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Nova geração de motores da Acura no SportsCar / O final da Silly Season? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 12 January 2023 20:15

Oi amigos, tudo bem?

 

Minha agenda ficou um pouco atrapalhada desde ontem (11) por causa da pane no sistema aéreo norte-americano. Um daqueles milhares de voos cancelados era o meu para Indianapolis, onde participaria da avaliação médica anual promovida pela IndyCar. Mas, sem problemas, o exame foi adiado para outra data e está tudo bem. Cá entre nós, sobrou até mais tempo para fazer a coluna. 

 

Como queria escrever sobre algo diferente, dei uma consultada nas colunas anteriores, para não correr o risco de repetir assuntos já abordados. Aí percebi que falei pouco no nosso novo motor para a temporada 2023 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. 

 

Como já contei aqui, além de disputar todo o campeonato da NTT IndyCar Series, pilotarei nas três corridas longas no IMSA – Daytona 24, Sebring 12 e Petit Le Mans 10. Nos dois campeonatos, claro, pela Meyer Shank Racing.

 

A IMSA programou importantes alterações no regulamento técnico para esse ano, com a introdução de novos carros e a adoção de um pacote híbrido, que significa unir o motor de combustão interna a um sistema elétrico de recuperação de energia. 

 

Uma alternativa adotada pela maioria dos fabricantes foi a de utilizar um motor já existente e a ele introduzir os novos elementos. Se seguisse o mesmo caminho, nosso motor seria o V6 3,5 litros, o mesmo que equipou o ARX-05 com o qual fui campeão em 2020 e venci duas Rolex 24 at Daytona (2021 e 2022), obviamente com meus parceiros.

 

 

Mas, no nosso caso, a Acura preferiu enfrentar esse desafio de forma diferente. Optou pela criatividade e ousadia ao projetar, construir e desenvolver um motor totalmente novo, a partir de um folha de papel em branco, ou melhor, uma tela de computador em branco. 

 

Dessa operação capitaneada pela Honda Performance Development (HPD) saiu o AR24e, que está nos chassis Acura ARX-06 utilizados por nós, da Meyer Shank Racing, e pela Wayne Taylor Racing, as duas equipes do campeonato com equipamentos Acura na nova categoria GTP (Grand Touring Prototype). O “caçulinha” V-6 biturbo de 2,4 litros e 90 graus é o motor de combustão interna de menor cilindrada desenvolvido pela HPD para corridas. 

 

Só para deixar claro para quem não está acostumado com essa nomenclatura, a Acura é a marca de veículos de alta performance da Honda, mas com programa próprio de Motorsport. Já a HPD responde pelos motores Honda e Acura de competição nos Estados Unidos e trabalha em conjunto com a Honda Racing, braço tecnológico dedicado à Fórmula 1. 

 

Depois dos testes que fizemos, a primeira aparição oficial do nosso novo conjunto será agora nos dias 20, 21 e 22 durante o Roar Before the Daytona 24, que é o teste coletivo. Mas é no final de semana seguinte que o bicho vai pegar, com a disputa da Rolex 24 at Daytona. Antes disso tudo, no domingo agora (15) farei o shakedown do ARX-06 na Flórida. Será na pista do The Concours Club, que será usada pela primeira vez para esse fim (na coluna das semana passada falei com detalhes sobre isso).

 

É isso, amigos. Como viram, tenho muito trabalho pela frente e estou muito animado para voltar a acelerar. Abração e até a próxima coluna!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá amigos leitores,

 

A temporada 2023 vai começar em fevereiro em São Petersburgo e mesmo com tão pouco tempo para a primeira etapa nas ruas e no aeroporto de St. Petersburgo ainda temos um número considerável de opções abertas, com três equipes com vagas a serem preenchidas.

 

Pato O'Ward, da Arrow McLaren andou visitando várias equipes para explorar suas opções, mas não deve sair da equipe de Zak Brown. No mais, as especulações podem terminar já na sexta-feira, já que uma sucessão rápida de anúncios de pilotos é esperada. Até o momento, 25 inscrições para a temporada completa foram confirmadas, deixando o piloto para circuitos ovais para o quarto carro da Chip Ganassi Racing ao lado do piloto de circuitos mistos e de rua, Marcus Armstrong. A segunda vaga é da Dale Coyne Racing para complementar o time ao lado de David Malukas que fará seu segundo ano na categoria e para completar, falta o novo piloto para o segundo carro da Juncos Hollinger Racing que será o companheiro de equipe do ótimo Callum Ilott como as últimas vagas.

 

Andei conversando com algumas pessoas e especulamos quais seriam as prováveis soluções para as três “oportunidades de emprego” neste último mês e pode não haver muitos mistérios ou surpresas quando elas forem anunciadas. Na Chip Ganassi, Takuma Sato, duas vezes vencedor das 500 milhas de Indianápolis, ainda é o principal candidato a dividir o carro #11 com Marcus Armstrong. Desde que confirmado, a equipe teria três vencedores da Indy 500 em sua lista com Scott Dixon (2008) e Marcus Ericsson (2022) dando as boas-vindas a Sato (2017, 2020) em caso de confirmação. Para Sato, que completa 46 anos no final do mês, isso marcaria sua primeira temporada parcial na IndyCar e o colocaria na equipe de maior sucesso pela qual ele pilotou desde que deixou a Fórmula 1 em 2010.

 

 

A Dale Coyne recentemente teve o vencedor da corrida Indy Lights de 2022 e vice-campeão Sting Ray Robb testando no Sebring International Raceway como mostrei na coluna da semana passada e que se saiu muito bem. Neste ponto, seria uma surpresa se o piloto do estado de Idaho não ficasse no carro #51 pelo resto do ano. Se isso acontecer, o DCR teria a dupla de pilotos mais jovem da IndyCar, com ambos os pilotos tendo apenas 21 anos de idade, nascidos com 24 dias de intervalo em setembro de 2001. Também daria ao DCR uma dupla de pilotos da Indy Lights que terminaram em segundo lugar na classificação em 2021 e 2022 .

Já pelos lados da Juncos, a vaga tem sido objeto de considerável especulação desde dezembro, já que Robb foi considerado o principal candidato para a corrida antes que surgissem dúvidas sobre se a entrada iria adiante. Antes de Robb, acreditava-se que o ás dos carros de turismo Agustin Canapino, que testou em Sebring para a JHR e realizou as recentes corridas de demonstração da IndyCar em casa na Argentina, estava preparado para fazer sua estreia nos monopostos americanos na entrada de expansão. Tudo o que ouvi aponta para uma temporada completa para Canapino, já que um novo financiamento teria surgido para colocar o piloto de 32 anos no carro para sua primeira temporada na categoria.

 

 

Assim que os detalhes finais forem resolvidos, a IndyCar deve ter 27 carros em cada rodada, com todos os pilotos novos e antigos prontos para fazer sua estreia em 2023 no Spring Training em fevereiro.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.