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Kiko Porto briga muito pra marcar pontos em Toronto e Ricardo Gracia melhora na F4 espanhola PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 17 July 2022 20:25

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos apenas uma categoria com corridas entra as que regularmente faço a cobertura aqui em nossa coluna semanal. Isso vai aliviar um pouco meu lado depois do mega textão da semana passada, mas não tinha como separar as três categorias.

 

Nesta semana, além da narrativa de como foi a etapa de Toronto da PRO2000, categoria do Road to Indy onde corre Francisco ‘Kiko’ Porto, vou fazer uma recapitulação da rodada tripla ocorrida no último final de semana da FIA Fórmula 4 espanhola, que correu em Spa-Francorchamps.

 

Antes de começar o trabalho sobre as colunas, temos a excelente notícia de que, pelo terceiro ano consecutivo, teremos uma piloto brasileira na fase final do Girls on Track, projeto da Federação Internacional de Automobilismo em parceria com a academia de jovens pilotos da Ferrari.

 

 

A escolhida deste ano foi Aurélia Nobels, que atualmente disputa a FIA Fórmula 4 no Brasil. Meu desejo de boa sorte pra ela e meu compromisso de acompanhar os passos seguintes neste caminho.

 

PRO2000

A categoria cruzou a fronteira e foi para o Canadá, na região dos grandes lagos, na bela cidade de Toronto para um programa de três dias. A primeira atividade de pista, na manhã da sexta-feira, e levou 14 carros para o traçado de pouco mais de 2800 metros e Kiko Porto ficou com a P5. Na parte da tarde os pilotos voltaram para pista e o nosso representante não conseguiu repetir a boa colocação do treino da manhã e ficou apenas com a P8. Para a corrida que aconteceria na tarde do sábado.

 

 

Na manhã do sábado, os pilotos da categoria retornaram à pista para o segundo treino classificatório, que definiria o grid para a segunda corrida, que aconteceria no início da tarde do domingo. O que tinha sido ruim ficou ainda pior, com Kiko Porto não conseguindo fazer boas voltas e ficando apenas com a P12, u que faria com que ele largasse na penúltima fila. Em ambas as corridas, o brasileiro precisaria fazer provas de recuperação.

 

Na tarde do sábado aconteceu a primeira corrida e Kiko Porto largava na quarta fila, na P8. O tempo estava firme e a temperatura não iria sacrificar demais os carros e pneus. Após uma volta atrás do safety car tivemos a largada lançada para 25 voltas e Kiko Porto não largou bem e foi perdendo posições na primeira volta. Um toque na largada fez Jonathan Browne quebrar a asa dianteira e isso provocou a primeira bandeira amarela. Kiko porto havia caído para a P10.

 

 

A relargada veio na volta 3 e, durante a bandeira amarela, Kiko Porto recuperou uma posição, tomada após o acionamento da bandeira amarela. Assim, o Brasileiro estava na P9. Ele logo se afastou dos ataques de Jack Miller, mas não por muito tempo. Braden Eves estava lento e segurando o ritmo, fazendo com que um pelotão se formasse atrás dele e os 6 primeiros fossem se distanciando.

 

Com o ritmo lento de Enaam Ahmed, na P2, o pelotão que ia até a P9 de Kiko Porto foi compactando após 7 voltas de corrida. Jack Miller, o P10, não ameaçava Kiko Porto, que podia focar apenas em tentar atacar Yuven Sundaramoorthy. Na volta 9 Salvador de Alba bateu sozinho e provocou a segunda bandeira amarela e entrada do safety car. Isso agrupou todo o pelotão até que a pista fosse limpa de detritos.

 

A relargada veio na abertura da volta 11. Kiko Porto largou forte, afastando-se de Jack Miller, mas na sequencia de curvas de baixa foi ultrapassado e caiu para a P10. Miller já vinha ensaiando esse ataque algumas voltas atrás e com a relargada, teve sucesso. Kiko Porto não desistiu da posição e foi para o ataque e um pelotão se formou brigando pela P6 a 10 voltas para o fim, com Yuven Sundaramoorthy segurando o grupo e Kiko porto veio trocando posição com Jack Miller, o que permitiu a aproximação de Jonathan Browne.

 

 

Faltando 5 voltas para o fim, Kiko Porto não conseguia mais acompanhar Jack Miller e se afastara do pelotão na P10. Na volta final, Braden Eves perdeu rendimento e caiu várias posições. O nosso representante subiu para P9 e nesta posição terminou a corrida, tendo enfrentado muitas dificuldades para ganhar posições.

 

No início da tarde do domingo os 14 competidores voltaram à pista para a segunda corrida do final de semana e Kiko Porto estava largando na P12, uma posição muito difícil e precisaria fazer uma corrida completamente diferente da corrida do dia anterior. Após uma volta atrás do safety car os cassos ficaram lado a lado e foi agitada a bandeira verde para 25 voltas e na primeira curva já tivemos um acidente envolvendo quatro carros, todos da parte final do pelotão e Kiko porto foi pego por Lindsay Brewer e empurrado para a barreira de pneus.

 

 

O Brasileiro conseguiu sair do monte de carros onde ficaram apenas Josh Green e Salvador de Alba. Com o ritmo lento do safety car, Kiko Porto chegou no pelotão e estava na P11. Restava ver se o carro estava com danos para o seguimento da corrida. Josh Green conseguiu voltar, mas com 2 voltas de atraso. A relargada veio na volta 4 e nosso piloto partiu para o ataque e subiu para a P10. Nem chegaram a completar uma volta quando Nolan Siegel foi atingido por Jonathan Browne e os dois ficaram em pedaços. Com isso Kiko Porto subiu pra P8.

 

A relargada veio na abertura da volta 8 e Kiko Porto veio sob ataque de Enaam Ahmed e atacou Waytt Brichacek. Ahmed tinha um carro evidentemente mais rápido, mas o brasileiro continuava segurando a P8. As coisas mudaram nas voltas seguintes e Kiko Porto foi mais forte pra cima de Waytt Brichacek, conseguindo tomar a P7 com um ataque por fora no final da reta oposta e algumas curvas lado a lado.

 

 

Faltando 10 voltas para o fim, Kiko Porto estava a 1,3s de Braden Eves, o P6 e tinha 1,1s de vantagem para Waytt Brichacek. O brasileiro estava se afastando de seus perseguidores, mas não conseguia se aproximar da P6. No final da prova, Kiko Porto cruzou a linha de chegada na P7, mas uma punição a Jordan Missig promoveu o brasileiro para a P6. No campeonato, Kiko Porto saiu de Toronto na 7ª posição do campeonato, com 208 pontos. A próxima corrida é e, Madison, Illinois, o segundo oval da temporada.

 

FIA Fórmula 4 Espanha

Conforme prometido, vou recuperar aqui o que aconteceu na quarta etapa do FIA Fórmula 4 em Spa-Francorchamps onde corre regularmente o brasileiro Ricardo Gracia Filho e que nesta etapa teve a presença de mais dois representantes do nosso país: Aurélia Nobels, que alguns dias depois desta corrida foi selecionada para a fase final do Girls on Track da FIA com parcerceria da Academia da Ferrari e Nelson Neto, que fez algumas corridas na FIA Fórmula 4 italiana.

 

Eu já tinha ouvido falar que, antigamente, as largadas em Spa-Francorchamps aconteciam na descida para Eau Rouge, inclusive existem instalações e um grid pintado no asfalto, mas nunca tinha visto uma corrida atual com a largada neste ponto do circuito. A FIA F4 espanhola alinhou seus 31carros inscritos para essa etapa neste local e, na corrida 1, disputada na tarde do sábado, Aurélia Nobels largava na P30, Nelson Neto na P27 e Ricardo Gracia na P25.

 

 

Após a volta de apresentação os carros alinharam no grid da pequena reta onde acontecem as largadas que estamos acostumados a ver e não onde eles estavam anteriormente. A corrida 1 tinha 25 minutos +1volta, mas boa parte deste tempo foi consumido pelas bandeiras amarelas. Colocaram menos câmeras do que estamos acostumados a ver em outras categorias e isso deixava a identificação dos carros mais difícil.

 

Faltando 10 minutos para o final da corrida vimos que, apesar de alguns abandonos, em ritmo de corrida Ricardo Gracia Filho e Nelson Neto conseguiram ganhar muitas posições, subindo para P17 e P18, respectivamente. Aurélia Nobels estava na P24. Na relargada após segunda bandeira amarela Gracia subiu para P16 e Neto para P17, enquanto Nobels ganhava 2 posições e ia para P22. Na última volta, Nelson superou Ricardo Gracia e tomou a P16. Gracia ainda cairia mais uma posição, recebendo a bandeirada na P18. Aurélia Nobels não segurou seu avanço e terminou na P24.

 

 

A corrida 2 na FIA Fórmula 4 espanhola é uma corrida mais curta, com 18 minutos +1 volta, com uma pontuação menor e a inversão dos 10 primeiros do grid e disputada na manhã do domingo. Os brasileiros estavam largando na seguinte ordem: Aurélia Nobels era a última, na P31, tendo logo a sua frente Nelson Neto na P30. Ricardo Gracia Filho largava na P25. Com uma corrida mais curta ia ser mais difícil fazer corridas de recuperação.

 

A largada, parada, no grid principal, não teve maiores problemas, ao contrário dos créditos sobre o tempo de voltas e posição dos pilotos na pista. Na abertura da 2ª volta tivemos uma colisão na saída da curva 1. No fechamento da primeira volta, Ricardo Gracia havia ganho 3 posições e era o P22. Mais atrás, Aurélia Nobels superava Nelson Neto e tomava a P30, deixando Neto em último. Com os carros que ficaram fora, Gracia era o P21, Nobels a P26 e Neto o P27.

 

 

A relargada veio com pouco menos de 9 minutos para o fim e os brasileiros foram avançando, com Ricardo Gracia tomando a P20 e Nelson Neto indo para a P25, superando Aurélia Nobels que caiu para P28. Gracia vinha na briga no pelotão que disputava a P17, mas foi empurrado para fora da pista e caiu pra 25°. Nelson Neto perdeu duas posições e era o 27° enquanto Aurélia Nobels continuava na P28. No final, uma corrida difícil para o trio brasileiro, que terminou a prova com Gracia na P25, Neto na P26 e Nobels na P28.

 

Na última corrida da rodada tripla, na tarde do domingo, novamente com 25 minutos +1 volta e – infelizmente – com os créditos da transmissão sem funcionar regularmente e sem o narrador falar como estava o grid, fiquei sem o grid porque nem o site oficial foi atualizado na semana seguinte à etapa. Após o início da corrida, quando apareceram os créditos antes de completarem a primeira volta foi que identifiquei que Nelson Neto largou na P21, Ricardo Gracia na P23 e Aurélia Nobels na P30.

 

 

Com as poucas câmeras instaladas para a transmissão, só foi possível identificar a posição dos pilotos após a passagem em que completaram a primeira volta e Ricardo Gracia passou na P19, ganhando 4 posições, com Nelson Neto indo no sentido oposto, perdendo 4 posições. Aurélia Nobels conseguiu subir para P29. O melhor foi o fato de termos uma primeira volta sem maiores incidentes e sem entrada do safety car.

 

Não dava pra comemorar. Na reta antes da Les Combes Nael e Nogales se tocaram provocaram a entrada do safety car. A relargada veio com menos de 14 minutos para o final e Ricardo Gracia subiu para P16 por meios próprios. Nelson Neto herdou as posições dos acidentados e subiu para P23 enquanto Aurélia Nobels subiu para P25, ganhando duas posições na relargada.

 

 

Na passagem seguinte Gracia havia caído para P17 enquanto Neto despencava para P28, atrás de Aurélia Nobels, que também perdia posições e era a P26. Não passaram-se duas voltas para que o safety car voltasse à pista mas antes disso Ricardo Gracia recuperava a P16 e Aurélia Nobels a P25. Nelson Neto acabou abandonando a corrida. A Relargada veio com 4 minutos para o final e tanto Gracia como Nobels ganharam uma posição na relargada, subindo para P15 e P24 e receberam a bandeira quadriculada nessas posições. Foi o melhor resultado de Ricardo Gracia na temporada.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

 

 

 
Last Updated ( Tuesday, 19 July 2022 10:45 )