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Resoluções para 2023 e primeira parte da Retrospectiva 2022 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 27 December 2022 01:41

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final do ano está chegando e essa semana, ao invés de colocar o meu baú na estrada, vou ficar aqui por Palmas, capital do Tocantins, fazendo uns passeios pelas belezas próximas e pelas praias do rio Tocantins com a parentada que veio lá de Goiás para as festividades do natal e da virada do ano. Um refresco para os patriotários que não vão apanhar na estrada nessa semana, mas semana que vem, tem mais!

 

Final de ano é tempo de fazermos algumas “resoluções”. São aquelas coisas que a gente fala que vai fazer e não faz e que todo mundo sabe que é assim, mas mesmo assim, a gente faz. As como eu sou um cara diferente, as minhas eu vou fazer e vou fazer acontecer – pelo menos a maioria – por vontade própria ou por aquele “pedido carinhoso” da Patroa que andou perdendo a paciência comigo em alguns finais de semana com excesso de corridas.

 

Em 2022 eu consegui fazer resenhas sobre nada menos que 11 categorias do automobilismo nacional: Stock Car, Stock Ex-Light, Porsche Gourmet, Turismo Nacional, Copa Truck, Brasileiro de Endurance, GT Sprint Race, Copa HB20, Mercedes Challenge, Turismo 1.4 e Fórmula Truck. Por pouco não bati o recorde do Falcon, o Boneco de Ação com sua coluna sobre os brasileiros nas categorias de acesso pra Fórmula 1 (se alguém tiver notícias do moleque, por favor, avisem. Ele não escreve nada há muito tempo.

 

Para 2023, não vai dar pra fazer tudo. Preciso dar mais atenção pra D. Patroa e para os moleques. Por isso, vamos focar a cobertura na Stock Car, Stock Ex-Light, Porsche Gourmet, Turismo Nacional (Com Turismo Pro), Copa Truck e o Brasileiro de Endurance. Serão 6 categorias que vão fazer corridas em um total de quase 50 datas (finais de semana), algumas com mais de um evento de pista, como serão o caso das corridas da Stock Car com a Stock Ex-Light, mas outros eventos vão bater datas por conta da incompetência daquela Casa de Mãe Joana lá do bairro da Glória no Rio de Janeiro, que até hoje não foi capaz de reunir os promotores das categorias do automobilismo nacional para fazerem um calendário racional.

 

Infelizmente vou precisar deixar de lado (sim, mas nem tanto) a futura AMG Cup, com os carrões GT4 da Mercedes que os Irmãos Bacalhau foram comprar e vão fazer uma categoria de GT com 20 carros (se reunirem pilotos pra tanto), e que deve correr nas mesmas datas com o Mercedes Challenge (só espero quenão coloquem todos os carros juntos). Também não vou conseguir acompanhar a NASCAR Tapuia (mais conhecida como GT Sprint Race) com seus espalhafatosos títulos em inglês. Também vou ter que abrir mão da Copa HB20 e do Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4, bem como da Fórmula Truck, a corrida de caminhões raiz. É claro que, sempre que der, vai ter um passeio por lá e alguma menção nas colunas, mas a resenha vai ter que ser trocada por algumas menções, a menos que o final de semana esteja livre. Aí eu trato de negociar com D. Patroa pra dar essa alegria ao meu público, a minha galera, que me coloca no nível do Helio Vasconeves em termos de acesso nas colunas semanais (A coluna da final da Stock Car bateu a casa de 50 mil acessos. Essa foi Padrão Milton ‘Carranca’ Alves, meu mestre inspirador).

 

 

Apresentadas as resoluções de ano novo, vamos para a retrospectiva das categorias das quais estou me despedindo este ano. A Copa HB20 encerrou a sua quarta temporada no fim de semana 10 e 11 de dezembro, junto com o final da Stock Car naquele entupimento em Interlagos e coroou três novos campeões. Leonardo Reis na PRO, Leonardo Rufino na ELITE e João Bortoluzzi na SUPER foram os três pilotos que fizeram por onde se sagrarem campeões podem colocar no currículo que se despediram em alto estilo da primeira geração dos Hyundai HB20 de competição.

 

O campeonato foi muito equilibrado ao longo do ano nas classes PRO e ELITE. Na PRO, os irmãos Reis – Leo e Rafa – protagonizaram grandes disputas (algumas “grandes demais”, pra desespero do pai dos pilotos) – Alberto Cattucci, Cesinha Bonilla , Luiz Sena Jr. andaram forte. Na ELITE a disputa foi aberta até o final, mas Leo Rufino mostrou mais consistência. Quem sobrou foi João Bortoluzzi, vencendo a maior parte das corridas na classe SUPER. A partir de 2023 será usado o Novo Hyundai HB20, com um novo design e uma nova configuração. O calendário 2023 tem a previsão de oito etapas em oito finais de semana, com início em abril.

 

 

No engarrafamento geral de Interlagos no final de semana de 10 a 12 de dezembro também tivemos o encerramento do Mercedes Benz Challenge, já rebatizado de AMG Cup, mas ainda com as corridas dos carros da CLA45 AMG e C300 S. Na Classe principal, César Ramos só deu chances aos seus adversários mais diretos por problemas mecânicos que sofreu em algumas corridas. Seu irmão, Betão Fonseca foi quem chegou mais perto de fazer a taça de campeão mudar de sala na sede da Sambaiba. Adriano Rabelo, Fabio Lemans e Fernando Jr. não conseguiram se opor ao campeão quando a disputa era na pista.

 

Na C300 S o domínio foi ainda maior. Mesmo com as inversões de grid da primeira para a segunda corrida, Witold Ramazauskas parecia imbatível, fazendo 100% de vitórias nas quatro primeiras etapas do campeonato, não dando chances para Vinny Azevedo, Marcus Índio e Alexandre Navarro, que só conseguiram passar a vencer provas depois da quarta etapa. Mas aí, além de ser tarde, Ramazauskas continuou vencendo corridas e sagrou-se tricampeão.

 

A grande expectativa da categoria vem para 2023 com a chegada dos 20 carros Gran Turismo que o Homem do Dinheiro, Betão Fonseca, foi comprar lá na Alemanha e está trazendo para o Brasil num esquema “one team” semelhante ao da Porsche Cup para quem tiver braço (e bolso) pra entrar na brincadeira. Ainda não estão definidos os pilotos e a forma de disputa. Um informante me contou que talvez seja com tudo junto e misturado (uma temeridade), pois além de fazer um grid com quase 50 carros, uma avaria nesses carrões vai sair salgado no bolso de quem bater. Vamos ver.

 

 

No mesmo final de semana, no “circuito vina”, o autódromo de Londrina, a GT Sprint Race, agora NASCAR Tapuia, fez a sua etapa de encerramento, concluindo as nove etapas e 21 corridas do calendário, os campeões foram Rapha Teixeira, na PRO, Giovani Girotto, na AM, e Arthur Gama, na PROAM, que levo também o troféu do Rookie Of The Year (melhor estreante). Além destes, Antonio Junqueira recebeu o prêmio de Piloto Revelação. Algo que impressionou foi vermos diversas vitórias de pilotos da classe PROAM no geral, chegando na frente dos pilotos da PRO.

 

Além do equilíbrio e grandes disputas, a participação de alguns pilotos da Stock Car formando duplas com pilotos da categoria, elevando o nível de competitividade e exigindo mais dos pilotos da categoria, boa parte deles pilotos com menos de 30 anos de idade e com potencial para pensar em categorias maiores – desde que sejam retiradas certas “barreiras estúpidas”. Mas a grande novidade no final do ano foi a associação à NASCAR, nos Estados Unidos, com a categoria da família Marques, no Paraná, gerenciada por Thiago Marques, passar a ostentar o nome NASCAR como, por exemplo, a EURONASCAR. Quem apareceu com sua mão pesada e seu olho pra negócios foi Carlos Col, que passa a ocupar um espaço na categoria.

 

 

A Fórmula Truck, depois de “ter morrido” e ter sido resgatada por Gilberto Hidalgo, saiu de um começo titubeante para se consolidar ao longo de 2022 em uma categoria com força e recuperando a tradição de ter uma competitividade e um aspecto mais purista, sendo “menos evento e mais corrida”, com – digamos – mais “flexibilidade” em relação ao famigerado “excesso de fumaça”. Rogério Agostini, o Taio, foi o grande destaque da categoria, que na sua segunda metade teve a brilhante participação do octogenário e lenda do nosso automobilismo, Pedro Muffato, andando na frente, ganhando corridas e levantando a torcida nas arquibancadas. Também foi empolgante ver Rafael Fleck, filho do megacampeão Jorge Fleck.

 

O grid da categoria, que começou em Interlagos com apenas 8 caminhões, terminou o ano alinhando 27 caminhões em algumas etapas e pelo menos 25 brutos, entre os equipados com injeção eletrônica e os equipados com bombas injetoras, que se dividiam em classes e respectivos vencedores – Marcio Rampom na classe Bomba injetora e Rogério Agostini na classe Injeção Eletrônica – fizeram grandes campanhas, mostrando velocidade e consistência para que seus caminhões resistissem às exigências das corridas. Para 2023, a categoria promete mais competitividade, mas precisa melhorar sua divulgação, sua transmissão e sua penetração na mídia esportiva.

 

 

 

O Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4 teve origem na categoria do Rio Grande do Sul e é dentre as categorias Raiz do nosso automobilismo, “a mais selvagem”, com grids chegando (e as vezes passando) a 40 carros e disputas onde espelho retrovisor nas laterais são adereços descartáveis. A etapa final, disputada no circuito raiz de Tarumã teve, juntamente com o pessoal da categoria regional, nada menos do que 48 carros aninhados na primeira da quatro baterias (evidente que nem todos sobreviveram até a última).

 

As classes A e B, que correm juntas, chegaram na etapa final com a disputa pelo título aberta, mas com os favoritos, Wilton Pena (New Onix #53), Mathias de Valle (Nissan March #16) conquistando os títulos em disputa, respectivamente. Marcos Paioli (VW Up/New Onix #96)  foi o campeão entre os pilotos Master. Neste ano, a categoria teve seu momento épico quando, pela primeira vez, alinhou no asfalto sagrado de Interlagos no feriado de 7 de setembro, debaixo de muita chuva. Quem quer ver corrida com C maiúsculo, tem que assistir a Turismo 1.4.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- O Dr. Shrek está no gozo de merecidas férias e voltará em breve.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.