Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
O Brasileiro de Endurance define campeões em Interlagos e as 12 Hs de Tarumã PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 19 December 2022 20:34

E aê Galera... agora é comigo!

 

Esse foi o último final de semana com atividades de pista no Brasil em 2022. Tivemos duas corridas de longa duração para encerar o Campeonato Brasileiro de Endurance, situação bizarra provocada pelos palhaços patriotários que bloquearam estradas após a eleição de um certo Molusco e que, quando os encontro, tenho descido a porrada (nesse contexto, “porrada” pode, né, Editora?). Foram 3 horas de corrida na manhã da sexta-feira e mais quatro na manhã do sábado que eu cou comentar por aqui.

 

No domingo (que é dia de corrida), tivemos a 42ª edição da 12 Horas de Tarumã, uma das mais tradicionais corridas do nosso automobilismo. Com isso, o Ogro tinha 19 horas de corrida para assistir e deixar a Patroa “feliz debaixo do capacete”, como diria o Celsinho vai com a as outras (o apelido não era bem esse...). Precisei dar uma “enxugada na resenha” porque a minha Editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, também iria surtar com um “textão de 19 horas”.

 

Na sexta-feira tivemos uma “short endurance”, uma corrida um pouco mais curta com três ao invés das costumeiras quatro horas das etapas do Campeonato Brasileiro de Endurance. O protótipo Sigma G5, com Aldo Piedade e Sergio Jimenez largavam na pole position puxando o grid de 28 carros. O trio Sarin Carlesso, Robbi Perez e César Ramos tentava recuperar a liderança no campeonato, mas Gustavo Kiryla e Vicente Orige estavam num momento melhor e largavam na primeira fila.

 

 

Na largada o protótipo Sigma pulou na frente, com Gaetano Di Mauro tomando a P2 de Gustavo Kiryla. Todos passaram inteiros pelo S da Sadia. Com tanta corrida pela frente e tendo mais 4 horas no sábado, era bom ter cuidado. Na GT3, o líder era Xandinho Negrão de Mercedes. Mesmo com uma hora a menos, as três paradas obrigatórias permaneceram, com os 180 minutos dividido pelos 48 minutos. Na terceira volta tivemos mudança na liderança na GT3, com Átila Abreu tacando inclusive os P1. A Ligier teve problemas com meia hora de prova e ficou no prejuízo, enquanto a liderança ia para as mãos de César Ramos na P1. Átila Abreu é quem continuava mandando na GT3. Pouco antes do final da primeira hora o protótipo Sigma não conseguiu chegar ao seu box com problema no alternador. O carro voltou empurrado até sua posição.

 

 

A entrada do Safety Car no meio da janela por conta do carro de Gustavo Kiryla na parte externa do laranjinha não deu alternativas para ele, o PIROCA. Isso fez a confusão nas estratégias e após as paradas e a bandeira verde, o Sarin Carlesco assumiu a liderança e tinha, no início o AJR de Henrique Assumpção entre ele e Pedro Queirolo, mas a benesse não durou nem uma volta. Quem se deu bem na estratégia foi a Ligier que recuperou a volta e era a P3, mas em uma volta um estouro de motor e Gaetano Di Mauro foi forçado a abandonar. Enquanto Vicente Orige parava nos boxes, Pedro Queirolo não queria saber de “jogo de equipe” e roubou a liderança. Passou e abriu, sem cerimônia. O terceiro na geral era Guilherme Figueroa, líder da GT3, um dos 3 na volta dos dois P1 que lideravam, mas no meio das 3 horas, já havia sido superado, com o protótipo Ginetta da família Ebrahim na P4. Terminando a 2ª hora de corrida.

 

 

Na última hora tivemos a terceira parada obrigatória e Pedro Muffato vinha voando antes da parada e buscava por uma volta em cima também do P2. Depois das paradas, nada mudou entre os 3 primeiros, com os três P1 e César Ramos ao volante, tentando alcançar Pedro Queirolo. Vicente Orige era o P6 na categoria, mantendo-se na pista e marcando pontos preciosos. Julio Campos estava de volta ao Mercedes e liderava a GT3. A chuva caiu pesada (por alguns minutos) faltando 25 minutos de prova e foi o suficiente para vitimar o 3° colocado na geral, com a Ginetta ficando espetada na barreira de pneus na entrada do S da Sadia. Ricardo Maurício escapou no mesmo ponto e acertou a Ginetta parada na hora que os créditos da transmissão informavam que ele, o PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de prova...) tinha botado pra fora o Safety Car. Depois dos “pancadões” (de água e dos carros no S da Sadia) Apenas César Ramos escapou de tomar uma volta do líder e a pista secou em quase sua totalidade, ficando com muita água do S da Sadia até o início da quase a metade da reta oposta. A corrida acabou em bandeira amarela, com vitória de David Muffato e Pedro Queirolo na P1 e com a dupla Átila Abreu e Guilherme Figueroa vencendo na GT3.

 

No sábado À tarde tivemos a corrida de encerramento do campeonato. A dupla Vicente Orige Gustavo Kiryla tinha 40 pontos de vantagem sobre o trio formado por Robbi Perez, Sarin Carlesco e César Ramos. Ia ser preciso dar muita coisa errada para os pilotos mais regulares e velozes do campeonato perderem a taça na categoria P1 Com chances menores, David Muffato e Pedro Queirolo ainda podiam sonhar com o troféu de campeões, especialmente depois e conseguirem vencer após mais de dois anos “na seca”. É claro que em uma corrida de 4 horas muita coisa pode acontecer, inclusive, nada! Na GT3, a outra grande categoria do evento, a briga pelo título estava a dupla Marcos Gomes e Xandinho Negrão – com uma grande vantagem – contra Cacá Bueno (que trocou de parceiros ao longo da temporada e agora estava com Ricardo Baptista).

 

 

Mais uma vez o Sigma G5 de Aldo Piedade e Sergio Jimenez era o dono da pole e, na largada com as segundas melhores voltas. A Ginetta dos Ebrahim ficaram fora, mas o Porsche de Ricardo Mauricio e Marcel Visconde foi recuperado. Na largada, o pole, Sergio Jimenez, novamente não deu chances para o restante do grid e dessa vez Gustavo Kiryla estava mais esperto pra não perder a P2 para Gaetano Di Mauro, mas na terceira volta Di Mauro superou Kiryla pra tentar buscar o Sigma que ia abrindo vantagem. Pedro Queirolo tomou a P3 enquanto Gustavo Kiryla parecia estar administrando a vantagem de 40 pontos na classificação. Na GT3, grandes disputas e a Ferriri de Chico Longo, de volta às pistas, desta vez tendo Vitor Franzoni como parceiro liderava na GT3. O ritmo de prova estava forte e isso foi forçando os P1 e os GT3 a parar e fazer um ‘splash-and-go’ antes da janela do primeiro stint.

 

 

Depois das primeiras paradas da janela obrigatória, Guilherme Bottura assumiu a liderança com a Ligier. Na GT3, Ricardo Baptista continuou no carro e assumiu a liderança. Aldo Piedade vinha tirando a diferença para o líder da P1. Na GT3, Ricardo Baptista vinha fazendo bem a sua parte e liderava para entregar o carro na frente à Cacá Bueno, mas Marcos Gomes vinha na P4 da categoria. Em meia hora do segundo stint e fazendo voltas bem mais rápidas, o Sigma alcançou a Ligier e nem esperou a reta dos boxes, tomando a ponta na curva da junção. Na briga pelo título, as coisas ficaram melhores para Vicente Orige e Gustavo Kiryla quando Sarin Carlesco parou no bico de pato e deram adeus à disputa. Depois da parada do fim do segundo stint as posições não mudaram muito. Xandinho Negrão subiu para a P3, mas a verdade é que a corrida estava bem tranquila. No meio da terceira hora Pietro Rimbano tomou a P3 de Pedro Queirolo na P1. Guilherme Bottura errou na saída dos boxes, cruzando a linha branca e acabou punido com um ‘drive-thru’.

 

 

A última hora, depois da última parada obrigatória – com direito a alguns dramas de carros tendo que fazer os ‘splash-and-go’ e alguns se arrastando pra chegar nos boxes, tudo seguia tranqüilo para Sergio Jimenez que seguia na frente. O problema ficou com a Ligier de Guilherme Bottura, que ficou pelo caminho nesta hora final de prova. Dureza mesmo estava narrar uma corrida onde pouco ou nada acontecia e termos que aturar as pataquadas da caricatura de comentarista. Festa da equipe Sigma, conquistando uma vitória categórica em seu final de semana de estreia. No final os campeões foram definidos com a dupla do protótipo AJR de Gustavo Kiryla e Vicente Orige garantindo o campeonato, cruzando a linha de chegada na P4. Na categoria GT3, Xandinho Negrão conquistou o tricampeonato a bordo da Mercedes AMG GT3 preparada pela equipe de Andreas Mattheis, desta vez acelerando ao lado de Marcos Gomes. Eles ficaram com a segunda posição na prova, logo atrás da dupla Ricardo Baptista e Cacá Bueno. A Mercedes levou a melhor também na GT4, com o trio Marco Pisani, Leandro Ferrari e Renan Guerra os únicos campeões que venceram na corrida final. Na P2 os campeões foram Fernando Poeta e Claudio Ricci. E na P2 Light Ricardo Haag e Mário Marcondes levaram a melhor.

 

12 Horas de Tarumã.

Corrida Raiz em Autódromo Raiz! É a melhor maneira de definir o que é uma corrida como as 12 Horas de Tarumã. Assisti algumas horas da corrida, prestigiando o Portal High Speed do meu camarada Pedro Malazartes. Foram 12h1min44seg de prova, com 465 voltas completadas. Largando na primeira colocação, a equipe da Auto Racing, formada por João Cardoso Neto, Bernardo Cardoso, Guto Rotta e Tuca Antoniazi (Aquele mesmo, o “piloto pagante” da Stock Car), ocupou a liderança na maior parte de prova, com um desempenho regular.

 

 

A pior posição do quarteto foi a quinta colocação, que ocorreu depois da parada obrigatória de 15 minutos acertada após uma intervenção do safety-car. A equipe Cimini Racing também ocupou a liderança durante um período da corrida, porém sofreu um problema no câmbio e perdeu a condição de se manter na briga pela vitória. No final, a equipe MagroMello Motorsports, formada pelo trio de Laerton Souza, Christian Castro e Pedro Miranda, terminou na segunda posição. Quem completou o pódio foi a RS Sports, do quarteto Rodrigo Dimare, César Labrea, Carlos Barcelos e Heliton Vianna.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- O que faz esse tal de Lipe Paria como comentarista? Não conhece os carros. Não conhece o regulamento, não conhece coisa (o aposto não era bem esse...) nenhuma.

- Grande narração do Alexi Lalas. Dureza ter que aturar um pária nos comentários e um lambão nas entrevistas. Porque não chamam o Taquara Rachada?

- Fechando as pílulas futebolísticas, quebraram as pernas de “Pai Dinah” no domingo. Mas se “Mãe Dinah” dava suas “bolas fora”, eu também posso dar as minhas.

- Se na copa de 86 teve aquele lance do Maradroga ou Marapó com “a mão de Deus”, nessa final, no último lance, o goleiro da Argentina, o General Gutierrez do Jô Soares protagonizou “o pé de Deus” com aquela defesa.

- Eu pagava qualquer dinheiro pra estar na reapresentação do Paris Saint Germain e ver o encontro do Messi com o tagarela falastrão do Mbappe e o “menino Neymala”. Esse então, devia nem voltar no clube, mandando o pedido pra sair por email.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.