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Definido o grid da Indy 500, festa da NASCAR no All Star e Stock Car em Tarumã PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 22 May 2023 08:08

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que bem, saudáveis e vivendo em condições melhores que as vítimas das fortes chuvas que atingiram a Emilia-Romagna no começo da semana passada e fizeram, dentre outros tantos cursos d’água, transbordar o rio que passa por trás da Tamburello lá em Imola, alagou parte considerável da pista e das instalações ao redor da faixa de asfalto, e a categoria, acertadamente, decidiu por cancelar a corrida que deveria ter acontecido esse domingo. Claro que, com um calendário tão “estufado” como o de 2023, simplesmente não há espaço para realizar a prova em outra data. Talvez com a temporada começando em fevereiro e se encerrando no começo de dezembro houvesse espaço para realizar tantas corridas como foram planejadas para essa temporada, mas até mesmo as férias de verão para os mecânicos poderem passar um pouquinho de tempo com suas famílias no meio da temporada foram reduzidas para acomodar os sonhos megalomaníacos dos atuais donos da categoria, então… lamento muito o ocorrido, espero que a região se recupere o melhor possível, mas nada de corrida em Imola esse ano. Choveu lá mais ou menos como choveu no Litoral Norte de São Paulo em janeiro desse ano, ou seja, choveu MUITO, mas muito mesmo.

 

Esse final de semana foi definido o grid de largada para a prova mais importante dos monopostos lá na Terra do Tio Sam, as 500 Milhas de Indianápolis. A exemplo de seu pai, 30 anos atrás, Graham Rahal teve problemas na classificação, e no último momento acabou ficando com a 34ª posição dentre os 33 carros que largam, ou seja, ficará assistindo a corrida da semana que vem de fora da pista. Em sua última largada para a prova, Tony Kanaan largará na 9ª posição, 3ª fila (lembrando que em Indianapolis as filas de largada são de 3 carros), ao passo que Hélio Castroneves ficou na segunda metade do grid, largando na 20ª posição. A pole ficou nas mãos de Alex Palou, com a velocidade recorde de 234,217 milhas por hora, primeira vez que um espanhol faz a pole para a tradicional corrida estadunidense (chora, Fernando Alonso, não foi você…), aliás, uma primeira fila totalmente estrangeira: em 2º largará o holandês Rinus Veekay, que marcou a ótima média de 234,211 milhas, também mais rápida que o recorde anterior de Scott Dixon, e na 3ª posição largará o sueco Felix Rosenqvist. Foi a primeira fila mais próxima da história, com os 3 primeiros separados por 0,103 milha por hora, praticamente nada. Agradável surpresa o desempenho de Santino Ferrucci e o carro #14 da equipe de AJ Foyt, que largará na 4ª posição. Agora é aguardar a corrida...

 

Tivemos lá em Tarumã, única pista com média alta de velocidade na República Sebastianista da Banânia, e nem é por conta de grandes retas; simplesmente é a única pista nacional com abundância de curvas de alta velocidade, já que as outras se rendem ao caminho fácil de curvas lentas quase amontoadas umas em cima das outras, gerando na imprensa tapuia comentários de que a pista X possui um “traçado técnico”. Técnico só se for por conta que precisa vir um técnico e consertar aquela porcaria de desenho feito por quem projetou, pois emendar curva em cima de curva é coisa pra track day, não pra corrida de carros de competição. Enfim, desviei-me do assunto. O fato é que a etapa foi bem interessante, em que pese alguns pilotos desacostumados a fazer curvas velozes reclamarem da “falta de oportunidades de ultrapassar”. Coisa de quem não tem cacife de encarar o automobilismo no exterior, e nem falo de encarar pistas ovais nos EEUU, tem um bocado de pistas europeias que recebem competições de carros de turismo que possuem curvas velozes… imaginem esses pilotos da Stock Car enfrentando uma disputa de posições em Spa, Monza, Mugello, dentre outras. Bom, mas enfim, isso é assunto para outra discussão, talvez outra coluna… na pista, que é o que interessa, Thiago Camilo aproveitou o fato de largar na pole position para se manter na frente e vencer a primeira corrida do dia. Apenas Gabriel Casagrande conseguiu acompanhar o ritmo do Thiago, cruzando a bandeirada com pouco mais de um segundo de desvantagem para o líder. O terceiro colocado, Felipe Fraga, ficou lá atrás, a 18 segundos do líder da prova. Tudo aquilo que a primeira corrida foi um jogo de xadrez, a segunda foi uma partida de truco, com diversas trocas de posições, e até mesmo um “three wide” foi protagonizado na acanhada (pouco mais de 3 km de extensão) pista gaúcha. Como seria de de prever, a vitória na segunda corrida do dia foi do Rei da Segunda Prova, Rubens Barrichello, que utilizou a primeira corrida para preparar a estratégia da segunda. Não sei em termos de campeonato o quanto é eficiente esse negócio de terminar a primeira corrida em 19ª (fora da zona de pontuação) para vencer a segunda, mas o fato é que Rubinho conseguiu fazer a estratégia funcionar à perfeição e ultrapassou muita gente para assumir a liderança da corrida já no finalzinho da prova. O segundo lugar ficou com Cesar Ramos, que com o 4º lugar conquistado na primeira corrida se tornou o piloto com maior pontuação no dia. O degrau mais baixo do pódio na segunda corrida ficou com grandão Atila Abreu, que não terminou a primeira corrida e veio para a segunda com o equipamento perfeito e uma estratégia muito bem acertada.

 

A NASCAR foi revisitar seu passado e retornou a um de seus grandes palcos do passado para a festiva prova do All-Star Race, que não conta pontos para o campeonato mas rende uma bela grana para o vencedor dela dividir com os mecânicos. A curta pista de North Wilkesboro, que nos treinos teve até mesmo os carros correndo no oval com os pneus de chuva (possível em pistas curtas que não tenham grandes inclinações nas curvas), o que efetivamente foi uma grande surpresa. Aliás, o ressucitado e tradicional (fundado em 1947) circuito de 0,625 milha (uma medida sem igual no atual calendário da categoria) também tem outra peculiaridade: a reta frontal é em leve declive e a reta oposta em leve aclive, o que obviamente altera a abordagem de tomada das curvas e exige mais trabalho do piloto e da equipe para fazer o acerto do carro. Enfim, basta fazer aquele exercício mental de volta ao passado para entender a mística que cerca o lugar. E quem se deu melhor e levou embora o prêmio de um milhão de dólares foi Kyle Larson, sua 3ª conquista nesse tipo de evento. O restante do grid também não recebeu pontuação por seus esforços, mas ao contrário do vencedor não tiveram prêmio algum. Bubba Wallace foi o 2º colocado, seu companheiro de equipe Tyler Reddick o 3º, seguidos por Chase Briscoe na 4ª posição e com Chase Elliott fechando o Top-5. Agora as equipes voltam suas atenções para a maior prova da categoria, as 600 Milhas de Charlotte, próximo final de semana.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.