 E aê Galera... agora é comigo!
O final de semana acabou comprometido por conta de uns arruaceiros que decidiram não respeitar o resultado da eleição. Qualquer das opções era péssima, mas daí alguns vagabundos fecharem as estradas pelo país foi revoltante, só sendo superada pela revolta por conta da cumplicidade das autoridades. Minha Patroa não precisou de muitos argumentos para me fazer ficar em Palmas esta semana e não encarar as estradas. Trabalho com produtos perecíveis e além do aborrecimento, de eventuais danos ao meu patrimônio, poderia perder a carga dos clientes. Quem perdeu também – no automobilismo – foi a cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio grande do Sul, que receberia mais uma etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance, mas, devido aos bloqueios nas estradas as carretas cegonha com os carros não seguiram seu destino (de forma sábia, dado o risco de uma avaria ou depredação dos carros pelos vândalos) e a etapa foi cancelada. Até o fechamento da coluna eu não recebi nenhuma informação sobre uma nova data. Eu estava disposto a ser uma “torcida organizada de um Ogro só”, mas o risco de morte (dos palhaços de amarelo, claro) foi o argumento da D. Patroa para eu não viajar. Copa Truck Apesar dos bloqueios nas estradas e muitos relatos do problemas para chegar até a capital goiana pelas redes sociais, a caravana da Copa Truck conseguiu chegar à cidade para a realização da última etapa da temporada (encurtada por conta da Copa do Mundo da FIFA) com cinco pilotos tendo chance de conquistar o título: o Menestrel, o Cabra da Peste, o Corintiano Fake, o Dr. Smith e o Beato Salu (esse tendo que fazer um milagre). Com um calor pra assar cágado no asfalto, os caminhões teriam que aguentar o tranco. Um mau resultado seria o adeus ao caneco, além dos riscos de sempre da queima do radar e do famigerado “excesso de fumaça”. 
Na primeira corrida teve o Corintiano Fake na pole e o Beato Salu do seu lado para puxarem o grid de 25 caminhões e com o melhor narrador de automobilismo brasileiro, meu camarada, o Sinestro, espremido na cabine pela jamanta de banha, o Prosdócimo! Um calor de matar e na largada o corintiano Fake não deu a menor chance para uma ato divino do Beato Salu, tomando a frente e a linha do concorrente pra fazer a curva 1 na frente. O Marvado, de volta à categoria segurou a P3. O Cabra vinha na P4 e o Menestrel na P5. Dr. Smith não conseguiu tirar outro coelho da cartola estava na P6. O Cabra tentou passar o Marvado, mas não segurou a posição. Não demorou muito para virem com esse babaquice (babaquice pode, né, Editora?) de excesso de fumaça. Uma galera foi comer barro numa área de escape do miolo e com isso o amigo do Adoniran (o diretor de prova, o Ernesto...) botou pra fora o Safety Truck. O trabalho pra colocar o absorvente orgânico e secar o óleo na pista jogou um balde d’água na disputa. Na relargada, num jogo de equipe, o Marvado deu passagem pro Cabra e ficou segurando o Menestrel. Mas como o Beato Salu ainda sonhava com o título, não ia ser nesse final de semana que o Cabra ia ter moleza. O Menestrel foi obrigado a ir para os boxes por conta do excesso de fumaça e com isso veio a ordem de equipe (não assumida) e o Cabra foi pra P2 e deixaram o Beato Salu na P3. O Corintiano Fake abriu um boqueirão na frente enquanto o Menestrel caiu pra P18. O caminhão do Marvado perdeu rendimento e foi ladeira abaixo. Com a vitória do Corintiano Fake e a P2 do Cabra, esse foi pra corrida 2 com 3 pontos de vantagem sobre o Corintiano Fake e o Menestrel teria que operar um milagre para continuar para ganhar o título. 
Depois do balé do bebum perneta pra trocar os 8 primeiros de posição, a primeira fila ficou com Evandro Camargo e o piloto do sucatão. Na fila 4 estavam os dois primeiros no campeonato e, na largada, o pole ficou pra trás, abrindo caminho pro Sucateiro Guacamole assumir a ponta. O problema (estava desenhado) foi na briga entre o Cabra e o Corintiano Fake. Os dois vieram se estranhando desde a reta e na saída do curvão 1-2, os dois se tocaram teve gente atravessando a pista, o Cabra indo pra grama e o Caipira Quebrado, que chegou no furdunço, decolou depois de pegar a traseira do Corintiano Fake. O amigo do Adoniran (o diretor de prova, o Ernesto...) botou pra fora o Safety Truck, mas não demorou pra colocar bandeira vermelha foi acionada. O Corintiano Fake deu adeus pra corrida e com a P7, o Cabra tinha o caneco na mão, mas o toque entre ele e o Corintiano Fake foi colocado em observação pelos comissacos. No replay pareceu que o Cabra fez o Corintiano Fake rodar. O Caipira Quebrado saiu na maca pra ambulância com possibilidade da clavícula quebrada. 
Antes da nova largada, o Cabra tomou a bandeira preta e foi excluído da prova. O Menestrel precisava chegar entre os 10 primeiros para conquistar o título. Dr. Smith precisava chegar em 4° pra ser campeão, posição na qual relargava, mas o Menestrel não podia escalar o pelotão. A relargada seria pra 15 minutos de prova e com o grid recomposto, Evandro Camargo voltava pra primeira posição. A saída atrás do Safety Truck já teve o cronômetro disparado e com a bandeira verde o Sucatão Guacamole foi pra frente de novo e não demorou pro Dr. Smith tomar a P2 de Evandro Camargo. A pista estava estreita e muita roda no barro seco além da linha branca. Com o Dr, Smith na P2 e o Menestrel na P11, dava o título pro nosso comentarista perdido no espaço, mas o Menestrel foi ganhando posições suficientes. O Campeão Retornado veio ganhando posições e assumiu a P3, mas não estava satisfeito e era a hora de fazer jogo pra equipe e fez a sua parte, passando o Dr. Smith. O Sucatão não tinha com segurar o Campeão Retornado e para botar o pessoal de cabelo em pé, a Muié do Dono rodou sozinha e ficou na contramão depois da curva 2, com o caminhão desbeiçado e os três primeiros eram o Campeão Retornado, o Sucatão Guacamole e o Dr. Smith. Com a rodada da Muié do Dono, o Menestrel subiu pra P5 e com esse resultado, conquistou o título da temporada. GT Sprint Race No pacote da Copa Truck tivemos ainda o final da temporada e a definição dos campeões do Special Edition do Dignity Gold GT Sprint Race de 2022. Terminada a última das três corridas no início da tarde deste domingo, 6 de novembro, a dupla Thiago Camilo/Raphael Teixeira conquistou o título da classe PRO. Essa é uma “competição dentro da competição”, que ainda vai ter sua etapa final, com o “Dignity Gold sem ser Special” no dia 10 de dezembro no “Autódromo Vina” (salsicha para os não paranaenses) de Londrina, com pontuação dobrada. 
Thiago Camilo, o experiente da dupla com Rafael Teixeira, fez o trabalho dele no tocar de forma rápida e suave, sendo a referência para serem regulares quando não dava pra serem os mais rápidos. Diogo Moscato, que vem sendo um destaque ao longo do ano foi o campeão na classe PROAM enquanto Giovani Girotto foi o vencedor na classe AM. Mais uma vez os pilotos da classe PROAM andaram no mesmo ritmo dos pilotos da classe PRO, mostrando que a categoria tem competitividade e é mais atrativa que a Stock ex-Light, sem falar no custo por temporada, mesmo para um piloto correndo sozinho. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Devido ao bloqueio nas estradas, não consegui receber os insumos para a produção das pílulas desta semana. Cambada de vagabundos! - com o restinho do estoque, pesquei uma pérola do Dr. Smith, que não fez o comentário na TV, mas deu sua escorregada na maionese pelas redes sociais, onde desejou uma pronta recuperação a Fábio Fogaça (quem se acidentou foi o Djalma), que estava nos boxes. Definitivamente, o Dr. Smith se supera! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
