meio sobre Pedro Boesel, evitando assim o vácuo na longa reta do circuito, coisa que os carros da Porsche – carro de corrida de verdade – tem como usar bem. Logo em seguida a briga vinha boa com Enzo Elias colado no parachoque do sobrinho do DJ, o que deu mais sossego pra Pedro Aguiar e permitiu a chegada de Marçal Müller e Alceu Feldmann logo alcançaram a disputa e a temperatura subiu. Na volta 12 Feldmann mergulhou com tudo por dentro do carro de Enzo Elias no fim da reta, para tomar o terceiro lugar depois dos carros trocarem tinta (que não é tinta, é tudo envelopado hoje em dia). Possuído, Feldmann então passou Boesel na volta seguinte. Colado no paranaense, Enzo Elias se aproveitou aproveitou a brecha e bloqueou Pedro Boesel, fazendo-o perder duas posições na manobra. Três voltas depois, Boesel se aproveitou de espalhada de Elias na entrada da reta e retomou o quarto lugar. Por pouco Marçal Müller não foi na carona e passava também. Pedro Aguiar agradeceu a disputa e venceu com tranquilidade, seguido de Feldman, Boesel, Elias e Müller. Na P7, Renan Pizii venceu na classe Sport e em 9°, Francisco Horta levou na Trophy.

 

Depois foi a vez da GT3, onde Lucas Sales conseguiu vencer uma corrida disputadíssima, chegando apenas 361 milésimos de segundo à frente do segundo colocado, Márcio Mauro. Christian Mohr, Raijan Mascarello e Ricardo Fontanari completaram o pódio. O líder do campeonato, Nelson Monteiro ficou apenas em 6° e – a pedidos da minha filha para a citação – o ator globêstico (a segunda vogal não era bem essa), Caio Castro. não conseguiu repetir os resultados anteriores e ficou apenas em 10° lugar.

 

 Enzo Elias fez uma largada de piloto experiente sobre as feras cascudas da Carrera Cup no domingo (Reprodução: youtube)

 

No domingo, com os grids invertidos os pilotos da Carrera e da GT3 voltaram para pista, mais uma vez com a dupla da Band na narração e comentários com um carneiro no rolete, regado a litrões puro malte, fomos vendo as corridas, começando pela Carrera, onde o pole, Enzo Elias, fez uma corrida de gente grande da primeira a última volta. Já na largada, tomou a ponta e fez uma linha defensiva que atrapalhou Pedro Boesel e que mesmo Marçal Müller tomando a P2, não teve como atacá-lo diretamente pela liderança. Assim como Pedro Boesel fez no sábado, desta vez o dono do Dragster foi Werner Neugebauer, que saiu da P9 para 5° na largada. Na volta seguinte, Pedro Boesel foi superado por Pedro Aguiar que parecia ter carro para bizar o feito do sábado. Quem também estava bem era Alceu Feldman, que passou Neugebauer na curva 1, na volta 4, mas tomou o troco na entrada do misto. A briga pela ponta entre Enzo Elias e Marçal Müller estava sensacional e foi ficando boa quando os carros que vinham atrás se juntaram, fazendo um pelotão compacto. Só no terço final da corrida que os dois da frente conseguiram fugir um pouco. Neuguebauer perdeu a posição para Feldmann e foi brigar pela P6 com Miguel Paludo, que tentava se recuperar do abandono na corrida do sábado e também era acossado por Renan Pizii. Pedro Aguiar, Pedro Boesel e Alceu Feldmann brigavam pelo 3° lugar. Na parte final da corrida, Enzo conseguiu livrar um segundo de vantagem sobre Marçal. Pedro Boesel tentou, mas não conseguiu superar seu xará. Alceu Feldmann ficou em 5°. Paludo não conseguiu superar Neugebauer. Pizii foi o 8° e venceu na Sport. Marcondes foi o 9° venceu na Trophy. A briga pelo campeonato está boa com os 4 primeiros (Müller, Neugebauer, Paludo e Feldmann) separados por apenas 11 pontos.

 

Na GT3 Lucas Sales bizou o feito do sábado depois de superar o pole position, Nelson Monteiro em uma corrida complicada, com entrada do Safety Car e empatpu com ele na liderança do campeonato. Christian Mohr, Daniel Correa e Marcus Peres fecharam os 5 primeiros, mas no campeonato, a decisão vai ser mesmo entre Lucas Salles e Nelson Monteiro.

 

No Velocittà, o Mercedes Benz Challenge tomou a manhã do domingo com a narração do Filho do Deus do Egito, mas nos comentários, ao invés do Enviado de Cristo, os comentários ficaram com o promotor da categoria, Roberto Santos. Na primeira corrida, com 14 voltas ou 30 minutos e Cesar Fonseca, líder do campeonato largando na pole position, liderança nos treinos e confirmada depois da largada quando assumiu a ponta desde a largada, que teve enrosco com os carros da C300, mas sem necessidade da entrada do Safety Car. Fernando Jr. se deu bem na curva 1 e tomou a P2 de André Bragantini, partindo pra cima do líder. Os 3 primeiros se destacaram do restante do grupo. A alegria de Fernando Jr. não durou muito. Ele teve que dar um “reset” no “modo de segurança” do carro e caiu para 8°.

 

 O temporal previsto caiu na madrugada mas a pista estava úmida para a 1ª corrida do MBC (Reprodução: youtube)

 

Na C300, Witold Ramasauskas superou Vini Azevedo e os dois vinham numa bela disputa até que Azevedo rodou sozinho e perdeu terreno e posições. As corridas de recuperação de Fernando Jr e Vini Azevedo foram muito boas. Fernando Jr. conseguiu se recuperar até a P3, assim como Vini Azevedo. La na frente, Cesar Fonseca tinha a corrida sob controle e garantiu mais uma vitória, assim como Ramasauskas venceu na C300.

 

Na corrida 2 teve uma garoa para deixar a corrida mais animada e a repórter de pista deixou meu moleque todo animado (como se ele tivesse chance), mas animação mesmo parecia estar pela frente com a pista mais úmida do que na corrida 1, mas como a categoria não tem grid invertido, Cesar Fonseca e André Bragantini estavam novamente na primeira fila. Bragantini quase perdeu a P2 – outra vez – para Fernando Jr, mas ele foi Kamicase e não apenas recuperou a P2 como superou Cesar Fonseca pra tomar a ponta, que o líder do campeonato retomou na passagem na reta dos boxes com a freada da curva 1. A chuva começou a apertar na 3ª volta e alguns pilotos foram para os boxes colocar pneus de chuva. Os líderes ignoraram os pingos e continuaram na pista.

 

 A pista úmida e em alguns momentos levemente molhada animou a corrida 2 do MBC (Reprodução: youtube)

 

Na C300, Vini Azevedo deu o troco em Witold Ramasauskas e tomou a liderança da categoria, parecendo estar melhor com a pista mais molhada, que foi ficando mais difícil com a água que veio caindo com 9 minutos de corrida. Fernando Jr. tomou a P2 de Arthur Bragantini e começou a atacar Cesar Fonseca. Os 3 primeiros se destacaram como na prova 1, mas Adriano Rabelo e Betão Fonseca não estavam longe. A grande briga era a da C300, com Ramasauskas atacando Vini Azevedo até que o líder rodou na entrada da reta, dando um 540° e entregando a liderança pra Ramasauskas. A briga pela P2 acabou em BO, com a batida entre André Bragantini e Fernando Jr. os doi ficaram na pior e Adriano Rabelo agradeceu assim como os irmãos Fonseca. Cesar com a folga na pressão e Betão com a P3. A briga entre Alê Navarro, Pablo Marçal e Vini Azevedo acabou mal, com batidas, rodadas e não teve Safety Car... corrida raiz total! A briga de Rabelo com Betão fez os dois encostarem no líder que, com o aperto da chuva foi o melhor dos minutos finais de prova, com a briga dos 3 até a bandeira quadriculada. Cesar Fonseca ganhou as duas, assim como Witold Ramasauskas e saíram do Velocittà mais líderes do que nunca!

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Com o Goleiro de Pebolim trabalhando na Porsche Cup tivemos que aturar o Dr. Smith nos comentários da F1 e quando eu falo que ele é um “perdido no espaço”, não falo mentiras. Além de não entender o inglês falado, ele não entende o inglês escrito.

- A situação do Matuzaleme está cada vez mais crítica. Nem ler o que aparece na tela da transmissão oficial da corrida ele consegue ler e assimilar. No dia que derem espaço pro Mr. Burns, que comenta no Supermotor, ele vai fazer melhor.

- A gargalhada que eu dei com aquele chute do Matuzaleme sobre a corrida do Schumacão sem parada em Magny Cours na França foi ouvida num raio de 3 km do meu terraço...

- Cassinos não proibidos no Brasil, mas tem vários filmes para alguém mostrar para o Caprichoso o que é uma mesa de poker e uma de roleta para ele, quem sabe, entender a diferença...

- Mas nada superou a “pista semi molhada” do Arrelia Jr. vai entrar como forte candidata estupidez do ano.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.