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Collet e Fittipaldi vencem no sábado, dão show no domingo e Bortoleto tem o título na mão PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 30 July 2023 16:49

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana, as vésperas das férias de verão (europeu e do hemisfério norte) do automobilismo, tivemos corridas envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial, as que fazem as preliminares da Fórmula 1.

 

Nesta semana o desafio é o veloz e tradicional circuito de Spa Francorchamps, onde o relevo, as curvas rápidas e a instabilidade meteorológica desafia os pilotos e as equipes. Na FIA Fórmula 3, temos Gabriel Bortoleto com a possibilidade de garantir o título da temporada por antecipação. Caio Collet, que costuma andar bem na Bélgica, buscando mais pontos e Roberto Faria conquistar seus primeiros.

 

Apoio da Alpine com a FIA Fórmula 4 Brasil e uma parceria da equipe francesa com o banco BRB, com o encaminhamento de carreira do campeão brasileiro para uma categoria na Europa (no caso a Fórmula Regional Europeia) e com um contrato de patrocínio para Gabriel Bortoleto chegar até a Fórmula 1, mesmo fora da equipe Alpine. É um programa de formação para pilotos brasileiros, com suporte financeiro de um banco e técnico de uma equipe e uma montadora.

 

FIA Fórmula 3

Na manhã da sexta-feira começava a – quem sabe, torcemos – decisão antecipada do campeonato em Spa Francorchamps com previsão de chuva para os três dias do final de semana, mas na região das Ardenas tudo pode acontecer. Era a hora do treino livre, com 45 minutos de duração e os pilotos precisariam acertar os carros para uma condição de pista adversa e que mudaria com o passar dos carros e uma, possível, formação de trilho, com 33 carros na pista.

 

 

No início do treino apenas Roberto Faria – que venceu corrida em Spa Francorchamps pela GB3 – foi pra pista buscar uma melhor ambientação do carro da categoria na pista. Com 8 minutos de treino Gabriel Bortoleto saiu dos boxes. Com a pista muito molhada os tempos estavam bem altos e Roberto Faria virou em 2m28,9s. Gabriel Bortoleto virou sua primeira volta em 2m26,8s. No final do primeiro terço de treino Caio Collet virou sua primeira volta em 2m25,4s.

 

 

Os pilotos buscavam se ambientar com a condição de pista. Gabriel Bortoleto voltou para os boxes enquanto Roberto Faria melhorava seu tempo para 2m27,5s. Os melhores tempos estavam na casa de 2m23s alto para 2m24s baixo. A intensidade da chuva variava e isso interferia brutalmente nos tempos de volta. Ainda assim, Caio Collet melhorou para 2m25,2s sua volta. Roberto Faria voltou para os boxes e Gabriel Bortoleto para a pista e virou em 2m25,7s Nessa condição a classificação vai ser uma loteria.

 

 

Entramos no terço final do treino e Gabriel Bortoleto fez uma volta em 2m25,0s, entrando no top10 e retornou para os boxes. Roberto Faria voltou pra pista e a chuva parecia ter diminuído e o brasileiro baixou 3 centésimos sua volta. Os pilotos entraram na casa de 2m23s e Caio Collet fez uma volta em 2m23,6s, o mais rápido faltando 2 minutos para o final do treino. Roberto Faria fez uma boa volta em 2m26,7s. Os adversários diretos de Gabriel Bortoleto estavam entre os mais rápidos enquanto o brasileiro estava longe do top10. Ele melhorou seu tempo de volta para 2m24,1s e terminou o dia na P12. Caio Collet ficou com a P5 e Roberto Faria com a P26 e sendo o melhor entre os pilotos da PHM.

 

Depois do treino livre 1 da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 3 retornaram à pista para o treino de classificação e definir os grids das corridas de sábado e domingo. Gabriel Bortoleto precisava buscar uma boa posição, entre os 12 primeiros para ficar em condições de marcar bons pontos. Caio Collet mostrou que na pista molhada ele estava rápido e Roberto Faria pela primeira vez andou na frente dos dois companheiros de equipe.

 

 

Choveu pesado durante o treino da Fórmula 1, mas na hora do treino da FIA Fórmula 3 não estava chovendo e quando foram abertos os boxes foram todos pra pista buscar fazer uma volta rápida uma vez que havia previsão de chuva para o final do treino. Gabriel Bortoleto fez logo uma volta em 2m26,7s e Caio Collet fez uma volta 5 centésimos mais rápido. Depois de uma volta para resfriar um pouco os pneus eles foram para outra volta rápida. Roberto Faria virou 2m30,1s.

 

 

Os tempos de volta entraram na casa de 2m25s e Gabriel Bortoleto fez uma volta em 2m25,9s, mas foi Caio Collet com 2m25,7s que marcou a P1 provisória com 13 minutos de treino decorrido. Gabriel Bortoleto estava na P6 e Roberto Faria era o P28. Com todos os pilotos nos boxes, Gabriel Bortoleto fez uma grande volta em 2m25,180s, meio segundo mais rápido que a volta de Caio Collet antes de voltar para os boxes.

 

 

Faltando 10 minutos para o final do treino os pilotos voltaram pra pista. Ainda não chovia e com isso os tempos deveriam cair. Caio Collet e Gabriel Bortoleto vieram pra pista fora do pelotão e as voltas já estavam na casa de 2m23s. Roberto Faria virou em 2m27,044s. Gabriel Bortoleto virou 2m23,966s e Caio Collet 2m24,030s, com a P4 e a P7 respectivamente. No minuto final os carros da Prema viraram na casa de 2m22s quando Gabriel Bortoleto e Caio Collet abriram uma última volta rápida. Gabriel Bortoleto não fez uma boa volta e com 2m23,251s ficou com a P15. Caio Collet fez uma volta em 2m22,792s, ficando com a P9. Roberto Faria terminou na P30 com 2m26,810s.

 

Na manhã do sábado era chegada a hora da corrida ‘sprint’ da FIA Fórmula 3. A pista estava úmida, havia possibilidade de chuva durante a corrida, mas a pista estava em condições para todos largarem com pneus slicks médios. Caio Collet largando na P4 tinha uma boa chance de conquistar um pódio ou mesmo uma vitória. Gabriel Bortoleto estava obrigado a fazer uma de recuperação largando da P15 enquanto Roberto Faria largava na P30.

 

 

Após a volta de apresentação os pilotos voltaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 12 voltas programadas, Caio Collet largou bem ganhando a P3 na eau rouge e na reta Kemmel  P2. Gabriel bortoleto também ganhou 2 posições, subindo para a P13. Caio Collet numa passadaça por fora tomou a P1 de Taylor Barnard antes da entrada do safety car como também Gabriel Bortoleto ganhou a P12. Sebastian Montoya e Rafael Villagomez bateram no setor 2 e Roberto Faria avançou muito e era o P23.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 4 e Caio Collet largou muito bem e defendeu a liderança. Gabriel Bortoleto ficou lado a lado com Josep Maria Marti, mas continuou na P12. O espanhol atacou Gabriele Mini por fora e os dois se tocaram. Marti tentou voltar pra pista e acertou Ido Cohen. Gabriel Bortoleto agradeceu e subiu pra P10. Roberto Faria ganhou a posição de Mari Boya e era o P19. Não teve como não ter o safety car de volta à pista.

 

 

Na relargada, abrindo a volta 8 e se Gabriel Bortoleto entrou na zona de pontos, mas tinha apenas 5 voltas (se não tivessem mais problemas) para escalar o pelotão. Caio Collet largou muito bem novamente e abriu vantagem ns ponta. Gabriel Bortoleto manteve a P10. Roberto Faria vinha numa grande corrida na P19. Gabriel Bortoleto passou Dino Beganovic e depois de ganhar a P9 ele ficou lento e acabou abandonando a corrida com um dano na suspensão traseira esquerda depois de ser acertado pelo sueco.

 

 

O carro ficou em posição perigosa e o safety car voltou pra pista na abertura da volta 10. A chuva começou a cair e o safety car ficou na pista até o final da corrida, garantindo a vitória de Caio Collet, a primeira na temporada. Roberto Faria ficou numa grande P18, com ultrapassagens e não apenas herdando posições por conta de abandonos de corrida. A surpresa veio depois, com a informação de que, por não ter cumprido um número de voltas em bandeira verde, os pilotos não teriam pontos creditados. Felizmente o bom senso voltou e a decisão sem noção foi revogada e a pontuação integral foi creditada, com 11 pontos para Caio Collet.

 

Na manhã de domingo, tirando o colunista da cama na madrugada, tivemos a corrida ‘feature’, que teria a distância encurtada para 12 voltas, preocupação com a resistência dos pneus médios, mas com a pista molhada, mantiveram as 15 voltas. O céu estava nublado, não chovia, mas a pista estava úmida antes da largada. Caio Collet, vencedor no sábado, largava na P9. Gabriel Bortoleto, precisando fazer uma grande corrida de recuperação, largava na P15 e Roberto Faria, que mostrou braço na ‘sprint race’, largava da P30. Gabriele Mini, que largava na P8, não ia largar.

 

 

A volta de apresentação seria atrás do safety car e a largada seria em movimento, para tentar evitar batidas nas primeiras curvas. No grid, alguns pilotos optaram por pneus slick, outros por pneus de chuva. Caio Collet tinha pneus slicks e perdeu posições na largada. No início, os carros com pneus de chuva estavam levando vantagem. O livetiming estava fora e Caio Collet fechou a primeira volta na P12, Roberto Faria era o P20 com pneus de chuva e Gabriel Bortoleto, com pneus slick, o P21.

 

Os pilotos com pneus de chuva estavam se dando bem e Roberto Faria ganhou mais 9 posições na volta 2 e era o P11. Caio Collet era o P13 e Gabriel Bortoleto era o P21. Caio Collet voltou pra P12, passando Josep Maria Marti e era o primeiro entre os que estavam com pneus slicks. Oliver Goethe bateu forte na saída da eau rouge na volta 4 e provocou a entrada do safety car. Alguns pilotos que estavam com pneus de chuva trocaram para os slicks. Caio Collet subiu para a P10 e Gabriel Bortoleto o P18. Roberto Faria trocou os pneus para os slicks, mas rodou na volta à pista e ficou em uma das caixas de brita. Gabriel Bortoleto devolveu 2 posições e voltou para P20 por ter feito as ultrapassagem justamente quando acionaram a bandeira amarela. Mas Luke Browning rodou sob bandeira amarela e deu  P19 para Bortoleto.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 8 e Caio Collet pulou pra P9 na largada e Caio Collet passou Mari Boya. Paul Aron rodou e despencou na classificação. Gabriel Bortoleto subiu para a P17. Caio Collet fechou a volta na P7 e era o primeiro dos com pneus slick, com a pista secando. Bortoleto passou Nikola Tsolov e era o P16. Zak O’Sullivan passou reto na les combes e Gabriel Bortoleto subia para P14. Faltando 5 voltas para o final da corrida Caio Collet tinha 14s de defasagem para o P6, Sophia Floersch, com pneus de chuva. Gabriel Bortoleto passou Leonardo Fornaroli e subiu para P13.

 

 

Com 3 voltas para o final, Gabriel Bortoleto passou Mari Boya e era o P12. Os 5 primeiros do campeonato estavam da P8 a P12. Caio Collet reduziu a diferença para Sophia Floersch para menos de 9s. Caio Collet vinha voando, abriu 11s para Paul Aron e estava a menos de 4s da alemã e na volta seguinte colou nela e em Sebastian Montoya na última volta. Babriel Bortoleto colou em Franco Colapinto e tinha a volta mais rápida. Caio Collet superou os dois pra ser P5. Gabriel Bortoleto não conseguiu a P10 que daria o título antecipado do campeonato. O Brasileiro sai para as férias com seus 144 pontos contra 106 de Paul Aron. 38 pontos de vantagem (Se ganha a P10, com a volta mais rápida, o campeonato acabava). Caio Collet subiu para a P10, com 61 pontos. Roberto Faria, se tivesse mantido os pneus de chuva, talvez tivesse chegado nos pontos. A decisão ficou para Monza, no início de setembro.

 

FIA Fórmula 2

Logo após o treino livre da FIA Fórmula 3 era chegada a hora dos 22 pilotos da FIA Fórmula 2 e Enzo Fittipaldi chegava em Spa Francorchamps numa “disputa direta interna” contra Dennis Hauger no “campeonato da academia da Red Bull”. O norueguês tem 4 pontos de vantagem e ambos estão longe de Ayumu Iwasa. A pista molhada não vem sendo uma coisa boa para o brasileiro, que não tem feito grandes resultados nesta condição e esta é a previsão meteorológica para o final de semana em Spa Francorchamps.

 

 

A chuva apertou logo depois dos primeiros carros irem para a pista e apenas três pilotos marcaram tempo de volta no primeiro terço de treino. Clement Novalak ficou parado na pista depois de uma escapada na saída da eau rouge e provoca um virtual safety car. Na metade do treino, com o fim do VSC, os pilotos começaram a deixar os boxes para encarar a pista molhada. Os pilotos mais rápidos estavam virando na casa de 2m18s. Enzo Fittipaldi virou sia primeira volta em 2m22s e ia precisar melhorar muito.

 

No início do terço final do treino Enzo Fittipaldi virou uma volta em 2m18,0s, mas em seguida já tínhamos piloto virando na casa de 2m16s e o brasileiro melhorou seu tempo com uma volta em 2m17,8s. Faltando 5 minutos para o final do treino, a maioria dos pilotos já estavam de volta aos boxes. A equipe abriu a cobertura do motor do brasileiro e antes dele ir para a pista, o estreante Joshua Mason provocou uma bandeira vermelha ficando parado na saída do contorno da source. Enzo Fittipaldi ficou com a P6.

 

Após o treino classificatório da FIA Fórmula 3 chegava a hora dos pilotos da FIA Fórmula 2 definirem o grid para as duas corridas do final de semana com o treino classificatório. A pista estava relativamente propícia ao uso de um pneu pra pista seca e aberto os boxes os pilotos foram logo para pista, mas antes que fosse possível alguém fazer uma volta rápida, Joshua Mason escapou em uma curva no setor 2 e provocou a bandeira vermelha com pouco menos de 3 minutos de treino.

 

 

A bandeira verde veio antes da chuva já anunciada e todos foram correndo pra pista para tentar fazer uma volta com pista seca. O céu estava pesado e no asfalto úmido Enzo Fittipaldi errou no primeiro setor e também no segundo. A volta em 2m09818s foi péssima. Ainda assim ele fez a P8 provisória e na volta seguinte, apesar de fazer um primeiro setor igual ao dos líderes, mas no setor 2, bastante molhado, todos levantaram o pé e o treino “acabou”. A chuva começou a cair em toda pista e ninguém ia melhorar nada... com 10 minutos de treino! Alguns pilotos colocaram pneus pra chuva, mas a chuva estava pesada e ninguém melhorou os tempos obtidos antes da chuva.

 

Com o atraso na classificação da corrida ‘sprint’ da Fórmula 1 devido a chuva forte, tivemos um atraso na corrida ‘sprint’ da FIA Fórmula 2. instável como nunca, a condição de corrida era uma loteria e com a pista secando rapidamente após as condições em que esteve molhada, na hora da largada tínhamos sol e boa parte da pista completamente seca para a largada e Enzo Fittipaldi largando na P3 para as 18 programadas. Todos, claro, estavam com pneus médios.

 

 

Os carros (exceto Joshua Mason, que ficou parado, mas depois conseguiu sair) voltaram ao grid após a volta de apresentação e como Mason estava completando a volta e ia voltar para os boxes, deram mais uma volta de apresentação e reduziram a corrida em uma volta. Voltando ao grid de largada – e com Mason nos boxes – foi dada a largada e Enzo Fittipaldi largou mal, mas deu uma espremida em Dennis Hauger pra segurar a P3. A largada ruim deixou os dois primeiros abrirem vantagem.

 

Theo Pourchaire passou Dennis Hauger e foi pra cima de Enzo Fittipaldi. Liberaram a abertura de asa já na segunda volta e como o brasileiro estava há mais de 2s de Richard Verschoor e estava vulnerável aos ataques de Theo Pourchaire. Jehan Daruvala perdeu o protetor de cabeça na pista e foi obrigado a abandonar na abertura da terceira volta. Amaury Cordeel parou do nada na pista e provocou a entrada do safety car. Enzo Fittipaldi subiu para a P2 e o pelotão agrupou.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 5 e Enzo Fittipaldi largou bem e manteve a P2. O brasileiro tinha que ficar a menos de 1s para poder abrir asa e se defender de Theo Pourchaire, que estava muito próximo. Na abertura da volta 7 Enzo Fittipaldi já não tinha mais abertura de asa e sofreu para se defender na P2 enquanto Christian Verschoor abria 1,7s de vantagem. Obrigado a pilotar na defensiva, o brasileiro ia ficando longe do líder da corrida.

 

Na volta 9 Enzo Fittipaldi conseguiu abrir mais de 1s de Theo Pourchaire e sem ter que se defender, conseguiu reduzir a diferença de 2,3s para 1,9s em relação a Richard Verschoor. Com Dennis Hauger encostando em Theo Pourchaire e o monegasco a mais de 2s, a preocupação era tentar tirar a diferença, mas essa estava estável em 2s com dois terços de corrida percorridos. Enzo Fittipaldi começou a se aproximar de Richard Verschoor a partir da volta 13.

 

 

Na abertura da volta 14 a diferença entre os dois primeiros era de 1,2s e logo baixou de 1s, com 4 voltas para o final da corrida. Ele chegou no holandês a 3 voltas do final e parecia ter mais pneus que Richard Verschoor. Enzo Fittipaldi colou e passou por fora na freada da les combes na penúltima volta e o brasileiro abriu rapidamente mais de 1s antes abertura da última volta, aberta com 1,5s de vantagem. Não teve contra ataque e Enzo Fittipaldi fez o hino nacional brasileiro tocar novamente no sábado em Spa Francorchamps.

 

Pouco depois veio a corrida da FIA Fórmula 2. era a ‘feature’ race, a corrida longa, com 25 voltas, que em pista seca tem a obrigatoriedade do pit stop para troca de pneus (de macios para médios ou de médios para macios). Enzo Fittipaldi estava largando na P8 com pneus macios e a pista, mesmo mais seca, ainda estava bem úmida, a ponto de Victor Martins Frederik Vesti escaparam na pista e o líder do campeonato bateu mais forte na freada da curva Kemmel e não chegou para o grid, ficando fora da prova.

 

 

Após a volta de apresentação (sem carro de segurança) os pilotos voltaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas, Enzo Fittipaldi fez uma largada espetacular e pulou para a P4 antes da eau rouge. Ayumu Iwasa tocou em Dennis Hauger que rodou e apagou o motor do norueguês, ficando parado no meio da pista. O japonês quebrou a suspensão e foi para os boxes. O safety car foi acionado.

 

Empurrado, Dennis Hauger fez o carro pegar e a relargada veio na abertura da volta 4 e Enzo Fittipaldi foi pra cima de Zane Maloney que quase tirou o brasileiro da corrida. Os dois se tocaram e o barbadiano levou a pior, mas Enzo Fittipaldi perdeu contato com os dois líderes e tinha Victor Martins a menos de 1s na P4. Dennis Hauger recebeu bandeira preta. Oliver Bearman e Theo Pourchaire passaram reto na les combes e passaram reto na área de escape.

 

 

Enzo Fittipaldi vinha se defendendo bem dos ataques de Victoer Martins e vinha se aproximando da briga pela liderança com Oliver Bearman fazendo uma pilotagem defensiva. Com a pista mais fria os pneus macios estavam durando bem e na volta 9 Victor Martins não conseguia ficar a 1s de Enzo Fittipaldi, que vinha se aproximando de Theo Pourchaire, a 1,3s do monegasco. As primeira paradas começaram na volta 11 e na volta 12, Isack Hadjar bateu na saída dos boxes provocando um virtual safety car (e ao contrário dos terríveis narradores e comentaristas, não pode entrar nos boxes durante o VSC), que durou menos de uma volta.

 

A corrida foi retomada e Enzo Fittipaldi já estava na briga pela liderança a menos de 1s de Theo Pourchaire. Na abertura da volta 14 Victor Martins e Zane Maloney foram para os boxes e Enzo Fittipaldi não entrou nos boxes enquanto os dois líderes entraram. Theo Pourchaire ganhou a posição de Oliver Bearman na parada e como ficou mais uma volta na pista, depois da troca, o brasileiro perdeu a posição para Victor Martins e Zane Maloney num claro erro de estratégia da Carlin.

 

 

Pior: Juan Manuel Correa e Jak Crawford se tocaram e provocaram a entrada do safety car. Sorte de Jack Doohan que subiu pra P2. Enzo Fittipaldi caiu para a P6 e, com o pelotão reagrupado, os pilotos que estavam com pneus médios e trocaram para os macios e teriam vantagem nas voltas finais. A relargada viria na abertura da volta 20, mas Joshua Mason rodou sozinho pra não bater em Roy Nissany (que fez um “break test) e provocou a permanência do safety car por mais uma volta.

 

A relargada veio com 5 voltas para o final e todos vieram colados uns nos outros. Enzo Fittipaldi atacou, mas não conseguiu passar Zane Maloney, que atrasava o brasileiro, que via Victor Martins abrir frente na P4. Na freada da les combes o brasileiro chegou a passar, mas tomou o troco. Victor Martins passou Oliver Bearman e na briga pela P5, Richard Verschoor chegou em Enzo Fittipaldi. Como Zane Maloney também abria asa para chegar em Oliver Bearman, o brasileiro não conseguia atacar, mesmo tendo mais velocidade que os dois pilotos à sua frente.

 

 

Na última volta Zane Maloney perdeu a asa móvel e não teve mais como segurar o Tubarãozinho! Infelizmente não tinha mais como buscar Oliver Bearman e Enzo Fittipaldi terminou na P5 por erro da sua equipe, mas como Victor Martins e Oliver Bearman foram punidos em 5s por ações antidesportivas, o brasileiro subiu para a P3 e foi novamente para o pódio... mas podia ser melhor. Enzo Fittipaldi deixa a Bélgica com 98 pontos na P7 do campeonato e abriu uma grande vantagem para Dennis Hauger “no campeonato da Red Bull”. A próxima etapa é em Zandvoort, no final de agosto.

 

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal.

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.