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Verstappen imparável na F1. Palou imparável na F. Indy. NASCAR de rua em Chicago e Superbike PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 03 July 2023 09:08

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que todos bem. Mais um final de semana com muita ação nas pistas, com tudo aquilo que gostamos... e no caso da Fórmula Barbie, aquilo que não gostamos também. Eu sou um cético de formação e convicção, e não consigo imaginar que o caminho seguido pelas entidades máximas do esporte (FIA e FIM) na condução esportiva das suas categorias principais (Fórmula Um e MotoGP) esteja minimamente lógico ou tenha algo de positivo esportivamente falando. Foram dois finais de semana com uma quantidade de punições absolutamente subjetivas. O que valia para um piloto podia não valer para o outro, e isso tira a seriedade/validade de qualquer punição. Eu achava que o Michael Masi defendendo escancaradamente a Mercedes em detrimento de qualquer outra equipe que tentasse se aproximar dos carros da estrela de 3 pontas era suficientemente ruim, mas estão conseguindo piorar ainda mais, por mais estranho que isso possa parecer.

 

Vamos começar com o Mundial de Superbike, que foi até um de seus mais tradicionais palcos (Donington) para mais uma rodada dupla. A Inglaterra é um lugar onde a Superbike tem muitos fãs, inclusive teve época lá nos anos 90 em que a categoria tinha mais público que o próprio Mundial de Motovelocidade. E mais uma vez a vitória nos dois dias (sábado e domingo) ficou com o conjunto que praticamente foi criado um para o outro, Alvaro Bautista e Ducati Panigale. A Ducati é uma moto forte? Sim, mas basta ver os outros pilotos com a mesma moto... não conseguem extrair do equipamento o desempenho que o espanhol consegue. Não que tenha sido fácil, pelo contrário, a concorrência ofereceu resistência, mas simplesmente é um conjunto mais ou menos como as Honda da década passada com o Marc Márquez, feitos um para o outro. No sábado o Bautista foi acompanhado no pódio por Toprak na 2ª posição, após liderar a corrida algumas voltas, e por Rea na 3ª, espremendo da sua Kawasaki na primeira metade da corrida um desempenho que ela já teve no passado mas não tem mais na atualidade, o que certamente foi bonito de se ver. Ele não foi 6 vezes campeão apenas por ter uma moto melhor que as outras... no domingo, após o grande susto que foi o acidente envolvendo Loris Baz, Michael Rinaldi e Tom Sykes, que causou a interrupção da prova e a condução dos dois últimos para o centro médico (Rinaldi teve sorte e teve uma concussão leve e machucou o tornozelo; Sykes vai passar um tempo no estaleiro após fraturar 10 costelas...), as disputas continuaram e novamente Toprak chegou na 2ª posição, mas dessa vez com Danilo Petrucci na 3ª, seu primeiro pódio na categoria. Acredito que depois que ele se acostumar melhor com a moto, outros virão.

 

A Copa Truck foi até Cascavel para mais uma etapa, e claro que vocês terão um relato detalhado da prova na coluna do Shrek, mas vou comemorar aqui o feito da Bia Figueiredo, que se tornou a primeira mulher a vencer na Copa Truck. Sim, na Geral deu Roberval Andrade nas duas corridas, pela categoria Pro, mas na categoria Super, para pilotos com menos experiência em caminhões, a segunda corrida foi vencida pela Bia. Não deixa de ser um feito a ser comemorado, portanto parabéns Bia!

 

A Fórmula Um foi até o Red Bull Ring para uma etapa que se apresentava promissora mas acabou tendo a mesma quantidade de anticlímax e clímax, em boa parte por conta dos “deuses do Olimpo” lá na sala da direção de prova. Foi uma verdadeira metralhadora giratória de punições por exceder os limites de pista, e claramente prestavam mais atenção em alguns carros do que em outros. O básico que deveria ser observado é: o piloto ganhou tempo em relação à volta anterior excedendo os limites? Se sim, válido anotar a infração... teve gente que excedeu com o carro destracionando – ou seja, perdendo tempo – e ainda assim isso entrou para a contagem. Sim, o regulamento existe para ser cumprido, mas bom senso nunca fez mal pra ninguém... o campeão nesse quesito foi o Ocon, que quase recebeu punições de tempo por atacado. Não que Hamilton tenha ficado imune à farta distribuição de punições, para vermos que ser campeão não foi atenuante pra ninguém... só o patrocínio da dona da pista aliviou. O vencedor foi o previsível, Verstappen, mas ao menos tivemos presença incomum no pódio: o mediano Leclerc conseguiu levar o carro da Ferrari com o novo pacote de atualizações à segunda posição e – milagre dos milagres – até conseguiu liderar algumas voltas. Fico imaginando o que um Bottas, um Russell ou um Ricciardo fariam com esse carro, poderiam ter brigado por mais tempo pela liderança. Em 3º chegou o Pérez, fazendo uma corrida de recuperação muito boa após uma classificação abaixo da média. Agora é esperar que a FIA mude a orientação das áreas de escape e volta à boa e velha brita, que inviabiliza as tentativas de abrir a curva e usar a área de escape para ganhar tempo além de sujar o pneu o suficiente para já colocar automaticamente uma “punição por tempo” no piloto. A esperança ainda se mantém...

 

A NASCAR foi até Illinois para uma inédita corrida nas ruas de Chicago com um vencedor inédito: o convidado neozelandês Shane van Gisbergen, piloto da V8 Supercar australiana, assim como Júlio César, fez o “vim, vi, venci” e deu um verdadeiro show ao volante do carro #91 da Trackhouse na surpreendentemente boa pista urbana. Pista com ótima largura em cerca de 75% de sua extensão, permitiu boas disputas e ultrapassagens mesmo com os grandes carros da categoria. Para dar uma melhor ideia do feito do Gisbergen, ele foi apenas o 7º piloto a vencer em sua corrida inicial na categoria principal da NASCAR e o primeiro desde o longínquo ano de 1963, quando Johnny Rutherford alcançou essa proeza pela última vez até agora. Por conta do atraso provocado pela chuva, a prova acabou tendo sua distância encurtada de 100 para 75 voltas devido à falta de iluminação natural para os carros terminarem a corrida, o que em nada diminui a grandeza do feito do grande Shane (1,88m, capacete ficava alto dentro do carro na câmera interna). Se bem que, para quem pilota na estreita Surfers Paradise, realmente a pista de Chicago não deve ter sido um desafio dos maiores... e a corrida foi tudo, menos chata. Tivemos até engarrafamento por conta de piloto rodando no pequeno trecho realmente estreito da pista, além de um Denny Hamlin que mostrou mais uma vez que pode ser ótimo em ovais, mas quando tem que frear e reduzir de marcha a coisa fica mais complicada para o lado dele; semana que vem ele volta ao seu habitat natural. Atrás de Gisbergen chegaram Justin Haley em 2º, fazendo uma excelente corrida com o carro da Kaulig Racing, Chase Elliott em 3º, conseguindo sobrepujar os problemas da classificação, Kyle Larson em 4º e encerrando o Top-5 com Kyle Busch. Sim, 5 Chevrolet nas 5 primeiras posições, não longe de Detroit.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.