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A F-E estreia na África do Sul, o Mundial de Superbike começa e a NASCAR se despede de Fontana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 27 February 2023 10:23

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Felizmente aos poucos as atividades nas pistas retornam, seja lá fora, seja aqui no Brasil. Eu confesso que tentei acompanhar pela internet a etapa de abertura da outrora prestigiada Superbike Brasil, pra ver se dava para comentar alguma coisa, mas o espetáculo apresentado foi de tal forma decepcionante que apenas lamentei o tempo perdido... enfim, já na expectativa para o próximo final de semana, onde teremos diversas corridas para acompanhar.

 

A Fórmula E foi até a Cidade do Cabo para mais uma etapa, mas o principal destaque ficou para a pista. Realmente a cidade de São Paulo vai ter que se esforçar para fazer algo pior que a pista sul-africana, cujos únicos pontos positivos foram a vista das montanhas ao fundo da cidade e a zona de ativação da força extra, que miraculosamente não ficou escondida em um lugar que o piloto perde muito tempo para acionar. Vitória ficou nas mãos de António Félix da Costa, que mostrou ousadia nas ultrapassagens para conseguir alcançar seu objetivo. Foi acompanhado no pódio por Jean-Eric Vergne na 2ª posição e Nick Cassidy no degrau mais baixo do pódio. Lucas di Grassi não participou, pois sua equipe desistiu de correr após os problemas de quebras de suspensão traseira demonstrados nos treinos, e nosso único representante foi Sérgio Sette Câmara, que terminou em 12º lugar.

 

Esse final de semana tivemos o começo do Mundial de Superbike lá na belíssima pista de Phillip Island. Duas corridas muito interessantes, cada qual com suas características mas igualmente atrativas para o público. A primeira corrida, na madrugada de sábado aqui para o continente americano, contou com a participação da chuva caindo pouco antes da largada para dificultar as coisas para o pessoal lá atrás do guidom. Já com as motos devidamente equipadas com os pneus de chuva, os pilotos mais experientes do grid mostraram o que era necessário para andar na frente. Jonathan Rea (Kawasaki) pulou na frente e ficou lá até a 10ª volta. Nesse momento, Alvaro Bautista (Ducati) mostrou o porquê é campeão e ultrapassou em um ponto (a curva Stoner) pouco usado para esse tipo de manobra, já que nos locais “costumeiros” o Rea estava se defendendo bem. Não foi fácil se manter na frente na liderança, até por conta do piso escorregadio favorecer os erros, mas na bandeirada Bautista já tinha uma margem razoavelmente confortável de pouco mais de 3 segundos sobre Rea. O degrau mais baixo do pódio foi ocupado por Toprak(Yamaha), que fez uma corrida solitária: terminou 6 segundos atrás de Bautista e 10 segundos à frente do seu companheiro de Yamaha Andrea Locatelli. Nessa corrida tivemos o retorno do brasileiro Eric Granado na categoria, e ele terminou em 16º lugar, logo atrás do seu companheiro de equipe. A segunda corrida do certame de abertura aconteceu em um domingo de sol na Austrália, mas o bom tempo não significou menos emoção, exceto talvez para Bautista, que não contente em ter vencido a curta corrida da Superpole largou na frente, trouxe com ele no vácuo seu companheiro de equipe Michael Rinaldi nas primeiras voltas e depois foi abrindo vantagem para cruzar a bandeirada com 6’191 de vantagem para o companheiro. Em 3º chegou a Yamaha de Andrea Locatelli, enquanto Rea teve que batalhar para conseguir um 8º lugar. Motivo desse resultado? Rea ficou preso numa múltipla batalha por posições do 4º lugar para trás, e perdendo tempo com alguns toques em disputa de posição foi o melhor que deu para fazer. Ainda assim foi melhor do que Toprak, que foi colhido pela Kawasaki de Alex Lowes na curva Miller e ambos tiveram que abandonar a prova devido aos danos nas motos. Eric Granado foi o 19º e último piloto a cruzar a bandeirada, a cerca de um segundo e meio atrás do seu companheiro de equipe. Desconfio que a equipe, mesmo para os padrões dos times independentes, não é das mais competitivas.

 

A NASCAR foi até a pista de Fontana para se despedir do autódromo, ao menos na atual configuração dele: a maior parte do terreno da pista, construída por Roger Penske como uma cópia fidedigna do oval de Michigan e posteriormente vendida para a própria NASCAR, foi vendida, e se houver a construção de outro autódromo na área restante (o que eu duvido muito) será um oval de menos de uma milha. Não creio que seja uma pista que deixará saudades: antes da chegada da atual geração de carros as corridas lá eram BEM entediantes, embora tenham melhorado após a redução de 500 para 400 milhas. Mas é uma pista que desde que foi construída nunca recebeu manutenção de porte, tanto que em termos de ondulações só deve perder para Bristol Dirt... o asfalto é o mesmo da primeira corrida, vencida por Jeff Gordon, que “come” pneus com vontade devido ao desgaste do mesmo. Ao contrário de outras pistas do mesmo porte, raramente foi capaz de atrair patrocinadores de grande porte para bancar seja o nome da pista, seja o nome da corrida. E devo dizer que a última corrida foi, talvez, uma das mais interessantes disputadas na pista desde sua inauguração. Essa edição foi marcada pela primeira vitória de Kyle Busch na equipe de Richard Childress, voltando a pilotar pela Chevrolet após 15 anos e dois títulos pela equipe Joe Gibbs. Para os ianques, apaixonados por estatísticas do esporte, Kyle Busch passou a ser o piloto em atividade com maior número de vitórias (61), o que o coloca em 9º lugar com maior número de vitórias na categoria principal, e se tornou o único piloto até hoje a vencer uma corrida em 19 temporadas consecutivas, ultrapassando “King” Richard Petty nesse quesito. Curiosamente, a primeira vitória do Buschinho, ainda em seus tempos de Hendrick, foi justamente em Fontana. Praticamente 3 segundos atrás chegou Chase Elliott, que não se classificou bem mas veio crescendo durante a corrida com um carro muito consistente e veloz e alcançou o resultado merecido. Em 3º chegou Ross Chastain, que liderou quase metade das voltas da corrida mas foi perdendo um pouco de desempenho após a última rodada de paradas para troca de pneus e reabastecimento. Fechando o quarteto de Chevrolet no Top-5, o mexicano Daniel Suárez fez uma grande corrida e o 4º lugar foi um prêmio para ele e para a sensível presença de torcedores mexicanos nas arquibancadas (afinal, estamos falando de California). Único Ford nesse grupo, em 5º apareceu Kevin Harvick, na corrida que marcou sua 750ª largada consecutiva na carreira.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Wednesday, 15 March 2023 08:35 )