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Maratona de 16 corridas da Turismo Nacional em Londrina e Endurance da Porsche Cup em Goiânia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 17 October 2022 19:56

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana foi bem conturbado. Começando por um acidente na BR 153, que parou a estrada e eu só cheguei em casa quase meia noite por conta das bobagens (o advérbio não era bem esse...) que certos possuidores de CNH fazem ao volante. Como a Patroa é nota 10, abasteceu os freezers, comprou a maturada e colocou para maturar pro domingo.

 

Recebi um email da minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, rodando a baiana por antecedência e exigindo que eu não a estressasse (mais) com um mega texto. Afinal, teríamos uma maratona de 16 corridas da Turismo Nacional e da PRO no autódromo vina (salsicha para os não paranaenses) e mais a corrida de Endurance da Porsche Gourmet lá em Goiânia. Ia ficar gigante mesmo.

 

O que salvou a Chica da Silva foi o perengue do domingo aqui em casa. Meu moleque começou a sentir um desconforto no abdomem, que logo virou dor, depois muita dor e fomos parar no hospital. Cirurgia de emergência por uma apendicite! “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) tinha que ser no domingo? Não dava pra esperar pra segunda-feira? Estragou o domingão etílico-gastronômico da família. Gozações pra desestressar à parte, o moleque está bem e a Patroa acalmou-se.

 

Com essa confusão toda, que atrapalhou a elaboração da coluna desta semana, não vou deixar meus milhares de leitores na mão, mas a coluna vai sair mais perto do padrão dos tétricos textos da coluna “Espaço Karting”, feitos pelo Boneco de Olinda em linguagem ininteligível e que cabe a mim – o único com paciência (o advérbio não era bem esse...) – traduzir para o português para que os leitores entendam e não ridicularizem o site. Vai ser uma narrativa bem resumida, fugindo de qualquer mega texto.

 

Turismo Nacional e PRO

O Autódromo Vina (que leva o nome daquele falecido piloto que nunca correu lá mas que, reza a lenda, gostava... deixa pra lá), em Londrina, recebeu a melhor e mais importante categoria do automobilismo brasileiro – a Turismo Nacional – para mais uma etapa da temporada 2022 e onde tivemos nada menos do que 16 corridas, sendo 8 no sábado e 8 no domingo, para as séries A e B, que correm juntas, e as séries Super e Elite, que também formam um grid único, além das provas da Turismo Nacional PRO, com carros mais potentes e preparados.

 

O plano era dividir fraternalmente a audiência entre o site oficial da transmissão e o Portal High Speed, do meu Camarada Pedro Malazartes, mas como escrevi no início, as coisas precisaram mudar e a gente vai ter uma coluna diferente essa semana. O que não muda é a qualidade da transmissão da categoria, com a dupla mais poderosa do universo com a narração do Filho do Deus do Egito e os comentários – além das reportagens de pista – do Enviado de Cristo.

 

 

As disputas no sábado tiveram titânicas batalhas no apertado traçado londrinense que teve a quinta etapa do campeonato para as classes Super, Elite, A, B e Sênior e para a terceira rodada da nova classe TN PRO. Nas oito provas do sábado é impossível não destacar os duelos entre Juninho Berlanda e Mathias de Valle na Turismo, que brigaram metro a metro pelas vitórias nas quatro corridas. Destaque também para o piloto da casa – Gabriel Ymagawa, na classe A – que terminou o dia com 100% de aproveitamento em vitórias, como foi Juninho Berlanda na TN PRO.

 

A TN PRO, que conta com motor mais potente e câmbio de competição acionado por paddle-shift, abriu a programação com uma corrida marcada por duelos eletrizantes – apesar do grid ter ficado ainda menor, com apenas 7 carros nessa etapa. A disputa entre Juninho Berlanda (Toyota Yaris) e o líder do campeonato, Mathias de Valle (Citroën C3) foi marcada pela pilotagem bastante arrojada dos dois pilotos. Berlanda se defendeu dos ataques do goiano e faturou duas vitórias pela manhã (a segunda com apenas 6 carros no grid). No período da tarde, Berlanda se consolidou como um dos principais destaques do sábado ao conquistar mais duas vitórias. A quarta prova da TN PRO teve outro incrível pega entre Juninho e De Valle, que lutaram de forma feroz na volta final.

 

 

Não foi apenas o londrinense Gabriel Ymagawa, na classe A, a brilhar no sábado (se bem que, com 100% de aproveitamento, é outro nível). As categorias A e B aceleraram de forma conjunta para duas corridas: uma no fim da manhã e outra no período da tarde. Na primeira prova, o piloto da casa, Gabriel Ymagawa (Volkswagen Gol), que não deu chances e venceu com folga. Ricardo Raimundo (Fiat Uno) triunfou da categoria B, enquanto Ariel Barranco terminou em primeiro lugar na Sênior, classe dedicada aos pilotos que correm na A e B e têm mais de 54 anos.

 

Com grid formado por 25 carros, a prova da tarde foi bastante pegada, com fortes disputas. Mais uma vez, no entanto, o grande nome da categoria A foi Ymagawa, que largou da oitava posição e em poucas voltas já estava na ponta, partindo para a segunda vitória em casa. A festa dos londrinenses ficou completa com a vitória de Bruno Tanq (Gol) na classe B depois de uma batalha na volta final com Ricardo Raimundo. Na Sênior, Guto Baldo foi o vencedor.
Se com o pessoal das classes A e B foram como foram, imaginem quando os “tarja preta” vieram pra pista... foi um show de batalhas (quase sangrentas) por posição nas categorias Super e Elite. O mineiro Gustavo Mascarenhas (Fiat Uno) triunfou em uma agitada Corrida 1, com o atual campeão e líder do campeonato Gustavo Magnabosco (Volkswagen Gol) em segundo e Cesinha Bonilha (Volkswagen Up!), piloto londrinense, em terceiro.  Eduardo Pavelski (Gol) levou mais uma vitória no ano na classe Elite.

 

 

Pra deixar o público local em festa, Cesinha Bonilha (Volkswagen Up!) venceu a Corrida 2 na classe Super, depois de fazer uma largadaça e na força do ódio pular de sexto para primeiro em duas voltas. Magnabosco foi novamente o segundo e Fausto De Lucca (Gol), o terceiro. A dupla formada pelos curitibanos Nilton Rossoni e Fabrício Lançoni (Gol) terminou na frente na última prova do dia na categoria Elite.

 

A Turismo Nacional acelerou novamente em Londrina no domingo para mais uma maratona com oito corridas: quatro valendo pela 4ª etapa da TN PRO, duas para o conjunto das classes A, B e Sênior e outras duas para os pilotos que competem na Sênior e Elite. A definição do grid das corridas foi feita de forma bem peculiar: Tem um treino de tomada de tempos que define o grid da primeira corrida. As corridas seguintes tem uma inversão de grid com base na última casa de milésimo da volta mais rápida. Para o domingo, a segunda volta mais rápida do treino de classificação definiu a pole, segindo-se depois a mesma regra de inversão de grid. A galera é criativa!

 

 

Assim como aconteceu no sábado, a maratona do domingo com as outras oito não deixou devendo ao dia anterior, com disputas roda a roda, muita “bateção de porta” e emoção até a bandeira quadriculada, como foi na chegada espetacular da corrida 3 da Turismo Nacional PRO, com mais um duelo fantástico (o advérbio de modo não era bem esse...) entre Juninho Berlanda (Toyota Yaris) e Mathias de Valle (Citroën C3), que bateram porta até a bandeirada.

 

A overdose de adrenalina na pista depois das corridas do sábado e os 100% de êxito de Juninho Berlanda, o domingo da TN PRO foi “a hora do troco” por parte de  Mathias de Valle. Com a vina atravessada na garganta (no bom sentido) o líder do campeonato venceu as duas corridas do domingo, ambas realizadas no período da manhã, e mais uma à tarde. Pra não levar um revés completo, Juninho Berlanda evitou os 100% do seu adversário na última prova com uma chegada que deixou todo mundo de pé no autódromo, na TV e na frente do computador. Esfregando a lataria, batendo porta, Juninho Berlanda superou Mathias De Valle na linha de chegada para vencer com apenas 0s031 de vantagem.

 

 

E quem achava que não teve emoção nas outras classes, teve! E como teve! A jornada das classes A e B entregou outras duas corridas extremamente disputadas, com disputas fantásticas (o advérbio não era bem esse...) do início ao fim. Na Corrida 3 do fim de semana, Henrique Basso (Volkswagen Gol) foi o vencedor da classe A, enquanto Bruno Tanq (Gol), piloto de Londrina, triunfou na B e Ariel Barranco (Gol) levou novamente a melhor na Sênior. Basso repetiu a vitória na prova realizada à tarde, Ricardo Raimundo (Fiat Uno) foi o vencedor na classe B e Ariel Barranco conquistou mais uma vitória na Sênior, a terceira dele no fim de semana.

 

Depois das corridas das classes A e B vinham as corridas das classes Super e Elite. Nas corridas dos “tarja preta”, na classe Super, a Corrida 3 da etapa foi vencida pelo atual campeão, Gustavo Magnabosco (Volkswagen Gol), que lutou muito para segurar a liderança depois de travar luta com Cesinha Bonilha (Volkswagen Up!) e Fausto De Lucca. Eduardo Pavelski ficou com a primeira colocação na Elite. Na última prova do fim de semana, Gustavo Magnabosco confirmou o bom desempenho em Londrina com sua segunda vitória na etapa, seguido de Fausto De Lucca e Gustavo Mascarehas. A dupla formada por Nilton Rossoni e Fabrício Lançoni terminou na frente na disputa da Corrida 4 do fim de semana na classe Elite.

 

 

Foi o penúltimo fim de semana da Turismo Nacional na temporada 2022. A jornada em Londrina valeu pela quinta etapa para as classes Super, Elite, A, B e Sênior, e pelas terceira e quarta rodadas da TN PRO. A próxima jornada do campeonato, marcada para 3 e 4 de dezembro, vai coroar os grandes campeões do ano.

 

Porsche Endurance

A cidade de Goiânia continuou com a presença da categoria mais estilosa do automobilismo nacional, a Porsche Cup Gourmet, uma semana depois de ter sido realizada uma etapa do campeonato de corridas ‘sprint’, tivemos o final de semana com a segunda etapa do campeonato Endurance, onde os pilotos da categoria “recebem pilotos convidados” (são bem pagos) para uma corrida de longa duração. Esta, no caso, de 300 km.

 

Os treinos de tomada oficial de tempo aconteceram no sábado e a corrida no domingo sob um calor senegalês. Na hora a corrida, na tarde deste domingo, a temperatura era de 33°C ambiente (na sombra) e o asfalto batia nos 56ºC. A corrida, que normalmente é tocada num ritmo bem veloz, exigiria toda a resistência dos carros alemães, que não costumam dar problema com as adversidades por aqui. Sejam térmicas ou da qualidade dos nossos autódromos.

 

 

O carro que fez a pole position foi dividido por Werner Neugebauer e Ricardo Zonta. Ao lado estava o carro de Christian Hahn e Diego Nunes, puxando um grid com 31 carros. Com meu camarada Gomalina na direção de prova pra dar a largada, com as luzes vermelhas apagadas Diego Nunes largou bem e chegou na frente na tomada da curva 1 enquanto o porsche 74 de Piero Cifali e André Bragantini Jr. saía da pista na reta e batia forte no guard rail, mas antes disso, Ricardo Zonta se recuperou e entrou na curva 3 na liderança. A bandeira amarela em todo circuito só foi dada quando os carros já estavam na parte do miolo.

 

Depois de retomada a corrida em bandeira verde, nem o calor no asfalto goiano foi empecilho para os pilotos imprimirem forte ritmo no início da disputa. A prova, de 79 voltas ou 2h45min, foi concluída em 2h12min, o que dá uma ideia do ritmo adotado pelos pilotos (com a benese de que só tivemos a bandeira amarela e a entrada do Safety Car no acidente da largada). A corrida foi muito disputada desde o início e quando recomeçou, após a saída do carro de segurança, Ricardo Zonta controlou bem os ataques de Diego Nunes e de quem vinha atrás como Guilherme Salas e também de Enzo Elias para se manter na ponta até a primeira parada obrigatória, quando entregou o carro a Werner Neugebauer. A disputa transcorreu com várias trocas de posição até que Christian Hahn e posteriormente Ricardo  Zonta, terem de fazer uma parada não programada por conta de um pneu furado, comprometendo suas chances na corrida.

 

 

Miguel Paludo e Dennis Dirani, que haviam largado da sexta posição, imprimiam um ritmo alucinante visando recuperar terreno e chegaram a liderar parte da corrida – assim como a dupla Enzo Elias/Adroaldo Weisheimer, que “venceu” o primeiro segmento da corrida – na volta 40 das 79 programadas (coisas do regulamento gourmet, é computado um resultado que já distribui uma pontuação menor aos 20 primeiros colocados. Feldmann e Salas fecharam a primeira parte da prova em segundo, com Werner/Zonta em terceiro, Paludo/Dirani em quarto e Rodrigo Mello/Nelsinho Piquet em quinto).

 

Mas o que todos buscavam era receber a bandeira quadriculada ao final dos 300 km e quem fez a coisa certa – repetindo a estratégia de sucesso da primeira etapa do Endurance, disputada em Termas de Rio Hondo, na Argentina – foi a dupla formada por Alceu Feldmann e Guilherme Salas, que largou na P3 e apostou no bom equilíbrio entre velocidade e boa administração do equipamento para estar, nas voltas finais, na liderança. Enzo Elias vinha voando na P2 e Dennis Dirani, fazendo dupla com Miguel Paludo também vinha forte, mas depois da última parada, com Alceu Feldmann no carro e Dennis Dirani na perseguição, virando voltas mais rápidas que o líder, faltou tempo para brigar pela disputa.

 

 

Faltando 5 voltas para o final os carro de Lucas Salles ficou parado no traçado na parte do miolo e normalmente teria provocado a entrada do Safety Car, mas o Gomalina botou o seu pescoço (a anatomia não era bem essa...) na reta e o socorro foi feito sem a interrupção da corrida. Alceu Feldmann recebeu a bandeira quadriculada, seguido de Dennis Dirani (a 2s860) e Jeff Giassi. A próxima e última etapa do Endurance da Porsche vai ser no dia 3 de dezembro em Interlagos, com 500 km de corrida.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- As pílulas serão poucas e curtas por conta do perengue doméstico, com as atividades interrompidas no início da tarde.

- A Band, que é TV que transmite a Porsche Cup Gourmet, pisa na bola quando não transmite a corrida, ainda que no seu canal por assinatura.

- Não dá nem pra falar da NASCAR... o Mestre dos Magos faz falta. O Barbicha, idem.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.