E aê Galera... agora é comigo! O ano começou e de atividade automobilística a gente tem – por enquanto – apenas o “De Lá”, sendo disputado mais uma vez na Arábia Saudita ao invés de ser o verdadeiro “Dakar”, passando e chegando ao final nesse país africano ou o “De Cá”, quando era disputado na América do Sul. No final do mês, os Carcamanos italianos vão começar a fazer a coluna de Rally com o Rally de Montecarlo. Enquanto isso, aguardando os acontecimentos pelos da República Tapuia de Banânia (Um abraço para o Gargamel que está de férias) vamos ter como primeiro evento as 12 horas de Interlagos, com largada programada para meia noite do domingo 22 de dezembro e que eu pretendo assistir pelo portal High Speed, do meu camarada Pedro Malazartes, para quem também desejo um feliz ano novo. Eu tinha um parágrafo sobre a barbárie de domingo em Brasília, mas não vou dar palco pra essa corja. Quando vocês estiverem lendo essa coluna, estarei na estrada e espero encontrar muitos bloqueios com minha galera, os pára-choque de aço, pra quebrar uns ossos. Agora que já cabe a foto do Ogro aqui no canto, vamos ao tema da coluna, que é dedicada àqueles que dão voz as transmissões das corridas pela TV e pela internet, que muitas vezes acaba sendo o melhor recurso para acompanhar o automobilismo. Quando a gente fala dos narradores e comentaristas das corridas, tem gente que fica chateado (o advérbio não era bem esse...) com os comentários feitos, mas se eles não fazem por onde melhorar, como querem elogios? Lamentavelmente, tem muito narrador bom que não recebe o devido valor merecido. Nesse grupo eu coloco o Sinestro, o Alexi Lalas e o Filho do Deus do Egito, que são os três melhores narradores de corrida que temos no país. Este ano deu raiva de ver o Sinestro ser “sacado” da escala de narração em corridas da Stock Car na TV bandeirantes, principalmente a do encerramento da temporada, para escalarem o Caprichoso (que saiu do canal globêstico - a segunda vogal não era bem essa - infectado por galvanismos e cacoetes dos narradores de futebol) no seu lugar. O Sinestro há anos é o melhor narrador de automobilismo do Brasil e merecia uma chance de poder narrar uma etapa da Fórmula 1 nessa temporada Podiam fazer um teste com ele, colocando-o para narrar a Fórmula 2, por exemplo (O Celsinho vai-te a... é um ótimo apresentador de programa, mas como narrador é uma tragédia). Seria muito melhor do que ter que aturar o Pedro Martelo, entortador de prego ou Ivan, o Terrível, que como narrador de corridas é um sofrível narradorde basquete. Se formos falar de categorias top a nível de mundo, o Alexi Lalas mandou muito bem pela TV Cultura com a Fórmula Indy, onde formou a melhor dupla ‘narrador-comentarista’ com o Taquara Rachada. Deve ser uma tristeza só ter um narrador desse nível numa emissora para a Fórmula Indy e na transmissão do Campeonato Brasileiro de Endurance ter que trabalhar com o tal de Lipe Paria, que era um apresentador de programa meia boca na TV paga e caiu de paraquedas colocado sei lá por quem na TV Bandeirantes. Mas o rei da internet é mesmo o Filho do Deus do Egito, que transmite praticamente tudo que é corrida nos canais do youtube, indo da Stock Car ao melhor campeonato do país, o Turismo Nacional. O lustroso narrador de Cascavel sabe trabalhar bem com qualquer comentarista, desde o goteira intermitente, passando pelo Pedro Malagueta e fazendo a dupla mais poderosa das cabines universais com o Enviado de Cristo. Ele consegue até transformar em bom comentarista o Chucky, brinquedo assassino e coçador de bola ao vivo na TV. Lá pros lados dos canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...), o Ridículo já mostrou que manda bem nos assuntos da velocidade, mas como ele é bom em outros esportes, vai sendo escalado onde dá mais audiência. Mesmo caminho vem tomando o Tala Larga, que apareceu em algumas corridas ao lado do Nhonho, mas vendo que o Peitolas é um atraso de vida, foi diversificando em outros esportes, principalmente porque a emissora vem perdendo eventos automobilísticos em sua grade de programação. A TV Cultura ainda não anunciou se vai continuar transmitindo corridas em 2023. Vai ser uma perda enorme caso aconteça, apesar do apresentador de convenções da Hinode ter atrapalhado o seu comentarista, irmão bastardo e igualmente ladrão de oxigênio do hoje piloto da Stock Car Toinho Narebão. Fabinho Narebão sabe muito de automobilismo. Se não tivermos Fórmula Indy na TV Cultura, vamos ficar na dependência dos canais do Pateta, que tem o Barbicha no microfone, com seu estilo singular de narração e a companhia do Mestre dos Magos em hilários comentários e do Haroldo, o tigrinho do Calvin, que voltou pro Brasil pra cuidar do pai, o Tigrão. Mesmo com 6 canais, eles conseguem não organizar a grade para transmitir as corridas e jogam-na para o aplicativo. Deixei o pior para o final, com a NASCAR saindo dos canais do Pateta e indo para o Bandsports, foram resgatar das catacumbas o Careca Chorão, que se perdeu no tempo de uma narração estilo anos 80, lenta e sem articulação, que consegue ser piorada pelo dublê de comentarista do Lipe Paria. Essa eu já desisti de ver na TV faz tempo e estou conseguindo assistir pela internet. Por falar nessa coisa saída sei lá de onde, deixo pra semana que vem a parte com os comentaristas (fiz besteira – o advérbio não era bem esse – e perdi o texto quase pronto). Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - A pílula da semana é uma homenagem ao Sr. Chico Rosa. Não tive o prazer de conhecê-lo, mas li aqui no site sua biografia e de pesquisar sobre ele, conquistou meu respeito e admiração. Descanse em paz. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |