Olá leitores!

Como estão? Espero que todos bem.

Esse final de semana tivemos uma das mais tradicionais etapas do WRC, o Safari Rally, e embora hoje ele seja razoavelmente menos exigente do que era em décadas passadas ainda é um grande desafio para carros e pilotos. Assim como nas 24 Horas de Le Mans, não basta ter o melhor carro para vencer, ou ser o melhor piloto, é todo um conjunto de coisas que precisam dar certo para que seu objetivo seja alcançado. E quem se deu melhor nessa conjuntura toda foi a Toyota, que deu uma de equipe Hendrick em algumas etapas da NASCAR ano passado e colocou 4 carros nas 4 primeiras posições. Pódio com Sébastien Ogier em 1º, Kalle Rovanperä em 2º e Elfyn Evans em 3º. Ainda teve o Katsuta com um carro extra na 4ª posição. Aquilo que alguns chamam de “lavada”, outros de “varrida”, mas que mostrou que a preparação deles deve ter sido mais apurada que o pessoal da Hyundai (5º com Sordo) e Ford (6º com Tänak). Realmente impressionante o resultado.

A Fórmula E foi até Portland, e enquanto todos esperavam que a categoria seguisse sua tradição de corridas de rua, não foi o que vimos: a corrida aconteceu na mesma pista em que a Indycar corre quando vai pra Portland. E confesso que a pista propiciou uma corrida muito boa, talvez uma das melhores que já assisti da categoria. Quem brilhou foi Nick Cassidy, que aproveitou os espaços maiores para ultrapassagem e o safety-car para galgar posições e conquistar a vitória, contendo no final as tentativas de Nick Cassidy para alcançar a ponta, mas o 2º lugar acabou não sendo um mau resultado para o piloto da Andretti. O pódio ficou completo com António Felix da Costa, mais uma vez se superando com seu Porsche. Lucas di Grassi terminou em 7º (grande resultado para a Mahindra) enquanto Sette Câmara chegou apenas em 16º.com um dos piores carros do grid.

Antes de começar o mês de férias de verão o Mundial de Motovelocidade foi até Assen, a “Catedral da Motovelocidade”, para mais uma etapa. E as disputas não deixaram o público decepcionado. Na Moto3, aquele tradicional “amontoado” de motos do início ao fim da prova, com muita disputa e muitas ultrapassagens, com o resultado decidido literalmente na linha de chegada. Quam se deu melhor após a intensa disputa foi Jaume Masia, que passou na bandeirada com a monumental vantagem de 81 milésimos de segundo sobre o 2º colocado, Ayumu Sasaki, e 27 centésimos sobre o 3º colocado Deniz Öncü, e a diferença até o 6º colocado foi de meio segundo. Dessa vez Diogo Moreira não conseguiu um Top-10, terminou em 12º, segundo do “segundo bloco” da corrida (sim, os 10 primeiros, separados por 2 segundos, dava para considerar um bloco só). A Moto2 teve a primeira vitória de Jake Dixon, que lutou como um leão acuado pelo resultado e o mereceu amplamente. Foi acompanhado na comemoração do pódio por Ai Ogura em 2º e por Pedro Acosta em 3º, Acosta que cumpriu de maneira duvidosa a punição de volta longa que recebeu (por alguns ângulos parecia que ele na verdade cortou caminho na parte interna da curva) mas os comissários (que foram tão meticulosos na MotoGP) não viram irregularidade. Por falar em MotoGP, uma excelente corrida aguardou o público. Quem não gostou nada nem da Sprint race no sábado quanto da corrida principal no domingo foi Brad Binder: por duas vezes ele foi punido por, no final da prova, colocar uma área minúscula do pneu na área verde após a zebra numa chicane muito leve que faz a curva 8. Definitivamente ele não ganhou tempo passando ali, mas provavelmente os comissários da FIA foram fazer estágio na motovelocidade esse final de semana, apenas isso explica a punição ao Binder e a não punição à volta longa do Acosta. E Binder as duas vezes foi retirado do pódio na volta de desaceleração e retorno ao pit lane. Enfim... a vitória ficou com o líder do campeonato e atual campeão Francesco Bagnaia, que conseguiu se defender dos ataques que recebeu a corrida toda após conseguir passar Binder (que largou muito bem) e assumir a ponta. Em 2º chegou Marco Bezzecchi (para alegria do Dottore) e em 3º Aleix Espargaró, herdando a posição de Binder. Agora só em agosto a categoria retorna...

E a NASCAR foi até Nashville para uma apresentação de gala de Ross Chastain: Truex e Hamlin tentaram bravamente, mas o domingo era do garoto melancia, que mais uma vez fez aquela comemoração tradicional dele, jogando alimento no chão. Ao menos ele pegou um pedaço do que jogou no chão e comeu... Chastain liderou 99 das 300 voltas da prova, e no final só teve o trabalho de trazer o carro para a bandeirada, já que não tinha adversário o perseguindo de perto. Em 2º chegou Martin Truex Jr., em 3º Denny Hamlin, em 4º Chase Elliott e Kyle Larson fechou o Top-5. Próxima etapa nas ruas de Chicago, após muito tempo sem a NASCAR correr em pista de rua. Aguardemos o que virá...

Até a próxima!

Alexandre Bianchini