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As Mil Milhas Brasileiras dão a largada na temporada 2023 no Brasil PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 24 January 2023 22:17

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana trouxe a abertura da temporada 2023 do automobilismo brasileiro com a realização das Mil Milhas Brasileiras, Corrida icônica, criada pelo falecido e eterno Barão Wilson Fittipaldi e que depois de muitos anos sem ser realizada, voltou a acontecer há algum tempo e ano a ano vem crescendo em grid, importância e capacidade de incomodar a mídia Tapuia supostamente especializada.

 

Desde quando voltou a acontecer, em 2019, após muito trabalho, pouco apoio e quase nenhuma (para não dizer nenhuma) divulgação, numa corrida que teve apenas 13 participantes, os organizadores não desistiram e com muito trabalho perseveraram e na edição de 2023 foram 43 carros inscritos (ok, numa verdadeira salada russa de categorias – 19 no total) para encher o grid e incomodar (incomodar?) a vizinhança com sua largada à meia noite.

 

Nessa época do ano a gente está acostumado a ver na televisão aqueles temporais de final de tarde que deixam a capital paulista em estado de completa calamidade e na sexta-feira, no horário do treino classificatório foi exatamente o que aconteceu, colocando o autódromo debaixo de um dilúvio bíblico e obrigando a organização a usar como medida paliativa a adoção dos tempos dos treinos livres para a definição do grid de largada, o que na verdade não alterou muito a ordem das coisas, com o P1 #175 do quarteto formado por Emilio Padron, Fernando Fortes, Fernando Ohashi e Henrique Assunção ficando com a pole position e tendo a seu lado o Protótipo Sigma #12, vencedor da edição 2022 e com uma tripulação reforçada, contando como Jindra Kraucher, Aldo Piedade, Pedro Queirolo, Sergio Jimenez e Bia Figueiredo para puxarem o grid quando fosse dada a largada. Ficaram alguns “buracos” no grid, com carros que não conseguiram largar junto com os demais, entre eles, o segundo Protótipo Sigma, que largaria com o Cabra Beto Monteiro, que era o 5° piloto do time que tinha no outro carro, Bia Figueiredo na função.

 

 

Depois de duas voltas de apresentação, foi dada a largada e com uma corrida que tinha potencial para atingir o limite de 12 horas de disputa caso não fossem completadas as 373 voltas. Na largada, Pedro Queirolo fez uma grande largada e tomou a ponta com o protótipo Sigma ante Fernando Fortes ainda antes do S da Sadia, que foi contornado por todos sem nenhuma complicação. Mesmo com a pista iluminada por diversos refletores, alguns carros tinham uma grande quantidade de faróis nos carros. Mesmo com tanta luz, teve gente indo pra fora da pista e provocando a entrada do Safety Car ainda na abertura da terceira volta. Depois da relargada, Fernando Fortes foi para o ataque e recuperou a liderança antes da segunda entrada do Safety Car, pilotado pelo grande Maurizio Sala, um dos grandes pilotos gran turismo nos anos 80/90, com os primeiros carros apresentando problemas e entre eles, o primeiro P1 (na verdade o segundo, uma vez que o Sigma #2 sequer largou). Pouco a pouco a disputa na classificação geral foi ficando restrita ao Protótipo AJR #175 e o Protótipo Sigma #12.

 

 

Ao final da primeira hora de transmissão, a cabine foi assumida pelo Filho do Deus do Egito, pouco antes de começarem as primeiras paradas programadas dos carros mais rápidos e o Sinestro largar o microfone, colocar o macacão e participar da prova. Com o passar das horas, a estratégia começou a pesar nas equipes uma vez que com a sequência de bandeiras amarelas a possibilidade da corrida terminar por tempo era uma realidade, mas alguma coisa não estava funcionando bem para o Sigma Geração 5, que venceu a corrida de encerramento do Campeonato Brasileiro de Endurance, que não conseguia andar no ritmo do P1 e acabou por  abandonar a corrida no início da manhã. Quem vinha fazendo boas provas eram os carros da GT4, que por conta da autonomia chegaram a liderar a corrida por alguns períodos durante a noite depois que o AJR #175 ficou um longo tempo parado nos boxes na segunda hora de corrida.

 

 

Com 18 entradas do Safety Car e um ritmo muito forte, o quarteto voou baixo para recuperar a liderança... mas não sem antes fazer o pessoal nos boxes prender a respiração quando ficou lento na pista, chegando a virar voltas acima de 2 minutos e acenando uma possibilidade para os irmão Dennis e Danilo Dirani, que com Jacques Quartiero no Porsche 718 GT4 Cayman poder pensar em vencer a corrida, mas os líderes recuperaram um bom ritmo de prova e se mantiveram na liderança até receberem a bandeira quadriculada na primeira colocação. Os irmãos Dirani e o Quartiero ficaram em segundo e a BMW M2 CS GT4 #64 da Eurobike MC Tubarão. Lucas Foresti, Henry Visconde com seus filhos – Enzo e Lucca – ficaram com a terceira posição.

 

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Vamos dar os parabéns aos “proficionais” do jornalismo Tapuia supostamente especializado em automobilismo pela “grande cobertura” e divulgação dada às Mil Milhas Brasileiras, algo que se repete todos os anos desde que a competição voltou a acontecer. Quem são eles? Vamos colocar as exceções que fica mais fácil. Além do Nobres do Grid, apenas o Race Motor (com uma notinha de 4 pequenos parágrafos que mal encheu meia lauda), dignou-se a escrever algumas palavras sobre a corrida.

- Mas vai ter gente que vai reclamar e dizer que escreveu sobre a prova... sim, teve. Tiveram aqueles lugares que publicaram o mesmo texto de determinados pilotos e determinados carros, certamente mediante o pagamento do “jabá” que eu sei que rola e ninguém tem peito (a parte do corpo humano não era bem essa...) pra assumir que faz.

- Ontem, depois da corrida, meu moleque colocou a nossa panorâmica (é como eu chamo a TV aqui de casa) num jogo de futebol. Arsenal x Manchester United. Jogaço de bola transmitido por um dos canais do Pateta. E no final da tarde eu mandei ele desligar a TV quando ele mencionou colocar o jogo do campeonato carioca narrado pelo Caprichoso!

- Tem que dar os parabéns para o Sinestro pela jornada dupla – narrador e piloto – nas Mil Milhas Brasileiras. Especialmente pela quantidade de horas na transmissão ao lado do incarregável Prosdócimo. Sem alça, rodinhas e gordo com peso em arrobas!

- A entrada franca trouxe público para as arquibancadas e trailers acampando no entorno do circuito, dando um ar de nostalgia do que era essas corridas nos anos de ouro das Mil Milhas Brasileiras.

- Mas, pra fechar, eu tenho que falar a real: quando eu falo que o automobilismo de hoje é um automobilismo nutella, tem gente que reclama. Pois bem: nos anos 60, os pilotos corriam em Interlagos (no circuito de verdade, não nessa pistinha) madrugada a dentro, com neblina cerrada e sem esses refletores que colocaram em Interlagos, e os pilotos de hoje a gente tem que ouvir . Estou mentindo?

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 

 

    
Last Updated ( Tuesday, 24 January 2023 22:34 )