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O que 2023 reserva para nós: a Stock Car com boas novidades e um ‘gás’ na Stock Series PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 01 March 2023 00:26

E aê Galera... agora é comigo!

 

No próximo final de semana vai começar a minha cobertura da temporada nacional de automobilismo. A primeira categoria a ir pra pista é a Porsche Cup, a categoria mais chique (pelo menos por enquanto). Vai começar a parte boa da coluna e vou poder parar de encher linguiça.

 

Mas para fechar a série textos com as expectativas para a temporada 2023 eu deixei as principais categorias da VICAR, a Stock Car Pro Series e a Stock Series (ex-light). As duas tem alguns desafios distintos e alguns desafios comuns. Agora que já cabe a foto do Ogro aqui no canto, vamos falar dos desafios.

 

Teremos muitas mudanças na Stock Car para 2023, a começar pelos pneus: depois de muitos anos usando pneus Pirelli, em 2023 as gomas, como chamam nossos Hermanos argentinos serão da Hankook. A fabricante sul coreana tem uma tradição no automobilismo mundial, equipando diversas categorias importantes pelo mundo (mais de 70) como a Fórmula Black&Decker, o Lamborghini Trofeo e o TCR na Alemanha e Itália, por exemplo. É bem provável que na abertura da temporada as equipes tenham algum tempo extra de pista para os pilotos e equipes entenderem melhor o funcionamento dos novos pneus.

 

A dança das cadeiras foi intensa nessa passagem de ano, envolvendo não apenas pilotos entre as equipes, mas acordos de associação entre equipes, algo que já vem acontecendo há algum tempo. Nessa “dança das cadeiras grandes”, a Crown Racing se associou a TMG de Thiago Meneghel, que por alguns anos trabalhou com a Blau Motorsports, que associou-se com a RMattheis, dirigida por Rodolpho Mattheis, filho do muito fera Andréas Mattheis e sem fazer economia, o dono da Blau, o empresário Marcelo Hahn, trouxe de volta à categoria Felipe Fraga, que vem participando de campeonatos de Gran Turismo na Europa e Estados Unidos.

 

 

O calendário da categoria tem 12 datas (felizmente desistiram daquelas “rodadas duplas” em que estava evidente que a “economia logística” prejudicava gravemente a competição). Inocente quem acredita que o calendário, mesmo anunciado no ano passado, não vai mudar: primeiro com a aposta na interminável obra de recuperação do Autódromo de Brasília (as datas previstas são 18 de junho e 26 de novembro). As corridas no Rio Grande do Sul ainda estão com o autódromo a ser definido e a data do dia 08 de outubro não se sabe onde acontecerá a corrida.

 

Mas a coisa mais divertida das mudanças para a temporada de 2023 foi a “abertura da exceção”. D. Corleone & Cia tinha definido que um piloto para chegar à Stock Pro Series teria que passar pela “categoria de acesso”, a Stock ex-Light, buscando uma forma de tentar engordar o grid raquítico dos últimos anos. Só não tinha como “barrar” a ascensão do campeão da Porsche Cup, Enzo Elias, que é mais piloto que metade do atual grid da Stock Pro Series (entre pagantes e “estrelas de meia idade”). Ele já havia participado – e vencido – na corrida de duplas passada, mostrando que estava sobrando.

 

 

A categoria também vem dando passos para o futuro, onde um desses passos é o abandono dos grandes motores V8 e a adoção – o plano é para 2024 – de motores com 4 cilindros em linha e equipados com turbocompressores, seguindo o caminho do que fazem nosso Hermanos argentinos dom a Super TC e a categoria de acesso, a TC. Uma leitura mais próxima do que o mercado consumidor tem e certamente com baixa de custos, que são altíssimos se comparados, por exemplo próximo, à categoria do país vizinho. Nesse pacote sobrou para os Giaffone, que tiveram a sua divisão de motores adquirida pela Audace Tech, que é o braço de desenvolvimento técnico do Grupo Veloci, que também é detentor da VICAR.

 

Um respiro pra Stock Series?

Depois de dois anos numa situação deprimente (para dizer o mínimo), a VICAR partiu para medidas e assim tentar mudar a realidade da categoria, que nos planos do promotor deveria ser a categoria de acesso para os jovens pilotos vem esbarrando no alto custo da própria categoria e mais ainda o salto abissal entre as duas categorias. Mesmo com a premiação para o campeão da categoria, raros tem sido os pilotos que tem passado para a categoria principal. Nos planos para tornar a categoria mais acessível, criaram um “teto orçamentário”, limitando o valor por carro para a temporada a 750 mil reais, o que é mais dinheiro do que qualquer outra categoria do automobilismo nacional, mas ainda assim, esse “teto orçamentário” é cerca de 25% (ou menos) do custo para se correr uma temporada da categoria principal.

 

Este ano vamos ter mudanças no sistema de disputa, com o carro podendo ser dividido por mais de um piloto (o que reduz o custo, mas diminui a chance dos pilotos que dividirão os carros). Serão seis etapas, mas cada etapa vai ter três corridas, diferente do que vinha sendo feito até o ano passado e com uma certa semelhança em relação ao modelo de disputa da F4, com três corridas, duas com tempos de classificação com a primeira e a segunda melhor volta e uma outra com a inversão de grid (o que espero que tenhamos grid pra ser invertido).

 

 

As primeiras previsões da VICAR é que o grid cresça (ia ser difícil continuar na base dos 7 carros apenas), mas apesar do anúncio de alguns nomes, acho muito otimismo da parte dos promotores o número de 15 carros no início da temporada (tomara que eu esteja errado). Teremos uma piloto (pelo menos) no grid. Depois do fim da “Fórmula Chadwick” (categoria feminina de carros de Fórmula que a inglesa venceu os três campeonatos e que acabou no ano passado), Bruna Tomaselli troca os monopostos pelo turismo e vem buscar um caminho para o profissionalismo. Este talvez (não tem nada falado sobre isso) seja o caminho de Eduardo Barrichello, que não conseguiu se firmar nas categorias de monopostos na Europa. Ele chegou a fazer algumas corridas na categoria principal, mas caso a Stock Car seja seu caminho, temos que ver se ele não vai quebrar a regra do “ter que passar pela categoria de acesso”.

 

Mas a melhor notícia que poderia sair para os moleques que estão indo para a temporada 2023 da Stock ex-Light foi o Grupo Veloci, dono da VICAR, enfiar a mão no bolso e dar como prêmio para o campeão da temporada o budget completo para a entrada na categoria principal no ano seguinte. Isso implica em pelo menos 2,5 milhões de Reais em dinheiro e equipamentos, além de 50% do carro e macacão para os patrocinadores que ele conseguir, o que deve garantir os 3 milhões para tentar “começar a vida”. Nunca a categoria deu um incentivo deste tamanho para o campeão da categoria. Que não seja algo de uma temporada só!

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- O que é a importância de uma coluna que tem mais de 30 mil leitores fieis (e entre eles, assessores de imprensa): um dia depois da publicação da minha coluna da semana passada a assessoria de imprensa do Brasileiro de Endurance divulgou seu calendário para 2023. Ok, com duas datas sem autódromo definido, mas passaram as oito datas da temporada. Podiam ter feito isso sem o Ogro cobrar!

- Falando em calendários e assessoria de imprensa incompetente, a assessoria da Copa Truck, nas mãos do Chucky, o brinquedo assassino e coçador de bolas ao vivo na TV, esta semama que passou foi feita uma postagem nas redes indicando que a abertura do campeonato seria em Goiânia, dia 19 e não em Santa Cruz do Sul no dia 25 de março, junto com a NASCAR Tapuia.

- Meu camarada e melhor narrador de automobilismo no Brasil, o Sinestro compartilhou em suas redes sociais a criação de uma nova categoria no automobilismo brasileiro: o GT Series Cup (Será que a gente não tem capacidade de colocar nomes em português nas categorias do nosso automobilismo?). A proposta é reunir as categorias GT3 e GT4, com as respectivas “divisões light”. A abertura vai ser no final de semana 14-15-16 de abril, em Interlagos. Será que o pessoal do Endurance vai debandar e mudar de categoria?

- A chegada do GT Series Cup vem preencher uma lacuna deixada com o fim do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, que foi implodido pelos próprios promotores da categoria com a mudança de regulamento pra favorecer a própria equipe em 2013 (salvo engano). Eram grandes corridas, mas estragaram tudo.

- Quando eu falo que tenho um Mestre Inspirador em não estou brincando. Em uma postagem em suas redes sociais ele desceu o pau (semanticamente falando) na narração de basquete de um jogo do Golden State Warriors (NBA) por uma – palavras dele – “pseudonarradora em uma chatíssima pseudonarração”, que o obrigou a tirar o volume da TV. Carranca, você me representa!

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.