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Dando continuidade ao assunto da nossa coluna do mês passado, vamos falar mais sobre o hidrogênio (H2) como alvo de grande interesse da indústria automotiva, mas não só. Elemento mais leve da tabela periódica, bn debate sobre o futuro da mobilidade e de uma nova matriz energética, o potencial desse gás como um combustível de grande capacidade energética e de baixo carbono está atraindo grandes interesses. A economia do H2 está se tornando realidade cada vez mais sólida pode ser encontrada nos bilhões de bilhões que ela é derramada por governos e setores privados. No início da década, dez países já haviam anunciado estratégias nacionais de hidrogênio. Atualmente, o H2 é tido como “o combustível”. Investidores, fabricantes de equipamentos originais (OEMs) automotivos e de transporte (OEMs) e novas startups ágeis estão investindo pesado de olho na economia de hidrogênio, buscando formas como aproveitar melhor as oportunidades que ele apresenta. Baterias x Células de H2 Enquanto os veículos elétricos da bateria (BEVs) estão atualmente na vanguarda da transformação de eletrificação de transporte, na EY, mas ainda existem muitas questões sobre eles e nesse aspecto, H2s desempenharão um papel integral na descarbonização do transporte, oferecendo não apenas uma alternativa complementar aos BEVs. H2s e BEVs são semelhantes, pois o hidrogênio não é uma fonte de combustível primária; Sua intensidade de carbono depende da fonte de energia usada para produzi -la. Uma diferença importante é que a densidade de energia do hidrogênio o torna uma opção prática para aplicações mais exigentes do que o BEVS pode lidar, mas há menos infraestrutura de entrega de H2 quando comparada às redes de energia nacionais existentes. 
Ecossistema emergente Visualizar um ecossistema de economia de hidrogênio é complexo e em rápida evolução. Para ajudar a esclarecer a emergente economia H2, as equipes da EY identificaram três amplas categorias de investidores no setor de Hidrogênio. Novos participantes: os fabricantes de veículos e produtores de hidrogênio com meios eficientes de produção de H2 têm um apetite de maior risco, apostando no aumento explosivo da demanda, tanto para o combustível H2 quanto os veículos alimentados por H2. Mais de 200 projetos H2 foram anunciados em todo o mundo que abordam aplicações de transporte rodoviário, uso industrial e produção de hidrogênio verde. Trinta e um países representando cerca de 73% do PIB global anunciaram sua estratégia H2 com mapas de estradas para descarbonizar os setores e atingir metas nacionais. Tecnologias como células de combustível parecem particularmente promissoras, com o potencial de descarbonizar o setor de transporte. Isso apresenta uma oportunidade para os novos participantes desenvolverem soluções para capturar o mercado e se estabelecerem como líderes de mercado em um setor nascente. 
Hidrogênio “cinza” e Hidrogênio “verde” O chamado “Hidrogênio cinza” é um derivado de baixo carbono do gás natural (Metano CH4) que além de ser um combustível de baia emissão de carbono, é um avanço energético e tecnológico. Entretanto, a velocidade com que as as tecnologias tem se sobreposto e a corrida pelo menor impacto ou pelo “Carbono zero” levou à busca de algo a mais e hoje todos os players do mercado estão trabalhando com o conceito do “Hidrogênio verde”. O “Hidrogênio verde” é produzido através da eletrólise, com eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, para minimizar as emissões de carbono. Deve haver muita capacidade de eletrólise on-line até o final da década. O hidrogênio verde está pronto para aumentar nesta década porque é baseado em “tecnologias comercialmente maduras” e, portanto, não está aguardando nenhum avanço, argumenta o grupo, acrescentando que a demanda comercial por descarbonização está criando um mercado para hidrogênio verde. 
O transporte e armazenamento do Hidrogênio dos locais de produção para os de consumo não necessitam de um novo sistema. Gasodutos de gás natural existentes podem ser usados para transportar hidrogênio e pode ser armazenado em cavernas de sal geológico. Globalmente, os projetos para construir "hidrogenos" em torno dessa infraestrutura já estão em andamento. Embora a capacidade de hidrogênio verde possa ser abundante até o final da década, os reguladores precisam garantir que ela seja usada. O Hidrogênio no transporte, mas muito além do automóvel No momento o hidrogênio parece mais provável de ser usado em caminhões comerciais do que carros de passageiros. As montadoras estão mudando seu foco de células de combustível para longe dos veículos de passageiros, com a Toyota planejando fazer módulos de células de combustível para caminhões nos EUA a partir de 2023. A General Motors em 2021 anunciou um programa com a Navistar para produzir 2.000 caminhões movidos a hidrogênio com autonomia de longo curso. Além do transporte, o hidrogênio é uma das melhores soluções para armazenamento de energia e aplicações industriais. Sem dúvida, uma conclusão fascinante com um futuro brilhante se apenas o hidrogênio utilizado vier de fontes sustentáveis (hidrogênio verde) em vez de ser principalmente um subproduto do setor de petróleo, como é agora. À medida que as emissões de carbono continuam a aumentar globalmente, vários países estão mudando a maneira como avançam para atingir suas respectivas metas de emissão líquida zero. 
O setor automotivo está desenvolvendo veículos que podem usar hidrogênio diretamente em células de combustível ou motores de combustão interna. Até 2030, várias nações esperam ter mais que o dobro desses carros movidos a hidrogênio nas ruas. Um concorrente proeminente, o hidrogênio verde, ou seja, feito com energia renovável, em que a água é dividida em oxigênio e hidrogênio, possui um enorme potencial para reduzir ou anular as emissões de carbono em vários setores. Para o setor de transporte e outras indústrias atingirem suas metas líquidas de emissão zero, um combustível limpo como o hidrogênio verde pode ser fundamental. O hidrogênio verde, quando usado como combustível, pode ajudar a reduzir as emissões de carbono em setores como transporte marítimo e transporte, bem como nas indústrias siderúrgicas e químicas, onde pode formar uma matéria-prima crucial junto com o combustível. Além disso, os combustíveis fósseis usados para fins de geração de energia podem ser substituídos por hidrogênio verde, que pode ser usado posteriormente para armazenar energia renovável. 
O que se pode esperar do “Hidrogênio Verde” nos próximos anos? Uma expansão notável da indústria de hidrogênio verde é provável nos próximos anos. Os requisitos existentes para hidrogênio em vários processos industriais poderão substituir o cinza por hidrogênio verde ou azul. No entanto, é quando o CO2 é devidamente precificado ou outros mecanismos de descarbonização dessas indústrias são implementados adequadamente. Os navios podem ver a transição para amônia verde, ou seja, produzida a partir de hidrogênio verde e nitrogênio do ar e não contém CO2. No entanto, isso exigiria investimentos na substituição de motores e tanques e, atualmente, a amônia verde é notavelmente mais cara que o óleo combustível. 
Os aviões de hidrogênio claramente não são alcançáveis até 2030, pois isso exigiria que novos aviões fossem criados e fornecidos às companhias aéreas para substituir as aeronaves existentes baseadas em combustível de aviação. Embora o combustível verde para aviação, uma combinação de bioenergia sustentável e hidrogênio verde, seja uma solução viável que pode ser implementada em um futuro próximo. Muito axé pra todo mundo, Maria da Graça | 
