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F-E em Mônaco, Superbike em Barcelona e F1 em Miami sonolentas. NASCAR chata! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 08 May 2023 09:57

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que bem e saudáveis. Sei que a OMS decretou o fim do estado de pandemia mundial, mas não descuidem das vacinas, afinal o vírus ainda está circulando por aí. O que não teve vacina que desse jeito foi a qualidade das corridas desse final de semana. Pra terem uma ideia, as duas melhores foram da Fórmula E em Mônaco e o Mundial de Superbike na sonolenta pista de Montmelò. As duas da tarde de domingo foram bem abaixo do que se poderia esperar, ajudadas pelas pistas, que não ajudam a produzir corridas boas. Enfim, é o que tivemos e o material que tive para produzir a coluna. Não é fácil produzir uma boa coluna com material ruim, mas como de costume fiz meu melhor para vós.

 

Começando com a Fórmula E, que foi para Mônaco andar na mesma pista que a Fórmula Um e não fez feio. Eu até diria que, como o tamanho dos carros elétricos é menor que os da categoria máxima de monopostos, se adaptaram melhor às estreitas ruas do principado. E exceção feita para os pilotos brasileiros, a corrida foi bem interessante. O show ficou por conta de Nick Cassidy, que largou lá em nono e em 7 voltas já estava em segundo. E pelo desempenho mostrado, merecidamente a vitória ficou com ele, ainda que com uma certa ajuda das diversas bandeiras amarelas decretadas pelo pessoal muito emocionado atrás do volante. Em 2º chegou Mitch Evans, e o degrau mais baixo do pódio ficou com Jake Dennis. Curiosidade da etapa: dessa vez os pilotos foram logo em busca do modo ataque, etapa anterior teve gente que deixou pro final e se deu mal, então nessa já procuraram se desincumbir da tarefa logo. Brasileiros? Terminaram em posição pior do que largaram. Di Grassi chegou em 13º e Sette Câmara em 15º. Câmara tem desculpa para isso, di Grassi – sendo o piloto mais experiente da categoria – não.

 

Este final de semana o Mundial de Superbike foi até a pista de Montmelò, na periferia de Barcelona, para mais uma etapa. Mesmo a pista não sendo lá aquelas coisas, as corridas foram boas. No sábado, a tranquila vitória de Bautista foi acompanhada dos belos duelos entre Toprak (que conquistou a 2ª posição) e Rea, 3ª lugar quase grudado no escapamento do Toprak, além da ótima disputa pelo 4º lugar entre Aergeter e Locatelli, com vantagem desse último. No domingo a corrida principal (bom avisar, já que as posições de largada são definidas numa corrida curta chamada “Super Pole”) teve novamente vitória do Bautista, com uma margem menor de vitória dessa vez... mas dessa vez a surpresa foi Michael Rinaldi na 2ª posição por grande parte da corrida, e assim foi até duas voltas do final, quando Rinaldi conseguiu perder uma vantagem de pouco mais de 3 segundos em 2 voltas e na última curva deixou passar a oportunidade de uma dobradinha da equipe oficial da Ducati, para a felicidade de Toprak, que estava quase se conformando com a 3ª posição e ganhou essa oportunidade de ouro para chegar em 2º. Pior que perder 3 segundos em 2 voltas e uma posição foi a desculpa esfarrapada do Rinaldi na entrevista depois da corrida... isso sim foi terrível.

 

E a Fórmula Um foi até Miami para aquela que tem o potencial para ser a pior corrida do ano. Carros enormes e uma pista contornando um estádio não tem muita chance de dar certo, ainda mais quando se tem uma equipe só com condições de disputar a vitória. Momentos de brilho apareceram aqui e ali, mas no cômputo geral a corrida foi, digamos, nota 3,25/10. Pior que a corrida, só as fases da McLaren e da Ferrari. Ferrari talvez nem seja tanto o carro, que tem problema crônico de falta de velocidade em reta apenas pouco menor que o da Mercedes, mas os pilotos também não ajudam. Sainz Jr. passa de ano na média, e Leclerc quando está inspirado é grandioso... o problema é que falta inspiração para ele aos domingos. De vez em quando acontece da inspiração vir nesse dia, mas no geral não. Até Pérez tem mais domingos inspirados do que Leclerc. A corrida... bem, Pérez largou na pole e lá na frente ficou até que aparecesse quem efetivamente tivesse condições de tirar a liderança dele: Max Verstappen, que largou em 9º e veio galgando posições sem grande dificuldade em uma pista que não favorece exatamente as ultrapassagens, mas juntando o talento com a superioridade absoluta do carro em relação aos demais a tarefa foi fácil a ponto de conseguir fazer ultrapassagem dupla na reta dos boxes. Então a dobradinha da Red Bull com Max na frente foi absolutamente previsível. Como não foi uma surpresa termos Fernando Alonso em 3º, já que mesmo ele sendo o piloto com maior idade do grid (e nessa categoria a idade pesa mais que na Indy ou na NASCAR) ainda é melhor que pelo menos 3/4 do grid atual. E para piorar o trio da narração não soube o momento de parar com as “piadinhas” (entre aspas, por não terem graça alguma) envolvendo a série de filmes “Velozes e Furiosos”. Furioso só o espectador com QI superior a 50 que lá no meio da corrida não aguentava mais as gracinhas tão sem graça que chegavam a ser desgraçadas. Enfim, melhor do que aguentar Galvão Bueno. Não muito, é verdade, mas ainda é melhor.

 

E por falar em pista chata, a NASCAR foi até “Carry On My Wayward Son” para mais uma etapa. Pelo jeito, apesar de não falarem em frente aos microfones, nem os pilotos estavam muito empolgados em estar lá e queriam ir embora o quanto antes, haja vista a quantidade de toques entre os pilotos, e inclusive um princípio de discussão de ideias mais incisiva entre Gregson e Chastain. Chastain deve estar preparando o lançamento de seu livro “Como Fazer Inimigos e Irritar as Pessoas”, haja vista a quantidade de desafetos que ele colecionou nos últimos tempos. O melhor comentário a respeito do incidente, como sempre, veio da internet: na página da NASCAR no Instagram um rapaz comentou “Quando o garoto Amish encontra o plantador de melancias”... fica melhor em inglês, idioma original do comentário, mas tá valendo. Primeiro segmento ficou com Denny Hamlin, o segundo foi para as mãos de Joey Logano, e o princípio do ultimo segmento indicava uma possibilidade considerável de vitória do Logano, já que ele ficou naquela posição de vácuo dos líderes pronto para o ataque, mas logo os carros da Hendrick foram pra frente, junto com Hamlin. E por pouco mais de 40 das voltas finais Hamlin ficou “cozinhando” o Larson, para de maneira inteligente dar o bote na volta final, e com um toque maroto ele tirou o Chevrolet do caminho para levar seu Toyota à vitória. Segundo Hamlin, foi obra do “side drafting”, o vácuo lateral. Larson ainda conseguiu se recuperar o suficiente para receber a bandeira quadriculada em 2º. Em 3º chegou William Byron, que se recuperou monumentalmente de uma penalidade que o fez perder 2 voltas... ajudado, é claro, pela empolgação dos colegas de profissão em se tocarem e chamarem intervenções do pace car. Na 4ª posição ficou Bubba Wallace, e o Top-5 se encerrou com o Mr. Simpatia Ross Chastain.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.