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Roberto Faria faz dois pódios na GB3 em Silvestone e os dois brasileiros pontuam na F4 EUA PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 07 August 2022 12:37

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana, no ritmo mais suave das férias de verão de agosto para os europeus deixava para nós apenas uma categoria para acompanharmos neste final de semana: a FIA Fórmula 4 alemã, que normalmente teria a participação dos brasileiros Rafael Câmara e Emmo Fittipaldi, entretanto, ambos não disputaram a prova (uma decisão técnica das respectivas equipes. A Van Amersfoort, inclusive, nem levou seus carros para Nurburgring). Sem brasileiros, sem crônicas das corridas!

 

Mas no final de semana passada tivemos um grande número de eventos e não era possível fazer todo o acompanhamento. Peço minhas pessoais desculpas ao meu conterrâneo Roberto Faria, que vem na disputa da GB3 na Inglaterra e também aos pilotos Gabriel Fonseca e Lucas Fecury, que disputam a FIA Fórmula 4 norte americana, apesar da categoria não disponibilizar o streaming de suas corridas.

 

 

Como compromisso, neste final de semana comentarei as duas categorias que foram disputada na semana passada, juntamente com as corridas da etapa da categoria alemã. Apesar disso, não deve se repetir uma coluna com 15 páginas de texto e mais de 30 fotos que deixou as editoras do site pistola!

 

GB3

A GB3 retornou a Silverstone no final de agosto para cumprir a sua 6ª rodada tripla. Na quinta-feira foram 4 sessões de treinos livres. Duas pela manhã, duas na parte da tarde. Em ambas Roberto Faria ficou com a P7, mas com a diferença para o melhor tempo aumentando em 3 décimos. Na parte da tarde, apesar da P15 no 3° treino, a diferença para o P1 voltou aos mesmos 9 décimos do primeiro treino, mas ainda uma diferença muito grande. No último treino, a P16 e voltar a ficar 1,2s atrás do piloto mais rápido era um problema.

 

 

Na sexta-feira foram mais três treinos livres e Roberto Faria começou o dia melhor do que o final do dia anterior, terminando a sessão na P7, 810 milésimos mais lento que o P1. Na sessão seguinte, Nosso representante manteve a P7, mas foi 150 milésimos mais lento. Foi na última sessão de treinos livres que o piloto brasileiro fez uma grande volta, ficando com a P4, 356 milésimos de segundo atrás do P1. No treino de classificação, mesmo reduzindo esta diferença para 296 milésimos, o brasileiro ficou na P7 e atrás dos seus dois companheiros de equipe, Callum Voisin e Javier Segrera, Pole position e P3, respectivamente.

 

 

No sábado tivemos a corrida 1. Apesar do calor que tem feito na Europa nos dias deste final de semana o céu estava com muitas nuvens, mas sem perspectiva de chuva. Como vimos na etapa anterior em Silverstone, disputada em maio, as ultrapassagens não são tão simples e uma boa largada seria fundamental. Largando na quarta fila, Roberto Faria teria que fazer uma das suas boas largadas para ganhar posições.

 

Dada a volta de apresentação e realinhados no grid (foi usada a antiga posição de largada, antes da última reforma do autódromo), apagadas as luzes vermelhas para as 10 voltas programadas, Roberto Faria pulou para a P6 e fez uma primeira volta super agressiva, tomando a P5 antes da metade da volta. Tentando ganhar a P4 ele quase saiu da pista e perdeu o contato com o grupo da frente e passou a ser atacado por Nico Christodolou.

 

 

Já na metade da segunda volta nosso piloto já havia reduzido a distância John Bennett. Agora era encontrar um meio de ultrapassar. Na abertura da volta 4 John Bennett já vinha numa direção mais defensiva para evitar os ataques de Roberto Faria e isso vinha afastando os dois da briga pelo pódio. Nico Christodolou, o P6, não conseguia acompanhar o ritmo do brasileiro e antes da abertura da volta 7 nosso piloto tomou a P4.

 

Faltando 4 voltas para o final, Roberto Faria tinha pouco mais de 1s para Javier Segrera, seu companheiro de equipe Carlin para brigar pela P3. Em um grande ritmo de corrida o brasileiro deixou John Bennett para trás e foi tirando a diferença para Javier Segrera curva a curva. Na penúltima volta Roberto Faria já estava colado em Javier Segrera e colocou o carro de lado na curva Brooklin, contornando as curvas seguintes lado a lado.

 

 

Os companheiros de equipe entraram na reta dos boxes lado a lado para abrir a última volta. Segrera empurrou o brasileiro para fora da pista, mas Faria não desistiu e no contorno da curva Chapel, por fora, ganhou a P3 de forma espetacular! A disputa entre os dois afastou a ambos do P2, Callum Voisin e não havia tempo para recuperar a diferença. Foi uma grande corrida e um exclente pódio para Roberto Faria.

 

No domingo pela manhã os pilotos voltaram à pista para mais 10 voltas de ação no veloz circuito de Silverstone e Roberto faria, largando na P8, tinha novamente o desafio de conseguir largar bem e ganhar posições na largada e na corrida como foi no dia anterior. O céu estava mais nublado do que no sábado e com os comentaristas em mangas compridas, era evidente que o calor que derretia a Europa não estava em Silverstone, que tinha 18°C de temperatura.

 

 

Completada a volta de apresentação os pilotos realinharam no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria fez outra excelente largada e após a sequência de curvas Copse-Chapel o brasileiro já ocupava a 5ª posição e foi pra cima de Callum Voisin, pole position que perdeu muitas posições, tentando a P4. Um acidente no final do grid deixou a pista insegura e o safety car veio pra pista antes do complemento da volta 1.

 

A corrida foi retomada na abertura da volta 4, com os três carros da Carlin nas posições em sequência. Durante a bandeira amarela começou a chover em algumas partes do circuito e com a demora para a retirada do carro de McKenzy Cresswell, a corrida seria encerrada por tempo e não pelo número de voltas, com menos de 12 minutos de corrida após a bandeira verde ter sido agitada.

 

 

Callun Voisin recuperou-se bem após a relargada e jogou Javuer Segrera para a P4, assim como na corrida 1, Roberto Faria teria um companheiro de equipe para superar e avançar. Desta vez, tendo que tomar cuidado com Matthew Rees, que vinha em seu encalço. A direção defensiva de Segrera ia afastando os 3 da briga pelo pódio, mas Tom Lebbon começou a segurar o ritmo na ponta e o 6 primeiros se aproximaram por um momento.

 

 

Nos minutos finais a disputa pela ponta ficou restrita a Lebbon e Voisin. Roberto Faria vinha na P5, atacando Javier Segrera e ambos próximos a Joel Granfors, quando começamos a ter algumas bandeira amarelas em curvas cruciais, comprometendo as chances de ataque por posições e isso não permitiu um ataque mais efetivo de Roberto Faria que acabou recebendo a bandeira quadriculada na P5.

 

A última corrida do dia é aquela onde o grid é totalmente invertido em relação à classificação da corrida 1 e conta menos pontos para campeonato. Com a inversão do grid, Roberto Faria estava largando na P13. O céu estava bem pesado e a temperatura não mais alta do que estava pela manhã. Essa é aquela corrida onde o que se consegue avançar e ganhar posições em relação a posição de largada é lucro.

 

 

Completada a volta de apresentação e de volta ao grid, apagadas as luzes vermelhas para as 10 voltas programadas, Roberto Faria fez outra grande largada, mas foi empurrado pra fora da pista. Mesmo assim, após a sequência Copse-Chapel o piloto brasileiro já estava entre os 10 primeiros e ao entrar na reta onde estão os boxes principais (lembrando que as largadas estão sendo dadas na antiga posição de grid) ele já ocupava a P7.

 

Roberto Faria continuou num ritmo insano e fechou a primeira volta na P6 e atacando Tom Smith, logo conquistando a P5 e foi logo pra cima de Alex Connor, mas Tom Smith não tinha desistido da briga. Os 5 primeiros formavam um pelotão compacto, mas Joel Granfors vinha rápido para cima de Tom Smith. Connor estava segurando o brasileiro que, na volta 4, atacou por fora pra assumir a P4 e não deixar o pelotão da frente escapar.

 

 

Roberto Faria precisava ser rápido, pois os carros mais rápidos das duas primeiras corridas estavam chegando no pelotão da frente. Roberto Faria Com Nick Gilkes rodando e perdendo várias posições, o brasileiro chegou na P3 ainda na volta 5. O líder tinha escapado das brigas e tinha mais de 4s de vantagem, mas Zak Taylor estava a menos de 1s e nosso representante vinha virando voltas mais rápidas.

 

A briga pela P2 ficou complicada. Roberto Faria passou Zak Taylor mas tomou um “X” e isso trouxe pra briga Joel Granfors e Mattew Rees. Duas cirvas depois, o brasileiro atacou novamente, mas teve que se defender ao mesmo tempo do ataque do piloto sueco. Inteligente, Roberto Faria fez a ultrapassagem, tomou a P2 e deixou Zak Taylor entre ele e Joel Granfors. A briga feia ficou pela P3 e com isso Roberto Faria conseguiu fugir um pouco na P2, mas estava a 5,9s do líder, Marcos Flack.

 

 

De cara para o vento, Roberto Faria fez a volta mais rápida na volta 6 e tirou mais de meio segundo para o líder, mas isso seria pouco faltando 4 voltas, mas era pouco com o tanto de vantagem que Marcos Flack tinha conseguido abrir com as disputas pela P2 e P3 nas voltas iniciais. Roberto Faria tinha 2,5s de vantagem para Joel Granfors, que finalmente alcançou a P3. As disputas continuaram no pelotão intermediário e na volta 9 tivemos vários toques, asas quebradas, carros na brita, mas a corrida não parou. Roberto Faria recebeu a bandeira quadriculada na P2. No final desta etapa, o piloto brasileiro ganhou uma posição na classificação, subindo para a P4, com 274,5 pontos. A próxima etapa será em Brands Hatch, em setembro.

 

FIA Fórmula 4 Estados Unidos

No final de semana que encerrou o mês de agosto nossos pilotos, Gabriel Fonseca e Lucas Fecury foram com a FIA Fórmula 4 norte americana para o New Jersey Speed Tour, circuito misto de 2,25 milhas (3.620 metros) e com características bem ao gosto dos pilotos formados no Brasil. O resultado veio logo na sessão de treinos livres, na sexta-feira, com Gabriel Fonseca ficando na P6 e Lucas Fecury na P8. Na manhã do dia seguinte eles voltaram à pista para o treino classificatório. Gabriel Fonseca manteve a P6 do dia anterior, mas Lucas Fecury não repetiu a performance e caiu para a P10.

 

 

Na corrida 1, que aconteceu no próprio sábado, as coisas não saíram como os nossos representantes desejavam. Gabriel Fonseca largou bem, vinha brigando pela P5 quando foi atingido pelo seu adversário. O brasileiro foi forçado a abandonar a prova. Lucas Fecury manteve-se na briga para ficar nas posições de pontos a corrida inteira e no final, cruzou a linha de chegada ma P9, marcando 2 pontos.

 

Na manhã do domingo tivemos a corrida 2 e o grid é definido pelas melhores voltas na corrida anterior. Felizmente, antes de ser colocado pra fora da prova, Gabriel Fonseca fez uma boa volta que o colocou na P6 para largada. Lucas Fecury largou na P10. Depois de ter marcado pontos na primeira corrida, Fecury teve uma prova complicada. Brigando para continuar na zona de pontos, acabou tendo problemas no carro e com adversários. Ficou fora da corrida a duas voltas do fim. Gabriel Fonseca fez uma corrida sólida, brigou para ficar entre os 5 primeiros e terminou numa boa P6.

 

 

A última corrida da rodada tripla foi disputada na tarde do domingo e os brasileiros estavam novamente largando entre os 10 primeiros. Gabriel Fonseca era o P5 e Lucas Fecury o P10. Mais uma vez Lucas Fecury passou a corrida brigando para se manter entre os 10 primeiros, mas nesta prova acabou terminando fora dos pontos, na P11. Gabriel Fonseca esteve novamente na briga entre os 5 primeiros, chegando a estar envolvido na disputa pela P3. Novamente teve problemas e foi espremido para fora da pista, perdendo várias posições e terminando a prova na P15. No campeonato, Gabriel Fonseca é o 9°, com 50 pontos e Lucas Fecury o 19°, com 4 pontos.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.