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Gabriel Bortoleto vence em Barcelona e Eduardo Barrichello pontua no FRECA. Roberto Faria tem rodada difícil na GB3 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 16 October 2022 20:32

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos o encerramento da temporada da GB3 no autódromo de Donington Park, com nosso representante, o carioca Roberto Faria da equipe Carlin. Em Barcelona, Gabriel Bortoleto, já de malas prontas para a FIA Fórmula 3, e Eduardo Barrichello disputaram a penúltima etapa da Fórmula Regional Europeia. Também tivemos a FIA Fórmula 4 alemã fazendo sua rodada tripla de encerramento, que por solicitação da Editora, apresentarei no final do mês.

 

Na semana passada falei sobre o festival de Fórmula Ford que será disputado na Inglaterra no próximo final de semana em Brands Hatch. Nesta semana vamos falar de outro brasileiro que estará participando desta importante competição, onde tivemos títulos conquistados por brasileiros com Chico Serra (1977), Roberto Pupo Moreno (1980), Ayrton Senna (1981 – 1600cc e 1982 – 2000cc) e Maurício Gugelmin (1982 – 1600cc), além e alguns grandes pilotos europeus.

 

 

Nosso outro representante é Cadu Bonini, de 16 anos, que já vem treinando na Inglaterra há alguns dias no circuito e Snetterton, junto com outros pilotos. Sendo este o primeiro contato com monopostos, ele está tendo a oportunidade de enfrentar logo de cara uma competição internacional de alto nível. Um grande desafio para um piloto que está chegando com um grande suporte de patrocinadores.

 

GB3

A GB3 foi encerrar sua temporada em Donington park com uma extensa programação desde a quinta-feira até o domingo. Na quinta-feira foram realizadas três sessões de treinos livres, com mais duas sessões livres na sexta-feira. No sábado teríamos a sessão classificatória pela manhã e a primeira das três corridas da rodada tripla na parte da tarde. Roberto Faria chega nessa etapa com uma cobrança, feita ainda na Hungria, alguns meses atrás, pelo chefe do programa de jovens pilotos da Sauber, dizendo que ele precisava vencer corridas.

 

 

Nos treinos livres da quinta-feira, no primeiro deles as coisas não correram muito bem para nosso representante, que ficou apenas com a P14, com um tempo que não pode ser chamado de “volta rápida”, com 8 segundos de desvantagem para o pole position com as condições de pista molhada. No segundo treino livre, com pista seca, os tempos caíram bastante, mas Roberto Faria continuava com problemas, tendo ficado com a P16, 1s128 atrás do tempo mais rápido. Por conta da chuva pesada, não tivemos a terceira sessão de treinos do dia.

 

Na sexta-feira os pilotos voltaram pra pista e Roberto Faria precisava correr atrás do prejuízo. A pista, sem emborrachamento, teve tempos mais altos o piloto brasileiro terminou a sessão com a P14, 921 milésimos atrás do pole position. Com a pista mais emborrachada, na segunda sessão Roberto Faria melhorou para a P12, mas encurtou a diferença pro pole para 457 milésimos de segundo. No classificatório do sábado, nosso representante ficou com a P10, 471 milésimos atrás do pole, mas foi o mais lento dos três pilotos da equipe.

 

A corrida 1 aconteceu na tarde do sábado. Roberto Faria largava na 5ª fila com a P10 e tendo que fazer aquilo eu não conseguiu nos dois dias de treinos livres e nem na classificação: andar na frente! O céu estava encoberto, com frestas de sol e temperatura baixa, com pilotos saindo da pista por perda de aderência. Após a volta de apresentação os carros voltaram para o grid para as 14 voltas ou 20 minutos de corrida.

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria – que ao longo da temporada protagonizou diversas boas largadas – fez uma “largada normal”, mas logo na primeira curva foi empurrado pra cima da zebra. Na sequência de curvas seguinte conseguiu avançar até a P8 e fechou a primeira volta brigando por posições, apesar de um pequeno dano na asa da frente. Mas a briga pela P8 o afastou da disputa por posições à sua frente.

 

Bastou uma volta para Roberto Faria tirar a diferença e se aproximar de Javier Segrera, seu companheiro na equipe Carlin. O pelotão da P5 a P8 estava no mesmo ritmo, mas nenhum estava em posição real de ataque. Na volta 4 o safety car veio para pista após David Morales pregar em uma das barreiras de pneus, fazendo com o pelotão se agrupasse, o que poderia ser bom para o piloto brasileiro.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 6 e de forma que surpreendeu os pilotos (e os narradores). Roberto Faria largou bem, defendeu-se de qualquer ataque e foi pra cima de Javier Segrera. No meio da volta, uma passada sobre uma zebra atrapalhou o ataque, mas logo ele voltou a se aproximar e abriu a volta 7 ainda na P8, mas um toque com Mathew Rees provocou um furo no pneu traseiro direito e acabou com a corrida do brasileiro, pois o dano não foi apenas o furo do pneu.

 

Na manhã do domingo tivemos a segunda das três corridas do final de semana e, apesar da temperatura baixa, um belo dia de sol após ter chovido durante a noite. Como estava frio, a direção de prova determinou que fossem dadas duas voltas de apresentação para aquecimento dos pneus. Roberto Faria largava novamente na P10 e precisava se recuperar do prejuízo da corrida de sábado, quando teve que abandonar com o carro avariado.

 

Alguns pilotos viram que a pista tinha muitos pontos úmidos e molhados. Com isso, parte do grid optou por largar com pneus de chuva, achando que a pista não secaria. Após as voltas de apresentação os carros voltaram para o grid e, apagadas as luzes vermelha para 14 voltas (ou 20 minutos) de corrida, Roberto Faria ganhou 3 posições na largada. Os 7 primeiros logo se destacaram do restante do pelotão, evidentemente com pneus para pista molhada.

 

 

Os 7 primeiros vinham muito juntos, assim com os carros do pelotão dos com pneus slick. Algumas asas dianteiras foram perdidas neste caminho, além de outros toques. Roberto Faria se beneficiou e subiu para a P6 na abertura da volta 3, mas começava a perder terreno em relação aos carros da frente enquanto os carros com pneus slick começavam a ganhar terreno no final da volta 4, quando o nosso representante se aproximou de Javier Segrera.

 

Já na volta seguinte o rendimento dos pneus de chuva caiu e Roberto Faria perdeu a P6 para Mckenzy Cresswell e já era atacado pelos pilotos com pneus slick, mostrando que, para 14 voltas, os pneus de chuva foi uma escolha errada da equipe. Na volta 7 Roberto Faria e Javier Segrera perdiam mais posições. No final, o nosso representante terminou numa frustrante P14, algo que não mostrava o que ele fez ao longo da temporada.

 

No final da tarde do domingo tivemos a corrida de encerramento da temporada. Está é a corrida com a inversão total do grid e que vale menos pontos que as duas anteriores. Com a inversão, Roberto Faria, eu era o P10 na corrida 1 largava na P11 para a corrida 3. o sol e o tempo seco garantiam boas condições de prova e Roberto Faria precisava terminar bem a temporada com essa corrida depois de duas corridas complicadas.

 

 

Após a volta de apresentação os carros realinharam no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria largou muito bem e em uma volta extremamente agressiva, subiu da P11 para a P5 e continuou no ataque para ganhar mas posições. Com muita vontade o piloto brasileiro acabou atacando as zebras ca chicane com muita ação e acabou rodando, lixando os pneus e perdendo várias posições. Ele fechou a segunda volta na P19.

 

 

Apesar de tudo Roberto Faria não entregou a corrida e foi pra cima dos adversários. Na volta 6 o piloto brasileiro era o P15 e no pelotão que brigava pela P10 quando pegou o detrito de um outro carro na pista e perdeu a asa dianteira. Aí deu ruim! A coisa ficou difícil. Ele não entrou para os boxes quando abriram a volta 7 e quem entrou na pista foi o safety car. Com o safety car na pista as imagens não mostraram se Roberto Faria entrou nos boxes, mas a asa foi trocada e Roberto Faria voltou no final do pelotão.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 10 e Roberto Faria estava novamente na P19. A corrida iria terminar por tempo (20 minutos) e não pelas 14 voltas inicialmente programadas. Roberto Faria retomou a luta, superou adversários, mas não conseguiu ir além da P15, mas a etapa foi péssima para o brasileiro, que terminou o campeonato na P5 com 316,5 pontos.

 

Fórmula Regional Europeia

A 9ª e penúltima etapa da Fórmula Regional Europeia foi disputada no circuito de Barcelona, na Espanha com os brasileiros em situações bem diferentes: enquanto Gabriel Bortoleto já estava com o próximo passo da carreira estabelecido, onde fará parte da equipe Trident na FIA Fórmula 3, Eduardo Barrichello, que veio conquistando resultados melhores nas últimas etapas, buscava terminar a temporada em alta.

 

 

Com 35 pilotos inscritos, tivemos duas sessões de treinos livres na sexta-feira. Pela manhã, Eduardo Barrichello fez a P13 enquanto Gabriel Bortoleto ficava numa discreta P20. Na parte da tarde, com os tempos de volta baixando consideravelmente, Eduardo Barrichello fez a terceira melhor marca do dia enquanto Gabriel Bortoleto ficava numa decepcionante P18, diante de sua performance no campeonato.

 

No sábado tivemos o primeiro treino classificatório, como já nos acostumamos a ver, com os competidores divididos em dois grupos, isso não aconteceu! A sessão do sábado não começou no horário programado por conta de um intenso nevoeiro. Com uma hora e meia de atraso os carros vieram pra pista, ainda com alguma névoa. Como havia toda a programação de eventos a ser cumprida, os 35 carros foram para a pista juntos, com apenas 15 minutos para fazer suas melhores voltas e termos o grid da corrida 1.

 

 

Estava frio, a umidade alta e os carros levariam pelo menos metade destes 15 minutos para colocar os pneus em sua faixa de temperatura de trabalho. Gabriel Bortoleto começou a série de voltas rápidas no topo da tabela de tempos, mas com 8 minutos para o fim, os tempos iriam cair. Dois minutos passados e Barrichello estava no topo, mas as voltas rápidas iam se sucedendo e a tabela ia mudando rapidamente. No final da caótica sessão (surpreendentemente sem bandeiras amarelas ou vermelhas), Eduardo Barrichello conquistou uma excelente P3, enquanto Gabriel Bortoleto ficou com uma discreta P16. Do pole ao P26 a diferença era de menos de 1 segundo.

 

Algumas horas depois, com céu azul, sem névoa e com temperatura agradável os 35 pilotos vieram com seus carros para o grid e se prepararem para a disputa da corrida 1 do final de semana, com Eduardo Barrichello largando no lado limpo e emborrachado da pista na P3 e Gabriel Bortoleto largaria no lado “sujo” da pista na P16, mas uma punição o colocou na P15, no lado limpo. Lembrando que ele tem seu cockpit garantido na equipe Trident em 2023 na FIA Fórmula 3.

 

 

Após a volta de apresentação os caros tomaram o alinhamento e, apagadas as luzes vermelhas para 30 minutos +1 volta, Eduardo Barrichello largou bem, mas teve que brigar muito para manter a P3 na sequência de curvas após a reta dos boxes. Gabriel Bortoleto evitou confusões e ainda assim ganhou uma posição, subindo pra P14 e, mostrando que o carro estava bem acertado, fechou a primeira volta na P12.

 

A dificuldade de ultrapassagens no circuito de Barcelona, tão falada na F1, estava se fazendo valer aqui também e beneficiando Eduardo Barrichello, sob ataque pesado de Hadrien David, mas atrapalhando Gabriel Bortoleto, que não conseguia passar Noel Leon, mas na volta 5 ele usou um de seus 5 “push to pass” para superar o mexicano e ganhar a P11. Passou e abriu, buscando encostar no pelotão compacto que ia do P5 ao P10.

 

 

No meio da corrida tínhamos uma fila de carros do P2 ao P13 onde todos tentavam, mas ninguém conseguia colocar o carro lado a lado com ninguém. Quem mais atacava era Eduardo Barrichello, tentando ganhar a P2 de Dilano Van’t Hoff e trazendo com ele Hadrien David. Victor Bernier passou Joshua Durksen que passava a ser atacado por Gabriel Bortoleto.

 

Eduardo Barrichello acabou superado por Hadrien David e caiu para a P4 faltando 12 minutos de corrida. Gabriel Bortoleto estava sob ataque de Dino Beganovic. Victor Bernier abandonou e Bortoleto entrou no top 10, mas ou passava alguém na sua frente ou acabaria superado por Beganovic e ele tomou a P9 de Joshua Durksen. Eduardo Barrichello perdia rendimento e já era atacado por Leonardo Fornaroli, pressionado por Kas Haverkort, que logo subiu pra P5.

 

 

Nos minutos finais, os pneus de Fornaroli acabaram e ele foi despencando. Gabriel Bortoleto subiu para a P8 e atacava o líder dos Rookies, Joshua Dufek. Haverkort colou em Barrichello e o brasileiro não conseguiu segurar o ataque, caindo para a P5 e, na volta seguinte, foi superado por Gabriele Mini, caindo para a P6. Bortoleto não conseguiu superar Dufek e terminou na P8, mas Dufek sofreu uma punição por limites de pista e Gabriel Bortoleto subiu para a P7.

 

Na manhã do domingo, sem nevoeiro, dentro do horário, voltamos a normalidade e o treino classificatório foi dividido em dois grupos com 15 minutos de tempo para os pilotos estabelecerem suas melhores voltas rápidas. Gabriel Bortoleto estava no Grupo que foi primeiro pra pista e Eduardo Barrichello no segundo grupo. Assim como temos visto, depois de algumas voltas para condicionar os pneus, os pilotos foram para as voltas rápidas nos 8 minutos finais.

 

 

Os primeiros se alternaram nas primeiras voltas rápidas e após a primeira tentativa, Gabriel Bortoleto ocupava a P3. Na segunda passagem, o piloto brasileiro cravou os 3 setores e subiu para a P1, mas ainda havia tempo para os pilotos melhorarem seus tempos. Alguns conseguiram melhorar seus tempos de volta, como Hadrien David, mas ninguém chegou perto do temporão de Gabriel Bortoleto.

 

 

Em seguida vieram os pilotos do outro grupo e Eduardo Barrichello com eles. Assim como os pilotos do grupo anterior, foram dadas algumas voltas para aquecimento dos pneus e nos 8 minutos finais as voltas rápidas começaram a aparecer. Na primeira rodada de voltas, o piloto brasileiro ficou com o 4º melhor tempo, mas logo caiu para a P7. Em sua segunda volta rápida Barrichello assumiu a P3. Na última tentativa, Barrichello melhorou seu tempo, mas outros pilotos fizeram o mesmo e o brasileiro caiu para a P6. O melhor tempo geral foi de Bortoleto.

 

Algumas horas depois os pilotos retornaram à pista para a corrida de encerramento da etapa em Barcelona com Gabriel Bortoleto largando na pole position e Eduardo Barrichello, tendo que fazer uma corrida de recuperação para continuar marcando pontos, largava na P12, pelo lado “sujo” e pouco emborrachado da reta, apesar disso não ter feito diferença na corrida do sábado. Tínhamos sol, zero chances de chuva e tudo para uma boa corrida.

 

 

Após a volta de apresentação os carros realinharam no grid e, apagadas as luzes para 30 minutos +1 volta, Gabriel Bortoleto largou bem, impediu o ataque de Hadrien David e se garantiu na liderança. Eduardo Barrichello foi prudente e manteve a P12 em meio a vários toques e rodadas na reta dos boxes e nas primeiras curvas. Bortoleto fechou a volta 1 na liderança enquanto Barrichello subia para P11 antes da entrada do safety car por conta dos incidentes.

 

A pista foi limpa e a bandeira verde veio na abertura da volta 3 e Gabriel Bortoleto relargou muito bem, assim como Hadrien David e os dois abriram vantagem. Eduardo Barrichello aproveitou o toque entre Beganovic e Bernier para subir pra P10. Em uma volta Gabriel Bortoleto abriu uma boa vantagem para Hadrien David e respirava na liderança. Eduardo Barrichello continuava na P10 na volta 4.

 

 

Na abertura da volta 6 Lorenzo Fluxa atacou e superou Eduardo Barrichello, mas como haviam alguns pilotos convidados na etapa, esses não marcavam pontos. Só não ficou claro se quem ficasse atrás contaria como a posição sem os convidados. Na frente, Gabriel Bortoleto ia abrindo vantagem enquanto Eduardo Barrichello era atacado por Victor Bernier e Francesco Braschi... e Bernier tomou a posição de Barrichello na volta seguinte.

 

 

Faltando 12 minutos de prova Gabriel Bortoleto começava a ser ameaçado por Hadrien David, que vinha virando voltas mais rápidas, enquanto Eduardo Barrichello era superado por Francesco Braschi, mas ele herdou uma posição quando Victor Bernier tocou Dino Beganovic e saiu da pista e ficou na caixa de brita, provocando a entrada do safety car faltando 3 minutos pro final da corrida. Sem tempo para remover o carro de Bernier, a corrida terminou sob bandeira amarela, com a vitória de Gabriel Bortoleto. Eduardo Barrichello terminou na P12. No campeonato, Gabriel Bortoleto saiu de Barcelona na P6, com 158 pontos e Eduardo Barrichello na P11, com 51. A etapa final será em Mugello, no próximo final de semana.

 

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Sunday, 16 October 2022 21:33 )