Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

Nesse final de semana tivemos outra overdose de corridas envolvendo os pilotos brasileiros e mais uma vez optei por fazer duas colunas. Na primeira – essa aqui – vamos falar sobre os brasileiros que estiveram correndo no mítico autódromo de Silvrestone, na Inglaterra. Pela FIA Fórmula 3 – com o trio Gabriel Bortoleto, Caio Collet e Roberto Faria – e FIA Fórmula 2 – Com Enzo Fittipaldi.

A segunda coluna do final de semana vai ficar com as corridas da Fórmula Regional Europeia, na veloz pista de Mugello, na Itália. Rafael Câmara, depois de sua primeira vitória, e Emerson Fittipaldi Jr. e falando sobre os brasileiros pelo mundo, Igor Fraga correu no autódromo de Suzuka e nos Estados Unidos era a vez de Nicholas Giaffone e Lucas Fecury acelerarem em Mid-Ohio pela categoria USF2000Jr.

FIA Fórmula 3

Depois de do final de semana no Red Bull Ring, era hora de ir para o templo do automobilismo, Silverstone, onde a Fórmula 1 começou (oficialmente, ao menos), com Gabriel Bortoleto – estando nessa pista pela primeira vez – defendendo sua liderança no campeonato, Caio Collet precisando continuar a boa virada conseguida na Áustria e Roberto Faria, em território muito conhecidi, com esperanças de resultados melhores.

Na manhã ensolarada da sexta-feira os pilotos não tiveram muita pressa em ir pra pista nos 45 minutos programados de treino livre. Hunter Yeany foi substituído por Maxwell Esterson na equipe Carlin. Em um final de semana em que os pilotos tiveram os pneus duros Gabriel Bortoleto e Caio Collet só foram pra pista com 10 minutos de treino já decorridos. Roberto Faria foi um dos últimos a deixar os boxes.

No final do primeiro terço do treino, nenhum dos brasileiros tinha tempos rápidos, com os mais rápidos virando na casa de 1m46s. Caio Collet fez sua primeira volta rápida na casa de 1m46,8s, assim como Gabriel Bortoleto, na P5 e P6, respectivamente. Roberto Faria era o mais lento dos 30 pilotos com 1m49,3s. Na segunda volta rápida Gabriel Bortoleto baixou para 1m46,2s. Caio Collet teve sua volta rápida atrapalhada por um virtual safety car, acionado para a retirada de uma peça de asa caída na pista.

No início do terço final do treino Gabriel Bortoleto foi pra pista com a maioria dos carros nos boxes e fez uma volta em 1m46,0s, a seguir, entre os primeiros que saíram, Roberto Faria melhorou bem seu tempo e virou 1m48,4s. Caio Collet pegou muita gente em volta de aquecimento de pneus e não melhorou seu tempo. Gabriel Bortoleto, fazendo novamente duas voltas rápidas em seqüência, baixou seu tempo para a casa de 1m45s. Caio Collet fez uma volta na casa de 1m46,6s, mas estava fora do top10. Final de treino e Gabriel Bortoleto ficou com a P2, Caio Collet com a P17 e Roberto Faria melhorou sua volta para a casa de 1m47s e foi o P29.

Logo após o primeiro treino livre da Fórmula 1 os 30 pilotos da FIA Fórmula 3 (não 31 como o narrador do Bandsports está insistindo em falar desde a madrugada... será que ele não sabe que não tem carro com o número 13 na categoria?) foram pra pista com seus pneus duros novos. O sol e a pista seca davam condições perfeitas para todos e na primeira volta rápida. Depois de um princípio de engarrafamento, Gabriel Bortoleto fez uma volta em 1m46,306s e ficou com a P2 provisória. Caio Collet fez sua primeira volta rápida em 1m46,789s, ficando inicialmente com a P10. Roberto Faria, com uma volta em 1m48,428s era o P25 provisório após 10 minutos de treino.

Gabriel Bortoleto tentou uma segunda volta rápida com o mesmo jogo de pneus, ficando próximo ao tempo anterior, mas caiu para a P3 antes dos pilotos retornarem para os boxes. Caio Collet conseguiu melhorar na sua segunda tentativa, e marcou 1m46,646s, subindo para a P8. Gabriel Bortoleto chegou a abrir uma nova volta rápida, mas com 135 milésimos de defasagem para antes de fechar a volta, retornou para os boxes.

Alguns pilotos usaram o período com a maioria dos carros nos boxes e fizeram excelentes voltas, empurrando Gabriel Bortoleto para a P6 e Caio Collet para P13. Roberto Faria estava na P26. antes dos pilotos voltarem para suas últimas tentativas nos 10 minutos finais de treino e após algumas voltas canceladas por aqueles que excederam os limites de pista. Na P13, Caio Collet tinha que melhorar obrigatoriamente para se beneficiar da inversão de grid na corrida ‘sprint’ e Gabriel Bortoleto vinha brigar pela pole.

Tivemos aquela serpente na pista onde ninguém queria dar vácuo pra ninguém e bastava um erro de qualquer um para termos uma bandeira amarela ou vermelha e estragar as tentativas de volta rápida. Caio Collet fez uma boa volta em 1m46,100s para ficar entre os 10 primeiros, mas teve a volta deletada por track limits. Gabriel Bortoleto errou na sua tentativa enquanto Caio Collet quase decolou na zebra da Stowe em nova tentativa. Nos segundos finais Gabriel Bortoleto foi para uma última tentativa e fez a volta em 1m45,910s, que lhe deu a P5. Caio Collet não teve tempo para abrir uma nova volta rápida e ficou com a P17.  Roberto Faria não conseguiu melhorar sua volta e ficou com a P29, mas Dino Beganovic não teinou.

Na manhã do sábado era chegada a hora da corrida ‘sprint’ do final de semana em Silverstone e com a inversão dos 12 primeiros no grid, Gabriel Bortoleto largava na P7. Caio Collet ia ter nas duas corridas o desafio de precisar fazer uma corrida de recuperação para conseguir chegar nas posições que pontuam. Roberto Faria largava na P29 em uma pista que ele conhece bem, mas as coisa não estão fáceis para ele.

A previsão de chuva não se confirmou, ao menos como era esperado, mas caiu um pouco de água pouco antes da corrida e como a previsão era de aumento da chuva durante a corrida, a direção de prova adiou a largada em 10 minutos. Como a troca de pneus na categoria é complicada, e os pilotos estavam largando com pneus slick e apenas Gregoire Saucy com pneus de chuva. Virou loteria para deixar a corrida animada!

Após a volta de apresentação os pilotos retornaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 18 voltas programadas, Gabriel Bortoleto, largando na P8, penou para segurar a posição com o ataque de Cristian Mansell. Caio Collet largou muito bem e fechou a primeira volta na P14. Na abertura da segunda volta, Gabriel Bortoleto aproveitou a briga de Johnny Edgar e Paul Aron, passou os dois e ganhou a P6. Já Caio Collet, perdeu duas das três posições que ganhou e caiu para a P16. Roberto Faria aproveitou a escolha errada de pneus de Gregoire Saucy e era o P27.

Roberto Faria foi notificado que se posicionou mal no grid. Gabriel Bortoleto pressionava Gabriele Mini, mas tinha que cuidar de Paul Aron nos retrovisores. Caio Collet superou Mary Boya pra ganhar a P15 e Gabriel Bortoleto tomou a P5 na abertura da volta 7. Mas eles perderam o contato com os carros da frente e o Brasileiro tinha 1,8s de desvantagem para Luke Browning. Caio Collet ganhou a P14 de Johnny Edgar. O Safety car foi acionado na volta 8 e – aparentemente – por estar chovendo. Alguns pilotos que estavam mais atrás entraram nos boxes. Os primeiros não entraram.

Gabriel Bortoleto era o P5, Caio Collet o P14 e Roberto Faria o P27. Na passagem seguinte vários pilotos foram para os boxes, alguns do gripo da frente. Gabriel Bortoleto subiu para a P4, Caio Collet para a P9 e Roberto Faria, que trocou para pneus de chuva, era o P28. A corrida continuava em andamento e o primeiro entre os que estavam com pneus de chuva era Dino Beganovic na P11 na abertura da volta 12.

A relargada veio na abertura da volta 13 e, inicialmente, Gabriel Bortoleto aproveitou a batida de Taylor Barnard em Sebastian Montoya, e subiu pra P2. Caio Collet subiu pra P6 e depois de passar pelo trecho molhado era o P4. Os que colocaram pneus de chuva estavam mais rápido. Caio Collet já caia pra P5 e depois pra P6 enfrentando os carros com pneus de chuva, mas voltou pra P4 na parte seca da pista. Roberto Faria era o P27.

A chuva tinha parado e Gabriel Bortoleto ia segurando a P2 sem arriscar a briga pela ponta. Caio Collet estava sólido na P4 com boa vantagem para os carros da Prema. A condição de pista mudou totalmente nas duas voltas finais e quem ficou com pneus slick se deu bem. Gabriel Bortoleto correu para o campeonato e Caio Collet foi pra cima de Christian Mansell na briga pela P3, mas sair da P17 para a P4 foi um grande resultado. Roberto Faria terminou na P27. A vantagem Gabriel Bortoleto na liderança do campeonato subia para 44 pontos.

Na manhã do domingo os pilotos e equipes da FIA Fórmula 3 para a corrida principal do final de semana, com 22 voltas e desta vez com pista seca, mas ar e asfalto estavam com uma temperatura abaixo do ideal. Gabriel Bortoleto largava na P5 e tinha tudo para fazer bons pontos. A tarefa de Caio Collet para chegar aos pontos ia ser mais difícil sem a chuva. Todos estavam com pneus slicks e a previsão  de chover nessa corrida seria algo para o final da prova. Roberto Faria largava na P29 e tentando fazer uma boa corrida.

Após a volta de apresentação os carros estavam de volta no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto largou bem e manteve a P5, mas perdeu posições nas curvas seguintes e fechou a primeira volta na P6. Caio Coleet foi atingido por Johnny edgar e na rodada de Luke Browning após o toque com Hugh Barter tivemos a entrada do safety car. Caio Collet conseguiu voltar para os boxes, trocar o bico do carro e retornar na P28. Roberto Faria era o P26.

A relargada veio na abertura da volta 7 e Gabriel Bortoleto veio na balada com Christian Mansell e a salvo de Franco Colapinto nas primeiras curvas. Caio Collet fechou a volta na P26, logo atrás de Roberto Faria. Os dois carros da Trident iam abrindo na frente e Josep Maria Marti ia segurando um pelotão até o P6, Gabriel Bortoleto, que tinha uma folga pela briga entre Franco Colapinto e Gabriele Mini. Caio Collet era o P23 na volta 10, mas avançava devagar. Assim como sábado, a posição no grid de Roberto Faria estava sob investigação e o brasileiro tomou 5s de punição.

A 10 voltas do fim Gabriel Bortoleto vinha no limite para conseguir manter a abertura de asa enquanto Gabriele Mini vinha se aproximando do pelotão da frente onde os 6 primeiros andava junto. Caio Collet vina na P21 e Roberto Faria era o P25. Caio Collet passou pra P17 a cinco voltas do final e Gabriele Mini chegou no pelotão da frente, que tinha um novo líder, mas ainda dentro da Trident.

Roberto Faria foi empurrado pra fora da pista e bateu forte na curva que antecede a entrada dos boxes e provocou a entrada, provocando a entrada do safety car faltando 4 voltas para o final das 22 voltas. A garoa que começou a cair algumas voltas antes começou a aumentar a 3 voltas do fim (sem as entradas do safety car ela já teria terminado). A relargada, com a pista perigosamente escorregadia, daria 2 voltas insanas e Gabriel Bortoleto vinha se segurando na P6 com ajuda de Franco colapinto que atacava Gabriele Mini.

Caio Collet vinha voando na pista e entraa como P12 na última volta. Pensando no campeonato, Gabriel Bortoleto manteve a P6 e Caio Collet deu um show na pista molhada e terminou na P9. Com isso a categoria deixa Silverstone com Gabriel Bortoleto líder, com 128 pontos, 36 pontos à frente de Josep Maria Marti. Caio Collet foi para P11 com 40 pontos. A próxima etapa será em 2 semanas, no travado Hugaroring.

FIA Fórmula 2

Logo após o primeiro treino livre da Fórmula 1, chegava a hora do primeiro contato dos pilotos da FIA Fórmula 2. Com pneus duros e macios para o final de semana, Enzo Fittipaldi ia para os 45 minutos de treino livre buscando o melhor acerto para o final de semana, numa pista onde a sua equipe, a Carlin, tem um histórico de bons desempenhos nos anos anteriores e nosso representante não demorou em ir pra pista, mas fez apenas aquela “volta de instalação”, retornando para os boxes.

Demorou um pouco até passarmos a ter voltas efetivamente rápidas e Enzo Fittipaldi fez sua primeira volta rápida na casa de 1m43,5s, mas 8 décimos distante do melhor tempo de volta embora todos os tempos ainda estivessem muito altos. Fechando o primeiro terço de corrida o brasileiro fez uma volta em 1m42,2s. a 1 décimo da volta mais rápida e na passagem seguinte baixou para 1m42,0s, mantendo-se entre os 5 primeiros. O treino acabou interrompido depois de 20 minutos de atividade com Juan Manuel Correa escapando sozinho na Copse e indo parar na caixa de brita, provocando uma bandeira vermelha.

O cronômetro foi acionado quando faltavam 17 minutos para o final, mas apenas 1 minuto depois os pilotos começaram a sair dos boxes e tinham que recondicionar os pneus para tentar melhorar seus tempos de volta. Enzo Fittipaldi vinha fazendo sua melhor volta quando tivemos uma bandeira amarela e depois um acionamento de virtual safety car por uma saída de pista de Dennis Hauger. Nos minutos finais Enzo Fittipaldi conseguiu entrar na casa de 1m41s e estava com a P5 quando Clement Novalak também escapou e ficou na caixa de brita, provocando mais uma bandeira vermelha e o final prematuro do treino.

Após o treino de classificação da FIA Fórmula 3, chegava a hora dos pilotos da FIA Fòrmula 2 definirem o grid para as corridas do final de semana. Enzo Fittipaldi havia feito um bom treino livre e dava esperanças para que fosse possível fazer uma boa classificação. Menos de meia hora depois do final do treino da FIA Fórmula 3, era a hora dos pilotos da FIA Fórmula 2 irem pra pista e buscarem a melhor posição de classificação e nesse treino foram todos de pneus macios pra pista.

Os pilotos estavam com bastante cuidado com os pneus com base no que viram no treino livre com os pneus duros. Depois de duas voltas pra aquecer os pneus vieram as primeiras voltas rápidas e Enzo Fittipaldi fez uma volta de 1m41,099s, mas as voltas começaram a vir pra casa de 1m40,5s e o brasileiro ia precisar melhorar. Na primeira rodada de voltas rápidas Enzo Fittipaldi era, provisoriamente, o P7.

Antes de fazerem aquela parada nos boxes para colocar o segundo jogo de pneus macios e fazer um ajuste os pilotos partiram para uma segunda tentativa de volta rápida que Amaury Cordeel tratou de estragar pra todo mundo com uma pancada que destruiu seu carro e provocou uma bandeira vermelha interrompendo o treino com 19m43s para o final do tempo de treino. Todos os demais pilotos foram para os boxes e isso mexeria com as estratégias nessa parte restante do treino.

Na retomada do treino, alguns pilotos vieram com pneus novos e outros mantiveram o primeiro jogo de pneus. Nem houve tempo para os pilotos virarem outra volta rápida: tivemos mais uma bandeira vermelha a 11m22s do final e na pista ou nas imagens e nesse momento, todos iriam sair pra pista com pneus novos e por um ajuste na cronometragem, liberaram os pilotos com 9 minutos para os pilotos fazerem o final do treino.

Foram todos pra pista e correram para tentar melhorar seus tempos. Não houve uma explicação específica para essa mudança, ao menos de ordem técnica ou de segurança. Enzo Fittipaldi fez uma grande volta em 1m39,991s quando Juan Manuel Correa levantou uma nuvem de brita, mas não teve bandeira vermelha. Ele conseguiu sair sozinho. Ainda havia tempo para mais uma volta rápida e os 10 primeiros estavam separados por incríveis 229 milésimos de segundo. Uma bandeira amarela no setor 1 e com Frederik Vesti parado no meio da pista o treino acabou e Enzo Fittipaldi ficou com a P6, uma a frente do companheiro de equipe.

Na manhã do sábado tivemos os pilotos de volta à pista para a corrida ‘sprint’. Enzo Fittipaldi, com a inversão do grid e a punição para Zane Maloney, Enzo Fittipaldi largava na P4 com pista bastante molhada e a volta de apresentação foi com os carros atrás do safety car. A corrida estava programada para 21 voltas, mas como abriram duas volta a mais atrás do carro de segurança, a corrida teria voltas a menos.

A direção de prova decidiu pela largada atrás do atrás do safety car e seriam 19 voltas. Enzo Fittipaldi veio embutido rm Theo Pourchaire e tivemos um toque de Clement Novalak em Brad Benavides que foi parar no guard rail interno. Enzo Fittipaldi perdeu a P4 (de forma até fácil) para Oliver Bearman e a direção de prova colocou o safety car novamente na pista. A relargada veio na abertura da volta 4 e o brasileiro abriu bem de Jack Doohan e veio próximo de Olver Bearman, que logo passou Theo Pourchaire. Jack Doohan colou em Enzo Fittipaldi ainda no meio da volta. Ou ele passava o francês ou ia perder a P5.

Theo Pourchaire ia segurando Enzo Fittipaldi e o pelotão ia ficando longe dos 3 primeiros. Enzo Fittipaldi passou a ser muito atacado por Jack Doohan e perdeu contato com Theo Pourchaire. Na volta seguinte, depois de passar em cima da zebra, o brasileiro perdeu a P5. Logo a seguir Victor Martins fez meia volta lado a lado com Enzo Fittipaldi, que conseguiu segurar a P6, mas já perdia contato com Jack Doohan.

Oliver Bearman, que depois da rodada quando era o P2, caindo pra P4, não tinha mais o mesmo ritmo e com isso vinha segurando o pelotão até o P7, mas ainda assim, Enzo Fittipaldi não conseguir chegar em posição de ataque, com Victor Martins mais próximo dele do que ele de Jack Doohan. O pelotão ia chegando em Izack Hadjar, que ia perdendo rendimento e Arthur Leclerc, o P8, chegou no pelotão com 5 voltas para o final.

Oliver Bearman passou Izack Hadjar que passou a segurar quem vinha atrás. Enzo Fittipaldi atacou Jack Doohan e quase saiu da pista. Na volta seguinte Doohan passou e abriu e Enzo Fittipaldi perdeu contato com os dois preso atrás do francês. Oliver Bearman errou, atrapalhou Izack Hadjar e passou os dois, subindo para a P4 na penúltima volta. Hadjar continuou segurando todo mundo e deu ao menos uma volta de paz para Enzo Fittipaldi terminar a corrida na P4.

Pouco depois da corrida da FIA Fórmula 3 era chegada a hora da corrida principal da FIA Fórmula 2, com parada obrigatória e troca entre os pneus duros e macios. Choveu no final da corrida anterior e mesmo com a pista úmida, os pilotos foram para os pneus slicks. A chuva continuava rondando o autódromo e Enzo Fittipaldi, largando na P6, foi na estratégia convencional, largando com pneus macios para o início das 29 voltas.

Após a volta de apresentação, apagadas as luzes vermelhas, Enzo Fittipaldi largou bem e ganhou a P4 e foi pra cima de Oliver Bearman, mas logo ficou mais para os ataques de Jack Doohan. Com a abertura de asa liberada, o brasileiro não podia deixar o piloto da Prema abrir mais de 1s e perder a defesa com asa aberta, mas na volta 5 sem asa aberta, Enzo Fittipaldi perdeu a P4 para o piloto australiano.

Na volta 6 Enzo Fittipaldi foi para os boxes colocar pneus quando Amaury Cordeel apareceu parado em uma posição perigosa. E foi acionado o safety car na volta seguinte, o que acabou com a estratégia do brasileiro. A maioria dos pilotos parou com o safety car na pista e o ritmo mais lento de prova. Com isso, após as paradas, Enzo Fittipaldi caiu para P14, com 5 pilotos ainda por trocar pneus à sua frente.

A relargada veio na abertura da volta 11 e Enzo Fittipaldi manteve a P14. Com um acidente entre Roman Stanek, Ferderik Vesti e Dennis Hauger no momento da relargada trouxe o safety car de volta pra pista. Frederik Vesti parou depois de sair dos boxes e prolongou a permanência do safety car na pista e a corrida só foi retomada na abertura da volta 15 e Enzo Fittipaldi manteve a P14, mas estava entre Kush Maini e Roy Nissany, perigo na frente e atrás e Kush Maini, mais uma vez, colocou o brasileiro pra fora da pista, jogando-o pra P17.

Kush Maini bateu em Ralph Boschung e tirou os dois da corrida, provocando uma nova entrada do safety car. Enzo Fittipaldi voltou pra P14. Quem não tinha parado foi para os boxes e Enzo Fittipaldi subiu pra P13, mas estava vendo o companheiro de equipe na P2. A relargada veio na abertura da volta 20 e Enzo Fittipaldi superou Jak Crawford e banhou a P12. Quem estava à sua frente era Roy Nissany, mas ele não conseguia se aproximar para atacar.

O israelense errou, perdeu contato com Oliver Bearman e Enzo Fittipaldi aproveitou pra ganhar a P11, mas estava a 3s de Oliver Bearman para entrar na zona de pontos. Com várias investigações que mudariam o resultado da corrida Enzo Fittipaldi apertou o ritmo para se aproveitar das punições. Ele tirou a diferença para Clement Novalak, que foi superado por Oliver Bearman, e conseguiu também passar o piloto a Trident para entrar na zona de pontos.

Enzo Fittipaldi também superou Juan Manuel Correa e tomou a P9 a duas voltas do final e chegou passando Arthur Leclerc pra ganhar a P8 e por 30 milésimos não pegou a P7 com a punição de Jehan Daruvala, numa grande corrida de recuperação. A categoria sai de Silverstone com o brasileiro na P8 no campeonato, com 66 pontos. A próxima etapa será na Hungria, em duas semanas.

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

Um abraço a todos,

Genilson Santos