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Maratona de velocidade no final de semana, com Fórmula 1, MotoGP, F. Indy e NASCAR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 03 April 2023 09:03

Olá leitores!

 

Como estão? Creio que muito provavelmente melhores que esse vosso escriba, mas vamos adiante... mais uma semana com muita coisa interessante acontecendo nas pistas, e com os velhos costumes sendo repetidos. Por exemplo, o costume da direção de prova na Fórmula Um enfiar os pés pelas mãos e criar situações difíceis para eles mesmos. Ou o costume de um certo canal de esportes localizado no bairro do Morumbi de não respeitar o assinante do canal, comprando mais competições do que têm capacidade de transmitir e empurrando garganta abaixo de quem paga para ter acesso ao canal uma hipotética “transmissão pelo site” se a pessoa quiser assistir ao vivo a categoria que eles já decidiram que, até o final do ano (quando FELIZMENTE deve acabar o contrato), vão passar as corridas em VT no domingo à noite, depois de todas as outras competições que eles puderem passar no horário da corrida. Semana passada estavam passando VT de outra categoria no horário em que deveriam estar passando a transmissão ao vivo, ao menos esse final de semana era um jogo de futebol razoavelmente relevante – ao menos para quem vive no estado do RJ. Enfim, mais uma vez assisti NASCAR ao vivo graças ao VPN, por canais estrangeiros. O Canal do Morumbi (doravante denominado CdM) conseguiu um crítico eterno. Assim como o Shrek não demonstra o menor apreço pelos canais esportivos da Globo, eu passei a ter apreço semelhante pelo CdM. Menos mal que em 4 anos eles devem voltar à insignificância que tinham antes de 2019.

 

Mas vamos ao que interessa, corridas. O Mundial de Motovelocidade foi até a Argentina competir em Termas do Rio Hondo, cujas instalações aparentemente ainda não se recuperaram devidamente do incêndio do ano passado. Ao passo que a pista em si não recebeu críticas, as instalações (boxes, paddock) foram alvos de fortes críticas das equipes que lá estiveram. Vamos torcer para que eles consigam recuperar a pista para ano que vem, pois acredito que se o país perder a categoria, não volta mais para a América Latina. Aqui na República Sebastianista da Banânia esquece, até tem a pista de Goiânia, que já foi palco da categoria e poderia receber novamente a mesma com algumas reformas nas áreas de escape e boxes, mas as outras pistas ou não tem infraestrutura para tanto ou não tem área de escape suficientes para a categoria (como é o caso de Interlagos). Como construir uma autódromo com capacidade de receber uma classificação decente da FIM está fora de cogitação, até pelo fato da Banânia não construir autódromos, apenas os destruir (não, eu não considero as pistas de track day construídas recentemente como “autódromos”, são pistas para os endinheirados brincarem de andar rápido com seus carros importados, muitas vezes até sem previsão de recebimento de público nas instalações, e também não possuem áreas de escape com o tamanho necessário para motocicletas), a chance da categoria permanecer em terras latino-americanas está na Argentina. Começando com a Moto3, que mostrou um grande espetáculo de disputas e ultrapassagens do 2º lugar para trás... já que da 3ª volta em diante Tatsuki Suzuki assumiu a liderança e de lá não mais saiu. Para os padrões Moto3 foi até estranho ele conseguir receber a bandeirada com 4 segundos e meio de vantagem para o 2º colocado, o brasileiro Diogo Moreira, que fez uma baita corrida. Largando em 3º, conseguiu terminar a primeira volta na liderança, mas um erro na pista molhada (felizmente sem tombo) o jogou lá para a 11ª posição. Ele esfriou a cabeça, se focou na corrida e no trabalho que teria passando os adversários e conseguiu um ótimo 2º lugar. O lugar mais baixo do pódio foi ocupado por Andrea Migno, outro que lidou muito bem com as condições adversas do clima. A Moto2 geralmente é uma categoria com disputas menos intensas pela liderança, mas esse não foi o cenário que encontramos na Argentina: os e primeiros colocados se destacaram do pelotão e duelaram intensamente entre si, com Tony Arbolino se impondo sobre os demais e ficando com o degrau mais alto do pódio. Foi acompanhado por Alonso Lopez na 2ª posição e por Jake Dixon em 3º. As emoções da MotoGP já começaram no sábado, com a corrida Sprint. Nessa prova curta quem brilhou foi Brad Binder, que fez uma largada simplesmente excepcional com sua KTM e, de 15º no grid, encerrou a primeira volta na 4ª posição. A partir daí, já na quarta volta estava na liderança e lá conseguiu se estabelecer até a bandeirada. Foi acompanhado no pódio pelos dois pilotos da equipe do Valentino Rossi, com Marco Bezzecchi literalmente nos seus calcanhares em 2º e Luca Marini um pouquinho atrás em 3º. Morbidelli fez um ótimo trabalho levando a Yamaha ao 4º lugar. Já no domingo o grid de largada era o mesmo (aliás, estranho esse negócio do mesmo grid servir para a Sprint e para a corrida longa; a Sprint poderia definir a posição de largada pra prova principal, espero que os organizadores pensem nesse aprimoramento) mas as condições climáticas diferentes. E com a pista molhada e escorregadia quem brilhou foi Bezzecchi, que assumiu a liderança na primeira volta e não foi mais incomodado. Simplesmente ninguém mais na pista tinha ritmo pra acompanhar o jovem italiano, que com o segundo lugar do sábado mais a vitória do domingo, contando com o proverbial azar do Bagnaia (que caiu sozinho quando estava na 2ª posição, voltou à pista mais terminou em 16º, fora da zona de pontuação), saiu da terra do churrasco na liderança do campeonato. Com Bezzecchi (VR46) isolado na frente, a disputa pelas outras posições era real, e quem conseguiu se impor aos demais do pelotão na busca pelo 2º lugar foi Johann Zarco (Pramac), que superou por pouco Alex Márquez (Gresini), fazendo o espanhol ter de se contentar com o degrau mais baixo do pódio. Sim, é isso mesmo que vocês leram: 3 Ducati de equipes independentes dominando o pódio. E dentre os 10 primeiros, 6 Ducati de equipes independentes, com as Yamaha oficiais em 4º e 7º, respectivamente Morbidelli e Quartararo, a KTM de Jack Miller em 6º e a Honda LCR de Rins em 9º. Na chuva argentina, lavada das equipes com Ducati.

 

A Fórmula Um foi até a Austrália para um dos mais deprimentes espetáculos já propiciados pelos Deuses do Olimpo, ops, comissários de corrida e direção de prova. Michael Masi, onde quer que estivesse esse final de semana, deve ter gargalhado horrores ao verificar que demitiram ele para colocar alguém tão ruim ou pior ainda... a gota d’água foi o posicionamento do Max no colchete de largada na última relargada. Quer dizer que alinhar para o lado (Alonso) não pode e é punido, mas alinhar PRA FRENTE (Max) pode? Não precisa explicar, eu só queria entender... tão ruim quanto a atuação dos comissários foi o Rueda, estrategista “dedo nervoso” da Ferrari que, em algum lugar do seu trato intestinal, achou que seria uma excelente ideia chamar para trocar os pneus médios pelos duros faltando ainda 50 voltas para o final. Enfim, na minha próxima encarnação quero ter um “networking” poderoso como o desse cidadão, pois apenas um bem aplicado lustro no “corrimão do sucesso” explica a permanência desse elemento no cargo. De qualquer maneira, a vida cobra, e os pangarés de Maranello saíram sem ponto algum de Melbourne. Tenho dó não. Vitória de Max Verstappen, com Hamilton em 2º e Alonso mais uma vez em 3º, arrancando ótimo desempenho do seu Aston Martin. Stroll chegou em 4º, à frente de Pérez, que não conseguiu ir adiante da 5ª posição com seu poderoso Red Bull. De maneira para mim surpreendente Norris conseguiu levar o McLaren aos pontos, terminando em 6º, assim como seu companheiro Piastri, que na corrida de casa marcou seus primeiros pontos terminando em 8º; a partir daí foi (no titulo de um dos clássicos do cinema italiano) a classe operária indo ao paraíso, com Hülkemberg (Haas) em 7º, Zhou (Alfa Romeo) em 9º e Tsunoda (Alpha Tauri) em 10º. Agora é torcer para a próxima corrida ser menos patética em termos de decisões da torre de controle...

 

A Indy foi até o Texas para correr em uma das pistas favoritas da NASCAR (inclusive a Truck series correu lá também esse final de semana e teve big one na chegada) para uma corrida que foi melhor do que se esperava. O novo pacote aerodinâmico, com um pouco mais de pressão, compensou a necessidade dos pilotos desviarem das faixas superiores das curvas, onde o pessoal da NASCAR aplicou aquele composto de pista de arrancada para dar um pouco mais de aderência... e que funciona na NASCAR, não com monopostos, onde esse composto torna a pista extremamente escorregadia. E assim como no ano passado, Josef Newgarden mostrou que possui um sexto sentido para estar no lugar certo na hora certa. Ano passado ele ultrapassou para a vitória na saída da última curva. Esse domingo ele alcançou a liderança instantes antes de Grosjean acertar o muro e chamar a bandeira amarela e o pace car na penúltima volta da prova. Antes do pace car entrar na pista, Newgarden, O’Ward e Palou disputavam energicamente as primeiras posições em uma prova que teve 27 trocas de liderança, a maioria das vezes envolvendo esses 3 pilotos, com ocasionais aparições de Dixon, Herta e Grosjean. Uma ótima corrida, melhor que a média apresentada pela categoria nessa pista. Não sei o que o Shrek comentará, mas dessa vez achei que a Bia Figueiredo deixou a gente sentir saudades do Rodrigo Mattar... o excelente Gefferson Kern sofreu um pouco com os comentários “emocionados” ali ao lado, diria que a Bia esteve em um dia de Felipe Giaffone. Fosse na pista isso seria um elogio, na cabine de transmissão não.

 

E o pessoal da cabine de transmissão não foi um problema na corrida da NASCAR em Richmond, ao menos o pessoal do link que peguei pra poder assistir ao vivo (já que o CdM não consegue ter uma transmissão assistível no próprio site e na hora da corrida estavam passando campeonato regional de futebol para o país inteiro) fez uma narração técnica, utilizando de expressões que denotassem emoção apenas e tão somente quando as condições da corrida assim o requeressem, não o tempo todo e a qualquer hora como é o padrão tapuia. A corrida foi aquilo que se espera de uma prova em oval curto (no caso, ¾ de milha), ou seja, disputada quase no tapa. Primeiro segmento ficou com William Byron, seguido por Larson e Chastain. No segundo os carros da Toyota começaram a ir mais pra frente e a vitória ficou com Denny Hamlin, seguido pro Christopher Bell. Parecia que essa seria a prova para a Toyota se recuperar de um começo de temporada não exatamente auspicioso, mas na parte final da prova o pelotão Chevrolet voltou ao ataque, e Kyle Larson teve condições de garantir sua primeira vitória do ano. A surpresa ficou no segundo lugar da corrida: Josh Berry, que substituiu o contundido Chase Elliott no carro #24, conseguiu sua melhor colocação da carreira na categoria. Em 3º chegou o garoto melancia, Ross Chastain, seguido pelo melhor Toyota da prova (o de Christopher Bell) na 4ª posição e com o mais bem sucedido Ford da etapa, o de Kevin Harvick, encerrando o Top-5. Próxima semana é a corrida de terra em Bristol, portanto vão preparando seus VPNs pois se o CdM passar vai ser um VT quase à meia noite...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Monday, 03 April 2023 09:17 )