Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Indy, IMSA e NASCAR nos EUA e a MotoGP fez sua milésima corrida em Le Mans PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 15 May 2023 10:39

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem, e tenham aproveitado bem esse domingo em companhia de vossas mães, seja presencialmente (com as vivas) ou em pensamento (com as que já se foram). Todos os dias são dias delas, claro, mas nesta data conseguimos comemorar mais efusivamente com elas. Entretanto, não é por conta das homenagens à figura materna que deixamos de ter velocidade nas pistas. Tivemos, e tivemos bastante.

 

Sábado foi o dia da corrida da Indycar no circuito misto de Indianapolis, um aperitivo para a grande festa da velocidade que se espalha pelo mês de maio na cidade, e espero que no restante do mês aquelas nuvens estranhas que cobriram a pista não depositem chuva nem nos dias de treinos classificatórios nem no último domingo do mês, mas que felizmente não atrapalharam a corrida do sábado. Auxiliado não só pelo próprio talento mas pela correta estratégia da equipe Ganassi, Alex Palou conquistou uma vitória incisiva, com mais de 15 segundos de vantagem para a dupla da McLaren Pato O’Ward e Alexander Rossi, que fizeram sim belas corridas, mas não o suficiente para desbancar o espanhol do carro #10, que fez uma prova nota 10. Infelizmente não foi um bom dia para Helinho, que chegou apenas em 22º. No oval, podemos esperar algo diferente...

 

O Mundial de Motovelocidade foi até Le Mans para um evento histórico: a milésima corrida da história da categoria, iniciada em 1949 (mais antiga que a Fórmula Um, portanto), em uma pista que também tem longo histórico no esporte a motor – lembrando que esse ano teremos a 100ª edição das 24 Horas de Le Mans, e que antes da corrida de longa duração Le Mans já tinha recebido o Grand Prix da França – fazendo esse o cenário perfeito para tão ilustre data. Na Moto 3 o líder do campeonato Daniel Holgado fez a lição de casa e aproveitou ter encontrado o melhor acerto para sua moto, liderando a corrida e ampliando sua vantagem para o 2º colocado na pista e no campeonato, Ayumu Sasaki. O nipônico bem que tentou, cruzou a bandeirada perto, mas não conseguiu tirar a vitória das mãos do espanhol. Em 3º, quase um segundo atrás, chegou Jaume Masia, se defendendo dos ataques de Ivan Ortola. O brasileiro Diogo Moreira acabou ficando pelo caminho a 10 voltas da bandeirada. Na Moto 2 Pedro Acosta deu um presente para o campeonato ao não marcar pontos, e quem se aproveitou disso foi Tony Arbolino, que levou o maior troféu pra casa ao ganhar de Filip Salac por pouco mais de meio segundo, com Alonso Lopez se contentando com o degrau mais baixo do pódio depois de não ter ritmo nas voltas finais para atacar Arbolino e ser ultrapassado por Salac. E veio a MotoGP, com uma corrida cheia de trocas de posições, toques e punições... exceto para Marc Márquez, que parou de mandar atestado médico e voltou às pistas depois que a FIM disse que ele não precisaria mais cumprir a punição de volta longa por conta do acidente que ele provocou em Portugal. Pelo jeito os comissários ficaram com medo que ele saísse mandando atestado de novo e não puniram ele por nenhuma das barbaridades que ele fez em disputas de posição, quando outros pilotos que fizeram o mesmo tipo de movimento foram punidos. Entretanto o karma existe, e quando ele se preparava para voltar ao pódio se uniu à longa lista de pilotos que foram conferir de perto a textura do asfalto e/ou da brita a 2 voltas do final. O que permitiu que o pódio fosse ocupado todo com “Ducati véia”, já que as 3 motos que lá estavam não eram do modelo 2023; uma das 2023 não terminou a prova (Bagnaia, o piloto que quando não procura enrosco o enrosco vai até ele) e a outra ficou em 11º (Petrucci). O vencedor do milésimo GP da categoria rainha da motovelocidade foi Marco Bezzecchi, sem a presença do dono da equipe, que estava correndo de GT3 em outro país, mas que certamente deve ter se orgulhado muito da ótima corrida do seu pupilo. Atrás da moto da VR46 vieram 2 Pramac, a de Jorge Martin em 2ª e a de Johann Zarco, fazendo a festa da torcida local, em 3º, já que a outra esperança francesa, Quartararo, está com uma da piores Yamaha já feitas e não passou de um sofrido 7º lugar, a 15 segundos do líder. A lista de abandonos teve muita gente boa envolvida: começou com Bagnaia e Viñalez se enroscando, depois Marini parecia que iria se recuperar do tombo, mas veio o Alex Márquez e atingiu a moto dele, e aí começou o pessoal que caiu sozinho, como os ex-Suzuki que estão sofrendo com suas Hondas muito menos maneáveis (Mir e Rins), Jack Miller (outro que adora conferir a textura do solo) e o já citado Marc Márquez.

 

O IMSA foi até Laguna Seca para mais uma etapa, e comprovando o equilíbrio da categoria tivemos outra equipe vencendo a corrida: 4 equipes diferentes nas 4 primeiras corridas, tá bom para vocês? Parece uma certa categoria europeia de alcance mundial... ops, não, pera... bom, o fato é que dessa vez quem venceu a disputa foi a Ganassi, com a dupla Bourdais/van der Zande, que faltando pouco mais de meia hora para o final da prova relargou melhor que o Cadillac da dupla Derani/Sims, que também foi ultrapassado pelo Porsche de Jaminet/Tandy (2º lugar) e tiveram de se contentar com o 3º lugar. Farfus, em dupla com Eng, terminou a prova em 5º lugar. Na GTD-Pro deu o Mercedes GT3 Evo, ao passo que na GTD a vitória ficou com Porsche.

 

E continuando em terras estadunidenses a NASCAR foi para seu “Throwback Weekend” em uma das mais antigas pistas da categoria, Darlington, na semana anterior ao All Star Race, que acontecerá numa pista que é das mais tradicionais da categoria, North Wilkesboro, pista salva do ostracismo e abandono por Dale Jr., que pode não ter sido lá aquelas coisas como piloto mas faz um trabalho muito legal mantendo viva a memória da categoria. A vitória, merecidamente, ficou mais uma vez com William Byron, que construiu um bom resultado com estratégia e se aproveitou da vontade maior de fazer bobagem do que vencer corridas de Ross Chastain, que dessa vez arrumou encrenca com piloto mais experiente que Noah Gregson e se deu mal: quis relargar pra cima de Kyle Larson, que não se intimidou e manteve a posição. Como a Física ensina, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, e o cabeça de melancia acabou rodando e sendo arrastado de lado pelo resto da curva por um Larson que levantou muito pouco o pé para evitar o incidente, levantou o suficiente para que não fosse acusado de empurrar de maneira desleal o adversário. Melhor acontecimento da categoria nas últimas provas, por sinal. Essa foi também a 100ª vitória da história do carro #24, uma boa parte delas com Jeff Gordon. Em 2º chegou Kevin Harvick, que se quisesse poderia fazer o que Chastain fez com Larson, mas preferiu usar a cabeça e pensar no campeonato como um todo. Em 3º ficou Chase Elliott, com pintura do carro homenageando seu pai, em 4º Brad Keselowski com aquela que provavelmente foi a mais bela pintura homenagem (um livery old school da Castrol absolutamente fantástico, lembrando tantas e tantas categorias que a marca patrocinou no passado) e fechando o Top 5 apareceu Bubba Wallace, como o melhor dos Toyota na pista.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.