 E aê Galera... agora é comigo!
O final de semana desse nosso bagunçado calendário de eventos automobilístico das terras Tapuias, como diria meu camarada e colunista aqui do site, Alexandre Gargamel, acabou reservando apenas a Stock Car, uma vez que as obras em Tarumã não foram concluídas para a categoria retornar ao histórico autódromo gaúcho. Isso tirou a Copa HB20, empurrando-a para Santa Cruz do Sul. Já que o negócio é empurrar, como no próximo final de semana não tem nenhuma corrida prevista (a menos que tenham mudado o calendário e eu não fiquei sabendo), empurrei o Mercedes Challenge pra lá, junto com a Fórmula Truck, que por falta de datas disponíveis vai correr no feriado de 7 de setembro em Interlagos. Essa mudança veio abrir um espaço muito especial para darmos aqui na minha coluna o merecido espaço à uma das mais tradicionais corridas da história do Brasil: os 500 Km de Interlagos, prova promovida pelo Automóvel Clube Paulista, por décadas, desde 1957, presidido pelo Nobre do Grid Emilio Zambello e nos últimos anos, pelo seu filho, Silvio. Um justo reconhecimento àqueles que fazem automobilismo sem ganância. Agora que já deu pra encaixar a foto do Ogro aqui no canto, vamos às corridas. Enquanto a Band insistia em irritar os telespectadores com os palhaços mais sem graça da TV brasileira – Arrelia Jr. e Chapolim Colorada – fui forçado a mudar para o canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) e – sem o Nhonho atrapalhando – o ex-piloto tradutor explicou (e muito bem) o porque da punição dos dois carros da primeira fila, de Bruno Baptista e Ricardo Zonta perderem a classificação. Entraram na justiça desportiva e iam largar na frente (na marra, com um efeito suspensivo, que vai complicar o campeonato no tapetão) Como a Band entrou depois no ar e o repórter de campo passou a explicação para o Dr. Smith... e nem isso, nem em português, completamente perdido no espaço (como sempre), ele conseguiu explicar. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido num raio de 5 km. 
Depois da volta de apresentação o pessoal acelerou e Felipe Lapenna tomou a P2 enquanto Tiozão Zonta cochilou e caiu pra P5. Bruno Baptista segurou a ponta e os dois eram seguidos por Allam Khodair e Diego Nunes. A Full Time reforçou o time de Assadores e além do Mathias Rossi mandaram Julian Santero pra cuidar da Parilla. A pista de track day e sem retas iam fazendo os carros se esfregarem na pista Bruno Baptista e Felipe Lapenna, mesmo brigando, abriram vantagem para a dupla de carros azuis, puxados por Allam Khodair. Tio Zonta, mesmo sem ‘push nutella’, tomou a P4 de Diego Nunes. O “empurrãozinho” não faz muita diferença na pista de track day e o pessoal ia inventando jeitos de passar (ou tentar passar) no miolo. Com 8 voltas os pilotos começaram a entrar nos pits na janela obrigatória. Enquanto mostravam as paradas, a transmissão (as imagens são as mesmas para a Band e para os Globêsticos – a segunda vogal não era bem essa...) não mostraram Felipe Lapenna tomando a ponta. Os líderes entraram juntos pra parada e com estratégias iguais, Lapenna saiu na frente de Baptista, que ficou no aperto com Allam Khodair colado no seu pára-choque. Thiago Camilo fez uma grande parada e voltou logo atrás de Allam Khodair. Depois da parada. Felipe Lapenna voltou a abrir vantagem para Bruno Baptista. Depois de todas as paradas, Lapenna retomou a liderança. Os nuestros hermanos vinham na P5 e na P6, acertando o ponto do assado de tiras e do bife de chorizo. A disputa pela P3 estava animada e Thiago Camilo tomou a posição de Allam Khodair. Milagrosamente sem enroscos mais sérios e entradas do Safety Car, Bruno Baptista deu uma apertada no ritmo pra tentar voltar a brigar pela ponta, mas não teve jeito e Felipe Lapenna levou a HotCar, equipe de Bárbara Rodrigues – e sempre de Amadeu Rodrigues – à vitória. Bruno Baptista foi o P2, seguido por Thiago Camilo. 
Aí veio o balé do bebum perneta, atrapalhado pelo carro de Rafael Suzuki, que ficou parado na reta dos boxes, mas o resgate foi rápido. Em duas voltas estava tudo pronto e com a bandeira verde o pessoal veio pra corrida dois, com Gabriel Casagrande e Rubens Barrichello puxando o grid, mas foi Pedro Cardoso tomou a ponta, mas teve enrosco nas primeiras curvas. Pedro Cardoso tomou a ponta depois de dar umas “portadas” em Gabriel Casagrande, que ficou lento na saída da curva 1, e o hermano Julian Santero tomou a P2. No enrosco, o vencedor da corrida 1, Felipe Lapenna abandonou e Sergio Jimenez foi pro box depois de se tocar com Daniel Serra, que foi o primeiro a fazer o “offroad” que levantou o poeirão e a confusão. Julian Santero tomou a ponta com o push nutella. Rubens Barrichello tentou vir na carona, também de push nutella, mas Pedro Cardoso defendeu a P2 como um leão. Deu problema pra Barrichallo, que ficou vendido e foi superado por Thiago Camilo, que abusou na freada e o veterano Barrichello tentou fazer a curva por dentro... do carro de Thiago Camilo! Os dois saíram no prejuízo e a P3 caiu no colo de Felipe Baptista, que na volta seguinte rodou sozinho e entregou as posições. O líder veio pra pista na abertura dos boxes e, nessa parada, tivemos uma batida nos boxes entre o Macarroni e Galid Osman, que na corrida 1 já tinha sido atrapalhado por Julio Campos. Depois da parada, o hermano voltou pra ponta, seguido por Cacá Bueno, que toinha pneus novos para a corrida 2. César Ramos ficou parado numa posição perigosa, mas o diretor de prova, ele, o PIROCA (sim, esse é o sobrenome dele...) não queria saber de Safety Car. Depois que todos pararam, o hermano estreante era o líder. Cacá Bueno perdeu rendimento depois de escapar da pista. Ricardo Mauricio era o P2 e Ricardo Zonta o P3. A briga boa estava pela P4, com Gaetano Di Mauro passando Átila Abreu e Rubens Barrichello, que foi da P4 pra P6. Ricardo Mauricio tirou rapidamente a diferença para Julian Santero e depois de uma briga que arrancou o pára-choque traseiro do hermano Ricardo Maurício tomou a liderança e abriu vantagem pra conquistar a vitória na corrida 2. O hermano Julian Santero serviu uma Prime Rib suculenta pra levar a P2 e ser o piloto que mais pontuou na etapa. Ricardo Zonta completou o pódio que, felizmente, a Band não cortou, mostrou entrevistas, mas logo voltou pro “circo sem graça”. Bom, estes foram os resultados na pista. Mesmo sem a participação costumaz do diretor de prova, ele, o PIROCA (esse é o sobrenome dele...), os ‘comissacos’ foram os protagonistas do pós-corrida, com uma enxurrada de punições, cujo a maior vítima foi o hermano assador novato Julian Santero (salgaram a Prime Rib e depois jogaram a grelha no carvão). Na corrida 1, derrubaram o argentino da P5 pra P14 e na corrida 2, tiraram seu pódio e o jogaram pra P9. Assim na corrida 2 o top-3 ficou sendo Ricardo Maurício, Ricardo Zonta e Gaetano Di Mauro. Os outros punidos foram Sergio Jimenez e Galid Osman. Depois de assistir a F. Indy, me liguei na internet para assistir com calma a tradicional corrida dos 500 Km de Interlagos, em sua 38ª edição. Como a largada se deu com a Stock Car rolando e eu não sou um polvo para teclar em dois computadores ao mesmo tempo, tinha que fazer uma corrida de cada vez. A transmissão era da ComBrasil, com Dede Gómez no nos comentários e a narração de Octávio Muniz, mas eu sempre prestigio o meu camarada Pedro Malazartes e seu Portal High Speed. 
O grid com 28 carros era puxado pelo protótipo P2 MC Tubarão de Tiel Andrade / Paulo Sousa / Marcelo Vianna, pole position e o pelo MRX-Audi turbo de Eduardo Souza / Leandro Totti / Marcelo Henriques, mas o grid era muito “democrático”, com diversas categorias alinhadas. A largada atrasou um pouco por causa dos acidentes nas corridas que aconteceram ao longo do dia. A bandeira verde foi com os carros em movimento e o MRX-Audi turbo deixou o pole, com Paulo Sousa ao volante, na saudade e entrou na frente no “S” da Sadia. Com muito rendimento. Quem largou junto com os carros foi a garoa, que prometia ser um complicador a mais para uma corrida prevista para ter algo em torno de 3 horas de duração. O líder sumiu na frente nas primeiras voltas enquanto Tiel Andrade era superado pelo P2 de Pai e Filho Ney Faustini já na segunda volta, mas a alegria da família Faustini não durou nem uma volta. No laranjinha, o P2 lançou o motor, lavou a pista com óleo e abandonou a corrida. 
A “liderança” (tem as paradas no meio de uma corrida de endurance) do MRX-Audi turbo durou até a volta 56, quando um parafuso de roda ficou preso em uma parada programada nos boxes, jogando o trio para a P4 e com isso a equipe MC Tubarão se estabeleceu na liderança. Pouco depois a chuva aumentou o suficiente para molhar toda a pista. Nessa altura, o MRX-Audi já havia subido para a terceira posição, atrás do Tubarão Sigma e do MRX-Opel de José Tinoco / Ricardo Furquim. A exigência da prova e a pista escorregadia foi deixando competidores pelo caminho. Na volta 89, a direção de prova botou pra fora o Safety Car para remover dois carros que haviam parado na pista (um deles, o MRX-Opel). Aproveitando a vantagem de uma volta sobre o MRX-Audi, a equipe MC Tubarão chamou seu carro ao box para colocar pneus de chuva novos e trocar de piloto, com Tiel Andrade dando lugar a Marcelo Viana. Nisso o MRX-Audi tirou a volta de desvantagem. 
Com a média de velocidade ficando mais baixa devido à pista molhada, a direção de prova, sabiamente, visto que não estava previsto em contrato a corrida como prova noturna, informou que a corrida terminaria por tempo por fim da condição de luz natural, com a bandeira quadriculada sendo prevista para ser dada às 18:00 horas, independentemente do número de voltas percorridas pelos líderes, com bastante antecedência. Na relargada, o MRX-Audi tomou a liderança do Tubarão. Começou então uma disputa fantástica (o advérbio não era bem esse...) pela vitória, infelizmente interrompida com outra entrada do Safety Car para remover o Spyder-VW número 88, que havia parado na entrada da Reta Oposta. O MC Tubarão parou para trocar pneus e de piloto na volta 89 e com isso a vantagem que o MC Tubarão tinha foi dissipada. Após a última relargada, na volta 93, o Tubarão Sigma tinha 4 retardatários entre eles e o MRX-Audi, mas Marcelo Henriques fez uma largadaça, passou não só os retardatários, mas também mergulhou por dentro no “S” da Sadia pra tomar a ponta. Eles contornaram a curva do sol lado a lado antes de Marcelo Henriques dar uma escapada na ponta. Só que a briga não tinha terminado. Aparentemente o MC Tubarão precisava por os pneus na temperatura ideal e voltou com tudo pra cima do MRX-Audi, que escapava nas retas, mas sofria no miolo. Outra bandeira amarela veio no fim da volta 94 para a retirada de um carro na parte interna no início da reta oposta, perto da saída dos boxes. 
O serviço foi rápido e a bandeira verde foi dada na abertura da volta 96 e na reta oposta (infelizmente não tinha uma câmera no final pra vermos), Marcelo Vianna retomou a liderança e se manteve na P1 até a bandeira quadriculada, dada com o fechamento da 101ª volta. A diferença entre o protótipo P2 MC Tubarão de Tiel Andrade / Paulo Sousa / Marcelo Vianna e o MRX-Audi turbo de Eduardo Souza / Leandro Totti / Marcelo Henriques era de apenas 4,2s! O terceiro colocado foi o Mercedes Benz AMG GT4 de Rodrigo Pacheco / Rick Bonadio, vencedor da classe Força Livre. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Em mais um final de semana de corridas nacionais e internacionais, cada vez mais fica evidente que o melhor narrador de automobilismo do Brasil é o meu camarada, o Sinestro. O que ferra (o advérbio não era bem esse...) a vida dele são os comentaristas. Ter que aturar o Dr. Smith e o Prosdócimo é dureza (o advérbio, novamente, não era bem esse...). - A melhor dupla da TV, Alexi Lalas e Taquara Rachada, deram mais um show de transmissão e informação na Fórmula Indy em Portland. Lamentavelmente a TV Cultura cortou o pós-corrida para passar um dos seus programas regulares (gostaria de saber qual a audiência do mesmo). - Atenção departamento de jornalismo da Band: vocês vira a diferença que é ter o Goleiro de Pebolim no lugar do Dr. Smith na transmissão da Fórmula 1? Nem quando vocês atrapalham, colocando a entrada do merchandising em cima do rádio o anão de jardim vai no áudio e resgata a conversa. Já o Dr. Smith sempre “perde a conversa”, mesmo sem nada pra atrapalhar. - Mas a gente não pode elogiar tudo, né? O Goleiro de Pebolim falou, no sábado, durante o treino livre 3, que o limite de orçamento vai acabar com a figura dos “pilotos pagantes”. Aí falta preparo e conhecimento pra saber que “piloto pagante” existe desde os anos 60. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) acordou a vizinhança num raio de 5 km na manhã do sábado! - Várias coisas me irritam nesse “rivotrio” que faz a transmissão da Band. Falta conhecimento (o Matuzaleme tá gagá) e a “babação” me fazem desfilar palavrões para loucura dos vizinhos. Na semana passada, não sabiam que Emerson Fittipaldi tinha ganho as duas corridas disputadas em Nivelles, em 72 e 74. neste final de semana, falando de vitórias sem poles pra exaltar o Fugitivo da FEBEM, “esqueceram” que Emerson Fittipaldi venceu sua primeira corrida no 4° GP que disputou e sem fazer nenhuma pole. Venceu também na Espanha, em 72. A primeira pole só veio na corrida seguinte, em Mônaco (essa teve a colaboração do jornalista e meu camarada, o Zoreia). - Domingo pela manhã, assistindo a Porsche Supercup, o narrador da Band, Ivan, o terrível, teve uma fratura exposta na língua em 3 pedaços ao tentar falar “Luyendyk”, do piloto holandês vencedor de Indianápolis, que dá nome a última curva do traçado. Minha gargalhada ecoou por toda Palmas, acordando os vizinhos. - Como a TV local transmitiu um programa pago de venda de carros, aproveitei para assistir a Moto GP em um dos canais do Pateta. - Eu sei que o “pessoal de humanas” não tem muita capacidade pra entender coisas de engenharia (eu sou administrador de empresas), mas “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...), Caprichoso, se o carro tem uma câmera fixa na frente do carro e a pista tem um grande grau de inclinação, a imagem vai inclinar junto com o carro! Até minha filha de 12 anos te chamou de burro. - Mas o Caprichoso não se contentou com essa e disse, no meio da transmissão que o piloto não consegue ver tudo na pista, como a sinalização, o painel no volante, os retrovisores... ao contrário de você, que tenta ver a tela com a transmissão e as redes sociais no celular (e não faz nada direito), os pilotos VÊEM TUDO, SIM! Do contrário, não estariam onde estão, como você, que não deveria estar onde está (Band, escala o Sinestro uma vez que seja...). - Depois da F1 vinha a Stock Car, mas não sem antes uma “sessão de tortura”, com os palhaços mais sem graça da TV brasileira, Arrelia Jr. e Chapolim Colorada, irritando os telespectadores falando bobagens (o advérbio não era bem esse...). Sem opções, fui dar uma olhada no canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) que transmitiria a Stock. - Os pilotos da primeira fila (Tio Zonta e Bruno Baptista) tinham sido desclassificados porque a equipe mexeu num friso do pára-choque e isso é proibido pelo regulamento técnico. Os dois largaram na primeira fila com um “efeito suspensivo”, o que vai levar a decisão pro tapetão. O ex-piloto-tradutor – sem o Nhonho atrapalhar – explicou detalhadamente a questão técnica. Aí eu voltei pra Band e o Sinestro pediu para o Dr. Smith explicar a questão... “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa... e foi ouvida em toda cidade) pouco falou e nada disse. Vai pilotar teu caminhão! - Constatações do final de semana: 1ª) a Cadeiruda acertou na mosca ao afirmar que “o piloto da corrida era Hannah Schmitz, a estrategista da Red Bull”. 2ª) a Ferrari não precisa de adversários! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
