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Sebring: da liderança para o abandono por causa de uma porca / Com os olhos na Argentina? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 23 March 2023 18:56

Oi amigos, tudo bem?

 

Já estou aqui no ritmo da segunda etapa do NTT IndyCar Series, que será disputada não nesse domingo, mas no outro, dia 2 de abril, no Texas Motor Speedway. Quero muito ir bem nessa prova para, por assim dizer, começar meu campeonato, já que em St. Pete minha corrida não durou uma volta, como já contei aqui para vocês. Mas sobre a etapa texana, vamos falar mais na coluna da semana que vem. Agora, quero comentar como foi nossa prova em Sebring, a segunda etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. 

 

A Mobil 1 Twelve Hours of Sebring estava na nossa agenda como uma prova para ser de muito sucesso, bem no embalo de nossa vitória na Rolex 24 at Daytona, de janeiro. Mas, no final das contas, ficamos pelo caminho por causa de um porca. Sim, uma porca, aquela que segura roda no carro. O Tom Blomqvist estava a bordo do Acura ARX-06 #60 da Meyer Shank Racing, já na parte final da corrida de 12 horas, quando soltou a roda esquerda traseira, na curva 1, e nossa participação acabou aí.

 

Não foi por algum problema de nosso pessoal de pit stop. Nossos rapazes foram geniais o tempo todo e repetiram, no último pit, o ótimo trabalho de todos os outros. Constatamos que, na verdade, o problema estava na porca – como se diz no interior, a porca torceu o rabo ...

 

Já há tempos que o automobilismo utiliza o sistema de porca única por roda, visando eficiência na hora de trocar os pneus, menor peso, menos elementos passíveis de quebra e também segurança. Essas peças são muito precisas e um pequeno detalhe, que eu nem sei se dá para chamar de defeito de fabricação, acaba fazendo grande diferença, como foi o caso de uma folguinha milimétrica que nem era possível de perceber a olho nu.

 

 

Muito provavelmente, essa folguinha foi crescendo com o esforço das voltas. Tanto que num dos pit nosso pessoal percebeu que precisou aplicar menos força para a roda sair, sinal de que na parada ela já estava meio solta. Na primeira vista, parecia que o aperto anterior não tinha sido bom, mas já era sinal de que tínhamos problemas. 

 

Foi uma pena, pois chegamos a liderar a prova por várias voltas, a chance de vitória não era desprezível e, pelo menos, um pódio teríamos garantido. Tudo isso faz parte, a equipe já solucionou o problema e o Tom e o Colin Braun já estarão lutando por vitória na próxima prova.

 

Como expliquei no início do ano, o Tom e o Colin são os titulares. Eu só entro nas provas longas. Foi assim em Daytona e Sebring. Agora, eles farão as demais provas, reservadas para a dupla titular, e eu só volto ao carro na final do campeonato, a Petit Le Mans. No ano passado, participei e ajudei a Meyer Shank Racing a vencer o campeonato. Vamos lutar para repetir a dose no final do ano.

 

É isso, amigos. Forte abraço a todos e até semana que vem.

 

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá amigos leitores,

 

Nos anos 90 e no inicio dos anos 2000 a CART, como era conhecida a hoje IndyCar Series passava a ter uma projeção no cenário do automobilismo mundial que estava indo além da Indy500, com seu campeonato tendo as corridas transmitidas para cada vez mais países pelo mundo e com o sucesso dos campeões mundiais de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi e Nigel Mansell conquistando campeonatos e depois vermos Jacques Villeneuve ir da categoria norte americana para sagrar-se campeão mundial de Fórmula1.

 

Depois de correr em países em outros quatro continentes, na Inglaterra, Alemanha, Japão, Brasil e Austrália, desde 2013, após a corrida disputada nas ruas de São Paulo, a IndyCar Series voltou a concentrar seu calendário apenas nos Estados Unidos e Canadá pelos últimos 10 anos, apesar de alguns países terem promotores interessados em levar a categoria para fora da América do Norte, mas por enquanto, nenhum teve sucesso.

 

Essa situação pode vir a mudar, ao menos na mente de Ricardo Juncos e de alguns empresários argentinos. Alguns meses depois que a equipe Juncos Hollinger Racing levar um de seus carros até seu país natal para fazer alguns eventos promocionais de pista com o seu piloto local, Agustin Canapino, o CEO da Penske Entertainment, Mark Miles, e o vice-presidente Michael Montri visitaram o circuito Autódromo Termas de Río Hondo para conhecer a propriedade, classificado como um autódromo FIA 2, e avaliar a possibilidade de realizar um futura corrida da IndyCar nas instalações.

 

 

Tony Cotman, cuja empresa NZ Consulting projeta circuitos e oferece orientação para a série, também estava entre os delegados da IndyCar para fazer a viagem e os norte americanos estiveram reunidos com Ricardo Juncos, representantes do governo local e oficiais da pista. O moderno autódromo, que fica localizado na região norte do país e que há vários anos vem realizando grandes eventos internacionais como a MotoGP e o Campeonato Mundial de Carros de Turismo da FIA, oferece perfeitas condições para a realização de uma grande corrida, apesar de, se fosse apostar em uma opção, eu pensaria no oval de Rafaela.

 

Quando Ricardo Juncos levou um de seus carros para a Argentina e fez uma apresentação pública tendo Augustin Canapino como piloto no início do ano, antes da temporada começar, arrastou para o autódromo uma grande e entusiasmada multidão (os argentinos adoram automobilismo). Na ocasião, Juncos disse que um dos objetivos desta ação era atrair a atenção dos promotores da categoria para a possibilidade de incluir a Argentina no calendário da categoria, garantindo que haveria um grande retorno de público, também assumindo que este seria um grande sonho para ele.

 

 

Tendo a referência da presença de público nos eventos internacionais que acontecem no país, Ricardo Juncos afirma ter certeza que que o interesse pela indyCar Series for partes dos fãs e das pessoas interessadas em ver uma etapa da IndyCar em seu país, o proprietário da equipe demonstra total confiança e, poder fazer acontecer a corrida, com os patrocinadores e tudo o que é preciso para tornar esta incrível oportunidade algo real. E seria ainda mais incrível se acontecesse, por exemplo, uma ou duas semanas depois, uma corrida também no Brasil.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Friday, 24 March 2023 15:29 )