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MotoGP, TCR, Fórmula E e NASCAR (em VT) para um final de semana veloz PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 27 March 2023 10:57

Olá leitores!

 

Tudo bem com vocês! Espero que sim! Tivemos um final de semana com bastante ação pelas pistas, contando com sustos (os acidentes da MotoGP), agradáveis surpresas (a pista da Fórmula E no Anhembi) e as decepções previstas de costume (o horroroso canal esportivo daquele grupo que só cresceu em relevância no desgoverno anterior pois o mandatário mór, aquele que está FUGIDO na Flórida, odiava as Organizações Globo, mais uma vez passando programa sobre QUALQUER outra coisa ao invés de passar ao vivo a categoria a qual comprou os direitos). Enfim, nada que os mísseis termonucleares de um submarino ianque ou russo não pudessem resolver, mas enfim... de onde menos se espera é que não sai NADA de positivo mesmo. Não passarei mais pano para a mediocridade proveniente do bairro do Morumbi não. Se não gostarem, melhorem o canal e respeitem o espectador.

 

Vamos começar com a categoria eletrificada, que correu em uma pista de rua improvisada nas instalações do Anhembi, zona norte de São Paulo, gerando inclusive uma curiosidade: enquanto acontecia uma corrida em um palco de apresentação musical (o desfile de escolas de samba não deixa de ser uma apresentação musical), acontecia um festival de música (inclusive com diversas irregularidades relatadas nos bastidores, incompatíveis com um festival com ingressos de valor superior a 500 reais, ou 100 dólares na cotação atual) no autódromo de Interlagos... OK, é sabido que a Fórmula E não corre em autódromos permanentes, não precisam me lembrar disso. O interessante é que a pista “improvisada” no Anhembi ficou surpreendentemente boa, inclusive melhor que muita pista permanente existente no Brasil. De cara ela já é melhor que os autódromos de Santa Cruz do Sul, Londrina, Campo Grande, Potenza, Curvelo e Velocittà, pelo simples fato de possuir mais pontos de ultrapassagem que qualquer uma dessas pistas. A chicane feita na reta atrás das arquibancadas lembra muito a primeira chicane de Monza, e a pista foi construída com uma boa largura para até o chato do Reginaldo Leme não ter motivo de reclamar de “pista estreita” (sim, eu não esqueço que o vetusto comentarista disse que Silverstone era “três vezes mais larga que Red Bull Ring”, na tentativa de bajular a Mercedes, patrocinada pela mesma empresa que patrocina o canal de YouTube dele). Foi um sábado de MUITO calor e sinceramente agradeci por ter assistido a prova em casa, em frente ao ventilador, com bastante chá gelado para acompanhar. Naquele calor infernal do Anhembi ou eu não teria saído da sala de imprensa (que segundo um amigo que foi fazer a cobertura para o site dele tinha um bom ar condicionado e muita água gelada à disposição dos profissionais da imprensa) ou provavelmente minha pressão arterial teria descido fortemente, com chances de dar trabalho para o pessoal do atendimento médico. Explicando: em Interlagos faz calor, mas venta. E o vento acaba amenizando a sensação térmica. No Anhembi praticamente não venta, além de ter aquele “agradável” perfume do esgoto a céu aberto que passa ao lado chamado Rio Tietê. Confesso que o alívio de ficar em casa foi grande. Ajudada pela pista bem projetada (muito, mas muito superior a boa parte das pistas que a categoria corre mundo afora, principalmente aquela da prova anterior na África do Sul) a prova foi movimentada desde o começo. A ativação do modo Ataque foi corretamente localizada na parte externa da curva mais lenta do circuito, antecedendo a reta oposta, e os pilotos resolveram mostrar que não apenas fora da pista as coisas estavam quentes, dentro da pista também. 5 carros acabaram abandonando a corrida por conta do “excesso de vontade” nas disputas de posição, o que acabou beneficiando os pilotos brasileiros, que tiveram um dia bem difícil. Sérgio Sette Câmara, além de sofrer com o pessoal na transmissão chamando ele de Sette Câmera (acho que o pessoal do BandBola deve ter confundido ele com máquina fotográfica ou filmadora), também sofreu com a lentidão do seu NIO e acabou sendo o 17º e último colocado dentre os pilotos que terminaram a prova. Lucas di Grassi se acidentou no treino, largou em último e foi galgando posições até conseguir chegar no 13º lugar, 3 posições à frente de seu companheiro de Mahindra Oliver Rowland. Lá na frente, festa do Império Britânico: no pódio 2 australianos e um inglês, sendo que 2 carros Jaguar e um Envision, que usa o powertrain fornecido pela Jaguar. Vitória de Mitch Evans (Jaguar), com Nick Cassidy (Envision) na 2ª posição e Sam Bird (Jaguar) em 3º. Felizmente para as equipes a próxima corrida será apenas daqui a um mês, afinal de contas um bocado de gente vai ter carros para reparar após a etapa brasileira. Já que Interlagos aparentemente virou espaço de shows, confesso que gostaria de ver algumas categorias brasileiras correndo no Anhembi ao invés de Interlagos, afinal de contas, como já mencionei, o traçado foi bem feito e seria uma oportunidade de calar alguns Grandes Bobalhões (as letras maiúsculas são propositais) que ficaram reclamando da pista na base de “de onde veio o dinheiro para construir a pista, mimimimi meus impostos, mimimi” e ter mais um palco de atividade, afinal o Sambódromo é efetivamente usado prioritariamente para o Carnaval, alguns treinos antes dos desfiles, e durante o ano se bobear recebe menos apresentações musicais que Interlagos. Uma oportunidade a ser considerada a sério.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até Portimão para sua etapa de abertura da temporada 2023, e os pilotos aparentemente estão com muita vontade de acelerar. Tanta vontade que teve gente se machucando na sexta-feira, no sábado e também no domingo. Sexta foi Pol Espargaró que sofreu um forte tombo, com direito a contusão pulmonar, fratura numa vértebra dorsal e também na mandíbula. No sábado, numa disputa mais “animada” na corrida Sprint, Enea Bastianini foi atingido pela moto sem controle de Luca Marini, caiu e fraturou a escápula direita. E durante a corrida de domingo foi a vez de Miguel Oliveira: o piloto da casa foi atingido pelo Marc Márquez, que tentou fazer uma ultrapassagem completamente sem ângulo e acertou a moto do português à meia nau. Ele teve muita, muita sorte de sair dessa com apenas uma contusão na perna, sem nenhuma fratura. Não tenho certeza se gostei da ideia da corrida Sprint pra MotoGP, na Fórmula Um e no Mundial de Superbike funciona mas as condições são diversas. Enfim, espero que a DORNA e a FIM pensem com carinho se deve ser mantido ou não, e em quais condições. Falando de corrida, a Moto3 foi motivo de comemoração: a vitória pode ter ficado nas mãos de Daniel Holgado, mas quem brilhou foi o brasileiro Diogo Moreira, que chegou em 3º e se tornou o 1º brasileiro a subir ao pódio na categoria e o 1º brasileiro a subir no pódio de qualquer categoria do Mundial de Motovelocidade desde 2007. A poucas voltas do final Diogo chegou a estar em 2º, mas acabou caindo para 4º e recuperou a posição no pódio já perto da linha de chegada. Um 3º com sabor de vitória, convenhamos. Na 2ª posição terminou David Muñoz. Na Moto2 aquele anticlímax habitual: ao passo que as provas de Moto3 são adrenalina do começo ao final e as de MotoGP têm sido muito boas, as da Moto2 são as mais “tranquilas”. Nessa etapa as disputas acabaram sendo entre os 2 primeiros colocados e, na segunda metade da corrida, aquele pelotão do 4º até o 7º colocado deu algum motivo para o público se interessar. Tony Arbolino, 3º colocado, não conseguiu se aproximar dos dois primeiros mas também não foi alcançado pelo pelotão que vinha atrás, então ficou meio tranquilo na pista. Aron Canet tentou com foco e método, mas teve de se contentar com a 2ª posição do pódio quando nas últimas voltas seus pneus apresentaram maior desgaste que os do vencedor Pedro Acosta. Já na MotoGP, uma atuação de fraque e cartola de Pecco Bagnaia, que venceu a corrida Sprint no sábado e não deixou barato para os adversários na corrida do domingo. No comecinho da corrida existia a esperança da torcida portuguesa de ter Miguel Oliveira vencendo, mas como já mencionei chegou o #MM93 para acabar com a festa lusitana, inclusive recebendo os correspondentes elogios da torcida ao chegar no paddock... após algumas boas mudanças de posição atrás do líder, acompanharam Bagnaia no pódio o Maverick Viñalez na 2ª posição (e ele parece ter se reencontrado nas pistas com a moto da Aprilia, após o período de aprendizado do anos passado) e por Marco Bezzecchi em 3º, levando a moto da equipe de Valentino Rossi a uma posição de honra. Agora é ver o que teremos semana que vem na corrida em território argentino...

 

E por falar em Argentina... o TCR South America (não sei o motivo de não chamar de Sudamerica, mas enfim...) iniciou sua temporada na bela pista de Córdoba. Com um grid cada vez mais cheio, o grande vencedor do dia (e líder do campeonato ao término das duas corridas) foi o argentino Ignacio Montenegro (de apenas 18 anos), que com seu Civic #23 venceu a primeira corrida e terminou em 2º a prova final do dia. Na primeira corrida ele foi acompanhado no pódio por dois brasileiros, Raphael Reis na 2ª posição e Galid Osman no degrau mais baixo do pódio. Na segunda corrida a vitória ficou com Walter Hernandez, com Fabian Yannantuoni em 2º e Montenegro em 3º. Entretanto uma inspeção após a corrida constatou que o carro de Fabian não atingia a altura mínima prevista pelo regulamento, e esse foi desclassificado. Desta maneira o 2º lugar ficou com Montenegro e o 3º com o estreante na categoria Rafael Suzuki. Daqui a 3 semanas teremos a próxima etapa, em Rosário, recomendo acompanhar...

 

E a NASCAR foi para Austin para fazer no COTA uma das provas mais conturbadas desde que o Montoya acertou o jet dryer em Daytona... desde Jimmie Johnson ficando pelo caminho após se envolver em uma tentativa de “Big One” num circuito misto que foi feita logo na 2ª volta, passando por Kyle Larson ser retirado da prova pelo fraco Bubba Wallace, sem contar com o pessoal fazendo 5-wide na freada da Curva 1 nas relargadas, tivemos de tudo que foi possível. No chat da transmissão que eu estava acompanhando (afinal, o jenial povo do BandBola não me deixa assistir uma transmissão ao vivo oficial...) já se comentava de transmissão até o por do Sol... felizmente o pessoal conseguiu dar uma volta após uma relargada sem ficar pedaços de carro pela pista e a prova finalmente acabou. Gostei do formato de segmentos sem bandeira amarela ao final para circuito misto, ficou bom. Quero conferir como será em Watkins Glen e Sonoma. Os dois grandes nomes da corrida foram William Byron (vencedor do primeiro segmento) e Tyler Reddick, que está se mostrando um substituto à altura em termos de pilotagem para Kurt Busch. Claro que não tem o carisma que o Kurt tem, mas não tem decepcionado na pista; em Austin ele venceu o segundo segmento e batalhou seriamente para se manter na frente no último segmento, mesmo com as diversas relargadas e prorrogações do final. Esse esforço todo foi recompensado com a vitória. Atrás de Reddick e seu Toyota, um quarteto de Chevrolets: Kyle Busch em 2º, Alex Bowman em 3º, Ross Chastain (que no sábado gravou um teste de pontaria absolutamente dispensável, subindo no alto da torre de observação da pista e jogando lá de cima uma melancia para acertar em um alvo lá no chão. Desculpem, não consigo gostar nem concordar com essa comemoração destruindo alimento) em 4º e William Byron encerrando o Top-5.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.