Olá amigos, Nosso amigo e ferrarista Toni Vasconcelos deve ter ficado tão envergonhado com o desfecho do episódio do GP da Alemanha, esta semana em Paris, que não teve ânimo para escrever sua coluna semanal. Talvez nem ele tenha conseguido digerir a pizza da última quarta-feira. Em três horas de sessão, apesar de todas as evidências (ou provas) apresentadas, o veredicto inocentou a Ferrari da acusação de ter ordenado o jogo de equipe entre seus pilotos. A equipe italiana defendeu-se com a alegação de que passara uma informação para os seus pilotos e que coube a um deles, no caso Felipe Massa, decidir – e este decidiu – para o bem da equipe que ele deveria inverter as posições com o “companheiro” Fernando Alonso. Ou seja, não foi a equipe que mandou, foi o piloto que, numa demonstração de senso coletivo, de espírito de equipe e em prol do time, abriu caminho para a vitória do seu companheiro. Agora eu não tenho mais dúvidas: todos vestiam aquela camisa que mostramos na sessão NdG hyperlink por baixo do terno! Mas... vamos ser realistas: algum dos amigos leitores, em algum momento, honestamente, achou que a Ferrari seria punida no final de todo este processo? O regulamento é claro: Ordens de equipe para alterar o resultado da corrida em pista, o posicionamento dos pilotos são proibidas. Contudo, não há nada dizendo se a ordem tem que ser explícita. E se for implícita? Nada existe no dito regulamento sobre conversas onde “um conteúdo subliminar” seja deixado no ar... e a forma como foi passada a mensagem para Felipe Massa não foi nada discreta. O promotor pediu uma punição de 5 segundos para serem acrescidos ao tempo de prova de Fernando Alonso – o suficiente para ele cair para o 2º lugar – e a perda dos pontos da equipe italiana para o compto do mundial de construtores... Saiu de mãos vazias! No final, a FIA anunciou que irá rever – leia-se alterar – o regulamento no que tange este assunto. Em outras palavras, o esporte – esporte? – será relegado a um segundo plano em detrimento do jogo de interesses. A entidade ainda disse que pretende criar uma “superlicença” para os dirigentes de equipe, onde estes podem ser julgados e punidos por seus atos. Só não disse se estes terão regras explícitas ou implícitas! Depois da porta arrombada, vamos por a tranca. Toni, que você consiga recuperar-se do duro golpe e volte logo com seus sensacionais textos. Abraços a todos, Fernando Paiva |