Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Feliz 2023! / Retrospectiva 2022 (Parte 2) e novidades para 2023 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 29 December 2022 20:36

Oi amigos, tudo bem?

 

Hoje, quinta-feira, 29 de dezembro de 2022, é um dia muito feliz para minha família. Adriana e eu comemoramos o aniversário de 13 anos de nossa filha Mikaella. Lembro que, no dia de hoje, mas em 2009, estava um frio danado em Atlanta, com uma verdadeira tempestade de neve cobrindo a cidade de branco. Nada disso impediu que eu estivesse pingando, como se estivesse em pleno verão brasileiro. Sei que vocês entendem o que estou dizendo, principalmente os pais de primeira viagem. 

 

Mikaella nasceu linda, saudável e mudou por completo nossas vidas, para melhor. Foi o coroar de um ano que começou triste, repleto de preocupações, mas que foi se transformando e terminou da melhor forma possível. Se fosse um roteiro de cinema, 2009 para mim não teria sido tão perfeito.

 

Já comentei aqui algumas vezes, mas talvez nem todos saibam, então, vale rememorar. No final de 2008, fui acusado de problemas com o imposto de renda nos Estados Unidos e o caso foi julgado no início de 2009. Sempre tive certeza de que não havia feito nada errado. Nem eu e nem minha irmã, a Kati, que também estava sendo julgada. 

 

Foi algo muito traumatizante para todos nós, que se arrastou por meses, mas graças a Deus os jurados nos inocentaram de todas as acusações e pudemos voltar às nossas vidas, em abril daquele ano, sem qualquer pendência com a justiça. Claro que é uma ferida aberta, não há como esquecer certas coisas que acontecem na vida da gente, mas nada é forte o bastante para nos derrubar, quando temos certeza de nossa inocência.

 

Naquele ano, perdi a primeira corrida do ano, em St. Pete, mas já estava de volta na segunda etapa, em Long Beach. Enquanto isso, a promotoria poderia recorrer, mas ficou tão clara a nossa inocência que nem recurso houve e o caso foi definitivamente encerrado. O interessante foi que esse desfecho definitivo aconteceu poucos dias antes da Indy 500. 

 

 

Essa história vocês conhecem muito bem, pois vencer a maior prova do mundo pela terceira vez, justamente num ano que começou com uma nuvem de tempestade sobre minha cabeça, foi um presente dos Céus. E, para completar a felicidade, o ano terminou com o nascimento de minha filha. 

 

Sou um homem de muita fé e tenho certeza de que Deus tem um plano para cada um de nós. Então, se me vejo hoje vivendo essa emoção maravilhosa, de ver Mikaella crescendo e tendo passado por uma provação tão grande, é porque o Homem lá de cima foi muito generoso comigo ao traçar os planos para a minha vida. E é dessa forma que chego ao final de 2022. Apaixonado por minha família, minha carreira e totalmente dedicado aos desafios que tenho pela frente. 

 

Nessa última coluna do ano, quero desejar a todos, do fundo do meu coração, um Ano Novo de muita saúde, amor, disposição para seguir em frente e fé para superar os obstáculos. Que a passagem de ano seja de muita alegria e já deixo aqui firmado o compromisso de estar de volta na semana que vem, com a primeira coluna de 2023. Forte abraço é até lá!

 

FELIZ ANO NOVO!!!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá amigos leitores,

 

A última coluna do ano... e que ano espetacular tivemos na IndyCar Series. Mesmo com o domínio da Penske, como a coluna da semana passada deixou claro na primeira parte da minha retrospectiva, foi uma temporada com muitas possibilidades para muitos pilotos e uma disputa aberta pelo título até a última corrida.

 

Sob vários aspectos, não apenas o da competitividade, a IndyCar Series deu um passo forte na sua estruturação, com a definição de planejamento com um marketing mais assertivo e com o nítido “toque de mestre” de Roger Penske para conduzir a categoria a um platamar mais elevado. Precisa! A Fórmula 1 fará três corridas nos Estados Unidos em 2023 e a categoria de monopostos do país não pode se expor ao risco de ficar em segundo plano. No final do texto de hoje, falarei sobre coisas futuras. Agora, vou retomar a retrospectiva 2022.

 

CONSISTÊNCIA EM CORRIDA

 

Quando se trata de consistência e posições finais de qualidade, Chip Ganassi Racing manteve uma vantagem sobre Penske com Scott Dixon conquistando o primeiro lugar na lista dosque conseguiram um Top10. Foram 15 em 17 provas. Seu companheiro de equipe, Alex Palou, e Will Power vieram empatados em segundo com 13. Marcus Ericsson, Scott McLaughlin e Josef Newgarden empataram em terceiro com 12. Ao refinar ainda mais a lista para considerarmos quem chegou mais vezes entre os 5 primeiros, o caminho para o campeonato de Power fica evidente ao liderar a categoria com 12 finais no Top5. Isso explica muito sobre o fato dele ter ganho apenas uma corrida e sagrar-se campeão. Um resultado com sobras sobre os concorrentes como Scott Dixon, com 9. Três pilotos ficaram empatados em terceiro com 8 top5: Scott McLaughlin, Josef Newgarden e Pato O'Ward, da Arrow McLaren.

 

 

Já em corridas lideradas, foi outro 1-2-3 da equipe Penske. Josef Newgarden e Will Power em algum momento de 10 das 17 etapas do ano estiveram ocupando a liderança. Scott McLaughlin liderou em 8 corridas. Nesse ponto a Chip Ganassi Racing não foi competitiva o suficiente, ficando atrás da Arrow McLaren, que teve Pato O’Ward na liderança em 7 corridas e Felix Rosenqvist em 6. Alex Palou foi o único piloto Chip Ganassi nesse topo, com 7 lideranças.

 

PONTOS BÔNUS

A IndyCar Series concede alguns pontos bônus nos finais de semana e alguns pilotos eram particularmente adeptos de ganhar pontos de bônus ao longo da temporada. Com um ponto por pole, um ponto por liderar uma volta e dois pontos para quem liderou mais voltas em cada corrida, além da recente introdução de pontos de qualificação Indy 500 para os 12 rápidos, os pilotos da Penske e suas performances notáveis para ganharem mais poles e liderarem mais voltas levaria a se esperar que Will Power, Josef Newgarden ou Scott McLaughlin se classificassem em primeiro lugar na “competição de pontos de bônus”, mas foi Alex Palou, da Chip Ganassi, o maior pontuador (22). Will Power e Scott Dixon (21) empataram em segundo. Mas se esses estavam nas equipes do pelotão da frente, podemos nos surpreender com outros grandes pontuadores, como Rinus VeeKay (18) da Ed Carpenter Racing e seu chefe Ed Carpenter (10), graças aos seus fortes esforços de qualificação na Indy 500.

 

ULTRAPASSAGENS

A o número de ultrapassagens disparou na última temporada. Em 2021, foram registrados 3526 conquistas de posição. Esse número saltou para 5.881 em 2022, representando um aumento gigante de um ano para o outro (67%) e foi a maior quantidade de ultrapassagens desde que a IndyCar introduziu seu kit aerodinâmico UAK18 em 2018.

 

INDY 500

A velocidade esteve em exibição na 106ª edição do “Maior Espetáculo do Automobilismo”. A média de velocidade da pole de Scott Dixon foi a mais rápida da história (234,046 mph), superando o recorde de velocidade da pole do falecido Scott Brayton (233,718 mph) que permanecia desde 1996. Embora não fosse para a pole devido à corrida ocorrendo no segundo dia de tempo testes em 1996, Arie Luyendyk continua a manter a média de quatro voltas de todos os tempos em Indy (236,986 mph). Voltando a 2022, a velocidade média da primeira linha foi a mais rápida da história (233,643 mph), e o mesmo aconteceu com a velocidade média mais rápida para o campo de 33 participantes (231,023 mph), que superou o recorde anterior estabelecido em 2021 (230,294 mph).

 

 

A influência da “escada de treinamento” para competições em monopostos norte americana foi inegável em Indy, já que 20 dos 33 participantes (61%) vieram da série Indy Lights (mesmo antes do programa Road to Indy). Marco Andretti, Ed Carpenter, Helio Castroneves, Conor Daly, Devlin DeFrancesco, Scott Dixon, Jack Harvey, Colton Herta, JR Hildebrand, Tony Kanaan, Sage Karam, Dalton Kellett, Kyle Kirkwood, David Malukas, Josef Newgarden, Pato O'Ward, Graham Rahal, Felix Rosenqvist, Rinus VeeKay e Stefan Wilson.

 

UM ESTRANHA PARA ENCERRAR

Uma estatística estranha foi produzida nas 500 milhas de Indianápolis por pilotos únicos que nasceram em Nazareth, Pensilvânia, como um par de produtos de sua cidade natal que trocaram começos e fins no Speedway: Marco Andretti, da Andretti Autosport, largou em 23º e terminou em 22º, enquanto o companheiro Nazareno Sage Karam de A Dreyer & Reinbold Racing largou em 22º e terminou em 23º.

 

UM PEQUENO DETALHE... DE GRANDE IMPORTÂNCIA 

Já que encerramos falando de coisas dos ovais, a Series espera manter mais carros em ação em eventos ovais através da introdução de um novo componente de suspensão dianteira. Golpes de raspão entre as rodas dianteiras direitas nos muros, especialmente nas saídas de curvas, acontecem pelo menos uma vez por corrida e, graças à rigidez dos braços de direção – as hastes que conectam o rack de direção aos pilares da suspensão dianteira – o resultado usual nesse contato é um braço de direção avariado, o que pode tirar um competidor da corrida.

 

 

Desenvolvido pela Dallara, fornecedora de chassis da IndyCar, as equipes terão braços de direção dianteiros novos e mais flexíveis para instalar nos cinco eventos ovais do ano que vem. As unidades também podem ser usadas nas 12 corridas em circuitos mistos e urbanos, se desejado, onde o contato roda a roda também pode entortar ou quebrar um braço de direção, assim como Alex Palou experimentou na Road America quando ele e o companheiro de equipe da Chip Ganassi Racing, Marcus Ericsson se tocaram.

 

O benefício secundário dos novos braços de direção, que só flexionam em golpes fortes – graças ao tubo mais fino (em amarelo, acima) na conexão externa com os montantes – vem com uma redução na força disparada nas mãos e pulsos dos pilotos ao contato é feito. O equipamento foi testado quanto à resistência e está aprovado em todos os circuitos, com obrigatoriedade de uso nas ovais. Tino Belli, engenheiro da Dallara recomenda seu uso em todas as pistas. Vamos observar isso nos testes pré temporada.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

    
Last Updated ( Thursday, 29 December 2022 21:11 )