Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge! Nesse final de semana tivemos as corridas de encerramento de duas grandes categorias, na Europa e nos Estados Unidos: a FIA Fórmula 3 em Monza, na Itália e a Indy PRO2000, em Portland, nos Estados Unidos. Com o título nas mãos, um suporte para estar em uma grande equipe da FIA Fórmula 2 na temporada 2024 e com todos os olhos sobre seus ombros, Gabriel Bortoleto só perde o campeonato por um desastre apocalíptico. Nos Estados Unidos, em alta, Kiko Porto ainda tem chances matemáticas – mas pouco prováveis – para conquistar o campeonato. Quem também está em alta é Enzo Fittipaldi, nosso representante na FIA Fórmula 2 e sob os olhos de Helmut Marko. Nos Estados Unidos, o final de semana reservava uma rodada tripla para a definição do campeonato da PRO2000, último passo do programa Road to Indy antes da Indy NXT. As chances de título para Kiko Porto eram pequenas, mas ele já estava pondo os pés na Indy NXT e faria a corrida de encerramento da temporada 2023 da categoria onde deve correr em 2024 no autódromo de Laguna Seca no próximo final de semana. FIA Fórmula 3 A sexta-feira começou com céu encoberto e assim estava, mesmo sem possibilidades de chuva, para o treino livre de 45 minutos. A situação para Gabriel Bortoleto era muito simples: bastava Paul Aron ou Josep Maria Marti não fazerem a pole position no treino da tarde e o campeonato estaria decidido a seu favor. Caio Collet completava sua terceira temporada e chegava em Monza no top 10 do campeonato, venceu uma corrida difícil em Spa Francorchamps, mas será que valeria continuar nos monopostos sem ir para a FIA Fórmula 2? Roberto Faria teve um ano difícil. Andou muito atrás, não pontuou e sua permanência na categoria é uma incógnita. Se for pra continuar, precisa sair da PHM. O treino livre começou e apenas 10 dis 30 pilotos foram pra pista , sendo que apenas 6 viraram tempos cronometráveis no primeiro terço de corrida, mas a casa de 1m41s estava longe do que os pilotos mais rápidos iriam fazer. E foi justamente isso que vimos na abertura do segundo terço de treino quando praticamente fodo mundo foi pra pista, com os mais rápidos virando na casa de 1m39s. Caio Collet foi o primeiro brasileiro a virar uma volta rápida com 1m40,2s antes do carro de Nikita Bedrin pagar fogo e interromper o trino com uma bandeira vermelha. Como em treino livre o cronômetro não para, os pilotos perderam preciosos minutos de pista. Os boxes foram reabertos faltando 16 minutos para o final do treino e foi todo mundo pra pista. Caio Collet e Gabriel Bortoleto logo entraram na casa de 1m39s e cravaram o mesmo tempo, iguais nos 867 milésimos. Roberto Faria estava ainda na casa de 1m42s. na segunda volta rápida que fez, Gabriel Bortoleto marcou 1m39,3s enquanto os mais rápidos entraram na casa de 1m38s. Antes de muita gente melhorar seus tempos Mari Boya escapou e bateu na parabólica e provocou a segunda bandeira vermelha que encerrou o treino. Caio Collet e Roberto Faria não melhoraram seus tempos e ficaram com a P14 e P29, respectivamente. Gabriel Bortoleto ficou com a P6. Depois do treino livre 1 da Fórmula 1 era chegada a hora do treino de classificação da FIA Fórmula 3. Era hora de – talvez – definir o campeonato da temporada de 2023. A pista estava seca, tínhamos sol e os 30 pilotos, equipados com pneus médios iam buscar a melhor posição possível para a corrida do domingo e se posicionar bem entre os 12 primeiros para estar no grupo da frente para se beneficiar da inversão de grid na corrida dos sábado. Quando abriram os boxes para os 30 minutos de treino. A equipe Trident deixou praticamente o grid inteiro sair na sua frente. De forma incomum, os carros deram uma volta e retornaram aos boxes. Isso era algo incomum. Se no treino livre eles andaram com pneus médios, usados, agora era hora de usar os pneus macios. Todos estavam nos boxes, parados 7 minutos de treino perdido e então os pilotos vieram pra pista, com Roberto Faria puxando a fila. Depois de saírem pra pista, na reta que leva pra curva Parabólica, com todos muito lentos, Oliver Gray acertou Ido Cohen que atravessou na pista e provocou uma bandeira vermelha. O dois estava à frente de Gabriel Bortoleto! Os carros voltaram para os boxes e com 9 minutos de treino passados ninguém tinha dado uma volta cronometrada sequer. Box aberto e novamente Gabriel Bortoleto deixou para ser um dos últimos a sair e ele estava logo atrás de Josep Maria Marti. Gabriel Bortoleto virou 1m39s655s e Caio Collet, de cara pro vento, fez 1m39,001s pra fazer a volta mais rápida. Joshua Dufek errou sozinho rodou na variante della roggia e foi parar na brita. Nova bandeira vermelha e metade do treino foi embora. Caio Collet tinha a P1, Gabriel Bortoleto a P12 e Roberto Faria era o P28. Aberto os boxes Gabriel Bortoleto foi um dos primeiros a sair pra tentar fazer uma volta rápida longe de confusões. Pra ajudar, o livetiming do site oficial deu pau. Com 1m39,261s Gabriel Bortoleto fez uma boa volta. Oliver Goethe, depois de fazer a melhor volta e entrar na casa de 1m38s, saiu torto na segunda de Lesmo r foi de frente na barreira de pneus. Terceira bandeira vermelha! Agora restavam 10 minutos para o fim do treino e tínhamos Caio Collet na P2 e Gabriel Bortoleto na P5. Roberto Faria era o P26. Todos colocaram pneus novos e demorou para arrumarem a barreira de pneus. O tempo que levaria para consertar o estrago da pancada do Oliver Goethe, a direção de prova decidiu que a sessão de classificação não seria reiniciada. Com isso, o campeonato estava decidido: Gabriel Bortoleto conquistou o campeonato da FIA Fórmula 3, ia largar na P8 na corrida do sábado e na P5 no domingo. Caio Collet na P11 no sábado e na P2 no domingo. Roberto Faria seria o P26 nas duas corridas. Josep Maria Marti estava inconformado, só não mais que o promotor das categorias, Bruno Michel, que não estava com uma cara boa andando pelo pitlane. A equipe Carlin não quis saber e comemorou o título do piloto brasileiro antes mesmo do resultado oficial do treino ser anunciado. Na manhã do sábado o sol entre nuvens não diminuiu o brilho do nosso campeão mundial de Fórmula 3, Gabriel Bortoleto. O campeão estava largando na P8 com a inversão do grid. Caio Collet largava na P11 e Roberto Faria na P21 na bizarra punição dos carros da Carlin e Hightech que trocaram os pneus nos pits após o treino, para voltar ao parque interno e antes da vistoria dos carros. Foram desclassificados! Apagadas as luzes vermelhas para as 18 voltas da sprint race, Gabriel Bortoleto escapou do strike provocada por Paul Aron na chicane no final da reta dos boxes. Gabriel Bortoleto foi prudente e ainda assim ganhou a P7, diferente de seus adversários diretos, Josep Maria Marti (que foi parar na caixa de brita e Paul Aron (vendo o mundo ao contrário com o carro apagado. Bandeira amarela e safety car na pista! Caio Collet foi pego no bolo e quebrou a asa dianteira, tendo que ir para os boxes trocar o bico e o pneu dianteiro esquerdo. Roberto Faria caiu para a P25 A relargada veio na abertura da volta 5Gabriel Bortoleto tentou superar Zak O’Sullivan e acabou superado por Christian Mansell, caindo para a P8. Caio Collet tomou 10s de punição por ter sido considerado o causador do acidente da largada. Na volta seguinte Caio Collet já era o P20. Na frente, o campeão ganhava a P7 passando Nikita Tsolov e na seqüência ganhou a P6 e foi pra cima da briga pela liderança, levando só 1 volta para chegar na briga pela liderança. Na volta seguinte, correndo solto, ganhou a P5 e aproveitou do entrosco de Zak O’Sulivan e Gregoire Saucy para passar os dois e ganhar a P3. Caio Collet empacou na P20 e Roberto Faria era o P26 com metade da corrida disputada. Zak O’Sullivan estava sob investigação pelo toque em Gregoire Saucy. Depois de mandar um “cala a boca” no spotter, Gabriel Bortoleto foi pra cima de Mari Boya, que perdeu a liderança pra Franco Colapinto. Caio Collet, gerenciando melhor os pneus foi subindo e era o P15 a três voltas do final. Roberto Faria era o P25, mas era o último entre os que estavam na pista. Roberto Faria abandonava a corrida naquela altura e Gabriel Bortoleto estava sob ataque de Taylor Barnard quando entraram na volta final. Mari Boya jogou sujo duas vezes, mas não segurou Gabriel Bortoleto que ganhou a P2 na variante della roggia. Franco Colapinto escapou e venceu, mas o brilho todo foi de Gabriel Bortoleto, que chegou na P2. Caio Collet, com a punição de 10s, caiu da P14 para a P20. Roberto Faria foi classificado o P24. Fazendo o colunista acordar na força do ódio no meio da madrugada, mas com possibilidades de ver um brasileiro no alto do pódio e até dois brasileiros no pódio, era chegada a hora dos pilotos irem à pista para a última corrida da temporada, que deveria ter mais voltas e os mesmos pneus médios de ontem, mas a direção de prova estabeleceu apenas mais 4 voltas para percorrer. Caio Collet estava largando na P2, na primeira fila. Gabriel Bortoleto, o campeão, largava na P21, beneficiado pelos pilotos punidos por suas equipes trapalhonas. Após a volta de apresentação os pilotos retornaram ao grid e Oliver Goethe saiu do grid com o acelerador quebrado, forçando os pilotos a fazerem mais uma volta de apresentação, diminuindo a corrida em 1 volta. Mais uma volta e, apagada as luzes vermelhas para as – agora – 21 voltas, Caio Collet “era o novo pole” e o brasileiro largou muito bem, com Gabriel Bortoleto largando muito bem, mantendo a P4 e ganhando a P3 de Paul Aron na variante della roggia. Franco Colapinto ficou parado na saída da variante e provocou a entrada do safety car. Roberto Faria manteve a P21. A relargada veio e Caio Collet acelerou antes da curva parabólica e os brasileiros da frente largaram muito bem, com Caio Collet na ponta e Gabriel Bortoleto na P3. No complemento da volta Gabriel Bortoleto foi pra cima de Johnny Edgar. Com muita sede ao pote, errou na volta seguinte, entrou lento na reta dos boxes, vazou a chicane e perdeu muitas posições, caindo para a P9. Gregorie Saucy que foi pra brita com um pneus furado e provocou nova entrada do safety car. A transmissão não mostrou, mas Caio Collet perdeu a liderança para Johnny Edgar. Roberto Faria continuava na P21. Nova relargada e Caio Collet largou bem e chegou a recuperar a ponta na variante della roggia, mas tomou o X. Gabriel Bortoleto ganhou duas posições indo para a P7. Roberto Faria caiu para a P22. Gabriel Bortoleto passou Nikita Tsolov na curva parabólica e ganhou a P6. Leonardo Fornaroli errou e Gabriel Bortoleto ganhou a P5. Caio Collet retomou a ponta na abertura da volta 12. Zak O’Sullivan e Taylor Barnard vinham numa disputa insana e Gabriel Bortoleto podia se dar bem. Na abertura da volta 13 Johnny Edgar recuperou a ponta com a abertura de asa. Os 5 primeiros faziam um pelotão com vantagem para o P6, mas Sebastian Montoya tomou um toque de Gabriele Mini e foi colocado pra fora na variante della roggia, provocando nova bandeira amarela. Roberto Faria era o P20. A relargada veio na abertura da volta 16. Caio Collet tentou ganhar a ponta no final da reta e Zak O’Sullivan saiu de P4 para a P2, com Caio Collet caindo para a P3. Gabriel Bortoleto manteve a P5 e Roberto Faria se aproveitou muito bem da confusão generalizada para pular para uma incrível P12. Ido Cohen e Josep Maria Marti foram para a brita, provocando uma nova bandeira amarela. Ainda sob safety car, o carro de Roberto Faria parou na reta dos boxes. A saída do safety car liberou os pilotos pra uma última volta insana de bandeira verde e a molecada foi comportada. Caio Collet perdeu a P3 e o pódio na primeira de lesmo e com isso perdeu o pódio, terminando na P4. Gabriel Bortoleto terminou na P5. No campeonato, Gabriel Bortoleto, o campeão, terminou com 164 pontos. Caio Collet ficou com a P9, com 73 pontos, mas mostrou que tem capacidade para estar na FIA Fórmula 2. Roberto Faria ainda ficou classificado na P22, sem marcar pontos no campeonato e precisa de uma equipe melhor. FIA Fórmula 2 Depois do treino livre da FIA Fórmula 3, era hora dos pilotos da FIA Fórmula 3 irem pra pista e fazerem o primeiro contato com o asfalto do mítico templo da velocidade na itália, penúltima etapa da temporada, que terá seu encerramento em Yas Marina. Enzo Fittipaldi chegou na Itália, na P6 do campeonato, e na P2 no campeonato particular da Red Bull Academy, 30 pontos atrás de Ayumu Iwasa, mas está em alta, ao contrário do piloto japonês. Aberto os boxes para os 45 minutos de treino livre, diferente do que os pilotos da FIA Fórmula 3 fizeram, foi todo mundo pra pista. Inicialmente, todos com os pneus médios, guardando os supermacios para o treino de classificação. O sol abriu espaço entre as nuvens para deixar o asfalto mais quente. Depois de uma volta de checagem, a maioria voltou para os boxes, mas Enzo Fittipaldi estava na pista. Os demais logo voltaram para a pista e na sua primeira volta o brasileiro marcou 1m43,6s, mas esse tempo iria baixar... e baixou muito! Logo eles estavam virando na casa de 1m34s e Enzo Fittipaldi fez 1m34,7s antes do final do 1° terço de treino. Alguma coisa estranha parecia estar acontecendo com Enzo Fittipaldi, Ele deixou o carro no meio do treino e foi falar com o pessoal da equipe na mureta dos boxes enquanto o carro era cercado pelos mecânicos. Os tempos de volta caíram para a casa de 1m33s e 20 dos 22 pilotos estavam no mesmo segundo. Depois de 12 minutos parado, Enzo Fittipaldi voltou para o carro e para a pista, momento em que a maioria estava parada nos boxes. O brasileiro melhorou seu tempo, mas continuou na casa de 1m34s com os mais rápidos virando na casa de 1m33s. No terço final do treino o nosso representante ainda estava longe de ter um bom tempo, com uma P20 provisória a 10 minutos do final. Estava claro que sem um piloto rápido na frente para gerar vácuo, o tempo de volta não viria. O brasileiro era o P20! Enzo Fittipaldi fez uma volta de 1m33,9s, mas isso não o colocava no top10e 3 décimos de segundo mais lento que Zane Maloney, que estava na P5. Quando vinha numa volta melhor, Enzo Fittipaldi foi prejudicado pela rodada de Dennis Hauger na curva parabólica a 3 minutos do fim do treino, provocando uma bandeira vermelha que acabou com o treino. Enzo ficou com a P15, onde 16 pilotos estavam no mesmo segundo. Ele ia ter trabalho para buscar um bom tempo no classificatório. Depois do confuso treino da FIA Fórmula 3, era chegada a hora do classificatório da FIA Fórmula 2, que começou com 6 minutos de atraso por conta dos reparos na barreira de proteção. O que deveria ser uma lição para as equipes da FIA Fórmula 2 era que essa tática de andar no vácuo para fazer tempo e ficar postergando a ida pra pista. As equipes da categoria não viram o que aconteceu na FIA Fórmula 3? Certamente viram, mas resolveram assumir o risco. Os carros saíram para a pista – todo mundo junto – com 6 minutos de relógio passados. Enzo Fittipaldi, que teve problemas no carro no treino livrem teve tempo para a equipe resolver o problema (esperamos) e fazer uma boa classificação. Os pilotos deram uma volta e entraram nos pits... e passaram num blefe, saindo para outra volta. A primeira volta de Enzo Fittipaldi, no meio do tráfego, foi em 1m33,017s, mas os mais rápidos estavam virando 6 décimos abaixo disso. A segunda volta rápida foi em 1m32,809s e os carros voltaram para os boxes para aquele ajuste e a colocação de um jogo de pneus novos. Enzo Fittipaldi era o P11. Faltavam 4 minutos de treino quando os pilotos foram para a pista naquela do “tudo ou nada”. Todos deram uma volta... e não abriram volta! Virou corrida e todo mundo atrapalhou todo mundo. 5 pilotos não abriram volta e Enzo Fittipaldi, com Amaury Cordeel à sua frente, não passou da P13, sem se beneficiar de nenhum vácuo e tendo que enfrentar mais duas corridas complicadas no final de semana. Depois do treino livre 3 da Fórmula 1 era chegada a hora da Sprint Race da FIA Fórmula 2. Apesar das nuvens, não havia perspectivas de chuva, o que talvez ajudasse Enzo Fittipaldi novamente atrapalhado no treino de classificação e largando apenas na P13. No “campeonato da Red Bull”, pra sua sorte, Dennis Hauger, Ayumu Iwasa e Zane Maloney também largavam fora do top-10. Após a volta de apresentação os pilotos retornaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 21 voltas programadas, um 3-wide na freada pra chicane e depois muita gente vazou a chicane. Enzo Fittipaldi ganhou duas posições e assumiu a P11 antes de Amaury Cordeel ser acertado por Zane Maloney, rodar, encher a pista de brita e ficar parado, provocando a entrada do safety car. A relargada veio na abertura da volta 5 e Enzo Fittipaldi segurou a sua posição, mas tinha a pressão de Oliver Bearman. Ambos passaram Ralph Boschung e abrindo um pouco, o brasileiro encostou em Roman Stanek. O respiro durou uma volta e Oliver Bearman colou novamente e Enzo Fittipaldi tinha que manter Stanek a menos de 1s. Não deu pra segurar o piloto da Prema que ganhou a P10 do brasileiro, mas não sem antes dar um toque. Na volta seguinte, Enzo Fittipaldi foi ultrapassado por Arthur Leclerc e vinha pressionado por Jack Doohan. Na altura da metade da corrida Enzo Fittipaldi estava na P12 quando Roy Nissany rodou na primeira chicane. O motor apagou e o safety car voltou pra pista. Pelotão (mais) agrupado e quando foi dada a relargada na abertura da volta 16, Enzo Fittipaldi manteve a P12. Dennis Hauger escapou na Ascari, voltou bloqueando Enzo Fittipaldi, que perdeu a posição pra Jack Doohan. Prejuízo que piorou com o brasileiro sendo empurrado pra fora no final da reta dos boxes. Com isso o brasileiro caiu pra P16. Sem conseguir se recuperar, Enzo Fittipaldi terminou a corrida na P16. Para sua sorte, Iwasa, Hauger e Maloney também não pontuaram. Juan Manuel Correa foi punido com 10s e o brasileiro foi para 15°. Na manhã do domingo era chegada a hora da ‘feature race’, com o pit para troca de pneus obrigatório e a chance de, numa estratégia diferente e com eventuais safety car, pode ser a chance de Enzo Fittipaldi conseguir marcar alguns pontos no final de semana em que a Carlin não esteve bem. Largando da P13 e com pneus supermacios, o brasileiro não partiu para a tentativa de inverter a estratégia e contar com algum safety car na corrida. Após as volta de apresentação os pilotos voltaram ao grid e. apagadas as luzes vermelhas para as 30 voltas programadas, Enzo Fittipaldi foi cauteloso e ficou com a P11 após os acidentes com Clement Novalak e Frederik Vesti em pontos distintos da pista, o que provocou a entrada do safety car. A relargada veio na abertura da volta 4 e Jehan Daruvala foi superado por Enzo Fittipaldi, que ganhou a P10. Ainda na volta 5 Enzo Fittipaldi superou Ralph Boschung e ganhou a P9, partindo pra cima de Dennis Hauger. Arthur Leclerc errou e rodou sozinho no final da reta dos boxes e provocou outra entrada do safety car e como estavam abrindo a volta 8, todo mundo que estava de pneus supermacios foi para os boxes. Enzo Fittipaldi voltou na P13, mas os pilotos com pneus médios (Jehan Daruvala, Jake Doohan e Ayumu Iwasa) não pararam. Isack Hadjar já havia parado, mas antes da janela de paradas. A relargada veio na abertura da volta 12 e teve pancada feia de Zane Maloney no meio da reta dos boxes. Enzo Fittipaldi manteve a P13 até a entrada do safety car. Jehan Daruvala parou Ayumu Iwasa e Jake Doohan também pararam e o brasileiro não se beneficiou das paradas, continuando na P13. A relargada veio na abertura da volta 16 e Enzo Fittipaldi manteve a sua posição. Dennis Hauger errou e perdeu a posição para o brasileiro, que subiu para a P12. Com todos abrindo asa, era complicado alguém passar alguém, mas Enzo Fittipaldi ganhou a P11 de Isack Hadjar e com o problema na asa de Victor Martins, o brasileiro voltou à zona de pontos e tinha mais de 1s de vantagem para Dennis Hauger, mas o norueguês não demorou a se aproximar. Roman Stanek Passou reto na chicane ficou na frente de Kush Maini e Jak Crawford se tocaram e com o indiano na caixa de brita, o safety car foi para pista novamente e muita gente parou nos boxes. Com as paradas, Enzo Fittipaldi subiu para a P5! A relargada veio na abertura da volta 27 e com 4 voltas para o final, veio o aviso de uma investigação contra Dennis Hauger. Richard Verschoor relargou mal e atrapalhou Enzo Fittipaldi, que segurou no braço a P5. Jak Crawford saiu na Ascari e provocou um safety car virtual e depois veio o carro de segurança e como o piloto saiu do carro, o safety car foi acionado e a corrida acabou sob bandeira amarela. Com isso, Enzo Fittipaldi garantiu a P5, mas com a punição de Richard Verschoor, o brasileiro herdou a P4, um grande resultado depois de uma qualificação desastrosa. Enzo Fittipaldi sai de Monza na P7 do campeonato com 116 pontos antes da etapa final em Yas Marina. PRO2000 A categoria que é o terceiro degrau para aqueles que ambicionam chegar à Fórmula Indy chegaram à última etapa do campeonato com uma rodada tripla no sempre desafiador circuito de Portland. O campeonato ainda está matematicamente aberto, mas Myles Rowe tem uma mão no título. Kiko Porto, que vem em alta, tem como alcança-lo, mas vai depender de algum problema nas corridas do norte americano. Nicholas Monteiro chegava ao fim da temporada com conhecimento das pistas e possibilidades de uma temporada 2024 melhor. Para essa etapa, ele trocou a NeoTech Motorsport pela TJ Speed Motorsports. Na quinta-feira tivemos duas sessões de treinos livres e na primeira sessão Kiko Porto andou bem, ficando com a P4 e Nicholas Monteiro surpreendeu positivamente com uma P8 na tabela de tempos, mas apenas 10 pilotos foram pra pista com o asfalto molhado. No treino livre da tarde, com a pista seca, Kiko Porto voou e fez a melhor volta, mesmo fazendo apenas 11 voltas. Nicholas Monteiro ficou com a P16, 1,6s mais lento que o P1, mas apenas 16 pilotos foram pra pista. Na sexta-feira tivemos mais um treino livre e Kiko Porto ficou com a P4, 300 milésimos mais lento que Nikita Johnson, mas desceu do carro com um ar tranquilo no rosto. Nicholas Monteiro repetiu a P16, 1,168s mais lento que o primeiro colocado. No início da tarde veio a classificação e Kiko Porto ficou com a P3, 239 milésimos mais lento que Michael D’Orlando. Nicholas Monteiro não repetiu a performance e ficou com a P18, 1,331s atrás do pole. No final da tarde, mas ainda com sol alto pela hora do final do tempo com luz natural, os pilotos se posicionaram no pit lane para ganharem a pista e largarem para a corrida 1. Para se manter vivo na disputa pelo título Kiko Porto precisava chegar à frente de Myles Rowe e a largada foi caótica naquela primeira chicane. Kiko Porto passou ileso e manteve a P3, mas da metade do grid para trás valeu tudo e 7 pilotos ficaram fora da corrida, entre eles Nicholas Monteiro. Ia demorar para colocar a pista em condições e a direção de prova optou por colocar a bandeira vermelha. No rearranjo, Kiko Porto foi para a P2 e a bandeira verde veio apenas na abertura da volta 7. Kiko Porto foi para o ataque e Michael D’Orlando furou a chicane pra se manter na frente. Myles Rowe largou bem e ganhou a P3, colando em Kiko Porto. Na volta 8 D’Orlando perdeu rendimento e ficou lento na pista, com isso, Kiko Porto assumia a liderança. Kiko Porto e Myles Rowe abriram vantagem sobre os demais pilotos na pista e travaram uma disputa particular, mas aparentemente o piloto norte americano estava tranquilo com a P2, pois não precisava vencer e chegando logo atrás de Kiko Porto a diferença tirada ainda seria pequena. Em momento algum Kiko Porto teve sua liderança atacada e o brasileiro conquistou mais uma vitória. No final da tarde do sábado os pilotos da PRO2000 voltaram à pista para a segunda corrida da rodada tripla de Portland, etapa de encerramento da temporada 2023 e que teve o grid definido pela segunda volta mais rápida no treino de classificação. Isso colocou Kiko Porto largando na segunda fila, na P4, ao lado de seu adversário no campeonato, Myles Rowe. Nicholas Monteiro estaria largando na P18, mas não chegou a ir para a pista. Após a volta de apresentação os pilotos se colocaram lado a lado e quando veio a bandeira verde, e os pilotos foram mais comportados nesta largada. Kiko Porto foi comportado em excesso e caiu para a P5 e já na primeira volta estava sob pressão de Jece Denmark. Após 5 voltas o brasileiro na pista não estava mais sob pressão, mas precisava atacar e superar os pilotos à sua frente, vencer a corrida para continuar vivo na disputa pelo campeonato. Com um terço de corrida disputada, Kiko Porto não conseguia se aproximar de Myles Rowe e ia perdendo alguns décimos de segundo por volta em relação a ele. Lirim Zendelli errou e caiu para a P4, ficando pouco à frente de Kiko Porto. Independente do adversário, o piloto brasileiro não conseguiu repetir o desempenho da corrida da sexta-feira e terminou na P5. Com a combinação de resultados e a P3 de Myles Rowe, o norte americano confirmou o título da temporada. Após a corrida da Fórmula Indy, os pilotos da PRO2000 voltaram à pista para a última corrida da temporada com o título já decidido em favor de Myles Rowe e o vice campeonato para o brasileiro Kiko Porto. Lamentavelmente Nicholas Monteiro estava fora desta etapa também. Kiko Porto estava largando novamente na P4, ao lado do campeão, Myles Rowe, que foi entrevistado de costa a costa durante a transmissão da Fórmula Indy. Após a volta de apresentação tivemos a largada para as 30 voltas programadas e com a bandeira verde, Kiko Porto largou bem e pulou para a P4, mas ainda na primeira volta de bandeira verde, Lirim Zendeli espremeu Kiko Porto contra o muro na reta oposta e acabou com a corrida dos dois. Tivemos a bandeira amarela e a confirmação do abandono dos dois pilotos. Independente do acidente e do abandono, Kiko Porto garantiu na corrida do sábado o vice campeonato e, para 2024, o destino do piloto brasileiro será a Indy NXT. E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. Um abraço a todos, Genilson Santos Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |