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Show do TCR Mundial em El Pinar, NASCAR, DTM e MotoGP garantem o final de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 21 August 2023 15:36

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Final de semana com muitas alternativas para o fã de esporte a motor acompanhar, e acredito que o grande, enorme destaque foi a etapa do TCR South America válida pelo TCR World Tour, que conta pontos classificatórios para o mundial da categoria, que será disputado na Arábia Saudita. El Pinar deu uma aula de como fazer uma pista com retas e pontos de ultrapassagem, tudo isso em um espaço relativamente pequeno. Coloquei um chapéu apenas para o tirar para os uruguaios, a pista está de parabéns. E é bom os brasileiros tentarem aprender como fazer autódromo, pois pela mão do incapaz colocado na prefeitura de São Paulo pela população mediana da capital, Interlagos está prestes a deixar de ser autódromo para ser palco de shows musicais (já tem mais tempo dedicado a shows e montagem de seus palcos que corridas em Interlagos), missas a céu aberto, comícios, reuniões da Hinode e da Herbalife, enfim, qualquer outra coisa, já que automobilismo é um esporte muito civilizado para a horda de bárbaros aculturados (ainda que com ótimas referências bibliográficas e ostentando MBAs a rodo) que habita o estado. Em relação a interlagos a dica é fazer o que o Miojinho não faz, desapegar, já que ele ainda quer o título de 2008 no “tapetão”, e ao ver uma oportunidade de passar vergonha ele foi lá e abraçou com entusiasmo essa oportunidade. Se me perguntarem se conheço Felipe Massa eu vou dizer que nunca ouvi falar, não sei quem é, que podem tacar a camisa de força no cidadão e levar pro hospício.

 

Mas vamos ao que interessa de verdade, corridas. O excelente traçado de El Pinar recebeu reformas, sendo a mais notável uma nova sequência de curvas formando um “gancho” no formato da cabeça de um taco de golfe para tacadas de longa distância após a curva Gota de Agua, para formar um circuito extremamente interessante apontado na ficha técnica como tendo 3.120 metros, para uma rodada dupla em que infelizmente vimos que o TCR é um regulamento em que todos os carros são iguais nos campeonatos ao redor do globo, mas alguns são mais iguais que outros... a expertise e conhecimentos mecânicos das equipes que participam das etapas que valem pelo Mundial da categoria realmente se fazem valer, e os pilotos que participam apenas do nosso certame tiveram dificuldades em acompanhar o ritmo de feras como Mikel Azcona, Robert Huff, Norbert Michelisz, Yann Erlacher, dentre outros. Tentaram, é verdade, mas (principalmente para os brasileiros) os níveis técnico e de competitividade demonstrados podem ter sido um balde de água fria para os próprios egos. Coisa assim, 9 carros do Mundial vieram para as disputas, 9 primeiras posições ocupadas por eles. Com pilotos do certame sul-americano terminando com volta de desvantagem em corrida curta. Comissários desportivos brasileiros que por ventura resolveram acompanhar a corrida devem ter tido problemas de pressão alta ou taquicardia com o pessoal do Mundial não tendo o menor pudor de trocar tinta entre seus carros, dando “totó” na traseira do carro adiante, choques de lateral contra lateral... Ma Qing Hua, Huff e Björk, no Brasil, teriam sido desclassificados da corrida e banidos das pistas. Para sorte deles, a corrida foi em lugar civilizado... quem brilhou nas duas corridas foram os Lynk & Co., marca do mesmo conglomerado chinês que é dono atual da Volvo, com 1º e 2º lugares na primeira corrida e 1º e 3º na segunda. Na corrida 1 a vitória do piloto uruguaio Santiago Urrutia foi facilitada pelo tempo que seu companheiro de equipe passou lutando pela 2ª posição nas 3 primeiras das 20 voltas da corrida, pois nas últimas voltas Thed Björk se aproximou bastante do líder, com ritmo para efetuar a ultrapassagem, só faltou realmente tempo de corrida para esse fato ser concretizado. Urrutia venceu com a magra margem de 479 milésimos sobre o sueco, acompanhados no pódio por Frederic Vervisch a 3 segundos do líder na 3ª posição. No certame sul-americano, vitória de Ignacio Montenegro, com Juan Casella em 2º e Esteban Guerrieri na 3ª posição. Numa pista menos travada, com retas, os brasileiros tiveram dificuldades: o melhor foi Rafael Suzuki, 6º dentre os sul-americanos e 15º na geral, meio minuto atrás de Urrutia. Com o grid invertido para a largada da 2ª corrida, Ma Qing Hua aproveitou muito bem a pole position, se defendeu do ataque recebido na largada com uma intensidade que teria rendido a expulsão da corrida e a voz de prisão por parte dos brilhantes e geniais comissários tapuias se a corrida fosse com “regulamento tabajara”, e a partir daí começou a fazer todas as voltas da corrida em ritmo de classificação (como ele próprio disse na entrevista pós corrida) para poder manter a posição com os adversários vindo com a faca entre os dentes atrás dele. Ao cabo das 21 voltas da corrida, ele se tornou o primeiro piloto chinês a vencer com um carro chinês em um certame válido para uma categoria mundial. Foi acompanhado no pódio pelo excelente Mikel Azcona na 2ª posição e por Yann Erlacher (parente do ET Sébastien Loeb) na 3ª posição. O pódio sul-americano ficou com Esteban Guerrieri em 1º, Juan Angel Rosso em 2º e Rafael Suzuki na 3ª posição. Meus públicos parabéns aos comissários desportivos Violeta Pernice, Diego Mesa e Marcelo Azayan por não quererem roubar o espetáculo dos verdadeiros protagonistas, os pilotos. Próximo final de semana teremos outra etapa TCR válida pelo Mundial, dessa vez em território argentino, em San Luis. Poderia ser no Brasil a outra etapa do Mundial? Poderia, mas não temos nem pistas capazes nem comissários esportivos para tanto...

 

O DTM foi para mais uma rodada dupla em Lauzitsring, e o campeonato continua eletrizante, um dos melhores da história da categoria, sem dúvidas, em que pese alguns chatos presos ao passado ainda lamentarem a não existência dos carros específicos para o certame. Em sua “era GT3”, no sábado a 9ª corrida da temporada teve o 9º vencedor diferente. Debaixo de um forte calor acima de 30°C, o inglês Jack Aitken aproveitou da pole conquistada na manhã para conseguir uma suada vitória (sem trocadilho) com seu Ferrari 296 GT3. Ao contrário da equipe Ferrari de Fórmula Um, o pit stop da Emil Frey Racing foi perfeito e ajudou ele a se manter na frente dos demais. Foi acompanhado no pódio por Mirko Bortolotti na 2ª posição e por Kelvin van der Linde na 3ª posição. Já no domingo, poderíamos ter um 10º vencedor em 10 corridas, mas... Mirko Bortolotti não gostou da ideia, e batalhou com muito afinco para alcançar o objetivo de ser o primeiro piloto a conseguir duas vitórias na temporada. Ricardo Feller tentou bravamente tirar a liderança de Bortolotti, mas não foi dessa vez, e acabou cruzando a bandeirada apenas 35 centésimos atrás do italiano da Lamborghini. Foram acompanhados no pódio por Luca Stolz e seu Mercedes.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até o Red Bull Ring para mais uma etapa, e numa pista de propriedade da Red Bull, empresa que dá guarida a uma das criaturas mais insuportáveis do esporte a motor (Helmut Marko), ainda bem que tivemos a Moto3 para salvar as honras do final de semana, pois a contagiante simpatia do elemento supracitado contagiou as disputas na pista. A Moto3 teve aquela habitual aglomeração de pilotos disputando posições, dessa vez com pelotões menores que o “padrão”: o “bolo” dianteiro tinha “apenas” 4 pilotos nas voltas finais, com dois pilotos meio isolados e aí o grande “bolo” do 7º ao 13º lugar. Vitória de Oncu, a impressionantes 5 milésimos de segundo à frente de Holgado e 119 milésimos sobre Sasaki. Diogo Moreira chegou em 8º, grudado em Yamanaka. Na Moto2 Celestino Vietti foi monumental, galgando posições e no final resistindo à pressão do Pedro Acosta, que queria dar à equipe Red Bull KTM uma vitória em casa, mas Vietti não quis saber disso e ainda abriu quase um segundo e meio sobre Acosta. Foram acompanhados no pódio por Ai Ogura, que recebeu a bandeirada pouco mais de 5 segundos atrás do líder. Na MotoGP, Francesco Bagnaia não cometeu erros, largou bem e não foi incomodado lá na frente. Brad Binder e sua KTM chegaram em 2º, a distantes 5s191 do líder, e mais 2 segundos e meio atrás veio Marco Bezzecchi, fazendo o dono de sua equipe, “il Dottore” Valentino Rossi, sorrir bastante após o resultado decepcionante da prova sprint do sábado. Sorriso favorecido também pelo resultado da outra moto da equipe, a de Luca Marini, que terminou em 4º.

 

A NASCAR foi para uma das pistas mais legais da categoria, Watkins Glen, para uma das corridas mais chatas da temporada. Foi uma prova dura de assistir, que ao final teve a vitória de William Byron, sua primeira na categoria principal num circuito misto, por uma confortável margem de pouco mais de 2 segundos e meio para Denny Hamlin. Deixe contextualizar a coisa: o pole position terminou em 2º, e o piloto que largou em 2º venceu. Em 3º chegou Christopher Bell, em 4º chegou A. J. Allmendinger (que finalmente voltou a ter um bom resultado em circuito misto) e fechando o Top-5 apareceu Ty Gibbs, em um de seus melhores resultados do ano. Aliás. Apesar da vitória de um Chevrolet, quem se deu bem foi a Toyota, com 5 carros entre os 10 primeiros (2º, 3º, 5º, 6º e 8º lugares). Melhor Ford foi o de Chris Buescher, 7º colocado. Agora tem uma vaga sobrando para os playoffs, que será decidida próximo sábado a noite em Daytona... promete ser emocionante.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Monday, 21 August 2023 16:02 )