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Já acelerando na Racing Capital of the World / Andretti para o alto e além da Fórmula 1 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 12 May 2023 14:21

Oi amigos, tudo bem?

 

Nesta sexta-feira, 12, estamos começando oficialmente a programação da grande jornada de maio no Indianapolis Motor Speedway. O primeiro compromisso é no misto permanente, onde no sábado, 13, cumpriremos a quinta etapa do NTT IndyCar Series com o Indy Grand Prix. A corrida começará às 16:30, no horário do Brasil, e terá 85 voltas.

 

Essa prova é um desafio porque o período de preparação é pequeno. Teremos duas sessões de treinos e o Qualifying na sexta-feira. No dia seguinte, Warmup e corrida. Depois disso, começa a preparação para a Indy 500.

 

O fato de a gente disputar duas corridas tão diferentes, mas no mesmo local, implica em muita organização e logística incrível. E tudo é feito com muita rapidez. Ao final da corrida no misto, começa uma grande transformação e já no dia seguinte não há um vestígio sequer da disputa do sábado. 

 

Essa mudança acontece nas pistas, na estrutura e também nas equipes. Não é o caso da gente, na Meyer Shank Racing, mas muitas equipes possuem contratos específicos de patrocínio para a Indy 500. Assim, muda tudo: decoração das garagens e pits, layout dos carros, uniformes de todos no time, incluindo macacões dos pilotos e por aí vai. Além disso, nos carros há todo o trabalho necessário para as atividades no oval, que não tem nada a ver com o que se faz para o misto. 

 

 

No meu caso, como tenho um carro específico para a Indy 500, esse acerto já começou na fábrica tendo como base não apenas as provas dos anos anteriores, mas também o que foi possível colher no Open Test de abril. Mas será mesmo durante a semana que vem que vamos desenvolver os acertos para classificação e corrida. Teremos treinos livres entre terça-feira, 16, e sexta-feira, 19, num total de 23 horas.

 

No final de semana, alternaremos treinos livre e Qualifying, de modo que ao final do domingo, 21, já estarão definidas as posições de largada dos 33 pilotos que estarão na Indy 500, do dia 28. Depois disso, antes da corrida, teremos apenas dois treinos para afinar o acerto. 

 

Na coluna da próxima semana, já poderei contar como nosso carro se comportou nos treinos livres e o que esperar do Qualifying, mas vou ser honesto com vocês, minha principal meta é preparar o carro para a corrida. Não preciso dizer o quanto é importante para mim a Indy 500 e ainda tenho dedos sobrando para colocar mais anéis.

 

Para terminar, dia 10 agora completei 48 anos. Fiquei muito feliz e só posso agradecer tantas manifestações de carinho. Estou me sentindo um jovenzinho e, com certeza, tenho muitos anos ainda pela frente para acelerar e continuar fazendo o que mais amo na vida, que é ser piloto de corrida. 

 

Sim, é verdade, uma hora vou ter de parar, afinal, é parte inevitável da vida, mas tenho cá com meu botões que essa hora vai demorar muito para chegar.

 

Grande abraço a todos, fiquem ligados no Indy GP de sábado e até semana que vem, em plena preparação para a Indy 500, a maior prova do mundo!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá amigos leitores,

 

Estamos todos de olho no Super May, que começa neste próximo final de semana com a corrida no misto de Indianápolis, uma ação prévia à Indy500.

 

A corrida, que é disputada em um traçado que foi deito para que o Indianápolis Motor Speedway, acabou servindo como gancho para questionarmos Michael Andretti sobre como andam os planos para o desembarque da Andretti Global INC no mundo da Fórmula 1 e em uma rápida entrevista que consegui fazer por telefone, as suas colocações a respeito dos planos futuros foram impressionantes.

 

Michael Andretti disse que sua ambição contínua de trazer a Andretti Global para o grid da Fórmula 1 faz parte de um plano muito maior e que seu desejo é replicar uma das maiores histórias de sucesso na América do Norte. Para os leitores que tem pouco conhecimento sobre como funciona o automobilismo norte americano, há alguns anos foi criado um programa chamado “Road to Indy”, com três categorias – USF2000, USF PRO e Indy Lights – onde os pilotos seguiriam um caminho de formação para chegar à IndyCar Series, em que o vencedor de uma categoria de acesso tinha a temporada seguinte bancada pela organização na categoria acima. Atualmente o programa tem quatro estágios: USF Jr., USF 2000, USF PRO e Indy NXT (novo nome para a Indy Lights.

 

 

Através da equipe Andretti Autosport, com sede em Indiana, o campeão da CART IndyCar Series de 1991 esteve entre os participantes mais prolíficos nas corridas júnior, ganhando vários títulos de pilotos e equipes nos USF Championships, que tem um pacote robusto de patrocinadores envolvendo a Cooper Tires e Indy NXT pela Firestone. Se a Andretti Global for autorizada a entrar na F1, ele diz que uma nova escada de treinamento europeia será estabelecida usando a fórmula que ele desenvolveu para trazer nomes como Colton Herta, Pato O'Ward, Kyle Kirkwood e inúmeros outros até a IndyCar.

 

O projeto de Michael Andretti é bem ambicioso, onde seria criada uma sede fixa na Inglaterra, onde ficará estruturada a oficina de engenharia para a equipe de Fórmula 1. Caso a entrada na Fórmula 1 for assegurada, o projeto da Andretti Global – que já está presente na Fórmula E – é montar também equipes nas categorias de acesso à Fórmula 1 na Europa, nomeadamente na Fórmula 2 e  Fórmula 3. Tendo equipes nessas categorias vai ficar mais fácil controlar e permitir o acesso de pilotos norte americanos (ou não) através do sistema, porque assim você saberá que tipo de equipamento eles têm e como estão sendo tratados.

 

 

Uma das partes difíceis de avaliar o talento da próxima geração vem com a compreensão das vantagens ou dificuldades que um piloto experimenta nas várias equipes nas categorias de treinamento de roda aberta. Como ele conseguiu na USF e no NXT, Andretti gostaria de remover essas questões criando um pipeline interno de sua própria autoria. Para Michael Andretti, é difícil avaliar os pilotos que estão subindo na classificação por lá. O que o empreendedor norte americano vê é que um piloto com mais recursos financeiros, um forte pacote de patrocínio, acaba recebendo um tratamento melhor do que um piloto que tenha mais talento, mas não tenha o volume de recursos do outro piloto. Andretti deixa claro que as coisas não serão feitas desta forma neste projeto na Europa porque não é assim que as coisas são feitas nos Estados Unidos.

 

Vencedores de três dos últimos quatro campeonatos Indy NXT (anteriormente Indy Lights), a equipe de Michael Andretti estão ocupando como titulares quatro das inscrições nesta temporada (Colton Herta, Delvin DeFrancesco e Kile Kirkwood), sendo a exceção Romain Grosjean. Além desses, a equipe tem sob contrato Hunter McElrea da Nova Zelândia, o atual campeão do USF Pro 2000, Louis Foster, da Inglaterra, a tricampeã da W Series, Jamie Chadwick, de Reino Unido, e James Roe da Irlanda.

 

 

Talvez os europeus tenham bons motivos para temer a chegada da Andretti Global na Fórmula 1. Michael Andretti não pretende chegar na categoria para ser “apenas um participante” e isso deve preocupar muita gente.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.