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Fittipaldi(pós-corrida), Collet e Bortoleto vão ao pódio na F2, F3 e F. Regional Europeia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 10 July 2022 16:13

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos corridas de altíssimo nível nas principais categorias de pilotos aspirantes à Fórmula 1. O Red Bull Ring, em Spielberg, Áustria, tivemos a FIA Fórmula 2, com Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi e a FIA Fórmula 3 com Caio Collet. No Hungaroring, em Budapeste, Hungria, a Fórmula Regional Europeia fazendo a 6ª etapa com Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello.

 

A ideia da coluna dupla na semana passada foi um verdadeiro sucesso, 100% aprovado pelos leitores e pelas editoras, mas esta não vai ser a única mudança na coluna Radar. Com a aprovação do meu mestrado para início agora no segundo semestre, vou ser obrigado a reduzir o volume das coberturas das categorias que venho acompanhando, mas não deixarei de resumir com notícias e resultados. Ainda iremos definir em que categorias tentarei me concentrar, mas serão menos categorias.

 

FIA Fórmula 3

Na manhã da sexta-feira os 30 pilotos da FIA Fórmula 3 começaram o final de semana no Red Bull Ring com céu pesado e, mesmo sem chuva, a pista ainda estava molhada. Com seus três trechos de alta velocidade e suas curvas velozes, manter os carros dentro dos limites de pista e evitar a eliminação de voltas rápidas nos treinos e as punições em corrida como aconteceu no ano passado, com vários comunicados pós-corrida.

 

Com a pista molhada, no primeiro terço de treino o brasileiro Caio Collet estava conseguindo se manter entre os 5 primeiros, mas com a pista secando, os tempos iriam baixar. Quando chegamos na metade do treino os primeiros carros começaram a colocar os pneus slick. Apesar de ter colocado os pneus macios – o disponibilizado pela Pirelli para o final de semana – Caio Collet ficou nos boxes por mais de 20 minutos.

 

 

Nos 10 minutos finais a pista já se mostrava relativamente seca e o sol apareceu. Com um trilho bem definido os tempos caíram mais de 10s em relação aos primeiros tempos marcados. Caio Collet, nos minutos finais, fez o 9° tempo, mas tínhamos os 21 primeiros dentro do mesmo segundo e os 12 primeiros em meio segundo. O brasileiro fez uma última volta rápida no final do treino, melhorou seu tempo, mas terminou a sessão na P11.

 

No período da tarde os pilotos vieram para o treino de classificação, onde os tempos definem o grid para a corrida de domingo e a inversão dos 12 primeiros define o grid para a corrida do sábado. O sol firmou, mas a temperatura não tinha subido muito, o que ia dificultar o aquecimento dos pneus. Aberto os boxes, foram todos pra pista e 30 carros em uma pista curta é um problema.

 

Caio Collet, na sua primeira tentativa de volta rápida, depois da primeira tentativa de todos os pilotos ele estava com a P11. Na volta que seria a segunda tentativa, o brasileiro não conseguiu melhorar seu tempo de volta e quando os pilotos foram em massa para os boxes para aquele ajuste e a colocação de um novo jogo de pneus, o brasileiro continuava na P11, o que era ruim, mas ao menos dava uma posição boa para o sábado.

 

 

Demoraram pra voltar a pista e, quando voltaram, com menos de 9 minutos para o fim do treino, voltaram em peso e a lentidão nas volta pra pista ia acabar comprometendo a volta de todos, do meio pra trás principalmente. Para parte dos pilotos isso seria um problema e bastava um problema para atrapalhar toda a classificação e um pneu furado de Zdenek Chovanec e o carro parado el local perigoso colocou uma bandeira vermelha, acabando com as chances de Caio Collet melhorar seu tempo de volta. O Brasileiro ficou com a P12, o que dá a pole na corrida do sábado, mas apenas a 6ª fila no domingo.

 

A manhã do sábado veio com algumas nuvens no céu, mas sem riscos de chuva para a “sprint race” da FIA Formula 3, com 21 voltas programadas e o brasileiro Caio Collet largando na pole position por conta do grid invertido. O nosso representante tinha atrás dele pilotos mais rápidos e com três trechos de abertura de asa, largar bem e controlar a distância para os adversários seria fundamental.

 

 

Após a volta de apresentação, carros no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Caio Collet largou muito bem e manneve a ponta nas duas primeiras retas,mas Juan Manuel Correa conseguiu colocar o carro ao lado do brasileiro e, por fora, na curva após o terceiro trecho de reta o piloto americano conseguiu tomar a ponta. Rafael Villagomez levou um toque, subiu na zebra da curva 3 e bateu na proteção de pneus, o que colocou o safety car na pista.

 

A relargada foi rápida, no início da volta 4. Caio Collet foi bem na relargada, evitando o ataque de Franco Colapinto, mas não conseguiu uma aproximação sobre Juan Manuel Correa. Na volta seguinte, Collet abriu um pouco de Colapinto na reta dos boxes e na abertura da volta 6 o líder ficou lento na reta dos boxes. Com isso, Caio Collet assumiu a liderança novamente, mas tinha Franco Colapinto logo atrás.

 

 

Apesar de se aproximar nas três retas do circuito, no trecho sinuoso Caio Collet conseguia abrir um pouco em relação ao piloto argentino. William Alatalo estourou o motor e a direção de prova acionou o safety car virtual. A retirada do carro foi rápida e a corrida retomada. Caio Collet foi esperto e abriu mais de 1s. Franco Colapinto vacilou e Jak Crawford tomou a P2. Arthur Leclerk espremeu Oliver Bearman que bateu em Zane Maloney, fazendo o piloto da Trident rodar e bater.na saída da curva 3. Safety car na pista na abertura da volta 11.

 

A relargada veio no início da volta 14 e Caio Collet acelerou muito cedo e trouxe Jak Crawford com ele e o brasileiro perdeu a P1 no trecho sinuoso e Franco Colapinto, na P3, estava mais rápido que o brasileiro. Com a abertura da asa móvel Collet precisava se aproximar porque além de Franco Colapinto, Arthur Leclerc vinha se aproximando dos 3 primeiros. Caio Collet se aproximou um pouco mais na penúltima volta sem a pressão de Franco Colapinto, que era atacado por Arthur Leclerc, mas na sequência de retas o nosso representante não conseguiu fazer o ataque pela liderança e teve que se contentar com a P2.

 

 

A situação para a corrida do domingo foi completamente diferente do que tivemos no sábado. Céu carregado, chuva e frio, pista completamente molhada para desafiar os pilotos que partiriam para 26 voltas (ou seria por limite de tempo, se fosse o caso). A direção de prova, de forma muito prudente, decidiu colocar os pilotos atrás do safety car e evitar maiores problemas em uma largada convencional.

 

A largada veio depois de duas voltas e a corrida foi reduzida para 25 voltas e os pilotos, atrás do líder não estavam vendo nada! Caio Collet largou bem e ganhou duas posições e estava no ataque pra cima de Zane Maloney, mas não podia descuidar dos retrovisores com Franco Colapinto muito próximo e sem ser atacado, tendo liberdade pra buscar a posição do piloto brasileiro.

 

 

O spray foi diminuindo com o passar das voltas e um pelotão segurado por Johnny Edgar na P7 indo até a P11. Caio Collet continuava vindo junto de Zane Maloney, mas não conseguia superar o piloto da Trident. Na volta 9, sem pressão de Franco Colapinto que ficou mais longe, o piloto brasileiro partiu de vez pra cima de Maloney. Quem vinha chegando pra briga era Alexander Smolyar na P12.

 

Depois de duas tentativas, Caio Collet conseguiu, depois de muita briga e algumas curvas lado a lado, superar Zane Maloney e tomar a P9, mas o piloto da Trident não desistiu da briga. O problema foi que Caio Collet perdeu tempo e terreno para Jak Crawford. Frederic Malvestiti rodou na entrada da reta dos boxes, mas conseguiu voltar a andar e evitou uma bandeira amarela.

 

 

Com 15 das 25 voltas disputadas, um trilho estava bem definido, mas sem condições de se pensar em pneus de pista seca. A briga pela P14 acabou em batida na curva 2, mas não ficou ninguém na pista enquanto Caio Collet colou em Jak Crawford na briga pela P8. Um toque entre Pizzi e Chovanec deixou o polonês atolado na brita e desta vez não teve como evitar a entrada do safety car na volta 21.

 

O serviço foi rápido e com o pelotão todo agrupado a relargada veio para 3 voltas sinistras e Caio Collet encheu a traseira de Jak Crawford na freada da curva 1, danificando a frente do carro e jogando fora uma corrida onde poderia ter feito uma boa pontuação. No campeonato, o piloto brasileiro saiu da Áustria na P8, com 39 pontos. A próxima etapa da categoria será no hungaroring, em Budapeste.

 

FIA Fórmula 2

Na manhã da sexta-feira, logo depois do treino livre da FIA Fórmula 3, os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram pra pista que secou rápido depois que o sol abriu. Com seus três trechos de alta velocidade e suas curvas velozes, manter os carros dentro dos limites de pista e evitar a eliminação de voltas rápidas nos treinos e as punições em corrida como aconteceu no ano passado. Um grande desafio para Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi.

 

 

Os primeiros tempos realmente mais rápidos começaram a aparecer com Felipe Drugovich estava na P4 e Enzo Fittipaldi na P7 com 15 minutos de treino, mas 13 dos 22 pilotos estavam no mesmo segundo. Com outros pilotos virando voltas rápidas, Fittipaldi caiu para a P10, mas ainda assim, considerando seu equipamento, estar entre os 10 primeiros em uma pista rápida era um grande feito.

 

Faltando 20 minutos para o final do treino os pilotos brasileiros saíram dos boxes para tentar baixar seus tempos de volta e nestas tentativas que Enzo Fittipaldi escapou da pista e ficou atolado em uma das caixas de brita, provocando uma bandeira vermelha para retirarem seu carro da pista, forçando uma bandeira vermelha que consumiu preciosos minutos do tempo de treino, uma vez que, em treino livre, o cronômetro não para nas bandeiras vermelhas.

 

 

Faltando 12 minutos para o final do treino tivemos novamente a bandeira verde e todos os pilotos – exceto Enzo Fittipaldi – buscar tempos de volta melhores. Na primeira tentativa, Felipe Drugovich excedeu o limite de pista, mas na volta seguinte conseguiu fazer a P6 provisória, mas ainda tinha treino e gente acelerando. No final, o piloto da MP Motorsport terminou com a P9 e, fora do treino, Enzo Fittipaldi ficou com a P17.

 

Antes do treino da Fórmula 1 e logo após a classificação da FIA Fórmula 3, os pilotos da FIA Fórmula 2 voltaram à pista para a classificação. Não havia perspectiva de chuva e a temperatura do asfalto estava em quase 40 graus, apesar da temperatura do ar estar amena. O desafio dos brasileiros era conseguir fazer voltas limpas, era necessário tentar fugir do “engarrafamento”.

 

 

Na sua primeira passagem de pé no fundo Felipe Drugovich fez a P1 provisória, mas acabou caindo para a P3 na sequência. Enzo Fittipaldi conseguiu fazer a P12. Na segunda passagem Felipe Drugovich melhorou seu tempo e depois que todos viraram suas voltas, ele subiu pra P2, mas estava 4 décimos de segundo atrás de Jack Doohan. Enzo Fittipaldi chegou a ficar com a P11, mas no complemento das passagens caiu para a P13. A ART e a Prema tentaram fazer a segunda volta mais tarde, sem sucesso.

 

Depois dessas tentativas os pilotos voltaram para os boxes para aquele ajuste e colocarem pneus supermacios e buscarem a volta ideal. As opções de pneus eram os médios e os supermacios. Com 11 minutos os carros vieram pra pista e os tempos iam cair uma vez que fizeram a primeira parte com os pneus médios. Na primeira passagem dessa segunda rodada, Drugovich chegou a fazer a P1, mas caiu pra P2.

 

 

Enzo Fittipaldi foi – mais uma vez – além do que o equipamento lhe oferece pra P9 e com muita gente perdendo volta por exceder os limites de pista. Na segunda tentativa Felipe Drugovich fez novamente a P2, mas perdeu a volta por track limits e caiu pra P5. Enzo Fittipaldi melhorou sua volta, mas foi superado por carros de equipes mais estruturadas e terminou o treino com a P12. 20 dos 22 carros no mesmo segundo e os 9 primeiros separados por menos de meio segundo.

 

Após a corrida sprint da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram pra pista. Era a hora da corrida sprint da categoria, com 28 voltas e sem obrigação de trocas de pneus. O sol e a temperatura do asfalto acima dos 40°C seria um problema para a conservação dos pneus. Felipe Drugovich ganhou uma posição antes da largada, com a punição de Amauri Cordel Vesti que perdeu 5 posições no grid e com isso, saiu pra P5. Enzo Fittipaldi continuava largando na P12.

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich ia fazendo uma grande largada, mas foi bloqueado por Richard Verschoor, a quem superou apenas na curva 3 e foi pra cima de Jack Doohan. Enzo Fittipaldi fez uma grande largada e pulou pra P10. ainda na primeira volta e início da segunda, veio trocando posições com Frederik Vesti, chegando a ficar na P9 por algum tempo. Por pouco Ayumu Iwasa não cortou o pneu de Felipe Drugovich ainda na segunda curva.

 

Felipe Drugovich se livrou de Richard Verschoor e foi pra cima de Jack Doohan para tentar a P3 uma vez que o australiano não conseguia acompanhar o P2, Theo Pourchaire. Enquanto isso, mais atrás, Enzo Fittipaldi estava no ataque pela P9 com sua Charouz pra cima do piloto ART Grand Prix. O Problema é que Jehan Daruvala e Dennis Hauger vinham chegando pra briga.

 

 

De tanto exceder os limites de pista, Frederik Vesti foi punido, mas ele continua na frente de Enzo Fittipaldi, impedindo que o brasileiro chegue próximo da P8, da Ayumu Iwasa, pra marcar pontos. Mais à frente, os 4 primeiros tinham uma distância estável entre eles. Liam Lawson ficou parado em posição perigosa e a direção de prova acionou o virtual safety car na volta 13, mas a liberação foi rápida e Felipe Drugovich se deu mal, ficando a 1,5s de Jack Doohan, que se aproximou de Theo Pourchaire. A vantagem para Juri Vips, o P5 era grande.

 

Os alertas de limite de pista iam sendo dados durante a corrida, mas Felipe Drugovich estava ficando pra trás, com a diferença para o P3 passando de 2s. Ayumu Iwasa perdeu rendimento e ficou pra Frederik Vesti, que já estava punido. Enzo Fittipaldi vinha junto com eles. Enquanto isso, a diferença de Felipe Drugovich para a P3 chegava a 3s na volta 20 e Juri Vips tirou meio segundo faltando 8 voltas para o fim da corrida.

 

 

O pelotão da briga pela P6 foi se agrupando com Richard Verschoor segurando todo mundo até o P10, Enzo Fittipaldi. Theo Pourchaire estava sob ameaça de punição, mas Felipe Drugovich estava a mais de 5s do piloto da ART Grand Prix e precisava aumentar o ritmo para se beneficiar. Doohan chegou em Pourchaire, o que pode ser bom para Felipe Drugovich. A Distância para o P5, Juri Vips, passou de 4s.

 

No final da corrida veio o aviso de que o caso de Theo Pourchaire com os limites de pista que o seu caso só seria analisado após a corrida. Em todo caso, se sair a punição, ele cai para P4, atrás do piloto brasileiro. Na briga pela P6, ninguém passou ninguém e Enzo Fittipaldi – na pista – recebeu a bandeirada na P10, mas como Frederik Vesti foi punido, o brasileiro ficou com a P9.

 

 

O sol conseguiu encontrar espaço entre as nuvens ainda no final da corrida da Fórmula 3 e isso ia dar uma misturada na estratégia das equipes. A expectativa pela punição as saídas do limite de pista de Theo Pourchaire não se confirmaram e o francês manteve sua P2, deixando Felipe Drugovich com a P4. a dúvida era largar com pneus de chuva ou pneus slicks. E teve gente largando com pneus pra pista seca.

 

Após a volta de apresentação os carros vieram para o grid. Enzo Fittipaldi veio de pneu supermacios. Após a volta de apresentação os carros vieram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich manteve a P6 enquanto Enzo Fittipaldi caiu pra P15 e no final da primeira volta Felipe Drugovich, depois de um toque na traseira de Logan Sargeant, perdeu a posição para Theo Pourchaire, caindo pra P7.

 

 

Marcus Armstrong, de pneus slicks, levou um toque e acabou atravessado na pista, o que colocou o safety car na pista. Enzo Fittipaldi já era o P11 e com a relargada no início da volta 5, Felipe Drugovich perdeu mais uma posição, desta vez pra Jack Doohan, parecia estar com pneus slicks e foi despencando na classificação enquanro Enzo Fittipaldi dava um show de habilidade e subiu para a P8 na relargada e os pilotos com pneus slicks foram se beneficiando da pista secando.

 

Na volta 8 os pilotos vieram em peso para os pits e Felipe Drugovich era, pós as primeiras paradas, o P18, à frente de Theo Pourchaire. Sem parar, Enzo Fittipaldi era o P5 e estava no ataque pra cima de Dennis Hauger, mas vinha com Liam Lawson na sua cola, que superou o piloto brasileiro, que foi para os boxes na abertura da volta 14, que ganhou nos boxes a posição de Dennis Hauger.

 

 

Na volta 15 Enzo Fittipaldi estava na P7, mas logo tomou a P6 de Olli Caldwell, só que Logan Sargeant vinha voando e passou o brasileiro. Felipe Drugovich era o P14 e Theo Pourchaire o P15. Enzo Fittipaldi veio no embalo de Logan Sargeante e ambos passaram Liam Lawson. Com isso ele subiu para a P5, mas tinham alguns carros bem rápidos atrás de Liam Lawson, o P6, e o grupo vinha se aproximando.

 

A disputa entre Logan Sargeant e Enzo Fittipaldi estava aproximando os dois de Roberto Mehri, mas o espanhol estava mais de 5s atrás de Jehan Daruvala. Os pilotos da frente não pararam nos boxes, mas as coisas iam ficando difíceis para Enzo Fittipaldi, que estava no limite para perder a abertura de asa móvel atrás de Logan Sargeant. Mehri foi se aproximando de Daruvala e Sargeant de Mehri, podendo dar perspectivas interessantes para o final da corrida.

 

 

Felipe Drugovich veio fazendo uma corrida apagada em relação ao que ele fez ao longo do campeonato, mas pensando em campeonato, estar à frente de Theo Pourchaire e ambos não marcando pontos, a ameaça do campeonato. Logan Sargeant foi perdendo contato com Roberto Mehri, mas Enzo Fittipaldi não conseguia se aproximar. Como já estava com uma advertência por track Limits, tinha que ter cuidado. Ele teve um alívio com a punição de 5s à Liam Lawson, que chegou em Enzo Fittipaldi.

 

As voltas finais foram dramáticas, com uma punição a Roberto Mehri, o P2, com 5s por track limits e, com essa punição, Enzo Fittipaldi subiu para a P4, em coma do P3, Logan Sargeant, mostrando ser mais piloto que o carro. Felipe Drugovich terminou na P13, à frente de Theo Pourchaire, mas era preciso reagir porque outros pilotos estão se aproximando da briga pelo título.

 

 

Após a corrida terminada, vieram as punições: o vencedor, O campeonato ainda tem a liderança do campeonato com 154 pontos, 39 a mais que o novo vice líder, Logan Sargeant. Enzo Fittipaldi subiu para 5°, com 75 pontos, um feito gigante se considerarmos a equipe onde ele está. A próxima etapa é em Paul Ricard.

 

Fórmula Regional Europeia

A categoria regional mais competitiva do mundo seguiu para Hungaroring, onde aconteceu a sexta das 10 etapas do campeonato. O circuito sinuoso e de poucos pontos de ultrapassagem exigiria uma boa qualificação, um desafio para Gabriel Bortoleto e principalmente para Eduardo Barrichello, que não tem conseguido boas posições de largada e isso vem comprometendo seus resultados. Ele ainda não marcou pontos no campeonato. Este foi um desafio extra por ser a primeira vez que a categoria correu na Hungria e 25 dos 33 pilotos inscritos não conheciam a pista. Tivemos a volta de alguns pilotos, como Andrea Rosso e a falta de alguns outros como Michael Belov. Uns por razões financeiras, outros por questões pessoais e uma baixa por Covid19.

 

 

Na sexta-feira tivemos duas sessões de treinos livres e pela manhã, na primeira das sessões, Gabriel Bortoleto conseguiu ficar no top10, com a 9ª posição. Já Eduardo Barrichello não conseguiu ir além da P29 em 33 carros que foram pra pista. Na sessão da tarde, Eduardo Barrichello fez um grande treino e ficou com a P7. Gabriel Bortoleto teve um resultado preocupante. A sua posição, P24, certamente ficou aquém do que ele e a equipe esperavam.

 

Na manhã do sábado os pilotos foram à pista para a qualificação da corrida que aconteceria algumas horas depois. Seguindo o sistema adotado este ano, os pilotos foram divididos em dois grupos, definidos pela classificação dos pilotos na pontuação do campeonato. Com isso, no primeiro grupo, com 17 pilotos, estava Eduardo Barrichello, que foram os primeiros a ir para a pista e em 15 minutos tentar a melhor posição possível de largada.

 

 

Depois de condicionarem os pneus e baixarem o nível de combustível, faltando 9 minutos as voltas rápidas começaram a vir. Na sua primeira passagem Eduardo Barrichello fez o 9° tempo. Isso queria dizer que ele precisava melhorar. Na sua segunda passagem o piloto brasileiro tirou o pé na terceira parcial e, naquele momento, faltando 3 minutos para o final do treino, era o P14. Na tentativa seguinte Eduardo Barrichello conseguiu subir novamente para a P11, mas com gap de 983 milésimos de segundo para Kas Haverkort, o mais rápido do grupo.

 

Logo em seguida os pilotos do segundo grupo vieram para a pista e nele estava Gabriel Bortoleto, precisando se recuperar dos resultados que ficaram abaixo dos que ele vinha obtendo antes de Zandvoort. Assim como no grupo 1, com 9 minutos para o fim dos 15 minutos de treino os tempos começaram a vir e na sua primeira passagem, após todos marcarem tempo, o piloto brasileiro era o apenas o P12.

 

 

Gabriel Bortoleto fez uma boa segunda passagem e com 1m39.2s tinha um tempo competitivo antes da “cooling down lap”, o brasileiro tinha a P3, mas precisaria melhorar. Na volta rápida seguinte, vários pilotos baixaram seus tempos de volta e nosso representante melhorou seu tempo para voltar para a P3 e com isso largar na P6 na terceira fila na corrida que ocorreria algumas horas depois.

 

Menos de 5 horas depois, no início da tarde, agora todos juntos, os 33 pilotos da categoria retornaram à pista para a primeira corrida do final de semana. O céu estava com poucas nuvens, nenhuma chance de chuva e a temperatura não estava escaldante como normalmente encontramos na Hungria no verão, mas tínhamos 45°C no asfalto. Como Kas Haverkort foi o mais rápido no geral, ele ficou com a pole e os pilotos do 1° grupo nas posições ímpares. Assim, Gabriel Bortoleto ficava com a P6, pelo lado “sujo” da pista e Eduardo Barrichello com a P23.

 

 

Após a volta de apresentação os carros voltaram para o grid e alinharam para os 30 minutos +1 volta de corrida. Apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto largou mal e perdeu várias posições, caindo para a P10. Eduardo Barrichello foi cauteloso e depois das primeiras curvas era o P24. Mesmo com algumas confusões à sua frente, Gabriel Bortoleto não conseguiu ganhar posições, diferente de Eduardo Barrichello, que fechou a primeira volta na P21.

 

Haverkort e Mini fugiram na frente enquanto o P3, Bilinski ia segurando todo o pelotão atrás dele. Aquele problema do “ninguém passa ninguém” de Hungaroring também era evidente... e quem se arriscava corria o risco de perder a posição. Só um problema mudava a situação de corrida e foi o que aconteceu com Tim Tramnitz e Eduardo Barrichello, ambos acabaram abandonando a corrida ainda nas primeiras voltas. Gabriel Bortoleto herdou a P9 e vinha na caça a Hadrien David.

 

 

Na metade da corrida Gabriel Bortoleto cometeu um erro e tinha perdido o contato com Hadrien David e era atacado por Esteban Masson e Laurens Van Hoepen em sua P9. A briga pela P6 entre Paul Aron e Dino Beganovic foi juntando gente atrás deles. Hadrien David já estava com eles e Gabriel Bortoleto vinha se aproximando depois de retomar seu ritmo normal de corrida. Apesar das aproximações, ninguém passou ninguém no top-10 e Gabriel Bortoleto recebeu a bandeirada final na P9.

 

Na manhã do domingo (e na madrugada do colunista) os pilotos voltaram à pista para o treino de classificação para a corrida que aconteceria algumas horas depois. O tempo continuava firme na Hungria e a transmissão já começou com o treino do grupo 2 de ontem na pista e com ele, Gabriel Bortoleto, que ontem conseguiu pontuar em uma corrida nada fácil e que teve o abandono de Eduardo Barrichello.

 

Assim como no treino de sábado, os tempos só começaram a ser consideráveis a partir do 6° ou 7° minuto dos 15 da sessão. Em sua primeira passagem rápida Gabriel Bortoleto ficou com a P3 provisória após todos completarem ao menos uma volta rápida, mas os tempos de volta do grupo estava muito apertado. Na segunda passagem, mesmo melhorando seu tempo de volta, o brasileiro tinha caído para P4.

 

 

Nos minutos finais vieram as últimas tentativas de volta rápida e estavam todos os pilotos mais rápidos virando na casa de 1m38s. O tempo estava expirando com Gabriel Bortoleto na P7 quando o piloto brasileiro fez uma volta voadora e cravou o 2° melhor tempo, atrás apenas de Hadrien David com 1m38.242s, uma volta espetacular, quase 3 décimos mais rápido que Paul Aron, que o colocava na 2ª fila para a corrida.

 

Logo em seguida o grupo 1 do sábado foi para a pista e Eduardo Barrichello, depois do abandono na corrida de ontem realmente precisava fazer um excelente treino para tentar se recuperar do mal resultado e tentar marcar seus primeiros pontos no campeonato. Assim como no grupo anterior, os tempos de volta a se considerar só começaram a vir faltando menos de 9 minutos para o fim e o piloto brasileiro, em sua primeira passagem, ao final de todas as passagens era o P6.

 

 

Na segunda passagem dos pilotos os tempos continuaram baixando e Eduardo Barrichello havia caído para a P11. O treino estava estranho, com pilotos normalmente muito rápidos em posições intermediárias. Alguns pilotos completaram mais uma volta rápida com o cronômetro já zerado, entre eles Eduardo Barrichello, mas o brasileiro não conseguiu baixar da casa de 1m39s e ficou com a P11 no grupo, e com o melhor tempo no outro grupo, ficou com a P22.

 

A ensolarada tarde do domingo teve os 33 pilotos de volta à pista em Hungaroring para a segunda corrida da sexta etapa do campeonato da Fórmula Regional. Era uma grande chance para Gabriel Bortoleto conseguir voltar ao pódio na categoria largando na P3 e Eduardo Barrrichello precisaria fazer uma grande corrida de recuperação largando da P22 nos 30 minutos +1 volta programada.

 

 

Após a volta de apresentação os carros voltaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto se aproveitou que o pole foi para a faixa de dentro bloquear Gabriele Mini e por pouco não tomou a ponta, mas conseguiu a P2. Eduardo Barrichello evitou confusões nas primeiras curvas e caiu para P23, mas no fechamento da primeira volta o Brasileiro da Arden GP passou na P24.

 

Bortoleto vinha na balada do líder da prova e os dois foram deixando o P3 para trás, mais preocupado em defender sua posição. O brasileiro não estava contente com a P2 e foi pra cima de Hadrien David e tinha que decidir isso rápido antes que Mini estabelecesse um ritmo forte de corrida. Enquanto que lá trás, Eduardo Barrichello vinha se recuperando e ganhando 3 posições fechou a segunda volta na P21, em um circuito onde as ultrapassagens são consideravelmente difíceis.

 

 

Tim Tramnitz vinha fazendo um bom trabalho na P4 segurando o pelotão enquanto os três da frente abriam vantagem. Gabriel Bortoleto já tinha Gabriele Mini em seus retrovisores na volta 5 enquanto Eduardo Barrichello não conseguia superar seu companheiro de equipe, Noel Leon, que segurava seu ritmo e liderava o pelotão do fim do grid. Gavriel Bortoleto não conseguia mais atacar o líder, mas vinha mantendo o P3 a uma distância segura.

 

Na metade da corrida Gabriel Bortoleto já estava mais próximo de ser atacado por Gabriele Mini do que atacar Hadrien David pela liderança, mas o piloto italiano ainda não estava próximo o suficiente e o P4 estava bem longe dos três primeiros. Eduardo Barrichello perdia um tempo precioso ao não superar Noel Leon e o pelotão da frente ia ficando cada vez mais longe.

 

 

Faltando 10 minutos para o fim Eduardo Barrichello subiu para a P20 c0m o problema de Roman Bilinski. A diferença entre os três primeiros era de menos de 1,5s, mas o líder estava mais tranquilo enquanto Gabriele Mini estava perigosamente perto de Gabriel Bortoleto que já começava a fazer movimentos defensivos no terço final de corrida. Faltando 6 minutos para o final da corrida, Joshua Durksen bateu no guard rail da curva 11 e forçou a entrada do safety car.

 

A intervenção era péssima, por um lado, para Gabriel Bortoleto que tinha uma posição de pódio nas mãos, mas podia ser a salvação da P2 com os ataques cada vez mais intensos de Gabriele Mini. Eduardo Barrichello herdou uma posição e subiu para P19 com o agrupamento do pelotão. O serviço foi rápido e a relargada ia acontecer para duas ou três voltas de tudo ou nada para os pilotos.

 

 

Gabriel Bortoleto relargou muito bem e manteve sua P2, evitando a aproximação de Gabriele Mini. Eduardo Barrichello não conseguiu superar Noel Leon e continuou na P19. Na volta seguinte, depois da reta, Gabriele Mini conseguiu, após algumas voltas lado a lado com Gabriel Bortoleto, tomar a P2. Pietro Delli Guanti se envolveu num acidente no final da reta e o safety car voltou pra pista, acabando com a corrida. Gabriel Bortoleto voltava ao pódio com a P3 e Eduardo Barrichello terminava na P18. No campeonato, Gabriel Bortoleto era o P7, com 92 pontos. Eduardo Barrichello continuava sem pontos. A próxima etapa será em Spa-Francorchamps, no final do mês.

 

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.