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Enzo Fittipaldi vai ao pódio 2 vezes na F2 em final de semana abaixo da média de Felipe Drugovich. Caio Collet vence a primeira na F3. Gabriel Bortoleto vence na Fórmula Regional e Eduardo Barrichello vai ao pódio tendo seu melhor final de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 31 July 2022 15:12

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos agenda cheia e não ia ser possível acompanhar todos os eventos de uma vez. O projeto de fazer duas colunas em uma foi muito proveitoso, com ótimos resultados de visualização, mas extremamente desgastante.

 

Por isso, conversei com a Editora Chefe, Catarina Soares, e pedi para dividirmos o volume categorias desta semana, passando a cobertura da GB3 e da FIA Fórmula 4 norte americana para o final de semana que vem, junto com o a FIA Fórmula 4 alemã.

 

Nesta semana (se preparem que lá vem textão) tivemos em Hungaroring a FIA Fórmula 2, com Felipe Drugovich defendendo a liderança do campeonato e Enzo Fittipaldi, operando milagres com a Charouz. Também tivemos a FIA Fórmula 3, com Caio Collet tentando melhorar sua classificação no campeonato. Na Bélgica, a Fórmula Regional Europeia tinha Gabriel Bortoleto tentando melhorar o nível de sua regularidade e Eduardo Barrichello na luta por marcar seus primeiros pontos na categoria.

 

FIA Fórmula 2

O treino livre aconteceu com o sol alto, céu limpo e muito calor em Hungaroring, logo após o treino livre da FIA Fórmula 3, onde não correu no ano passado. Felipe Drugovich chegava à Hungria com 39 pontos de vantagem na liderança e Enzo Fittipaldi novamente buscando andar mais do que o carro e continuar marcando pontos no campeonato. No final do primeiro terço de prova os brasileiros conseguiram a P5 com Enzo Fittipaldi e a P7 com Felipe Drugovich usando pneus médios.

 

 

Com 30 minutos para o final Felipe Drugovich tentou uma noa volta rápida, mas errou na saída da curva 4 e estragou a volta! Com metade do treino passado, Enzo Fittipaldi tinha a P7 provisória e Felipe Drugovich era apenas o P11 quando retornou aos boxes. Faltando 24 minutos para o fim e com boa parte dos pilotos nos boxes Felipe Drugovich voltou pra pista e fez a P7 provisória, pouco para quem briga pelo campeonato. Na segunda tentativa, quando já estava na P12, subiu para a P8, mas perdeu a volta por exceder track limits.

 

 

Alguns minutos depois Enzo Fittipaldi, foi pra pista e fez a P8 provisória. Felipe Drugovich voltou para os boxes no final do segundo terço de treinos. A equipe MP parecia perdida em termos de achar o acerto. Enzo Fittipaldi também voltou para os boxes depois de sua volta rápida. Faltando 10 minutos os dois brasileiros voltaram pra pista. Felipe Drugovich não melhorou seu tempo de volta e retornou aos boxes quando era o P12. nos instantes finais do treino ele ia tentar melhorar seu tempo, mas a batida de Dennis Hauger acabou com o treino. Enzo Fittipaldi foi o P9 e Felipe Drugovich o P13.

 

Na tarde, depois do treino livre 2 da Fórmula 1, os pilotos da FIA Fórmula 2 com Felipe Drugovich sob pressão depois do mal resultado no treino livre e precisando colocar o carro em uma boa posição para a largada da corrida principal no domingo. Enzo Fittipaldi vinha com o mesmo objetivo: colocar o carro da Charouz entre os 10 primeiros, o que com a previsão de chuva para o sábado uma boa posição de grid invertido podia ser interessante.

 

 

Todos os pilotos foram pra pista com pneus macios e na primeira tentativa dos brasileiros Felipe Drugovich era o P8 e Fittipaldi o P9. Muitos pilotos estavam perdendo voltas por exceder o limite de pista. Ainda assim, a situação do líder do campeonato não se mostrava boa. Na segunda volta rápida que os pilotos tentaram Felipe Drugovich fez a P2 provisória. Depois disso, a maioria voltou imediatamente aos boxes.

 

Como é costume, na metade do treino os pilotos foram fazer aquele ajuste fino e colocar pneus novos para uma última tentativa de volta rápida. Olli Caldwell saiu antes de todos e fez uma P1 provisória, mostrando que todos deveriam melhorar. Faltando 11 minutos para o fim, todos foram para a pista e o desafio – além do tempo de volta – era evitar o engarrafamento e não perder a última tentativa.

 

 

Na primeira tentativa pós-parada todos foram melhorando tempos. Felipe Drugovich era o P4 e Enzo Fittipaldi era o P9, mas faltavam 5 minutos de treino e os pilotos iriam resfriar os pneus e tentar uma nova volta rápida, mas teve piloto fazendo volta rápida já na segunda volta e Felipe Drugovich fez a P2 provisória até Ayumu Iwasa fazer a pole. Enzo Fittipaldi continuou na P9. os pilotos evitaram o risco do engarrafamento e assim, Felipe Drugovich largava numa ótima P3 no domingo e Enzo Fittipaldi estava na primeira fila no sábado.

 

A “sprint race” da Fórmula 2 estava programada para depois do treino de classificação da Fórmula 1 e depois de tanta chuva, esta parou e a pista secou rápido, com os carros indo pra pista com pneus slicks, contrariando as previsões da meteorologia. Enzo Fittipaldi, apesar de estar largando na primeira fila, estava do lado sujo da pista. Como a chuva da manhã deu uma grande lavada no asfalto, esta diferença poderia não ser tão grande. O mesmo se apresentava para Felipe Drugovich.

 

Os pilotos foram pra pista com os pneus médios para agüentarem as 28 voltas previstas. Após a volta de apresentação eles de reposicionaram no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Enzo Fittipaldi largou muito bem e tomou a ponta na reta antes da curva 1, mas errou feio na curva 2, saiu da pista e despencou para a P3. Felipe Drugovich largou muito bem, subiu para a P5 antes da tomada da curva 1 onde foi tocado, mas manteve sua trajetória.

 

 

Na curva 4 Frederik Vesti perdeu a curva e Felipe Drugovich agradeceu, subindo para a P4. Dennis Hauger e Theo Pourchaire se enroscaram e o norueguês ficou parado na área de escape da curva 1, com Theo Pourchaire caindo para a P15. Logan Sargeant foi quem tocou em Felipe Drugovich e levou a pior. Abandonando a corrida. O safety car veio pra pista para limparem a pista.

 

A relargada aconteceu no início da volta 4 e os brasileiros relargaram bem, mantendo suas posições. Pourchaire caiu pra P16! Doohan fugia na ponta e Juri Vips segurava os dois brasileiros, que estavam com alguma segurança em relação a Frederik Vesti. Na abertura da volta 7 liberaram o DRS e Enzo Fittipaldi foi pra cima de Juri Vips, mas em Hungaroring as ultrapassagens com carros em ritmo próximo são muito difíceis. Era preciso ter cuidado com os limites de pista.

 

 

Felipe Drugovich estava a mais de 1s de distância de Enzo Fittipaldi na metade da corrida e Frederik Vesti encurtou a diferença para menos de 1s para o brasileiro enquanto o P6, Jehan Daruvala, estava a mais de 3s. Felipe Drugovich começou a se defender de Frederik Vesti e a distância subiu para 2s, mas quando apertou o ritmo, deixou Vesti para trás e reduziu a distância para Enzo Fittipaldi, que não conseguia mais acompanhar Juri vips a 10 voltas do final.

 

Os pneus começaram a dar sinais de desgaste Felipe Drugovich reduziu para menos de 1s a distância para Enzo Fittipaldi e Frederik Vesti para Felipe Drugovich. O bom é  vantagem de mais de 10s para o P6 – na pista – Jehan Daruvala, que quando caiu, perdeu 3 posições, fora a punição de 10s por um toque em Marcus Armstrong. Theo Pourchaire chegou até a P9. Não tivemos mudanças entre os 5 primeiros e, com isso, Enzo Fittipaldi fez mais um pódio e Felipe Drugovich ampliou a vantagem na liderança do campeonato para 44 pontos.

 

 

No domingo os pilotos da categoria e suas equipes tiveram um desafio extra sobre a definição dos pneus a serem escolhidos. Ainda úmida e com alguma borracha na pista. Felipe Drugovich largava com pneus macios, assim como Enzo Fittipaldi. Completada a volta de apresentação os pilotos voltaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 37 voltas programadas, Felipe Drugovich foi bloqueado pela má largada de Ayumu Iwasa e caiu para P4. Enzo Fittipaldi largou muito bem e subiu para a P6.

 

Na volta 4 Enzo Fittipaldi superou Frederik Vesti, que largou de pneus médios e assumiu a P5. Frederik Vesti ainda tomou uma punição de 5s por forçar Juri Vips pra fora da pista. Enquanto isso, Felipe Drugovich estava acompanhando a briga de Iwasa para cima de Theo Pourchaire pela P2. A briga pela P2 trouxe Enzo Fittipaldi para a briga e na abertura da volta 8 o líder do campeonato foi para os boxes antes de todo mundo e voltou com lista livre. Na volta seguinte os 3 primeiros foram para os boxes e Enzo Fittipaldi assumiu a ponta.

 

 

Enzo Fittipaldi discutiu com a equipe, que o mantinha na pista com os pneus em péssimo estados enquanto Felipe Drugovich superava Marcus Armstrong. Enzo Fittipaldi fez uma volta de gênio e voltou atrás de Theo Pourchaire e à frente de Ayumu Iwasa, sendo – teoricamente, o P2. Enzo Fittipaldi se firmou na frente de Iwasa enquanto Felipe Drugovich vinha atrás do japonês e, faltando 20 voltas para o final, havia uma possibilidade de chuva antes do final da corrida.

 

Os pilotos eu trocaram os pneus macios por médios começaram a avançar sobre os carros que largaram pneus médios na estratégia invertida. Na condição atual, com a perspectiva de Theo Pourchaire tirar 13 pontos da diferença para Felipe Drugovich, que estava sendo atacado por Marcus Armstrong e acabou sendo superado (o que os Manes da transmissão não viram). Que ele esteja poupando os pneus...

 

 

Com fodos os carros tendo feito suas paradas, Enzo Fittipaldi estava na P2 e Felipe Drugovich na P5. O que era péssimo para o líder do campeonato, vendo seu concorrente na P1 fazendo 15 pontos a mais que ele. A vantagem de Felipe Drugovich para Frederik Vesti era 4s faltando 8 voltas para o final da corrida Enzo Fittipaldi vem seguro na P2 enquanto Felipe Drugovich ia perder a P5 e também a P6, superado por Juri Vips.

 

Os pneus de Felipe Drugovich simplesmente acabaram faltando 5 voltas para o final da corrida e os pilotos que vinham atrás viravam mais de 1s mais rápido enquanto Enzo Fittipaldi mostrava toda sua capacidade ao levar a Charouz para o pódio. Felipe Drugovich foi superado por Christian Verschoor e Liam Lawson e, a 3 voltas do final, tinha caído para a P9, com Logan Sargeant se aproximando rápido.

 

 

Enzo Fittipaldi deu um aperto no final da corrida pra cima do líder Theo Pourchaire enquanto Felipe Drugovich tentava evitar a ultrapassagem de Logan Sargeant. Não foi possível tomar a ponta para Fittipaldi e Felipe Drugovich ainda conseguiu segurar a P9, um resultado ruim por conta da vitória de Theo Pourchaire. Com isso, Drugovich continuava líder, com 180 pontos, mas a diferença para o francês era agora de 21 pontos. Enzo Fittipaldi, com dois pódios e 26 pontos marcados, subiu para P4 no campeonato com 100 pontos (de Charouz!). A próxima etapa é Spa-Francorchamps.

 

FIA Fórmula 3

No meio da manhã os pilotos da categoria vieram pra pista de Hungaroring com os pneus macios (este seria o único contato com este tipo de pneus no final de semana) para se entenderem com o recapeado traçado do travado circuito. O último desafio dos pilotos antes da pausa das férias do final de semana e o Brasileiro Caio Collet buscando entender o melhor caminho para conseguir um bom resultado.

 

Na primeira terça parte do treino o brasileiro conseguiu ficar boa parte do treino na P7, indo depois para a P8 onde permaneceu até quase a metade do treino, quando caiu para a P9. Na altura da metade do tempo as equipes começaram a colocar os pneus médios, que seria o composto único e para isso foram precisos ajustes de suspensão e asa. Caio Collet só veio pra pista faltando 6 minutos para o final do tempo.

 

 

Nessa altura ele era o P12, mas muitos pilotos haviam melhorado seus tempos com pneus médios novos. O famigerado “limite de pista” andou frustrando a volta rápida de muita gente, mas não a de Caio Collet que marcou a P3 no final do tempo cronometrado. Com o cronômetro zerado o piloto brasileiro terminou com a P5, o que poderia ser uma referência para o treino classificatório da tarde. Os 10 primeiros estavam separados por menos de 4 décimos de segundo!

 

No início da tarde os pilotos voltaram à pista para os 30 minutos de treino classificatório, algo importantíssimo em um circuito onde as ultrapassagens são sempre complicadas. Na sua primeira tentativa de volta rápida Caio Collet conseguiu a pole provisória com uma volta limpa e retornou aos boxes com 21 minutos para o final do treino. Alguns pilotos rápidos inverteram a estratégia para tentar, no segundo terço do treino, fazer sua volta com uma pista mais vazia.

 

Caio Collet voltou pra pista quando faltavam 16 minutos de tempo para o final do treino. Muita gente veio pra pista e o “engarrafamento” foi inevitável. Os tempos foram caindo e Caio Collet quando fez sua volta rápida ficou com a P7 provisória quando faltavam 10 minutos para o final do treino. Todos voltaram para os boxes para trocar pneus e fazerem uma última tentativa nos minutos finais.

 

 

Com os 10 primeiros separados por menos de 3 décimos, qualquer detalhe faria a diferença entre a pole e a 5ª fila. Com 9 minutos para o final os pilotos começaram a sair dos boxes e, pela estratégia da equipe, Caio Collet permaneceu nos boxes até faltarem 5 minutos para o final do treino. O risco eram as bandeiras amarelas e faltando 3 minutos para o fim, veio a bandeira vermelha com o carro de Zak O’Sullivan.

 

Quando reabriram os boxes foi um terror, com os 30 carros indo pra pista e sempre sob o risco de termos alguma bandeira amarela ou mesmo vermelha para jogar na vala a tentativa final de todos que vierem atrás ou mesmo todos os 30. Muita gente não conseguiu abrir a volta rápida e Caio Collet, mesmo melhorando sua volta, caiu para a P9 num flagrante erro de estratégia da equipe, que só não foi pior porque outras equipes cometeram erros piores.

 

No final da manhã do sábado os pilotos voltaram à pista para a “Sprint Race” e como os meteorologistas previram, uma “convidada especial” apareceu: a chuva! Pista molhada para a corrida, mas na hora da largada uma trégua na precipitação deixava os estrategistas pensativos em relação a necessidade ou não de uma troca de pneus durante a corrida. A direção de prova determinou “wet race” e a largada seria atrás do safety car.

 

 

Caio Collet, que largava na P4 ficou no lucro. Afinal, ele largava do lado sujo e não emborrachado da pista. A volta de apresentação já foi com o carro de segurança à frente e como é costumeiro, a primeira volta de corrida foi atrás do Aston Martin e depois eles largaram para 18 das 19 voltas com bandeira verde. Caio Collet subiu pra P3 com o pole, Oliver Goethe, perdendo várias posições. Na saía da curva 3, David Vidales bateu e logo tivemos a entrada do safety car.

 

A relargada veio na abertura da volta 4 e Caio Collet relargou muito bem, tomou a P2 de Isack Hadjar e foi pra cima Franco Colapinto. Para ajudar, Hadjar ia segurando Jak Crawford. A briga foi estragada com a batida entre Brad Benavides e Ido Cohen na abertura da volta 5 no final da reta dos boxes trouxe de volta o safety car pra pista e agrupou todo o pelotão. Quem também apareceu foi o sol, mas entre muitas nuvens pesadas.

 

 

A relargada veio no início da volta 8 e Caio Collet levou o troco de Isack Radjar no final da reta dos boxes, mas recuperou a P2 na curva 2 quando o francês tentou tomar a ponta. Franco Colapinto e Caio Collet abriram uma pequena vantagem vantagem na frente Na abertura da volta 10 o brasileiro atacou e forçou o argentino a errar pra tomar a ponta da corrida e deixar o argentino enrolado com Isack Hadjar.

 

Caio Collet estava mais rápido e foi abrindo vantagem rapidamente. Na volta 11 ele marcou a volta mais rápida e abriu 3s de vantagem na frente. Na volta seguinte, com pista livre e sem pressão, outra volta mais rápida, 4s de vantagem e muita torcida para não ter mais nenhuma entrada de safety car. Um trilho começou a se formar e os pilotos começaram a “buscar água” pra refrigerar os pneus.

 

 

Caio Collet cravou novamente a volta mais rápida, mas logo foi batido por Jak Crawford, que brigava com Kush Maini pela P3. O importante eram os 6,5s de vantagem para Franco Colapinto. Na última volta o brasileiro veio voando para tentar recuperar a volta mais rápida e ganhar um ponto extra e conseguiu a volta perfeita para uma corrida perfeita. Foi a primeira vitória de Caio Collet na categoria.

 

No domingo os pilotos voltaram à pista para a “feature Race” e tiveram a companhia não prevista da chuva, que molhou a pista durante a madrugada e criou novamente a condição do dia anterior. Caio Collet largaria na P9, mas Arthur Leclerc levou 5 posições de punição por suas ações na corrida do sábado e o brasileiro subiu para a P8, largando no lado menos emborrachado, o que é bom com pista molhada.

 

Após a volta de apresentação, com a pista mostrando ter menos água do que no sábado, voltaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 24 voltas programadas, Caio Collet fez uma largada segura, evitando contatos e caiu para a P9, mas no início da segunda volta já recuperou a P8 superando David Vidales e já foi encostando em Gregorie Saucy, que não estava conseguindo acompanhar o P6, Victor Martins.

 

 

Saucy estava segurando Caio Collet, que não conseguia ultrapassá-lo e ia ficando mais distante dos carros da frente, que estavam relativamente próximos desde o P4. Ou o brasileiro tomava uma decisão ou ia ter, em algumas voltas a presença incômoda de Arthur Leclerc que vinha se aproximando. Completada 12 das 24 voltas programadas, a pista continuava úmida o suficiente para ninguém pensar em pneus slicks e ninguém conseguia passar ninguém do P2 ao P9.

 

Leclerc colou em Caio Collet na volta 14 e o brasileiro precisou se preocupar a se defender mais do que atacar. Victor Martins, o P6, perdia desempenho e Gregorie Saucy chegava no companheiro de equipe e na volta 15 Caio Collet foi superado pelo piloto da Prema. A sorte – por enquanto – é que o pelotão que brigava pela P10 estava a quase 10s do nosso piloto, que ia perdendo terreno para a briga à sua frente.

 

 

Alguns pilotos do fundo do pelotão arriscaram colocar pneus slick, mas quem fez a troca não conseguia aderência na pista faltando 7 voltas para o fim da corrida. Leclerc Passou Saucy, mas Caio Collet não conseguia se aproximar dele. Em muitos pontos já havia um trilho mais seco e nas 5 voltas finais manter o que restava dos pneus inteiros seria o trabalho mais difícil para todos os pilotos e Roman Stanek vinha voando para cima de Caio Collet, quase 1s mais rápido por volta.

 

Nas voltas finais aqueceu a briga pela P7 e Gregorie Saucy empurrou Caio Collet pra fora da pista na curva 2 quando o brasileiro quase recuperou a P8.Caio Collet foi superado pelos pilotos que colocaram pneus slick e caiu para a P11, mas na última curva o brasileiro conseguiu superar Victor Martins Gregorie Saucy (que não tinham mais borracha nos pneus) para terminar na P9 e marcar mais dois pontos. Com os resultados, Caio Collet saiu da Hungria na P8, com 52 pontos. A próxima corrida será em Spa-Francorchamps.

 

Fórmula Regional Europeia

A programação na Bélgica foi bem diferente do que estamos acostumados a ver, mesmo para a Fórmula Regional Europeia, que neste ano – felizmente – diminuiu as suas excentricidades. As atividades de pista começaram na quarta-feira, uma vez que o evento do final de semana eram as 24 Horas de Spa-Francorchamps, com largada para a tarde do sábado. Na primeira sessão dos treinos livres as coisas não começaram nada bem para Eduardo Barrichello, o único dos 34 pilotos inscritos a não marcar tempo. Gabriel Bortoleto ficou com a 14, 1s296 do P1 e seu companheiro de equipe, Hadrien David.

 

 

No final da manhã da quinta-feira os pilotos voltaram à pista para a segunda sessão de treinos livres e Eduardo Barrichello fez sua melhor sessão de treinos em toda a temporada e em um ano e meio na categoria ficando com a P2, 287 milésimos atrás de Hadrien David. Gabriel Bortoleto também se entendeu com o carro e o traçado e marcou a P5, 630 milésimos do P1, seu companheiro de equipe.

 

Ainda na tarde da quinta-feira tivemos uma das sessões de treinos classificatórios. Diferente do que normalmente acontece, com o treino de classificação sendo realizado algumas horas antes da corrida, desta vez, capricharam na bagunça. Ao invés disso, na quinta-feira eles fizeram a classificação da segunda prova a ser realizada no sábado por conta da programação do autódromo no final de semana, que tinha como corrida principal as 24 Horas de Spa-Trancorchamps.

 

O que não mudou foi a divisão em grupos, com 15 minutos para cada piloto no seu respectivo grupo definir sua posição de largada. Spa-Francorchamps estava “com cara de Spa-Francorchamps”, com céu encoberto, temperatura amena e com a chuva podendo cair a qualquer momento, em parte ou todo circuito. Eduardo Barrichello estava no primeiro grupo e Gabriel Bortoleto no grupo 2.

 

 

Depois de duas voltas para aquecer os pneus os pilotos partiram para as voltas rápidas com uma disputa por posicionamento para poder aproveitar algum vácuo, principalmente no setor 1. Na sua primeira volta rápida Barrichello repetiu o nível de performance do treino livre e ficou com a P2 provisória. Na segunda volta rápida do grupo, Barrichello caiu para a P4.

 

A volta seguinte era hora de dar uma resfriada nos pneus para fazer uma última volta lançada e tentar melhorar os tempos de classificação, mas os que conseguiram melhorar seus tempos de volta não foi o suficiente para alterar as posições, pelo menos entre os primeiros. Assim, Eduardo Barrichello ficou com a P4, o que o colocava na quarta fila e numa condição que não conseguira antes.

 

Logo em seguida veio o grupo 2 e nele estava Gabriel Bortoleto. Todos viram que as duas primeiras voltas eram as decisivas para fazer a volta rápida e definir a posição no grid. Assim como o grupo 1, os pilotos do grupo 2 deram duas voltas de condicionamento dos pneus para atacarem os cronômetros. Na primeira volta rápida do grupo, Gabriel Bortoleto ficou provisoriamente na P2, milésimos atrás de Hadrien David.

 

 

Os pilotos continuaram acelerando forte, buscando melhorar seus tempos. Depois da segunda passagem Leonardo Fornaroli conseguiu melhorar e topara P2 de Gabriel Bortoleto, que caiu para a P3, mas ainda havia tempo para mais uma volta rápida e depois de resfriar os pneus o piloto brasileiro recuperou – ao menos provisoriamente – a P2. Todos forçaram tudo no final, inclusive excedendo os limites de pista, mas ninguém tirou a P2 de Gabriel Bortoleto para largar na 2ª fila na Corrida 2.


Na sexta-feira pela manhã, antes da corrida 1, os pilotos voltaram à pista para fazer o treino classificatório da corrida que aconteceria algumas horas depois, como vem acontecendo regularmente este na. Apesar da temperatura um pouco mais baixa, tínhamos um pouco de sol e menos chances de chuva durante o treino. Assim como o grupo 1 foi o primeiro a ir para a pista na quinta –feira, na manha da sexta-feira os primeiros a irem para pista foram os carros do grupo 2, onde estava Gabriel Bortoleto.

 

 

A equipe segurou o piloto brasileiro por alguns minutos a mais nos boxes e isso foi feito por outras equipes, formando dois grupos de carros, separados por cerca de 2 km. Bortoleto estava neste segundo grupo. Mas o ritmo mais lento fez com que os pilotos so abrissem voltas rápidas com menos de 8 minutos para o final do treino, mas eles abortaram a volta num jogo de estratégia para jogar os carros pra frente.

 

Com isso, faltando 5 minutos, não haviam registros de voltas rápidas Hadrien David e Gabriel Bortoleto tomara à frente e abriram suas voltas rápidas, mas o brasileiro abortou sua volta e partiu para o ataque na segunda volta rápida. A estratégia não se mostrou eficiente. Bortoleto era o P10, mas passou na linha de chegada antes do cronômetro zerar, mas a estratégia mostrou-se um desastre e o brasileiro ficou com a P12.

 

Em seguida o grupo 1 foi para pista e com ele Eduardo Barrichello. Assim como no treino do grupo anterior, os pilotos saíram lentos para a pista, mas não se separaram durante as voltas de preparação dos pneus. Eduardo Barrichello vinha como penúltimo da fila e mantendo uma certa distância do grupo até os primeiros quase pararem na pista e por pouco não provocarem um acidente.

 

 

Com 8 minutos, aparentemente, os pilotos partiram para fazer voltas rápidas e quando completaram suas primeiras voltas rápidas Eduardo Barrichello cravou a P2 provisória, mas todos continuavam acelerando e na segunda volta rápida alguns pilotos melhoraram muito seus tempos de volta. Eduardo Barrichello também melhorou, mas não o suficiente e caiu para a P5, mas ainda havia tempo para mais uma volta rápida.

 

Depois de resfriarem os pneus os carros vieram lentamente para abrir esta última tentativa. Eduardo Barrichello era o último da fila e passou na linha de chegada 10s antes de zerar o cronômetro. Todos estavam em volta rápida, mas nem todos conseguiram tempos melhores. No treino para a corrida 1 foi assim e assim como no treino para a corrida 1, Eduardo Barrichello ficou com a P4 no seu grupo.

 

Algumas horas depois os 34 pilotos inscritos voltaram à pista para a primeira das duas corridas do final de semana no início da tarde da sexta-feira e o sol abriu de vez para a corrida. Os brasileiros estavam largando muito bem para essa corrida, com Eduardo Barrichello largando na P7 e Gabriel Bortoleto largando na última posição, por trocar o motor do carro, assim como Hadrien David, seu companheiro de equipe, teria que fazer “a corrida da vida” em recuperação, lembrando que seu carro estava muito rápido.

 

 

Completada a volta de apresentação e de volta ao grid, quando apagaram as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta de prova, Eduardo Barrichello segurou a P7 até a subida da Radillon, mas na Les Combes já tivemos gente indo para a brita. Gabriel Bortoleto fez uma largada espetacular e já era o P27 no final do primeiro terço de volta e passou completando a primeira volta na P23. Eduardo Barrichello ganhou a posição de Sebastian Montoya e era o P6.

 

Gabriel Bortoleto continuava num ritmo alucinante enquanto Eduardo Barrichello atacava Eduardo Fornaroli pela P5 e ultrapassou o italiano para ganhar a posição. Era uma corrida como todos esperavam dele na equipe. Bortoleto já era o 20° no meio da volta 3 e abriu a quarta volta na P18, mas chegando em carro mais rápidos o progresso escalando o pelotão ia ficando mais difícil. Barrichello foi para o ataque em cima de Sami Meguetounif.

 

 

A briga pela P18 com Francesco Braschi afastou Gabriel Bortoleto do pelotão que ia do P10 ao P17 e o brasileiro precisou de uma volta e meia para chegar em Mateo Capietto, mas quando chegou, não demorou a para tomar a P17. Eduardo Barrichello estava a 1,3s de Sami Meguetounif. A P5 de Barrichello era bem sólida enquanto Bortoleto brigava para chegar aos pontos e superava Victor Bernier para subir à P15 na metade da corrida.

 

Esteban Masson era o alvo seguinte de Gabriel Bortoleto enquanto Eduardo Barrichello estava tranquilo quanto ao P6, Kas Haverkort, mas não conseguia se aproximar de Sami Meguetounif. Faltando 10 minutos para o fim, Gabriel Bortoleto tomou a P15 de Masson e a disputa entre Aron e Meguetounif permitiu que Barrichello se aproximasse da briga pela P3. Enquanto Bortoleto superava Mari Boya pela P14, mas o espanhol recuperou a seguir.

 

Eduardo Barrichello vinha forte pra cima de Paul Aron nos 5 minutos finais pela P4 e conseguiu parras o piloto da Prema para assumir a P4. Gabriel Bortoleto é que perdeu muito tempo para Mari Boya e os pontos iam ficando distantes quando ele assumiu a P14. Paul Aron não havia desistido da P4 e vinha tentando recuperá-la. Gabriele Mini abandonou na abertura da penúltima volta e, com isso, Eduardo Barrichello subiu para a P3. Gabriel Bortoleto foi para a P13.

 

 

Com Victor Bernier parado numa das caixas de brita, a direção de prova decidiu encerrar a corrida com uma bandeira vermelha e, pelo regulamento, prevaleceria o resultado ca volta anterior, o que devolvia Eduardo Barrichello para a P4 e Gabriel Bortoleto para a P15, atrás de Mari Boya. Algumas hores depois, no parque fechado, foram encontradas irregularidades no carro de Gabriele Mini. Com isso, a P3 ficou para Eduardo Barrichello e a P14 para Gabriel Bortoleto.

 

Na manhã do sábado os pilotos voltaram à pista em um dia ensolarado para a segunda corrida do final de semana. Essa tinha tudo para ser uma corrida especial para os brasileiros, com Gabriel Bortoleto largando na P4 e Eduardo Barrichello largando na P7. Como vimos na corrida do dia anterior, os pilotos brasileiros estavam com um ótimo ritmo de corrida em Spa-Francorchamps e podiam fazer grandes corridas.

 

Após a volta de apresentação os pilotos retornaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta de prova, tivemos uma grande sequência de acidentes ainda na reta e na curva Source. De forma estúpida – como é praxe na categoria – a direção de prova não deixou a corrida transcorrer até perto do final da volta, acionando as bandeiras amarelas e indicando a entrada do safety car antes que os pilotos chegassem a Les Combes.

 

 

Gabriel Bortoleto manteve a sua P4 e Eduardo Barrichello ganhou uma posição e subiu para a P6. Limpar a pista e retirar os carros ia demorar e, quando devia, a direção de prova não colocou a bandeira vermelha para parar o cronômetro. A corrida foi retomada faltando 18 minutos para o final. Os brasileiros conseguiram mantes suas posições, mas logo Bortoleto atacou pela P3 de Paul Aron enquanto Barrichello atacava Tim Tramnitz pela P5.

 

Na volta seguinte, Eduardo Barrichello conseguiu tomar a P5 na entrada da Les Combes. Um problema na cronometragem estava “sumindo” com o carro de Gabriel Bortoleto, mas o brasileiro continuava na P4. Na passagem seguinte foi a vez de Bortoleto subir uma posição, com a ultrapassagem sobre Paul Aron e assumindo a P3 e indo pra cima de Dino Beganovic, mostrando que os carros da R-ACE estavam voando. Hadrien David era o líder e o próximo alvo.

 

 

Eduardo Barrichello vinha tentando se aproximar dos dois carros da Prema para também entrar no pódio. A distância de Gabriel Bortoleto para o líder era de 2,7s, mas o francês vinha aumentando a vantagem. Ao menos Gabriel Bortoleto ia deixando Dino Beganovic pra trás e sem chances de atacá-lo. Com o carro de Piotr Wisnicki preso na caixa de brita a 2 minutos do fim e com a entrada do safety car, a corrida estava decidida, não havendo uma relargada.

 

Após a corrida, Hadrien David recebeu uma punição por ter ganho a ponta ao superar Paul Aron quando a corrida já estava sob bandeira amarela e não devolveu a punição. Com isso Gabriel Bortoleto herdou a vitória (estranhamente Hadrien David caiu apenas para a P2) e fez seu melhor resultado no ano. Eduardo Barrichello teve seu melhor final de semana na categoria. O campeonato tinha agora Gabriel Bortoleto na P6 com 117 pontos e Eduardo Barrichello na P13 com 25 pontos. A etapa seguinte será no Red Bull Ring, em setembro.

 

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

 
Last Updated ( Sunday, 31 July 2022 23:26 )