E aê Galera... agora é comigo!

O final de semana (para a chamada “grande mídia” ou como eu chamo, a “patota dos coleguinhas”) não tivemos corridas no calendário nacional, mas como sou um “outsider”, para mim teve... e teve corrida boa!

Neste final de semana que passou tivemos a abertura do campeonato de caminhões raiz, a Fórmula Truck, no – renegado pela VICAR – Autódromo Internacional Zilmar Beux, em Cascavel, no Paraná, a cidade que, ao lado de Guaporé-RS, respira automobilismo.

O presidente (CEO ou o que ele quiser, tá valendo) da categoria, Gilberto Hidalgo, anunciou que a Fórmula Truck, agora devidamente homologada na CBA (palavras dele), e nas federações de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul e que traz nomes históricos de volta a categoria. Impossível não lembrar do ‘Mad’ Macarrão, saltando do caminhão (ainda em movimento) em chamas em Interlagos. Ele agora faz a “volta rápida” num caminhão que leva 4 corajosos voluntários a dar uma volta na pista. E, na pista o nome Fleck está de volta, com Daniel Fleck, filho do multicampeão Jorge Fleck.

Foram 17 caminhões nessa etapa de abertura, divididos em duas classes: a dos caminhões com Bomba Injetora e a dos caminhões com Injeção Eletrônica. O evento foi aberto ao público e, como costuma ser a festa da família dos caminhoneiros, tivemos muita gente acampada, cheiro de carne assando por três dias, independente da hora, e aquele ambiente que eu conheci dos tempos do eterno Aurélio Batista Felix. Apesar de toda atmosfera positiva, a gente tem que reclamar da não transmissão da corrida pelo youtube ou outro canal de streaming para podermos assistir as duas baterias ao vivo. Assim, ficamos apenas com um resumo do que aconteceu em Cascavel pela narrativa dos parceiros aqui do Ogro do Cerrado.

As duas baterias, que aconteceram no domingo, foram bem disputadas... do segundo colocado pra trás! Rogério Agostini não deu chance para os adversários desde a primeira saída de box para os treinos. Foi o mais rápido nos treinos livres, no treino que definiu o grid de largada e liderou as duas baterias de ponta a ponta (na Fórmula Truck não tem ‘jabá’ de inverter grid pra segunda bateria). O dominador de Cascavel é piloto de Motocross na origem e fez sua estreia neste ano na equipe que conseguiu prepara um Mercedão bastante competitivo e resistente para aguentar a tocada do vencedor. João Batista Filho foi o P2 nas duas baterias, assim como Alex Vieira foi o terceiro colocado. Os três caminhões contavam com sistema de injeção eletrônica.

Na galera que correu com os caminhões equipados com bomba injetora, a festa ficou em família, da mais nova cidade sem autódromo, Curitiba (que na verdade, nunca teve, já que o autódromo era em Pinhais). Luis Paulo Rampon foi o primeiro a receber a bandeira quadriculada nas duas baterias, tendo sempre no pódio a companhia do irmão, Márcio Rampon, que fez um segundo e um terceiro lugar, com Valter Oliveira chegando junto e saindo de Cascavel na terceira posição do campeonato. Na primeira corrida, Luis Carlos Rampon largou na P3 na sua categoria e P5 na geral e superou os adversários – entre eles seu irmão – para conquistar a vitória. Essa foi a primeira corrida disputada na vida pelo vitorioso da turma das bombas injetoras. Isso lembra muito o início de tudo como o Aurélio Batista Felix. Que venham mais emoções em Guaporé-RS, próxima etapa da categoria e que, espero, tenha transmissão no youtube.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Assustei meus vizinhos no último sábado. Eles já estão acostumados com minhas gargalhadas e palavrões ao longo do domingo quando assisto as corridas, mas encarar um “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) pelas 8 da noite quando a Chapolim Colorada, no Jornal da Band, falando sobre aquilo que ela não sabe coisa (O aposto não era bem esse...) nenhuma, disse que o último brasileiro a disputar um GP de F1 tinha sido Felipe Massa, em 2017 (não sabia do Pietro, que correu no Bahrain em 2020).

- A transmissão da MotoGP nos canais do Pateta continua boa. A dupla do Hamilton Rodrigues com o Fausto Macieira está funcionando bem, sem a histeria do narrador que trabalhava no canal globêstico (A segunda vogal não era bem essa...)

- Já a transmissão da NASCAR, tivemos uma troca (obrigado direção da Band). Tiraram o Prosdócimo e colocaram o Mr. Burns nos comentários junto com o Kojak. Agora só falta contratarem o Roberto ‘Chorão’ Figueroa e mandar o tal de ‘Lipe’ pra Paiga que (         )! Como nos tempos do colégio, complete a lacuna em branco.

- Aê galera da VICAR... chegou até aqui no interior do Mato Grosso – onde estou a trabalho – que vai ter público na etapa da Stock Car em Goiânia dia 20... Eu vou! Vou comprar um passe VIP e encontrar os coleguinhas da imprensa para dar uns abraços. Fiquei sabendo que meu compadre, que deve ir comigo, ta organizando um bolão pra o pessoal apostar em quantas costelas eu quebrarei dando abraços nos coleguinhas... HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA coloquei 100 reais em 30!

- No próximo final de semana teremos a abertura da temporada da Copa Truck, os caminhões gourmet, em Santa Cruz do Sul. Como é no mesmo final de semana da abertura do mundial de Fórmula 1, seremos poupados das delirantes viagens na maionese do Dr. Smith, que estará fazendo o que sabe fazer – e muito bem: pilotar caminhão.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar