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NASCAR em Talladega, F-E em Berlim, Superbike em Assen e Stock Car em Sampa PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 24 April 2023 08:18

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que felizes e saudáveis. Esse foi um final de semana proveitoso, com certeza. Muita ação nas pistas, seja sobre 4 ou 2 rodas, e nossa alegria esteve garantida.

 

Vamos começar com a Fórmula E, que teve rodada dupla na bem desenhada pista do antigo aeroporto de Tempelhof (cada vez que vejo aquela área transformada em parque imagino o que teria virado se ao invés de um país civilizado estivesse na Banânia... provavelmente espaço dividido entre torres de apartamentos e shopping center), pista aliás com mais pontos de ultrapassagem que as pistas padrão do selvagem país supracitado. No sábado deu dobradinha da Jaguar, com Mitch Evans na frente de Sam Bird e Max Günther na terceira posição com seu Maserati. Os brasileiros ficaram em 11º (Lucas di Grassi) e 16º (Sérgio Sette Câmara). Pessoal estava empolgado na pista, e pedaços de carenagem ficaram espalhados pela pista, levando a intervenções do safety-car. Assim como no sábado, a corrida do domingo também foi bem disputada e atrativa (no geral, pista boa produz corrida boa), novamente com belas disputas e ultrapassagens. Dessa vez quem se deu melhor na pista, após aquelas que – muito provavelmente – foram as melhores 4 voltas finais de uma corrida de Fórmula E, foi Nick Cassidy, da Envision – Virgin, que se impôs ao carro da Andretti pilotado por Jake Dennis, que teve que se contentar com a segunda posição. Completando o pódio apareceu Jean-Eric Vergne, da DS Penske. Novamente os brasileiros ficaram fora da zona de pontuação, com Lucas di Grassi na 12ª posição e Sérgio Sette Câmara na 15ª.

 

A Stock Car veio até São Paulo para a primeira de 3 etapas planejadas para o Autódromo José Carlos Pace, e apesar de vocês terem uma descrição muito mais completa do evento na coluna do Shrek não me furtarei a uma pincelada a respeito do assunto. Na primeira corrida, domínio absoluto de Gabriel Casagrande, que largou na pole, conseguiu se defender bem na primeira volta, largou novamente muito bem após a intervenção do safety-car, contou com um eficiente trabalho da equipe na parada nos boxes e foi para o degrau mais alto do pódio, abrindo um sorriso no rosto dos seus chefes Andreas Mattheis e Mauro Vogel. Na segunda posição na pista terminou Cesar Ramos, mas ele recebeu uma punição de 20 segundos por conta da maneira como a equipe o liberou no pit stop, que os comissários (sempre eles...) consideraram insegura, caindo para o 11º lugar, e oficialmente a 2ª posição ficou com Guilherme Salas, com Bruno Baptista em 3º. A segunda corrida foi tão boa quanto a primeira, e contou com a vitória de Ricardo Maurício, que soube se aproveitar muito bem da pole conquistada no grid invertido e se manteve na liderança enquanto as disputas por posição atrás dele eram bem acirradas. Uma coisa que as equipes brasileiras precisam aprender com as do primeiro mundo é a utilizar a fita adesiva pra reparar o capô dos carros. Tentaram reparar assim o capô do carro do piloto que quer ser campeão de Fórmula Um via fax, mas não deu certo e ele teve que retornar para os boxes com o capô novamente aberto. Ricardo Zonta fez algumas voltas de maneira pouco ortodoxa, sem a porta direita, mas acabou sendo chamado para os boxes e perdeu mais posições ainda. Desta vez sem interferência dos comissários, o pódio ficou com Ricardo Maurício em primeiro, Rafael Suzuki em 2º e Gaetano di Mauro em 3º.

 

O Mundial de Superbike foi até a “catedral do motociclismo”, a histórica pista holandesa de Assen, para assistir a mais uma exibição de gala de Alvaro Bautista, que não deu chances para ninguém: venceu a corrida do sábado, venceu a corrida curta que define a pole para o domingo, e venceu a corrida do domingo. Nem é o caso de dizer que ele tem uma moto superior às outras, tanto que a quantidade de Ducatis no Top-10 nem é aquilo tudo; o problema (para os adversários) é que a moto se encaixou como uma luva, ou um terno feito por um alfaiate de renome no estilo de pilotagem dele, e ele acaba dominando as corridas de uma maneira que parece ter um equipamento muito superior. No sábado ele foi acompanhado no pódio por Rea (Kawasaki) na 2ª posição e por Toprak (Yamaha) na 3ª, e no domingo (prova que já teve adrenalina mesmo antes da largada, com Alex Lowes saindo da pista e quase ficando atolado na brita por conta de um problema na sua moto; conseguiu levar de volta para os boxes, a equipe consertou rapidamente, mas ao invés de largar em 4º ele teve que largar no fundo do pelotão e ainda conquistou a 9ª posição) Bautista foi acompanhado no pódio por Toprak na 2ª posição e Locatelli, companheiro de Toprak na Yamaha, na 3ª posição. Esse triunfo marcou a 40ª vitória de Bautista na categoria e a 400ª vitória da Ducati no Mundial de Superbike, categoria à qual a equipe se dedica desde a criação da mesma.

 

E após duas pista muito curtas, a NASCAR foi até a maior pista da temporada, o oval de Talladega, onde além das filas de carros andando grudados outro evento muito esperado são os “Big Ones”, e os pilotos não deixaram o público decepcionado: teve Big One sim senhor! E para desagrado da torcida do Alabama quem venceu, fazendo uma aposta bem alta no consumo de combustível, foi o nativo de Las Vegas, terra das apostas, Kyle Busch. Ele nem tentou fazer o burnout para comemorar a vitória, tão pouco era o combustível que restava no tanque. Como de hábito em Talladega, as emoções ficaram para as voltas finais, com o 1º segmento vencido por Chase Elliott e o 2º segmento nas mãos de Aric Almirola. Claro que nas voltas finais o pessoal quer decidir tudo de qualquer jeito, e claro que tivemos prorrogação por conta de “mid ones” e Big Ones, o último já após a bandeira branca. Em 2º chegou Ryan Blaney, que foi quem tocou no carro de Bubba Wallace na luta pela liderança e causou o último acidente da corrida; em 3º chegou o promissor Chris Buescher, em 4º Chase Briscoe e fechando o Top-5 chegou o patrão do Buescher, Brad Keselowski. Próxima semana será numa pista que os pilotos em geral adoram, eu nem tanto assim: Dover, a “Milha Monstro”... vamos ver o que nos aguarda.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.