E aê Galera... agora é comigo! O final de semana teve corrida Raiz, em autódromo Raiz, com espírito de competição, com público apaixonado e promotores que falam a linguagem da massa, com interação entre público e pilotos, com churrasco e bom chimarrão (e muitos litrões)... e teve corrida Nutella, feita dos mesmos para os mesmos, onde até tentaram ter público, mas com um ingresso de “600 Surreais”, um estacionamento de 40 e nem faço ideia do preço do pãozinho de queijo com café (montaram uma arquibancada menor que a fixa de Goiânia, sem cobertura, repleta de convidados que receberam “ingressos de cortesia” e – claro – os camarotes dos convidados, que mostraram de muito longe), numa pista improvisada em um trecho desativado do aeroporto do Galeão – que sabe-se lá de onde – um desses “jênios”, como fala meu camarada, Alexandre Gargamel, colunista das segundas-feiras aqui no site, inventou de falar que era na Base Aérea, coisa que bastava entrar no Google pra ver que a Base Aérea do Galeão fica a quase 3 Km de distância de onde fizeram a pista pra corrida. Depois de ouvir um monte de gente falando a coisa errada – e também por choque de horários – deixei pra ver a Stock Car tarde da noite, com a poderosa e celestial narração do Filho do Deus do Egito e os goticulares comentários de Helio Pingo. Ao vivo, preferi assistir a corrida Raiz disputada em Guaporé com a verdadeira Fórmula Truck. Mas além disso, tivemos mais uma etapa da esvaziada Stock Séries. (Falando coisa errada? Sim, mas a expressão não era bem essa). Vamos Começar comentando pelo sábado, vimos mais uma edição do deprimente grid da Stock Series (ex-Light), novamente com apenas 7 carros no grid, apesar das promessas e que teríamos um grid maior para as etapas seguintes, feitas na etapa de Goiânia. Esse abacaxi com caroço D. Corleone e Mr. Midas vão ter que encontrar uma solução, a bem da credibilidade do projeto de categoria de acesso. A corrida com a narração poderosa e celestial do Filho do Deus do Egito, com as gotículas comentariais de Helio Pingo. Chucky, o assessor de imprensa pornô, fez apenas as entradas de pista, com o grande cuidado de não mostrá-lo da cintura pra baixo e o flagrarmos novamente coçando o saco. Meu piloto, o Zezinho, largou na pole e segurou a ponta. Vitos Baptista tentou tomar a ponta mas perdeu a curva e tomou um belo X do meu piloto, que meteu um “Push Nutella” logo na abertura da segunda volta pra sair do sufoco do pelotão que vinha junto.Vitr Baptista, Lucas Kohl, Arthur Leist e Rafa Reis vinham na sequência, deixando o pessoal menos preparado, Celso Neto e Guilherme Backes pra trás. Zezinho ia se segurando na frente de Vitor Baptista, com os dois deixando Arthur Leist mais pra trás e a briga entre Lucas Kohl e Rafa Reis ficando distante. Guilherme Backes ia “cumprindo tabela” na P6 depois do abandono de Celso Neto. Arthur leiste chegou na briga, mas meu piloto estava bem com 1/3 de prova. Diferente da briga de faca no escuro que foi a corrida no anel externo em Goiânia, as coisas não foram tão selvagens. Na segunda metade da corrida, Arthur Leist passou Victor Baptista e foi pra cima do meu piloo, que usou mais um “Push Nutella” pra tentar fugir dos dois perseguidores. Na be da “Nutella”, Victor Baptista recuperou a P2. A briga de Rafa Reis e Lucas Kohl estava 10s atrás. Nos 10 minutos finais Zezinho estava no sufoco com os dois na sua cola. Faltando 7 minutos pro fim, Vitor Baptista passou meu piloto, que mesmo sem “Push Nutella” atacou o líder pela ponta. A briga do 3 estava sensacional. Zezinho recuperou a ponta no braço, Leist veio na Cola e estava tudo aberto na briga pela vitória. Vitor Baptista, que tava na P3, atacou com um “Push Nutella”, se enroscou com Zezinho e Arthur Leist agradeceu pela briga, tomou a liderança faltando três curvas e deixou meu piloto na P2 e Vitor Baptista na P3. Na manhã do domingo a molecada voltou pra pista do aeroporto na “inversão total do grid”, uma vez que o regulamento (ridículo) manda inverter 10 posições. Só que desta vez, numa “surpresa”, inverteram 6 das 7 posições, deixando Celsinho Neto na última posição. Decidi prestigiar a transmissão do portal Highspeed, do meu camarada Pedro Malazartes e a narração do Urso do Cabelo Duro (a quem recomendei ontem para não falar o P mudo do Vitor Baptista), mas os comentários foram “terceirizados” para um “Ico Fake”. O pole, o calouro Guilherme Backes, rodou (com uma ajudinha do meu piloto, o Zezinho). Lucas Kohl assumiu a ponta e puxava um pelotão com Arthur Leist, Vitor Baptista e Rafa Reis. Zezinho era o 5°, sem conseguir acompanhar o ritmo dos 4 primeiros. Leist tomou a ponta e o meu piloto encostou no pelotão na volta 6 enquanto Arthur Leist abria uma vantagem de 3s – que o líder não abriu na corrida de ontem... e continuou abrindo, colocando 5s nos adversários com 10 voltas de corrida, enquanto os 4 perseguidores iam se matando entre eles. Diferente da corrida do sábado, a corrida do domingo virou procissão depois de 10 minutos, com os carros só conseguindo se aproximar um do outro com os “Push Nutella”. Na volta 18 o carro de Lucas Kohl apontou pro lado errado, saiu da pista pra grama e pra fora da corrida. Como meu piloto passou Rafa Reis, Zezinho tomou a P3, mas estava 3s atrás de Vitor Baptista, que estava a quase 6s de Arthur Leist com 20 voltas completadas. No final da corrida, Arthur Leist administrou a vantagem e foi pra quadriculada. Vitor Baptista e meu piloto, o Zezinho, completaram o pódio. Depois do almoço pra quem não fez churrasco (o meu começou na madrugada com a F1) foi a vez da Stock ir pra pista. Em protesto pela não escalação do melhor narrador de corridas do Brasil, meu camarada, o Sinestro, não assisti a corrida pela TV, mesmo com a opção do canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa), que por mais que seja boa a narração do Ridículo, os ridículos comentários do Nhonho são inaturáveis, prestigiei a narração do poderosamente celestial Filho do Deus do Egito. No domingo foi a vez da Stock Car (que eu escrevi por último e puxei o freio de mão pra não fazer textão e Chica da Silva, a Rainha da Bahia não surtar). Depois de duas voltas de apresentação soltaram as feras e Daniel Serra, o Pole, segurou a ponta enquanto o pessoal se engalfinhava no poeirão. Todo mundo vindo junto e – surpreendentemente – os pilotos estavam se respeitando. Enquanto Daniel Serra liderava, era seguido por Sergio Jimenez e Nuestro Hermano Assador de Parilla. Um desses pilotos que tinha que passar pela Light, Renato Braga ficou parado em lugar perigoso e o diretor de prova, ele, o PIROCA, botou pra fora o Safety Car. Resgate rápido e na relargada Serrinha continuou na frente enquanto Sergio Jimenez e Nuestro Hermano vinham brigando pela P2 e veio a salada dos pits, com direito a abalroamento de mecânico alheio (com tanto espaço, podiam espaçar melhor as posições de parada, não?). no meio da corrida alguns pilotos começaram a ter problemas com pneus furados, entre eles, Rubens Barrichello, que bateu com força na entrada dos boxes e teve que abandonar. Depois das paradas, prejuízo pra Sergio Jimenez, que caiu pra lá do 10° naquela entrada de Box enroscada com Barrichello. Passando longe de qualquer confusão, Daniel Serra seguiu pra vitória, seguido de Nuestro Hermano (seu primeiro pódio no Brasil) e Ricardo Mauricio. Depois do “balé do bebum perneta”, inverteram o grid em movimento em duas voltas, com Felipe Baptista na pole e com Rafael Suzuki do seu lado. Liberados pelo diretor PIROCA, os pilotos receberam aceleraram e, sem “corrida 3”, teve gente abusando e logo na primeira volta, panca com Cesar Ramos, Nuestro Hermano Assador de Parilla, Nelsinho Simpatia... e o diretor de prova, ele, o PIROCA, botou pra fora o Safety Car, que veio acompanhado uma convidada indigesta: a chuva! Thiago Camilo tomou a ponta antes da bandeira amarela e a chuva caia em uns lugares, outros não. Podia ser divertido se a chuva molhasse o traçado com força, mas isso não aconteceu. Podiam ter aproveitado para tirar detritos da pista, mas não fizeram. Retomaram a corrida com 21 minutos na regressiva e Thiago Camilo segurou a ponta, mas dessa vez não tinha amador. Felipr Baptista tomou a ponta e, na balada pela ponta vinham Thiago Camilo, Ricardo Maurício e Guilherme Salas. O carro de Rafael Suzuki teve uma falha mecânica, não dez a curva e encheu de frente a barreira de pneus... e desmontou a barreira de concreto! Lá foi o PIROCA botar pra fora o Safety Car. Em 10 voltas, apenas 3 de corrida com bandeira verde. Voltaram com a bandeira verde na volta 11, com todo muito junto, pouco antes da janela de pits obrigatórios na volta 12. Depois das paradas, a liderança era de Ricardo Mauricio, com Marcos Gomes e Gaetano Di Mauro em 3°. Daí três tentaram fazer o “S” lado a lado... sobrou pra Julio Campos. Nos minutos finais a briga pela ponta ficou restrita a Ricardo Mauricio e Marcos Gomes, mas um entrosco no meio do pelotão, levando gente para as “barreiras móveis” de pneus na penúltima volta e com postos de sinalização distantes e pouco visíveis, veio a grande questão da corrida: Marcos Gomes passou Ricardo Maurício justamente na posição onde Felipe Massa Digo Baptista e Felipe Lapenna estavam com os carros parados, na “área de escape” da curva onde teve a ultrapassagem. Na pista, vitória de Marcos Gomes, seguido de Ricardo Mauricio e Bruno Baptista. Mas... ah, meus “comissacos”... vocês nunca me decepcionam! Depois da corrida deram 5s de punição pro vencedor, que caiu pra 6°. Só que a equipe recorreu e a coisa toda vai parar no STJD. Depois de muito trabalho sério, a Fórmula Truck, a categoria Raiz dos caminhões, foi fazer sua segunda etapa em um dos autódromos Raiz do Brasil, o histórico Guaporé, com 18 caminhões inscritos e um cenário maravilhoso, com o autódromo tomado pela família caminhoneira, com autorização dos presentes levarem suas bebidas e comidas, com a festa de churrasqueiras em brasa durante todo o final de semana, mostrando pro pessoal do “automobilismo Nutella” como é que se faz evento de automobilismo. Guaporé veio com os desafios de sempre e a pista estreita levou os desafios ao extremo. Depois de uma entrada do Safety Truck logo na primeira volta. Depois de liberada a pista, na segunda volta de bandeira verde uma batida na curva 2 danificou a barreira de pneus e com o caminhão tendo que ser retirado no caminhão plataforma, a direção de prova deu bandeira vermelha. Limpa a pista e refeita a barreira, rapidamente, a corrida foi retomada faltando 12 minutos na regressiva. Rogério Agostini continuava líder entre os eletrônicos e Rafael Fleck nos caminhões de bomba injetora. Como a corrida é raiz, tem fumaça – e muita – saindo dos escapamentos. Agostini liderou de ponta a ponta pra vencer mais uma no geral e nos caminhões com injeção eletrônica. Nos minutos finais, Tulio Bendo deixou Rafael Fleck, com problemas na mangueira do turbo, pra trás e venceu nos brutos com bomba injetora. Na Fórmula Truck não tem “balé do bebum perneta”. O grid da segunda corrida é feito com a classificação da primeira e os caminhões param, passando por uma revisão rápida (mais ou menos) antes da segunda largada. Os caminhões saíram atrás do Safety Truck, mas após duas voltas, foi encontrada uma condição de muito óleo na curva do radiador e a direção de prova acionou a bandeira vermelha para a equipe de resgate tratar do problema. Levou tempo, mas a pista foi considerada em condições para os 16 sobreviventes largarem para a corrida 2. Rogério Agostini escapou na ponta e as coisas estavam relativamente monótonas até o narrador avisar que o caminhão de Camilo Lovato tinha que ir para os boxes por “excesso de fumaça”. Só podia ser gozação (o aposto não era bem esse...). Todos os caminhões baforavam fumaça preta ostensivamente! Os vencedores da corrida 2 foram os mesmos da corrida 1 e para a próxima etapa, o show será ainda maior, com a corrida acontecendo em Rivera, no Uruguai. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Quando a gente acha que o desrespeito ao automobilismo chegou no fundo do poço, alguém dar um jeito de cavar mais fundo. O canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...), que tem o direito de transmissão da Fórmula Black&Decker, não só deixou de transmitir a corrida no horário como, no VT, depois das 8 da noite, cortou a transmissão no meio para passar o jogo do Brasil no sulamericano de futebol feminino. Nada contra as jogadoras brasileiras, mas... ao automobilismo, para Lucas Di Grassi e Sérgio Sette Câmara, respeito zero? - Quem assistiu as corridas da Fórmula Indy no aeroporto de Cleveland e viu a corrida da Stock Car e da “Light” no Galeão, ficou evidente que tem que melhorar muito o aeroporto pra fazer uma corrida de carros. - Se de dia, em horário normal, o Matuzaleme já dá umas viajadas na maionese, imaginem no meio da madrugada... minha maior gargalhada veio quando, após a saída do Safety Car, na relargada, o Fugitivo da FEBEM estava na P2 e Boneco do Toy Story na P3 e ele disse: “O Boneco vai atacar o Fugitivo!”... e em menos de 1 volta a Mercedes estava mais de 1s atrás. - O Caprichoso foi no mesmo caminho, mais preocupado em ler o feed das redes sociais do que em olhar a tela, perdido na narração, trocando as posições dos pilotos. A Haas estava na frente das McLarens, não o contrário. Carro todo azul não é Alpine, etc. - Por falar no Caprichoso, bem que a Band podia dar uma prestigiada pro Sinestro e deixar ele narrar uma F1 este ano. - As imagens de Guaporé, com o público acampado em volta do autódromo e da arquibancada montada no Galeão (com convidados e vazia na parte do público) mostra como NÃO se fazer um evento para a sociedade. - Exceção do momento da largada, quem estava na arquibancada ou camarotes no Galeão precisava de binóculos pra ver os carros... imaginem a felicidade de quem pagou 600 Reais. - Sem a Chapolim Colorada, o Caprichoso e o Arrelia Jr. se abraçaram pra falar bobagem (o advérbio não era bem esse...) para falar que a corrida foi na “Base Aérea” do Galeão, mostrando total desconhecimento (e o Caprichoso é carioca) do local. Coitada da namorada do Barrichello... - Quem também tirou zero em geografia foi o apresentador de convenção da Hinode e narrador de futebol de ofício, que narra a F. Black&Decker na TV Cultura, torturando o narebão, que sabe muito de automobilismo. Entre as pérolas, do final de semana, convidou os telespectadores para assistir a F. Indy em “Laguna Beach”. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) foi ouvido num raio de 3 km. - Ele não parou por aí: mostrando seu desconhecimento, chamou Mitch Evans de “novato” na categoria... onde ele está desde 2016. O “Vai Chupar Caju” foi ouvido num raio de 4 km. - Pra fechar, mostrando que ele é um narrador de futebol, no melhor estilo Pelé Gagá, perdeu a bandeirada de chegada, que estava diante de seus olhos e de quem assistia a corrida na TV. - Quem se salvou no final de semana foi a dupla Alexi Lalas e Taquara Rachada, que narra a F. Indy na TV Cultura, com conhecimento, profissionalismo e boas pitadas de bom humor. - Rir pra não chorar: desafio alguém a explicar como os canais da TV Pateta (e eles tem 6 canais) não conseguem transmitir a corrida ao vivo, no melhor estilo Foxbola, passando pelas de futebol, rugby e golfe. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |