Olá leitores!

Como estão? Espero que todos bem e aproveitando o melhor possível os vossos dias. Mais um final de semana repleto de boas opções para o fã do esporte a motor, até mesmo a torcida da Ferrari teve o que comemorar (não na Fórmula Um, claro) nesse final de semana no qual o autointitulado estado mais intelectual do país comemorou novamente uma derrota militar como se fosse uma vitória. O mesmo estado de gente tão inteligente que não tem nem capacidade de regular o facho do farol do carro, ou reconhecer que algo está errado e levar para regular o facho, talvez por desconhecimento que farol é para iluminar o chão e não as árvores ou o revestimento do teto do carro da frente... enfim, continuemos.

Começando com o Brasil, a Stock Car visitou o grande palco de shows musicais da capital paulista (ao menos para a “administração” do lugar, automobilismo é uma atividade secundária para um autódromo) para mais uma rodada dupla. Gostaria muito de ter ido presencialmente prestigiar o evento, mas por uma série de eventos fora do meu controle nem tive a oportunidade de pensar em pedir o credenciamento para a etapa. Torço para que minha vida comece a ficar menos complicada para eu retornar às pistas... enfim, na primeira corrida do dia nuestro Hermano Matias Rossi fez uma belíssima corrida, largando na frente e deixando a liderança apenas na janela de paradas nos boxes. Uma vitória com mérito e autoridade. Ao seu lado no pódio estiveram dois Felipes, o Baptista na segunda posição e o Massa na terceira. A propósito, primeiro pódio do ex piloto de Fórmula Um na categoria. A segunda corrida acabou sendo mais movimentada ainda, com duas intervenções do safety-car, a primeira por conta de acidente e a segunda por causa do incêndio no carro de Diego Nunes, felizmente apenas com danos materiais e o susto do piloto. Esse segundo atrapalhou bem a janela de parada nos boxes, e a corrida foi decidida na estratégia das equipes. Quem fez a melhor estratégia foi a RCM, propiciando mais uma vitória na Stock para Ricardo Zonta, que adiou mais uma vez o sonho de Felipe Massa de vencer em Interlagos. Felipe esteve muito bem a corrida toda, e conquistou seu segundo pódio do dia, dessa vez em 2º. O degrau mais baixo do pódio foi ocupado por Matias Rossi, escalando o grid da 10ª posição em que largou após a inversão do grid. Grande fase a do argentino. Eu só fiquei sem entender a “chamada” para a próxima etapa da categoria, dia 06/08 na pista de track day de Mogi Guaçu, com o botão de “garanta seu ingresso”... estranho, muito estranho, afinal que eu saiba não tem nem espaço direito para todas as equipes da categoria na pista, quanto mais público... enfim, mistério.

Lá na Itália o WEC realizou a prova de 6 Horas de Monza, e a corrida foi muito boa. Grandes disputas em todas as categorias, e inclusive vitória de brasileiro na categoria intermediária. Na Hypercar a Toyota pode ter vencido com o carro #7, mas os destaques foram o desempenho da Ferrari (que chegou em 2º com o carro vencedor de Le Mans, o #50, e fez a melhor volta da prova) e do Peugeot 9X8, que fez a pole position e resistiu bem ao longo tempo de aceleração total da pista italiana, terminando em 3º com o carro #93. Na LMP2, vitória do Jota #28 do trio Fittipaldi, Hansson e Rasmussen, se aproveitando dos problemas apresentados na última hora de corrida pelo carro #31 da WRT. Na 2ª posição veio o carro #36 da Alpine e em 3ª o carro #41 da WRT. Na LMGTE-Am, título antecipado para a Corvette Racing; o 4º lugar foi o suficiente para não serem mais alcançados na pontuação, mesmo que o carro #33 não tenha conquistado um único pódio na temporada. Regularidade e resistência foram a chave do título. O pódio foi dominado pelos Porsche, com o #77 da Dempesy na frente, o #60 da Iron Lynx em 2º e o #86 da GR em 3º. Grande resultado para as garotas da Iron Dames, chegaram em 5º relativamente próximas do Corvette campeão da temporada.

A Fórmula Um foi até a Inglaterra para mais um passeio de Max Verstappen, que dessa vez não conseguiu liderar todas as voltas da corrida mas ainda assim não teve nenhuma oposição séria no final da prova. A grande surpresa positiva da etapa foi a McLaren, que chegou com um grande pacote de atualizações e imediatamente se candidatou ao posto de “melhor do resto”, já que a Red Bull está inalcançável – ao menos com Max. Lando Norris em 2ª e Oscar Piastri em 4º (após largar em uma excelente 3ª posição) foram os destaques da corrida, que ao menos da 2ª posição pra trás foi mais movimentada que o padrão da categoria ultimamente. Para alegria da torcida que lotava o autódromo, a 3ª colocação ficou com outro inglês, Lewis Hamilton, menos descontente com o desempenho do carro que na etapa passada. O destaque negativo, mais uma vez, ficou com a Ferrari e sua dupla de cones, Charles “Mark Webber” Leclerc e Carlos “Thierry Boutsen” Sainz Jr., dois pilotos com estofo para equipe média, no máximo, mas sem categoria para uma equipe que pretende ser de ponta. No atual momento, é no máximo uma equipe de ponta de estoque. Qualquer um desses dois liderando um projeto de crescimento de uma equipe é um desperdício de dinheiro inacreditável. Enfim, mais uma coisa para o Vasseur se preocupar...

A NASCAR foi até Atlanta para uma emocionada despedida de Kevin Harvick dessa pista, inclusive esteve presente no pré corrida o carro com que ele conquistou sua primeira vitória na categoria. A choradeira dos fãs do Harvick (sim, ele os têm) foi tanta que São Pedro resolveu que era hora dele também e a chuva caiu antes do final das 260 voltas planejadas. Como a partir da metade da corrida a pontuação vale integralmente se a prova tiver que ser encerrada, a direção de prova deu a bandeira vermelha e interrompeu por conta da chuva na centésima octogésima quinta volta (tem narrador esportivo brasileiro que se enroscaria para falar isso...), e a vitória ficou nas mãos de William Byron, com Daniel Suárez em 2º. A.J. Allmendinger em 3º, Michael McDowell em 4ª e com Buschinho fechando o Top-5. O homenageado do dia terminou em 30º.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini