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As espetaculares 24 Horas de Daytona e as vitórias brasileiras, Moto GP e F-E PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 31 January 2022 12:32

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Confesso que gostaria de ter descansado mais (mentalmente falando) nesse meu período de férias, mas também confesso que seria muito difícil Murphy deixar de aprontar alguma comigo... enfim, aqui estou de volta para as reclamações e cornetadas a que vocês estão acostumados.

 

E para começar a atividade de retorno, uma corrida que foi simplesmente sensacional. A edição 2022 das 24 Horas de Daytona, não bastasse ter MUITA disputa na pista (algumas vezes até com certo exagero, como o pessoal da GTD praticamente se pegando a tapa na pista ainda na primeira metade da prova), ainda foi um verdadeiro presente para o abnegado e sofredor fã de esporte a motor que mora nesse país tropical, com diversas presenças brasileiras nas posições de destaque da corrida. Na Geral e na categoria principal (DPi), dobradinha da Acura (marca de luxo da Honda) sobre os em tese favoritos (por terem já diversas vitórias na competição) Cadillac, e com Hélio Castroneves e seus companheiros levando o carro #60 ao degrau mais alto do pódio, com direito a comemoração escalando as cercas de proteção da pista e tudo mais. Helinho, junto com Tom Blomqvist, Oliver Jarvis e Simon Pagenaud, se utilizaram muito bem da estratégia para ir para a liderança no momento certo e quebrar o favoritismo dos Caddy para essa corrida. Em 2º lugar chegou o Acura #10 de Richard Taylor, Filipe Albuquerque, Will Stevens e Alexander Rossi, que definitivamente não venderam barato a vitória para o carro #60, engrandecendo ainda mais a conquista. Aos Cadillac ficou o consolo da 3ª posição conquistada pelo carro #5, que foi pilotado por Loïc Duval (responsável por receber a bandeirada com o carro), Tristan Vautier, Richard Westbrook e Ben Keating. Pipo Derani, dessa vez sem Felipe Nasr no carro, teve de se contentar com a 4ª posição no Cadillac #31. Na LMP2, a Dragonspeed (carro #81) conseguiu, com muito esforço dos pilotos Eric Lux, Colton Herta, Pato O’Ward e Devlin DeFrancesco, se recuperar de alguns problemas técnicos na primeira metade da corrida para se sobrepor ao carro #29 dos holandeses Frits van Eerd, Giedo van der Garde, Dylan Murry e Rinus VeeKay, que terminaram em 2º na categoria, com o 3º lugar sendo ocupado pela tripulação do carro #8, John Farano, Louis Deletraz, Rui Pinto de Andrade e Ferdinand Habsburg-Lothringen (se achou o nome do Ferdinand aristocrático... sim, ele é. E isso é a “versão curta” do nome dele, já que o nome completo dele é Ferdinand Zvonimir Maria Balthus Keith Michael Otto Antal Bahnam Leonhard von Habsburg-Lothringen). Na LMP3, mais um brasileiro no topo do pódio: a vitória na classe ficou com o carro #74, tripulado por Felipe Fraga, Gar Robinson (que levou o carro até a bandeirada final), Kay van Berlo e Michael Cooper. Já entre os GTs, a nova classe GTD Pro (que substitui a antiga GTLM) teve grandes disputas de posição e o pódio foi decidido... na última volta de uma prova de 24 horas! Mais especificamente, na última chicane (aquela da reta oposta, anteriormente chamada Bus Stop e agora rebatizada Le Mans, assim como a primeira das chicanes da Hunaudiéres será batizada de Virage Daytona): enquanto os Porsche 911 GT3R #9 e #2 se enroscavam no contorno da Le Mans, o Ferrari 488 GT3 #62 da Risi Competizione (e de cuja tripulação fez parte Daniel Serra) que vinha atrás aproveitou para passar o carro #2 e assumir a 2ª posição na corrida. Acredito que algumas palavras carinhosas (#sqn) devem ter sido trocadas entre Mathieu Jaminet (do carro #9) e Laurens Vanthoor (do carro #2) depois que as câmeras e microfones saíram de perto... tristeza ficou para os fãs do BMW M4 GT3 e do Corvette C8.R GTD, que tiveram desempenho abaixo do esperado mesmo para uma corrida de estréia, com o carro #25 no qual fez parte da tripulação Augusto Farfus conseguindo o 7º lugar na categoria e o 31º na Geral... potencial e grade dianteira enorme para refrigerar bem o motor o carro tem, é aguardar o desenvolvimento do mesmo.

 

Saindo do campo das provas de longa duração por enquanto só expectativas: expectativa de saber como os engenheiros da F-1 lidarão com o fator “suspensão” (já que não terão mais os pneus de perfil alto para fazer o amortecimento), expectativa de saber se finalmente alguma outra equipe vai fazer um carro capaz de desafiar Mercedes (para mim ainda a grande favorita) e Red Bull na temporada desse ano (aliás, por falar em Red Bull, existem boatos que a Honda teria se arrependido de pular fora do barco justamente quando finalmente o motor deles foi competitivo e podem retornar; a conferir os pronunciamentos de fevereiro), se a Ferrari deixará de ser uma simples coadjuvante como foi nos últimos 12 anos, e por aí vai. Nas duas rodas, a novela “O Braço Mal Curado do MM#93” já está começando a cansar, mas do jeito que os nipônicos são discretos e o espanhol é orgulhoso, não devemos ter nenhuma confissão de “eu fiz bobagem” vinda seja do HRC, seja do piloto. E a “rádio peão” sobre quem seria o novo cabeça da Honda caso Marc Márquez não volte a pilotar 100% do que fazia antes continua a toda. Daqui a pouco alguém sugere o Dovizioso...

 

Também começou a temporada das furadeiras, digo, Fórmula E, e até que as corridas (foi rodada dupla) foram interessantes, melhor que o padrão da categoria. Na sexta-feira dobradinha Mercedes, com Nyck de Vries em primeiro e Stoffel Vandoorne em segundo, com Jake Dennis levando seu carro da Andretti ao degrau mais baixo do pódio. Di Grassi fez uma corrida consistente e o 5º lugar obtido na sua nova equipe (a Venturi) foi bastante positivo. Sergio Sette Câmara terminou na mesma posição em que largou, 15º lugar. No sábado a vitória ficou com Edoardo Mortara (Venturi), com Robin Frijns (Envision) na 2ª posição e Di Grassi (Venturi) em 3º. Dessa vez Sette Câmara ganhou posições, largou em 19º e terminou em 17º... com a soma de resultados da sexta e do sábado, Mortara saiu da Arábia Saudita na liderança do campeonato, e a Venturi ficou com um ponto a mais que a poderosa Mercedes na classificação de equipes (58 a 57). Eu realmente espero que essa competitividade possa aparecer também nas provas seguintes do calendário, afinal não sei se dá para considerar como “modelo” o resultado de duas corridas noturnas. Enfim, a esperança, assim como gente feia em filmes de terror e gente chata na vida real, é a última a morrer.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.