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Chegou o Super May! / McLaughlin vence o duelo de estratégias e triunfa em Barber PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 05 May 2023 13:29

Oi amigos, tudo bem?

 

Como vocês viram, no último domingo tivemos muitos problemas na etapa de Birmingham do NTT IndyCar Series, mas isso faz parte. Nós da Meyer Shank Racing não entramos na pista para outra coisa que não seja a vitória, mas nem sempre todo o esforço é recompensado com um bom resultado. Longe de desanimar, temos de descobrir como resolver os problemas e seguir em frente.

 

Apesar desse início difícil de campeonato, o legal é que já estamos em maio, o mês mais importante do calendário da IndyCar. É tão especial que recebe um adjetivo pra lá de pertinente, que é Super May. 

 

Nenhum evento do nosso calendário é mais grandioso do que a Indy 500, que esse ano será no dia 28 de maio. É um mês em que a gente fica praticamente o tempo todo em Indianapolis, numa sequência que começa com o Indy GP, segue com o Pole Day e termina com a maior prova do automobilismo mundial.

 

Para mim, será o 23º ano consecutivo participando desse evento mágico, que definitivamente transformou a minha vida desde que corri em Indianapolis pela primeira vez, em 2001. De lá para cá, o Indianapolis Motor Speedway tem sido o principal palco de minha carreira, de tal modo que sou o único felizardo com chances de conquistar a quinta vitória na Indy 500. 

 

Obviamente que é uma tarefa muito difícil, tanto que jamais algum piloto conseguiu essa marca. São tantas as circunstâncias que precisam estar firmemente conjugadas para que uma vitória na Indy 500 se concretize, que quando olho para trás e vejo que já venci quatro, uau, é como se fosse um sonho.

 

Mas para um sonho se transformar em realidade é preciso muito trabalho, muita dedicação e uma entrega pessoal tão grande que é difícil traduzir em palavras. Mas nenhum sacrifício supera a emoção de vencer em Indianapolis. Sim, é verdade, é mais uma prova do campeonato, mas para ser totalmente honesto com vocês, não trocaria uma única vitória na Indy 500 por um título da categoria.

 

Não me entendam mal. Dou muito valor pelo título e continuo buscando o meu primeiro, mesmo com todas as dificuldades que tenho enfrentado nesse início de ano na Meyer Shank Racing. Mas uma coisa eu posso dizer com toda a certeza do mundo. Nada existe que se compare a vencer a Indy 500.

 

Todo esforço é válido, inclusive manter o carro guardadinho o ano todo para ser usado apenas uma vez na temporada. Foi assim com o carro de 2021, que segue recebendo todos os mimos possíveis para chegar tinindo em Indianapolis.

 

Sou uma pessoa feliz. Deus me deu esse presente de poder fazer aquilo que mais amo desde que era criança e continuo a fazer, mesmo passados tantos anos, com o mesmo prazer e vontade de vencer.

 

Enquanto eu me sentir competitivo, amando pilotar carros de corrida e com essa disposição de menino, vou continuar buscando, cada vez mais, nova vitória em Indianapolis. Seja como for, quero poder estar na Indy 500 por muitos anos mais, sempre lutando por aumentar mais um anel na minha coleção. 

 

É isso, amigos, quero poder, ao longo desse mês especial, dividir com vocês tudo o que acontece em Indianapolis. Abraço a todos e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá amigos leitores,

 

O autódromo de Barber encanta a todos os fãs da IndyCar Series não apenas por sua beleza, mas pelo que exige dos pilotos e equipes para que se tenha êxito ao final do final de semana em que eles vem para o doce estado do Alabama, embora ao final da tarde do domingo, um sabor amargo irá tomar a boca de muitos após o final da corrida.

 

A mais importante das características que Barber proporciona aos pilotos e desafia as equipes é a possibilidade de se trabalhar com diferentes estratégias de corrida e, dependendo do que acontecer – ou não – durante a corrida, a decisão tomada pelos estrategistas pode resultar em um grande resultado, inclusive a vitória, ou jogar por terra todo o trabalho feito no final de semana.

 

A primeira volta da corrida contou com um ataque de Pato O'Ward, que tentou tirar o P2 de Alex Palou, mas Palou se manteve firme e ficou perto da caixa de câmbio do pole position Romain Grosjean. Felix Rosenqvist foi atingido na curva 2 e girou, caindo para trás. Atrás deles, Rinus VeeKay subiu para P7 de P9 e Colton Herta melhorou de P14 para P9 na volta 4. Todos os três pilotos da Penske começaram com os pneus duros, mais lentos e, como tal, Scott McLaughlin foi vítima de Scott Dixon, que tirou o P4 dele . Jack Harvey, que começou P24, era o P27 e último.

 

 

Na volta 8 e Grosjean abria 1,2s para Palou. O'Ward está 2,2s atrás em terceiro. O líder do campeonato, Marcus Ericsson, não havia melhorado sua posição inicial P13 na volta 10. Josef Newgarden foi o primeiro a ir para os boxes na volta 14 para trocar os pneus duros por macios deixando clara sua estratégia de três paradas (estratégia semelhante a do ano passado, que não deu certo). Alexander Rossi subiu para o oitavo lugar na volta seguinte para fazer o mesmo. Na frente Grosjean seguia à frente de Palou por 0,9s na volta 15; O'Ward estava 1,8s atrás.

 

McLaughlin parou no final da volta 15 para fazer a mesma troca de pneus que seus companheiros de equipe, juntando-se aos companheiros Josef Nwegarden e Will Power, com os três pilotos da Penske se comprometendo a três paradas.  Na volta 20 e Grosjean tinha 1,3s sobre Palou e 1,8s sobre O'Ward; Dixon estava 2,7s atrás na P4. Rinus VeeKay estava 7,0s atrás na P5. O melhor piloto entre eles com pneus duros era Christian Lundgaard na P7, 8,2s atrás de Grosjean, mas nessa altura, os carros com pneus duros começam a levar vantagem sobre os equipados com pneus macios. Lundgaard leva P6 de Colton Herta na volta 21.

 

Rinus VeeKay era o próximo na lista de alvos de Lundgaard, subindo para 5º lugar na volta 22; Kyle Kirkwood faz o mesmo com Herta, tirando seu companheiro da Andretti da P7. Ericsson foi o próximo a ultrapassar Herta, conquistando a oitava posição na volta 23. Os pneus macios de Colton Herta estavam em péssimo estado. Romain Grosjean estava no controle na volta 25 com 1,5s sobre Palou e 2,5s sobre O'Ward. Eles estão um ritmo de corrida cuidando dos pneus e economizando combustível para fazer uma estratégia de duas paradas funcionar. Atrás deles, Kirkwood e Ericsson superam VeeKay, melhorando para P6 e P7. Herta caiu para P10 depois que Simon Pagenaud o superou.

 

Volta 26 e Newgarden já estava na P10 e apenas 17s atrás de Grosjean num ritmo impressionante, mas seria suficiente para superar um pit stop extra? Volta 28 Colton Herta finalmente vai aos boxes colocar pneus duros. Ele teria que fcar mis tempo na pista antes ou depois de sua próxima e última parada, torcendo por uma bandeira amarela pra fazer sua estratégia dar certo. Josef Newgarden já estava em 8º lugar e na volta 29 e Lundgaard entra para por pneus macios. VeeKay colocou pneus duros.

 

Volta 30 e O'Ward e Dixon param. Grosjean e Palou estão no final da volta 30 e vimos uma longa parada para Palou dar a Grosjean uma grande diferença ao retornar pra pista. O'Ward tirou o lugar de Palou fazendo bom uso de seus pneus já aquecidos. Lundgaard é arrojado para forçar na última curva e superar Scott Dixon. Os carros Ganassi estão perdendo no início do segundo stint. Na volta 34 os líderes são os que optaram por três paradas com Newgarden, McLaughlin, Rossi, Power e Rosenqvist sendo os cinco primeiros. Grosjean é o próximo e o primeiro dos que estavam na estratégia de duas paradas, em sexto, 15,3s atrás de Newgarden. O'Ward está 2,2s atrás de Grosjean.

 

Malukas, que tinha passado O’Ward levou a P6 de Grosjean e Grosjean estava 22,2s atrás de Newgarden, pondo em risco a estratégia de duas paradas. Na volta 37 o atrevido McLaughlin assume a liderança de Newgarden, que vai para os boxes  em sua segunda parada e coloca pneus macios. Na volta 38 o carro de Sting Ray Robb fica parado fora da pista, na parte interna de uma das curvas. Bandeira amarela e Safety Car na pista. Praticamente todos foram aos boxes pouco antes destes serem fechados! McLaughlin, Rossi, Power, Rosenqvist e Malukas levaram uma boa vantagem com isso.

 

 

Após as paradas, tínhamos Grosjean liderando, seguido de McLaughlin, O'Ward, Palou e Lundgaard quando tivemos a bandeira verde na volta 43. Lundgaard atacou Palou para ganhar a P4. Volta 44 e Power tirou P8 de Rossi. No meio da volta 45, Grosjean tinha 0,5s sobre McLaughlin, 2,5s sobre O'Ward, 3,3s sobre Lundgaard e 4,1s sobre Palou. O líder do campeonato Ericsson era P12. Volta 48 e Castroneves saia de pista pela terceira vez neste fim de semana. Grosjean e McLaughlin começaram a se destacar dos outros; separados por 0,9s na volta 52, com O'Ward, em terceiro, 6,7s atrás e Lundgaard  7,6s atrás em P4. A diferença aumentava e na volta 54 e O'Ward está 7,5s atrasado. Volta 60, 2/3 da corrida e Grosjean estava 2,6s à frente de McLaughlin, enquanto O'Ward está 11,1s atrás.

 

Grosjean parou no final da volta 60, assim como O'Ward, já que ambos tinham pneus duros. Volta 62 e Palou e Dixon e Kirkwood pararam e puseram pneus duros. Dixon era atacado por Newgarden, que estava segurando o pelotão, pouco antes de parar. Newgarden perdeu mais algumas posições como resultado. Na volta 63, McLaughlin liderava com Grosjean 27,5s antes de sua última parada. O piloto da Penske volta na frente de Grosjean, mas com pneus frios, não conseguiu manter-se à frente do piloto da Andretti, que retomou a liderança na última curva enquanto eles bateram levemente as rodas. Movimento magistral da corrida. Na volta 66 e Power deixava a liderança para sua terceira parada. O resto dos que fariam três paradas deixariam o caminho aberto da briga pela vitória entre Grosjean e McLaughlin.

 

Grosjean não tem margem de conforto, pois McLaughlin, com apenas 0,3s atrás, economizando combustível ir até o final na volta 70. Ele também estava sem push-to-pass, enquanto McLaughlin ainda tinha 29s para usar... mas nem precisou de muito esforço. Na volta 72 Grosjean erra, espalha na curva 5 e deixa livre o caminho para McLaughlin, que usou o push-to-pass para garantir uma vantagem segura e não ser atacado nas curvas seguintes. McLaughlin tinha a corrida na mão naolta 80 enquanto Grosjean via Will Power se aproximar, tendo tirado 10,0s de diferença.

 

 

Will Power deu o seu melhor, mas não teve o suficiente para passar por Grosjean. McLaughlin conquistou sua quarta vitória na IndyCar com uma diferença de 1,7s para Grosjean e 3,2s sobre Power, enquanto a Penske conquistava sua segunda vitória do ano e a Chevy também. Desta vez a estratégia de três paradas da equipe Penske deu certo e eles colocaram dois pilotos no pódio. Agora era hora de virar a página e pensar no Super May em Indianápolis.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Saturday, 06 May 2023 09:01 )