 Olá leitores!
Como estão? Na torcida para que tudo esteja indo de vento em popa em vossas vidas. Por aqui utilizando a barriga para aquilo que ela serve, empurrar a vida... infelizmente essa época não tem muito assunto para a coluna, as principais categorias ainda não iniciaram suas temporadas e o que resta é ficar acompanhando esportes que requerem apenas uma bola, como futebol, basquete e a final da NFL, embora o Packers tenha ficado lá pra trás no caminho... mas ainda consegui garimpar alguma coisinha para vocês. Os testes da MotoGP em Sepang devem ter acendido a luz de alerta na Yamaha e na Honda. Não sei se as fábricas japonesas “esconderam o jogo”, mas se esconderam o fizeram muito bem escondido, e em nome da competitividade do campeonato espero que encontrem onde guardaram esse jogo antes do primeiro treino classificatório da temporada. Stefano Domenicali, que de chefe de equipe nota 6 na época de Ferrari está se demonstrando um administrador nota 4 na FIA, abriu a boca para presentear o planeta com mais uma das suas “pérolas”, dizendo que o pessoal da equipe Andretti não deveria acusar as equipes que já estão na Fórmula Um de “gananciosas” antes de estar na categoria... então é o seguinte, elas são, mas não pode falar que são. Isso me lembra uma palavrinha do dialeto napolitano que talvez possa expressar melhor a situação, a palavrinha é “Omertà”. Espero que o processo de seleção das equipes em condições de preencher as vagas abertas seja menos obscuro que da vez anterior... algo me deixa muito ressabiado com esse procedimento todo. Espero estar errado. Para não dizer que não tivemos atividades competitivas, a Fórmula E foi até a Índia para uma etapa em um horário absolutamente desconfortável para o continente americano. Menos mal que, se a corrida não foi uma lindeza, também não foi das piores que a categoria propiciou. Os pilotos estavam com muita vontade, pelo que os toques acabaram sendo inevitáveis, assim como as intervenções do carro de segurança. O ponto bizarro foi a batida entre dois carros da mesma equipe, Mitch Evans e Sam Bird devem ter tido uma reunião muito aprazível com o pessoal da equipe após o acidente... Evans ficou no caminho na hora, Bird ainda tentou prosseguir mas também teve de abandonar... quem não teve o que reclamar ao final da prove foi Jean-Eric Vergne, que levou seu DS ao degrau mais alto do pódio, acompanhado pela dupla da Envision, Nick Cassidy em 2º e Sébastien Buemi em 3º. Aproveitando-se dos enroscos entre o pessoal, o brasileiro Sérgio Sette Câmara conseguiu um ótimo (para o carro dele) 6º lugar, marcando pontos que com certeza a equipe agradeceu. O mesmo não pode ser dito de Lucas di Grassi, que recebeu uma punição de 5s no final da prova e caiu do 12º para o 15º lugar... não que fosse pontuar no 12º, mas a humilhação seria um pouco menor... o sábado também foi difícil para a equipe McLaren, que não viu nenhum de seus carros cruzar a bandeirada. A essa altura vocês já devem ter lido na coluna dos nossos especialistas em rally a respeito, mas não posso deixar passar em branco o retorno do filho pródigo ao topo do pódio: Ott Tänak foi piloto Ford no período de 2011 a 2017, conquistou belos resultados e cresceu como piloto dirigindo pela M-Sport, até que largou a equipe quando a Ford parou de investir na categoria. Dirigiu pela Toyota e Hyundai, e final do ano passado assinou novamente com a Ford após o retorno da equipe como oficial de fábrica. Pois bem, em sua segunda corrida pela nova/velha equipe, já veio a vitória no Rally da Suécia, que nessa edição felizmente teve neve para todos, sem reclamação. Também não posso deixar passar a oportunidade de conceder a medalha “The Three Stooges” para a equipe Hyundai, que teve uma daquelas ideias geniais (ou melhor, jeniais): já que o piloto que corre a temporada toda (Thierry Neuville) estava em 3º e o que faz apenas algumas provas na temporada estava em 2º (Craig Breen), vamos pedir para o Breen se atrasar no Power Stage para deixar o Neuville passar e pontuar mais. Certo? É, só faltou todas as partes envolvidas acertarem o script... Breen fez o dele, mas Neuville não, perdendo tempo o suficiente para ainda ficar atrás do Breen. Ainda bem que Rovanperä não estava por perto (terminou em 4º, 5 segundos atrás de Neuville), caso contrário o papelão da Hyundai seria maior. 2º e 3º lugares para os coreanos ficou de ótimo tamanho. Agora é aguardar a Daytona 500... Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
