Olá, amigos, tudo bem?

Como neste final de semana não teremos prova do NTT IndyCar Series, quero comentar com vocês de forma mais detalhada um aspecto vital no automobilismo, que é a segurança. Nos treinos em Mid-Ohio, no sábado passado, o meu companheiro de equipe na Meyer Shank Racing, o Simon Pagenaud, sofreu um acidente assustador. 

Muita gente, ainda hoje, reclama do visual dos carros da IndyCar e Fórmula 1, por exemplo. Mas o Aeroscreen e o Halo, respectivamente, são verdadeiros salvadores porque, desde a implantação dos dispositivos, identificamos diversas situações em que, sem eles, as consequências teriam sido horríveis.

O acidente com o Simon aconteceu durante o treino antes do Qualifying. Ele simplesmente ficou sem freio e bateu com tudo na zebra, que serviu de rampa de lançamento. O carro levantou as quatro rodas no ar e capotou sete vezes antes de parar na barreira de pneus.

Foi um alívio enorme vê-lo sair do carro e acenar para o público, que ficou aflito na hora, assim como todos nós. Ele não chegou a bater a cabeça, pois todo o impacto foi suportado pela estrutura do carro. Mesmo se sentindo bem e querendo correr, os médicos preferiram mantê-lo em observação.

Depois de uma análise mais detalhada, a equipe descobriu que uma vedação com defeito provocou um vazamento do fluido de freio. Não chegou a cair na pista, pois ficou comprimido dentro do dispositivo, mas foi parar num outro compartimento e anulou por completo o sistema de freios.

Isso que aconteceu é extremamente raro. Primeiro, porque é um conjunto que dura o ano todo, praticamente, e o nível de utilização estava abaixo de 20% do que normalmente o conjunto suporta. Bom, o importante é que estamos aqui festejando o altíssimo nível de segurança dos carros da IndyCar e não lamentando algo mais grave. O lugar dele foi ocupado em Mid-Ohio pelo Conor Daly, que praticamente foi direto para a prova do domingo e foi muito bem.  

É isso, aí, pessoal. Semana que vem temos corrida em Toronto e falarei sobre isso na próxima coluna.

Abraço grande até lá!

Helio Castroneves

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br