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Rafael Câmara faz 2 pódios na F4 alemã, Roberto Faria é P3 na GB3 e brasileiros pontuam na US F4 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 26 June 2022 18:10

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos brasileiros competindo na Europa e nos Estados Unidos. Gabriel Fonseca e Lucas Fecury vão para Mid-Ohio onde a Fórmula 4 norte americana fará mais uma rodada tripla, que infelizmente não conseguiremos ver uma vez que não há transmissões de streaming, apesar do site afirmar que as faz.

 

Na Inglaterra, o histórico circuito de Snetterton recebe os pilotos da GB3 e Roberto Faria vai para a pista brigando pelas primeiras posições no campeonato. Já a FIA Fórmula 4 Alemã cruza a fronteira e vai a Zandvoort na Holanda para mais uma etapa do campeonato com as participações de Rafael Câmara e Emerson Fittipaldi Jr.

 

GB3

Snetterton é um daqueles “autódromos clássicos” da Inglaterra. Emerson Fittipaldi venceu corridas pela Fórmula Ford em 1969 e antes dele, Jackie Stewart e Jim Clark também venceram corridas nas categorias de base na ilha. Esse era o palco para Roberto Faria buscar mais pontos na disputa pelo campeonato, tendo mais três corridas ao longo do final de semana para conquistar seu objetivo.

 

 

A quinta-feira teve três treinos livres e nosso representante começou conseguindo uma P6 na primeira sessão, mas com mais de 1,4s de diferença para o piloto mais rápido. Na sessão seguinte, o piloto brasileiro ficou numa discreta P12, mas a diferença para o pole caia em 1 décimo. Encerrando o primeiro dia de treinamentos, mais um décimo caia, mas a posição final, a P18, certamente não deixava Roberto Faria satisfeito.

 

Na sexta-feira os pilotos voltaram para pista e Roberto Faria sabia que precisava melhorar seu desempenho. A P10 e a diferença de 547 milésimos para o pole, mas era preciso superar mais adversários no treino de classificação para conseguir melhores posições de largada nas corridas 1 e 2. Na segunda sessão da sexta-feira a resposta veio na pista, com nosso piloto ficando na P5, 334 milésimos atrás do melhor tempo.

 

 

Na classificação, no sábado pela manhã, Roberto Faria repetiu a P5, mas sua melhor volta ficou a apenas 188 milésimos do pole position para a corrida 1. Mas um problema era o fato dos carros à sua frente eram de adversários diretos na disputa pelo campeonato e o piloto brasileiro ia precisar fazer a diferença nas corridas (a classificação para o grid da corrida 2 era feito com a segunda melhor volta rápida).

 

Algumas horas depois do treino de qualificação os pilotos estavam de volta à pista para a primeira das três corridas do final de semana e Roberto Faria estava abrindo a terceira fila com a P5. O céu com muitas nuvens, mas sem previsão de chuva era garantia de pista seca para a prova. Após a volta de apresentação, os pilotos – menos 2, que largaram dos boxes, alinharam em suas posições para as 12 voltas (ou 20 minutos) de corrida.

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria não largou bem como é de costume e precisou brigar nas primeiras curvas para manter sua P5. Ainda na primeira volta nosso piloto conseguiu se livras dos ataques de Tom Lebbon, mas perdeu algum terreno para o pelotão dos três pilotos que brigavam pela P2 que seguia compacto. O líder, Callum Voisin, companheiro de Roberto Faria na equipe Carlin conseguia uma folga na frente.

 

Na segunda volta Roberto Faria já estava colado no pelotão que brigava pela P2 e atacava Matthew Rees, que no final da volta teve problemas e  foi superado por Faria e Lebbon. Com isso o piloto brasileiro herdou a P4, mas ficou distante do 3° colocado na abertura da volta 3, mas a distância não demorou a cair, com Roberto Faria sendo o segundo mais rápido na pista. Atrás apenas do líder, Callum Voisin.

 

 

Roberto Faria fez a volta mais rápida nas voltas 3 e 4. A diferença para Tom Lebbon era muito confortável e ele podia focar em tentar atacar os carros à sua frente e buscar um lugar no pódio. A aproximação inicial não se consolidou nas voltas seguintes e o brasileiro perdeu algum terreno na briga pela P3. Nas últimas voltas da corrida ele ainda tentou uma aproximação final, mas não conseguiu ficar em posição de ameaçar a P3 de Joel Granfors.

 

Na manhã do domingo os pilotos voltaram à pista para a segunda corrida do programa. Com os tempos obtidos na segunda volta mais rápida da classificação, Roberto Faria estava largando na P10 e como vimos no sábado, as ultrapassagens foram pouquíssimas ao longo das 12 voltas de corrida. Com a temperatura mais baixa, do ar e do asfalto, não seria um desafio nada fácil para o piloto brasileiro avançar sobre os adversários.

 

 

Após a volta de apresentação os carros alinharam no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria largou muito bem e já estava brigando pela P8 nas primeiras curvas e ganhou a posição antes do final da primeira volta. Na segunda volta tínhamos uma briga pela ponta, um pelotão da P3 até a P5 e outros da P6 até a P9, onde Roberto Faria tentava se aproximar de Alex Connor.

 

Na volta 6 Callum Voisin rodou sozinho bateu forte no guard rail. A direção de prova não colocou o safety car na pista, apenas bandeira amarela local. Roberto Faria ganhou a P7 com o abandono com companheiro de equipe. Durante as 12 voltas de corrida o piloto brasileiro andou no vácuo do carro à sua frente mas em momento algum teve a chance de ultrapassá-lo. Isso aconteceu em outras disputas e com isso a P7 acabou como sua colocação no final da corrida 2.

 

 

No início da tarde os pilotos retornaram à pista para a terceira e última corrida do final de semana, desta vez com o grid invertido em relação à classificação no sábado. Com isso Roberto Faria largava na P18 e com o que vimos nas duas corridas anteriores, não ia ser nada fácil conseguir ganhar posições nas 12 voltas programadas para a corrida, a menos que coisas bem diferentes acontecessem.

 

Após a volta de apresentação os pilotos alinharam no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria fez uma largada sensacional, ganhando várias posições – por mérito e também pelos pilotos que erraram à sua frente – para chegar na P12 ainda na primeira volta. Também na primeira volta tivemos a entrada do safety car pela posição perigosa que ficou o carro de Branden Oxley. Como a corrida 3 dá pontos por posições ganhas na corrida como um “extra”, foi um excelente início.

 

 

O safety car consumiu boa parte do tempo de corrida e ao invés das 12 voltas a corrida terminaria pelos 20 minutos de corrida. A relargada veio na volta 4 e Roberto Faria manteve sua posição. Roberto Faria forçou pra cima de Javier Segrera pela P11, mas acabou saindo mal da curva, sendo atacado e  superado por Alex Connor, caindo para a P13 e em seguida, na curva que atacou, foi superado por John Bennett.

 

 

Duas curvas depois foi Matthew Rees quem superava o brasileiro que parecia perder rendimento. Roberto Faria terminou a corrida na P15. No campeonato, Roberto Faria subiu para a P3, com 185 pontos, mas ficou mais longe do líder, Luke Browning, com 237. A próxima corrida é em um mês, em Spa-Francorchamps.

 

FIA Fórmula 4 Alemanha

A FIA Fórmula 4 alemã cruzou a fronteira e foi para Zandvoort, na Holanda. Uma casa nova, novos desafios e Rafael Câmara correndo atrás de superar o dominante italiano Andréa Kimi Antonelli, líder do campeonato enquanto Emerson Fittipaldi Jr. continuava seu trabalho de enfrentamento em campeonatos de nível mais alto dos que os disputados anteriormente, com companheiros mais experientes na mesma equipe.

 

 

Nos treinos livres e classificatórios a equipe Prema mostrou-se mais uma vez dominante, colocando seus carros nas primeiras filas e Rafael Câmara conseguiu a P2 para largar nas duas primeiras corridas, sempre atrás de Kimi Antonelli. Emerson Fittipaldi Jr. foi quem surpreendeu ao conseguir uma P6 para a corrida 1 e ter ficado na P10 na corrida 2 estava na sua faixa de resultados, mas no platamar mais alto.

 

 

Uma ensolarada tarde de sábado abraçou os 19 pilotos que vieram para a corrida inicial da rodada tripla da FIA Fórmula 4 alemã. Rafael Câmara estava largando na P2, mais uma vez atrás do seu carrasco italiano, Kimi Antonelli. A grande e positiva notícia era a P6 conquistada por Emmo Fittipaldi Jr., sua melhor posição de largada até então na fortes Fórmula 4 que está participando.

 

Após a volta de apresentação os carros alinharam em suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta de prova, Rafael Câmara não conseguiu largar melhor que o pole estando do lado sujo da pista, mas segurou bem a P2. Emmo Fitipaldi Jr. largou bem e manteve sua P6, mas deu uma escapada na curva 2 e ficou com a curva do banking comprometida, perdendo uma posição.

 

 

Um toque no meio do pelotão tirou Jonas Reid da corrida e, parado em posição perigosa, o safety car veio pra pista. No fechamento da 1ª volta, Rafael Câmara era o P2 e Emmo Fittipaldi Jr. o P7. A bandeira verde veio com pouco menos de 22 minutos de prova a ser disputada e Rafael Câmara conseguiu manter a P2 com tranquilidade. Difícil ficou a vida de Emmo Fittipaldi Jr., que foi espermido por Nikita Bedrin e caiu para a P9.

 

Rafael Câmara vinha forte e abria do P3, Laursen, mas via Kimi Antonelli ir impondo um ritmo que ele não conseguia igualar. Emmo Fittipaldi Jr. vinha na P9, segurando o pelotão que ia até o P13 e sem conseguiu se aproximar do 8° colocado Maya Weug. O traçado sinuoso e relativamente estreito, com uma reta pequena era um problema para ultrapassagens também para os carros da Fórmula 4.

 

 

Emmo Fittipaldi Jr. conseguia, faltando 10 minutos para o fim da corrida, uma aproximação em relação a Maya Weug, mas trazia com ele dois perseguidores, enquanto lá na frente, Rafael Câmara estava tranqüilo em relação a briga pela P3, mas cada vez mais distante de Kimi Antonelli.No final da prova Charlie Wurz, numa corrida de recuperação, conseguiu superar Emmo Fittipaldi Jr., jogando o brasileiro para a P10. No final, Câmara recebeu a bandeirada na P2 e Fittipaldi na P10.

 

Na manhã do domingo tivemos a segunda das três corridas da rodada tripla em Zandvoort e novamente tinha,os Rafael Câmara largando na P2, na primeira fila. Emmo Fittipaldi Jr. não conseguiu repetir o feito da corrida do sábado, mas largava na P10 na manhã nublada de sábado, mas com pouca probabilidade de chuva. Rafael Câmara precisava fazer algo diferente na largada para tentar tomar a ponta.

 

 

Após a volta de apresentação os carros alinharam no grid novamente e, apagadas as luzes vermelhas para 30 minutos +1 volta de corrida, O brasileiro largou bem, mas não foi o suficiente para tomar a liderança. Emmo Fittipaldi Jr. manteve sua posição e viu-se envolvido na disputa com os demais carros da Van Amersfoort. Dois toques, com o segundo envolvendo uma batida no muro na reta dos boxes provocou a entrada do safety car.

 

A relargada veio quando faltavam 22 minutos para o fim e enquanto os 5 carros da Prema andavam na frente, 4 carros da Van Amersfoort brigavam entre si. Um toque no fundo do pelotão colocou mais um piloto fora da prova e, atolado na caixa de brita, foi necessária a entrada do safety car. A relargada veio com 16 minutos para o final e, mesmo com algumas forçadas de barra fez uma vítima entre os carros da Van Amersfoort e Emmo Ffitipaldi Jr. subiu para a P9. Na frente, os 4 primeiros eram carros da Prema.

 

 

Faltando 10 minutos para o final, Emmo Fittipaldi Jr. fez uma sensacional ultrapassagem, por fora, após percorrer varias curvas lado a lado com seu companheiro de equipe, Martinus Stenshorne, para ganhar a P8. Rafael Câmara via uma reprise do filme de sábado, com uma vantagem bem estabelecida sobre o P3, desta vez, Charlie Wurz e vendo Kimi Antonelli virar mais rápido volta a volta abrindo vantagem. Assim foram até o final, com Rafael Câmara finalizando em mais uma P2 e Emmo Fittipaldi Jr. conseguindo a P8 que dava a ele a pole na corrida 3, com a inversão do grid.

 

Algumas horas depois, os pilotos voltaram à pista, com um sol tímido e a pista um pouco mais quente. Emmo Fittipaldi Jr. largava na pole e sabia que tinha carros muito mais rápidos atrás dele, e mesmo ao lado, com Conrad Laursen da Prema ao seu lado. Rafael Câmara largava na P7, do lado limpo da pista e podia tentar segurar Kimi Antonelli atrás dele pelas dificuldades de ultrapassagem em Zandvoort.

 

 

Após a volta de apresentação, os carros voltaram para o grid e apagadas as luzes vermelhas, partiram para os últimos 30 minutos (+1 volta) da etapa holandesa. Emmo Fittipaldi Jr. não largou bem, foi pressionado por Conrad Laursen, mas conseguiu segurar a primeira posição antes do contorno do banking da curva 3, mas Laursen era visivelmente mais rápido e tomou a ponta ainda na primeira volta. Taylor Barnard também superou Fittipaldi na 1ª volta enquanto Rafael Câmara perdia a posição para Kimi Antonelli.

 

Devido a batida que tirou Maya Weug da corrida e espalhou pedaços das placas de isopor pela pista o safety csr foi pra pista, mas foi rápido, por apenas uma volta e a corrida foi retomada. Na relargada Nikita Bedrin passou Emmo Fittipaldi Jr, que caiu pra P5 no Banking, superado por Charie Wurz. Não tinha como segurar os carros da PHM e da Prema. Rafael Câmara era o 8°, atrás de Kimi Antonelli.

 

 

Emmo Fittipaldi Jr. não entregou fácil as posições para os carros que o superaram e tomou a posição de James Wharton, quando fiu superado por Antonelli e Câmara, este agora na P6, logo à frente de Fittipaldi. Uma nov entrada do safety car foi necessária para tirar um carro da caixa de brita e isso não deixava o pelotão espalhar, garantindo boas disputas com os carros mais rápidos vindo de trás.

 

Na relargada Emmo Fittipaldi Jr. perdeu duas posições enquanto Rafael Câmara manteve a P6, mas precisava avançar e ganhar posições como estava fazendo Kimi Antonelli, mas na busca de passar Charlie Wurz, acabou sendo superado por James Wharton. A disputa pela P5 entre Bedrin, Warton e Câmara resultou no brasileiro passando por ambos, mas perdendo o contato com os 4 primeiros. Emmo Fittipaldi jr caiu para P11, superado por Brando Badoer, mas recuperou a P10 na última volta. Rafael Câmara terminou na P5 e continua na P2 do campeonato.

 

FIA Fórmula 4 EUA

Lamentavelmente a categoria não disponibiliza a transmissão das corridas por canais de streaming e ainda ficamos muito limitados com as poucas informações do próprio site, das redes sociais da categoria e das assessorias de imprensa. A tristeza em não conseguir retratar o que de melhor fizeram Gabriel Fonseca e Lucas Fecury em Mid-Ohio só aumenta quando temos, pelos relatos gerais, que foi o melhor final de semana dos brasileiros na temporada.

 

 

Gabriel Fonseca fez seu melhor resultado na categoria desde que chegou aos Estados Unidos com a P4 na corrida do sábado pela rodada tripla de Mid-Ohio. Na corrida 2 Gabriel Fonseca partiu do terceiro lugar do grid por ter feito a 3ª melhor volta na corrida 1, mas ainda nas primeiras voltas caiu para o sexto lugar. O brasileiro ainda tentou recuperar posições, mas nas tentativas, saiu mal de algumas curvas e acabou caindo para o oitavo lugar, posição em que recebeu a bandeira quadriculada. Na última corrida do dia chegou a estar na P5 no começo da prova, mas acabou fazendo uma excursão fora da pista e caiu para 22°. Apesar da grande corrida de recuperação, terminou na P11, fora dos pontos.

 

Lucas Fecury também teve um grande final de semana como estreante na categoria. Na primeira corrida, conseguiu classificar-se na P9 para a largada, mas não conseguiu manter o ritmo de corrida e terminou na P11. Na segunda corrida, acabou se envolvendo em toques com outros competidores e perdendo tempo nos pits, terminou em 21°, duas voltas atrás do líder. Mas na última corrida do domingo, o novato brasileiro, largando em 11° foi pra cima, brigou muito e terminou a corrida na P9, marcando seus primeiros pontos na temporada que sai de Mid-Ohio com Gabriel Fonseca na P8, com 42 pontos e Lucas Fecury com 2 pontos é o 18°.

 

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos


 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.