E aê Galera... agora é comigo! Os calendários do automobilismo nacional para 2023 foram sendo divulgados nas últimas semanas. Alguns, na verdade, ainda no ano passado, mas sem a definição dos autódromos onde as corridas iriam acontecer. As definições vieram com o passar do tempo, mas se os calendários sempre foram algo interessante para se comentar, este ano vou me concentrar em analisar – do meu jeito – o que as categorias têm apresentado e o que podemos esperar de seus campeonatos. Vou começar falando sobre a minha categoria favorita e pela qual torço para que as mudanças que estão sendo promovidas para 2023 não estraguem uma fórmula de sucesso. Porquê? O Ogro explica: no ano passado, depois do promotor da categoria, Ângelo Corrêa ter vendido a alma ao diabo (leia-se, ter feito uma associação com a VICAR de D. Corleone Julianelli e Midas Col), foi lançada uma tal de Turismo PRO. Eram os mesmos carros da Turismo Nacional, mas equipados com motores 2.0 equalizados pela organização (leia-se VICAR), câmbio paddle-shift e outros “fatores encarecedores”. O resultado foi um grid “padrão Stock ex-Light”, que penou pra reunir 10 carros. Muito bem: qual foi a “ideia de jêniu” para 2023? Reunir todo mundo em uma categoria única, com carros separados em Classe A e Classe B (com uma ‘subclasse’ Sênior e outra de Novatos, os ‘Rookies’) como eram as corridas do pessoal de entrada da categoria até o ano passado e... empurrar o pacote da moribunda PRO 2.0 par seus participantes. Como consequências diretas, além da elevação do custo da categoria, a rivalidade e do trabalho dos preparadores de motor vai pro vinagre com a preparação única dos motores e o câmbio acionado por borboletas desenvolvidos pela Audace Tech e fornecidos em sistema de leasing. Um pacote completo para estragar (o verbo não era bem esse...) com a melhor categoria do automobilismo nacional. Peço a Deus para estar errado, mas tudo aponta nesse caminho. Para ajudar a empurrar a Turismo Nacional ribanceira abaixo, foi criada uma categoria, já com formato nacional com carros de motorização 1.6 litros, com o regulamento muito próximo (quase uma cópia) do que era a Turismo Nacional antes. O projeto Marcas Brasil Racing foi idealizado por um grupo de pilotos e chefes de equipes em conjunto com o diretor de competições Alexandre Lagana, aproveitando o vácuo deixado pela mudança na Turismo Nacional. O campeonato será disputado em cinco estados e seis circuitos diferentes: Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais (resgatando o circuito dos pequizais, como fala meu camarada, o Diabo da Tasmânia, colunista aqui do site), Goiás e Mato Grosso do Sul (com a volta do excelente e marginalizado traçado de Campo Grande). As praças não se repetem ao longo de 2023. O autódromo de Goiânia receberá a etapa de abertura com corridas nos dias 11 e 12 de março. O esquema será o de 4 corridas por final de semana, sendo uma no sábado e três no domingo, o que vai obrigar o Ogro a se virar para acompanhar mais uma categoria. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Essas coisas da Fórmula Black&Decker são mesmo estranhas. Se vão fazer uma rodada dupla, porque não fazer as corridas no sábado e no domingo? - Por falar nas furadeiras, ficou claro – mais uma vez – que a Band tem um “encosto” chamado Prosdócimo! Pobre Sinestro que tem que aturar o bem apadrinhado como palpiteiro com microfone dentro da cabine. - A evidência de que o Prosdócimo só atrapalha foi que, na corrida do sábado, escalaram Ivan, o Terrível (narrador de basquete meia boca) e o Mr. Burns para fazerem narração e comentários. Pasmem: eles se saíram bem! - Por falar em narrações e transmissões, a TV Cultura confirmou que vai transmitir a Fórmula Indy em 2023. Vai ter Alexi Lalas na narração, MamaBia como piloto comentarista, mas no twitter da agora piloto da Copa Truck Gourmet não havia menção ao Taquara Rachada. Será que o genioso e desafinado comentarista vai ficar de fora? Será uma pena. Ele é o cara que melhor traduz o que está acontecendo nas corridas. - Eu gostaria de dizer “impressionante”, mas foi frustrante (o advérbio não era bem esse...) ver que, nem com a TV por assinatura e 10 canais de esportes nas operadoras Tapuias, nenhuma transmitiu alguma coisa das 24 Horas de Daytona. - A Band, que vem se gabando de ser “o canal do automobilismo” passou, naquela que seriam as duas horas finais da corrida a espetacular partida de futebol entre Resende e Portuguesa do Rio. Meu Jesus Cristo (a expressão com 3 palavras não era bem essa...), alguém assiste um jogo desses? Pra completar, só tendo a narração do Caprichoso (eu não ousei conferir). Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |